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Conteúdo do exercício 1. Pergunta 1 /1 “Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de comunicação. [...] Na segunda metade do século XVIII, porém, a língua geral entra em decadência. Várias razões contribuem para isso, entre as quais a chegada de numerosos imigrantes portugueses seduzidos pela descoberta das minas de ouro e diamantes e o Diretório criado pelo marquês Pombal em 3 de maio de 1757, cujas decisões, aplicadas primeiro ao Pará e ao Maranhão, se estenderam, em 17 de agosto de 1758, a todo o Brasil. Por elas proibia-se o uso da língua geral e obrigava-se oficialmente o da língua portuguesa. A expulsão dos jesuítas, em 1759, afastava da colônia os principais protetores da língua geral.” (TEYSSIER, 2014, p. 63). TEYSSIER, P. História da Língua Portuguesa. Tradução Celso Cunha. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. Analise as afirmativas a seguir sobre as fases históricas da Língua Portuguesa no Brasil. I. O uso mais intenso das línguas gerais aconteceu entre 1654 e 1808 com o crescimento da atuação dos jesuítas no interior do Brasil. II. O bilinguismo foi comum entre 1533 e 1654 quando a maior parte da população se concentrava na Bahia e em Pernambuco. III. Logo a partir de 1500 a Língua Portuguesa ganhou destaque no território brasileiro, pois os colonos utilizavam essa língua para escrever cartas e documentos oficiais. IV. A Língua Portuguesa difundiu-se pelo interior com a chegada de 18 mil portugueses a terras brasileiras a partir de 1808. Está correto o que se afirma em: Ocultar opções de resposta 1. II, IV. 2. IV. 3. II, III. 4. I, II. 5. III. 2. Pergunta 2 /1 Leia um trecho de “Sinal fechado”, composição de Paulinho da Viola: “Olá, como vai ? Eu vou indo e você, tudo bem ? Tudo bem eu vou indo correndo Pegar meu lugar no futuro, e você ? Tudo bem, eu vou indo em busca De um sono tranquilo, quem sabe ... Quanto tempo... pois é... Quanto tempo... [...]” VIOLA, P. Sinal fechado. Foi um rio que passou em minha vida. Rio de Janeiro: EMI Music Brasil, 1970. A música retrata o encontro de dois amigos quando o semáforo fecha e interrompe o trânsito. O diálogo é entrecortado devido ao pouco tempo disponível para a conversa. Percebe-se, assim, que a fala é a capacidade de um indivíduo se expressar verbalmente. Analise as afirmativas a seguir a respeito das características da fala: I. A fala é um ato individual, com características particulares. II. Fala e escrita se misturam e as normas de uma regem a outra. III. Em uma língua existe uma maneira única de expressão por meio da fala. IV. A fala pode indicar as características da comunidade a que o indivíduo pertence. Está correto o que se afirma em: Ocultar opções de resposta 1. III. 2. II. 3. II, III. 4. I, II. 5. I, IV. 3. Pergunta 3 /1 Os estudos linguísticos a respeito das origens da Língua Portuguesa indicaram que existe uma família linguística da qual muitas línguas são derivadas. Descobriram semelhanças entre línguas como Latim, Grego e Sânscrito. Essas línguas apresentam semelhanças pois, de acordo com os linguistas, fazem parte da família conhecida como protoindo-europeu. Essa língua muito antiga, da qual não se tem registros, deixou rastros em diversas línguas, inclusive no português que utilizamos ainda hoje. GONÇALVES, R. T.; BASSO, R. M. História da língua. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2010. No protoindo-europeu havia variação na terminação das palavras de acordo com a função sintática da palavra na oração. Essa variação é conhecida como caso, e ainda permanece na língua portuguesa, embora as terminações não sejam utilizadas em nossa língua. Faça a relação entre cada caso e sua definição. 1. Caso nominativo 2. Caso acusativo 3. Caso dativo 4. Caso vocativo ( ) Utilizado para chamar ou conversar com o interlocutor. ( ) Usado como indicação do sujeito da oração. ( ) Indica o complemento verbal objeto indireto. ( ) Indica o complemento verbal objeto direto. A opção que apresenta a sequência correta de definições é: Ocultar opções de resposta 1. 2 – 1 – 4 – 3. 2. 1 – 2 – 4 – 3. 3. 4 – 3 – 1 – 2. 4. Utilizado para chamar ou conversar com o interlocutor. 5. 4 – 1 – 3 – 2. 4. Pergunta 4 /1 “Ao dizermos que o português é uma língua latina, automaticamente indicamos a filiação do português ao latim e também a outras línguas românicas, isto é, às outras línguas que têm como origem o latim. [...] Ora, assim como o português se originou do latim, podemos perguntar de qual língua se originou o latim. [...] a investigação sobre a origem do latim e de outras línguas de cultura da antiguidade europeia levou linguistas, historiadores e arqueólogos a descobertas no mínimo fascinantes.” (GONÇALVES; BASSO, 2010, p. 11). GONÇALVES, R. T.; BASSO, R. M. História da língua. