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Patologia FACULDADE ESTÁCIO DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS CENTRO GRADUAÇÃO EM DISCIPLINAS DA SAÚDE Prof. Andrew Oliveira Silva, Msc. PhD. Pós-Doc PPG Patologia - UFCSPA andrew.silva@estacio.br 1 Bases Moleculares do Câncer FACULDADE ESTÁCIO DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS CENTRO GRADUAÇÃO EM DISCIPLINAS DA SAÚDE Prof. Andrew Oliveira Silva, Msc. PhD. Pós-Doc PPG Patologia - UFCSPA andrew.silva@estacio.br 2 NeoplasiaConceito Proliferação excessiva, progressiva, autônoma e descoordenada de clones celulares. Conjunto de doenças da célula originada a partir de uma célula geneticamente alterada. 3 Alterações genéticas não corrigidas (mutações) ou epigenéticas Mutação Hereditária ou adquirida (espontânea ou por agentes mutagênicos) Mutações que alteram o funcionamento de genes importantes na manutenção de funções cruciais para a fisiologia celular Doença de evolução lenta, gradual e silenciosa Crescimento excessivo e descontrolado de um grupo de células afetadas desorganização estrutural do tecido afetado disfunções teciduais. NeoplasiaConceito Doença que pode sofrer mutações cruciais e diretamente tornar-se uma neoplasia Doença que pode progredir gradual e lentamente a partir de uma adaptação ou lesão. > Acúmulo de novas alterações genéticas > Seleção Darwiniana > Surgimento de subpopulações de células alteradas 1013 células (10 trilhões) ~200 tipos celulares diferentes Manifestação das informações genéticas Informações genéticas (proveniente dos genitores), epigenéticas (adquiridas) e ambientais Fisiologicamente…União dos gametas Formação do Zigoto (1 única célula) Homeostase do organismo Fisiologicamente… 20 células O número de células deve ser mantido relativamente constante no organismo Funcionamento adequado do tecido ou órgão Estímulo estressor danos celulares Homeostase do organismo Fisiologicamente… 20 células Funcionamento adequado do tecido ou órgão O número de células deve ser mantido relativamente constante no organismo Para uma célula de dividir, são necessários sinais do ambiente tecidual. 19 células Desequilíbrio no Funcionamento adequado do tecido ou órgão Homeostase do organismo Fisiologicamente… O número de células deve ser mantido relativamente constante no organismo Para uma célula de dividir, são necessários sinais do ambiente tecidual. Sinais ambientais indicam a necessidade de novas células no tecido 19 células Desequilíbrio no Funcionamento adequado do tecido ou órgão Homeostase do organismo Fisiologicamente… 20 células Funcionamento adequado do tecido ou órgão O número de células deve ser mantido relativamente constante no organismo Para uma célula de dividir, são necessários sinais do ambiente tecidual. Sinais ambientais indicam a necessidade de novas células no tecido 19 células Desequilíbrio no Funcionamento adequado do tecido ou órgão Processo pré-patológico 20 células Funcionamento adequado do tecido/órgão O número de células deve ser mantido relativamente constante no organismo Para uma célula de dividir, são necessários sinais do ambiente tecidual. Sinais ambientais indicam a necessidade de novas células no tecido Exposição à agentes mutagênicos Mutações Transformação celular CarcinogêneseEtapa de Iniciação Surgimento de uma célula inicial transformada Alterações genéticas que predispõe as células ao desenvolvimento de uma neoplasia: > Afetam genes que regulam o controle do ciclo celular > Afetam genes que regulam o desencadeamento do processo de morte celular programada (apoptose) > Afetam genes que regulam o reconhecimento e o desencadeamento do sistema de reparo de danos ao DNA Célula iniciada Vantagens proliferativas ou de sobrevivência 13 Carcinogênese Exposição a novos (ou constantes) estímulos agressores com capacidade mutagênica Mutação não-oncogênica não afetam genes decisivos para o controle proliferativo e de sobrevivência da célula ou afetam regiões intergênicas na molécula de DNA Célula iniciada SUPRESSÃO TUMORAL Ativação de mecanismos antitumorais endógenos Reparo do DNA Senescência celular Apoptose Estima-se que nosso organismo elimine cerca de 1 célula tumoral por hora Quebras de fita simples Mal pareamento de bases Quebras de fita dupla Ligação cruzada intrafita Ligação cruzada interfitas Parada no ciclo celular REPARO DO DNA Morte celular programadaSobrevivência celular Reconhecimento do dano no DNA Mecanismos AntitumoraisMecanismos endógenos responsáveis pela prevenção de uma lesão celular, pelo reparo dos danos gerados por uma agressão ou eliminação da célula lesada. REPARO DE DNA DEFESAS ANTIOXIDANTES MORTE CELULAR PROGRAMADA SISTEMA IMUNE DIFERENCIAÇÃO CELULAR SENESCÊNCIA 16 Mecanismos AntitumoraisDEFESAS ANTIOXIDANTES Radicais livres Oxidação do DNA Mutações Estresse Oxidativo = desbalanço entre mecanismos pró-oxidante e anti-oxidantes Antioxidantes endógenos (enzimas) e Exógenos (vitaminas) evitam a ação dos radicais livres 17 Mecanismos AntitumoraisREPARO DE DNA Vias moleculares responsáveis pelo reconhecimento do dano ao DNA e desencadeamento do seu reparo, na tentativa de preservar a informação genética ou, ao menos, preservar a estrutura do DNA 18 DIFERENCIAÇÃO CELULAR Mecanismos Antitumorais Sinalização celular induz a diferenciação celular de uma célula-tronco afetada por uma lesão no DNA tentativa de torná-las menos proliferativa e com menor capacidade de transformação 19 SENESCÊNCIA Mecanismos Antitumorais Incapacidade de Reparo do DNA + incapacidade de desencadeamento da apoptose Senescência Parada irreversível no ciclo celular bloqueio da proliferação celular Senescência replicativa desencadeada após um número determinado de divisões celulares Encurtamento dos telômeros 20 Mecanismos Antitumorais Incapacidade de reparo das mutações MORTE CELULAR PROGRAMADA Reconhecimento da célula tumoral pelo sist. Imune Desencadeamento da morte celular programada como último recurso para eliminação de uma célula danificada, com potencial tumoral. 21 Mecanismos Antitumorais Reconhecimento das células tumorais pelos leucócitos desencadeamento da morte celular nas células tumorais. SISTEMA IMUNE Célula tumoral apresenta várias estratégias de “escape” da identificação pelo sistema imune 22 Carcinogênese Exposição a novos (ou constantes) estímulos agressores com capacidade mutagênica Mutações oncogênicas afetam genes decisivos para o controle proliferativo e de sobrevivência da célula Célula pré-tumoral (pré-neoplásica) PROMOÇÃO TUMORAL Escape dos mecanismos antitumorais endógenos Mecanismos endógenos protetivos não funcionam Célula iniciada 23 Progressão tumoral Velocidade de proliferação maior imprecisão no controle das etapas do ciclo celular Aumento da INSTABILIDADE GENÉTICA Aumento nas chances de surgimento e permanência de alterações no DNA Exposição a novos agentes mutagênicos (ou manutenção do estímulo agressor com potencial mutagênico) Célula tumoral (neoplásica) 24 Progressão tumoral Acúmulo de mutações espontâneas Intensifica a INSTABILIDADE GENÉTICA Surgimento de Sub-populações com perfis distintos de mutações Cada célula tumoral possui seu próprio histórico de mutações Exposição à agentes mutagênicos 25 Malignização Maior o tempo Maior acúmulo de mutações Combinação de um conjunto de mutações proporciona um descontrole não só nos mecanismos proliferativos, mas também em outros mecanismos celulares Benigno maligno 26 MetástaseRedução na adesão célula-célula Produção de enzimas de degradação dos componentes da matriz extracelular Invasão dos tecidos adjacentes alcançam o sistema vascular Estabelecimento de focos tumorais secundários Acúmulo de alterações genéticas vantagens adaptativas Mutações Acúmulo de mutações = surgimento de novas subpopulações Heterogeneidade intratumoral Cada cor, uma história Evolução Tumoral28 Evolução TumoralCarcinogênese = processo de “evolução celular”, onde as células mais adaptadas e capazes de sobreviver em uma