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2010. Afirmar que a língua latina deu origem à língua portuguesa significa afirmar que: Ocultar opções de resposta 1. As características sintáticas, morfológicas e lexicais do latim serviram de base para a constituição da língua portuguesa. 2. Em Portugal, durante muito tempo, incluindo o período das Grandes Navegações, falava-se latim, por isso sua influência no português brasileiro. 3. Os poemas de Homero e Hesíodo serviram de base para a constituição de muitas gramáticas da língua portuguesa, por isso a influência latina. 4. Os aspectos gramaticais, morfológicos e sintáticos do latim ainda estão presentes na língua portuguesa, sem sofrer qualquer alteração. 5. O latim e a língua portuguesa foram utilizadas por falantes em países vizinhos na Europa, por isso o latim influenciou fortemente nossa língua. 5. Pergunta 5 /1 A língua portuguesa contém diferentes estruturas, como o sistema de signos linguísticos, a norma e a fala. Para Evanildo Bechara (2015, p. 42), a norma “É o plano de estruturação do saber idiomático que está mais próximo das realizações concretas. O sistema e a norma de uma língua funcional refletem a sua estrutura.” Portanto, a norma pode ser entendida como aquilo que define como a língua se estrutura e se organiza. BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 38. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 2015. A respeito da norma, analise as afirmativas a seguir e assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas. I. ( ) A norma se relacionas às regras gramaticais e sintáticas de uma língua. II. ( ) As normas que regem a escrita são as mesmas que regem a fala. III. ( ) A norma é muito útil para que todas as pessoas falem de modo correto. IV. ( ) A tradição determina a norma por meio das regras descritas nas gramáticas normativas. Ocultar opções de resposta 1. V, F, F, V. 2. V, F, V, F. 3. F, F, V, V. 4. F, V, F, V. 5. V, V, F, F. 6. Pergunta 6 /1 Leia um trecho do poema “Língua Portuguesa” de Olavo Bilac: “Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... [...] Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, [...]” (BILAC, 1997, p. 32). BILAC, O. Antologia poética. 1. ed. Porto Alegre: L&PM Pocket, 1997. O famoso poema de Bilac identifica a Língua Portuguesa como sendo a “última flor do Lácio” por que foi nessa antiga região da Europa onde começaram os primeiros indícios dessa língua. O poeta também caracteriza a Língua Portuguesa como “inculta e bela” porque ela se originou do Latim Vulgar. Qual é a característica do Latim Vulgar? Ocultar opções de resposta 1. Língua oficial usada como meio de comunicação pela Igreja Católica em seus documentos oficiais e até mesmo por governantes nos registros administrativos da nação. 2. Língua com os registros maisantigos do Império Romano, utilizada, por exemplo, para se fazer a tradução da epopeia grega Odisseia, de Homero. 3. Língua praticada pela classe nobre romana com regras gramaticais que revelavam atenção e cuidado com o seu uso correto. 4. Língua cheia de beleza e estilo utilizada por poetas como Virgílio e filósofos como Cícero para registrar suas obras com meticuloso trabalho com as palavras. 5. Língua utilizada pelo povo comum para se comunicar, sujeita a variações e mudanças provenientes do contato da população com povos falantes de outras línguas. 7. Pergunta 7 /1 “Desde há muito tempo, diversos estudiosos viram semelhanças entre o latim e o grego clássicos que não podiam ser resultado do acaso. No entanto, os estudos dos períodos anteriores ao século XIX eram muito esparsos e baseados em suposições muitas vezes infundadas, [...]. Muitos estudiosos, principalmente aqueles que participaram dos estudos linguístico-comparativos entre o século XIX e começo do século XX, descobriram semelhanças também entre diversas línguas da Europa, organizando essas línguas em famílias linguísticas, que, por sua vez, também eram aparentadas entre si.” (GONÇALVES; BASSO, 2010, p. 12). GONÇALVES, R. T.; BASSO, R. M. História da língua. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2010. Analise as afirmativas a seguir sobre a família europeia de línguas neolatinas: I. A Língua Portuguesa pode ser considerada uma língua neolatina porque é originária do Latim. II. As línguas neolatinas apresentam características sintáticas e lexicais semelhantes entre si. III. O inglês, o alemão e o romeno são exemplos de língua neolatinas. IV. Os casos do Latim Clássico e suas terminações foram preservados nas línguas neolatinas. V. Muitas características do Latim Vulgar podem ser identificadas nas línguas neolatinas. Está correto o que se afirma em: Ocultar opções de resposta 1. I, II, IV. 2. II, III. 3. III, IV, V. 4. I, IV. 5. I, IV, V. INCORRETA 8. Pergunta 8 /1 “A 22 de abril de 1500 Pedro Álvares Cabral chega às costas do Brasil, de que toma posse em nome do rei D. Manuel de Portugal. A colonização portuguesa, porém, só começa em 1532, com a atribuição de quinze capitanias hereditárias. Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram, depois, da África grande número de escravos. O português europeu, o índio e o negro constituem, durante o período colonial, as três bases da população brasileira. Mas, no que se refere à cultura, a contribuição do português foi de longe a mais importante.” (TEYSSIER, 2014, p. 62). TEYSSIER, P. História da Língua Portuguesa. Tradução Celso Cunha. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014. Para que fosse possível a comunicação entre portugueses e indígenas, dada a grande quantidade de línguas indígenas, os europeus que aqui estavam desenvolveram as chamadas línguas gerais. Como podem ser definidas essas línguas? Ocultar opções de resposta 1. As línguas gerais, umbundo e hauça, foram trazidas pelos africanos e eram usadas para a comunicação entre colonos e africanos. 2. As línguas gerais eram aquelas impostas pela Coroa portuguesa para comunicação entre jesuítas e indígenas. 3. As línguas gerais, o nheengatu e a língua geral paulista, eram línguas derivadas do tupinambá, do tupi e do português. 4. As línguas gerais serviram de meio de comunicação entre portugueses e os demais povos da América do Sul com quem faziam comércio. 5. As línguas gerais foram utilizadas pelos escravos para que se comunicassem de modo que seus senhores não pudessem compreendê-los. 9. Pergunta 9 /1 Leia o trecho de uma cantiga composta por D. Dinis (1261-1325), rei de Portugal, em galego- português. - Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo? Ai Deus, e u é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? Ai Deus, e u é? [...] - Vós me preguntades polo voss'amigo e eu bem vos digo que é san'e vivo. Ai Deus, e u é? - Vós me preguntades polo voss'amado e eu bem vos digo que é viv'e sano. Ai Deus, e u é?[...] FCSH. Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 2011-2012. Disponível em: https://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=592&pv=sim. Acesso em: 17 abr. 2019. https://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=592&pv=sim Os povos da Lusitânia, por volta dos séculos XII a XIV utilizavam o galego-português para comunicação. Essa língua tinha como característica: Ocultar opções de resposta 1. O pertencimento às línguas neolatinas, pois é diretamente derivada do Latim e ainda é utilizada para comunicação por algumas comunidades isoladas na Europa. 2. A origem germânica, pois foram os povos germânicos que invadiram a península ibérica e começaram a difundir seu idioma local para os povos daquela região. 3. A utilização apenas pela classe dominante, já que as cantigas eram escritas por reis e nobres para serem cantadas apenas na corte, a população em geral falava Latim. 4. Os aspectos morfológicos semelhantes aos do Latim Vulgar, como o uso dos gêneros masculino e feminino e as formas de singular e plural. 5. A mesma formação do Latim Clássico, com o uso dos casos e de suas terminações de acordo com a posição que determinada palavra ocupava na oração. 10. Pergunta 10 /1 Leia um trecho do poema “Os sapos” de Manuel Bandeira: Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - “Meu pai foi à guerra!” - “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi! [...] O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - “Meu cancioneiro É bem martelado.”[...] Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas: - “Sei!” – “Não sabe!” – “Sabe!” [...] BANDEIRA, M. Os sapos. Estrela da vida inteira. 20 ed. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 46. Manuel Bandeira, compara a sapos os poetas que não participavam do Movimento Modernista. Identifica diversas espécies deles: sapo-boi, sapo-tanoeiro e sapo-pipa. Sobre o processo de formação desses nomes, pode-se afirmar que: Ocultar opções de resposta 1. É o processo de parassíntese já que prefixos e sufixos aparecem lado a lado para formar uma nova palavra com sentido completo. 2. É o processo de sufixação, pois a palavra que aparece após o hífen na verdade, é um sufixo formador de substantivo. 3. É o processo de aglutinação, pois as duas palavras são unidas por um hífen para que uma nova palavra e um novo significado sejam formados. 4. É o processo de justaposição, pois as palavras são colocadas lado a lado para formar um nova sem acontecer a perda de elementos morfológicos. 5. É o processo de prefixação, pois o elemento que se encontra antes no hífen em cada uma das palavras é um prefixo.
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