condição específica são selecionadas e perpetuam o seu perfil genético alterado. Teoria do Darwinismo Mecanismos Moleculares Hallmarks of cancer (Assinaturas tumorais) Conjunto de alterações moleculares, que conferem vantagens às células tumorais. Maior velocidade de proliferação Maior capacidade de sobrevivência “Super-poderes” adquiridos pela célula tumoral a partir das mutações acumuladas em genes específicos no DNA 30 Genes do câncerGenes supressores tumorais Genes que evitam com que ocorra o surgimento de um tumor Mutação Inativação desses genes durante a tumorigênese > Regulação negativa do ciclo celular > Ativação da apoptose > Identificação de mutações e indução do reparo do DNA Cerca de 80 genes já identificados: 31 Genes do câncerOncogenes Envolvidos na ativação de mecanismos de proliferação e sobrevivência celular Mutação ativação ou superexpressão do oncogene tumorigênese > Indução de proliferação > Indução de sobrevivência Oncogenes (cerca de 320 já identificados): PROTO-ONCOGENES funcionamento normal Mutação 32 Perda de função Ganho de função HallmarksManutenção de Sinais Proliferativos Mutações que mantém as vias de sinalização de proliferação celular permanentemente ativadas. 34 HallmarksEscape dos sinais supressores de crescimento Mutações em genes supressores tumorais que modulam negativamente o mecanismo de proliferação celular. Comprometimento da inibição por contato 35 HallmarksEscape do Sistema Imune Células tumorais liberam sinais químicos que modulam negativamente a resposta imune contra as células tumorais (imunossupressão). Evitam o reconhecimento ou Reduzem a atividade das células imunes 36 HallmarksAquisição de Imortalidade Replicativa Células tumorais evitam o encurtamento dos telômeros (extremidades cromossomais) e o desencadeamento da senescência replicativa. Superativação da enzima telomerase reposição dos telômeros imortalidade replicativa 37 HallmarksInflamação promotora do tumor Microambiente tumoral com a liberação de inúmeras moléculas pró-inflamatórias progressão tumoral Produção de ROS Mutações 38 HallmarksAtivação da invasão e metástase Metástase Capacidade de sobreviver sem adesão na circulação, de evadir dos leucócitos circulantes e de sobreviver em outros microambientes teciduais Produção de enzimas de degradação da MEC invasão 39 HallmarksIndução da Angiogênese Expressão de fatores angiogênicos (VEGF) formação de novos vasos sanguíneos aporte nutricional e de oxigênio. Células do microambiente tumoral contribuem para a indução da neoangiogênese. 40 HallmarksInstabilidade Genética e Mutação Aumento da instabilidade genética acúmulo progressivo de alterações malignização tumoral 41 HallmarksResistência à morte celular Alterações moleculares que bloqueiam ou dificultam o desencadeamento dos mecanismos de morte celular favorecimento da sobrevivência Aumento de proteínas anti-apoptóticas Redução de proteínas pró-apoptóticas 42 HallmarksDesregulação Energética Desregulação na produção energética Preferência pela glicólise aeróbica (Efeito Warburg) ao invés da fosforilação oxidativa (mitocondrial) Metabolismo energético menos eficiente Maior consumo de moléculas orgânicas Caquexia nos pacientes neoplásicos Acidificação do microambiente tumoral Adaptação à ausência de oxigênio Glicólise Aeróbica: Favorece a degradação da MEC 43 Fluxograma dos Hallmarks of Cancer Cada tipo tumoral possui um histórico de alterações genéticas que atribuem as assinaturas do câncer em ordens diferentes Nem todos os tumores possuem as mesmas assinaturas. Célula gástrica normal Célula gástrica tumoral TimeLapse = 24h TimeLapse = 24h Epidemiologia, características clínicas e tratamentos para o câncer CAPÍTULO 5 – Patologia Básica – Priscila F. Lima CAPÍTULO 5 – Robbins Patologia Básica – Vinay Kumar CAPITULO 5 – Fundamentos de Rubin: Patologia – Donna Hansel Questionário – Microsoft Forms Resolver até o dia anterior à próxima aula Próxima
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