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C H Émile Durkheim I Competências 1, 2, 3, 4 e 5 Habilidades 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 16, 18, 20, 22, 23, 24 e 25 ENTRE SOCIEDADES 0 3 Competência 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades. H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura. H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas. H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura. H5 Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades. Competência 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder. H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos. H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações. H8 Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social. H9 Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial H10 Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica. Competência 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades. H13 Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder. H14 Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas. H15 Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história. Competência 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social. H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção. H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais. H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano. H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho. Competência 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favo- recendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social. H22 Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas. H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades. H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social. Competência 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem. H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e (ou) geográficos. H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos. H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas. H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas. 31 Émile Durkheim (1858–1917) Introdução Émile Durkheim foi um pensador do século XIX, que viveu durante a chamada Belle Époque. Este período começou em 1890, logo após o fim da Guerra Franco-Prussiana e caracterizou-se pelo otimismo e pela fé no progresso. Houve um grande crescimento econômico em toda a Europa, que promoveu robustos avanços tecnológicos. À época, acreditava-se que a satisfação material se estenderia a todas as classes sociais; todavia, isso não ocorreu. Se o progresso acelerado trouxe benesses inquestionáveis, também carregou consigo problemas sociais, como a pobreza, a violência e os conflitos entre as classes sociais. Após o acirramento das tensões, o desfecho inevitável e terrível foi a Primeira Guerra Mundial. Trajetória do autor Durkheim graduou-se em filosofia, na École Normale Superieure de Paris, em 1883, ano em que começou a preocupar- -se com as questões sociais. Dois anos depois, decidiu viajar para a Alemanha para estudar Ciências Sociais e colocar- -se em contato com o alto grau de desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Decidiu, então, consolidar a sociologia como uma ciência autônoma – em outras palavras, dar maior legitimidade à sociologia com a criação de um novo método de pesquisa. Émile Durkheim Sua tese de doutorado foi Da Divisão do Trabalho Social, de 1893. Em 1895 publicou As regras do método sociológico, onde definiu o objeto de estudo da sociologia – os fatos sociais – e o método que ela deveria seguir. Tal foi a principal contribuição de Durkheim à sociologia. Em 1913, essa ciência se transformou em cátedra. 32 O Fato Social Os fatos sociais são maneiras de pensar, agir e sentir que existem independentemente das manifestações individuais, ou seja, são exteriores ao indivíduo e são generalizados na sociedade. Ademais, são dotados de uma força imperativa e coercitiva sobre os indivíduos. Esses fenômenos nascem no seio da sociedade e nela residem, a despeito do arbítrio de um sujeito isolado. Nas Regras do Método Sociológico, Durkheim estabelece as diferenças entre os fatos que pertencem à psicologia, que são internos ao homem, e os que são estudados pela sociologia, que são externos e coercitivos. Os fatos sociais são impostos por meio de normas oriundas da consciência coletiva e das regras do direito, isto é, estão tanto nos costumes como nas leis escritas. Funcionam, portanto, como reguladoras de conduta, dentro, é claro, dos limites da moralidade. Quando dissemos que os fatos sociais existem a despeito das consciências individuais, afirmamos que existe uma cronologia subjacente: os fatos sociais antecedem a existência de um indivíduo isolado. Significa dizer que já nascemos em uma sociedade organizada, com regras e valores preestabelecidos. Tais normas nos são impostas tanto pela educação escolar como pelo hábito coletivo, fazendo com que o indivíduo socializado as considere como naturais. Embebidos nesses valores, os sujeitos não percebem que os fatos sociais provêm deles mesmos. As instituições são criadas pelos indivíduos, mas com o passar do tempo, elas se consolidam e ganham certa autonomia. Assim, se forma a consciência coletiva, para Durkheim, que estaria longe de ser a soma das consciências individuais, mas algo exterior a cada um. A consciência coletiva seria a síntese de crenças e sentimentos comuns a uma sociedade. Sabemos que a força imperativa da consciência coletiva é sempre presente, uma vez que o indivíduo que resistir a ela é quase sempre coagido pela sociedade. Quem foge das crenças e sentimentoscomuns é moralmente ou legalmente penalizado. Assim, desde cedo, aprende-se a respeitar o conjunto de normas da sociedade. regras, leis, costumes, rituais composta de apresenta-se caracteriza-se por manifesta-se quando assim como seria como ou seja ou sejaforça que os fatos exercem sobre os indivíduos adotamos um idioma ou uma forma de família realidade do indivíduo coerção social regras e leis sociais é exterior ao indivíduo exterioridade generalidade tudo aquilo que é repetido em todos os indivíduos sob formas de SANÇÕES FATO SOCIAL (CARACTERÍSTICAS) Durkheim, portanto, notabiliza o poder da educação e diz que ela consiste em um esforço contínuo de imposi- ção de modos de viver, sentir e agir. Ao passar do tempo, tal coerção educativa deixa de ser sentida pela criança e os novos aprendizados tornam-se normais para ela. Com isso, cria-se uma ordem natural de comportamentos e valores, passada e reproduzida pelas gerações. Cabe ressaltar que há duas formas de manifestação dos fatos sociais. A primeira representa condicionamentos sociais, como o idioma, os costumes, o sistema monetário, as formas de produção, entre outros; e as regras de direito que determinam como agir (código civil) e como punir (código penal). A segunda manifestação dos fatos sociais vê-se na morfologia dos espaços culturais, no ambiente cotidiano; trata-se dos sinais de trânsito, das regras do comércio, nas regras de comunicação, entre outras. Seriam maneiras de se comportar e agir compartilhadas pela coletividade. 33 O Método Sociológico Durkheim defende que os fatos sociais devem ser vistos como coisas, uma vez que são realidades concretas e com grau de existência exterior ao homem. Todo objeto científico seria uma coisa. Para ele, devemos observar os fatos sociais como um físico observa a natureza. A sociologia, portanto, é uma ciência empírica e pouco in- trospectiva. O oposto da matemática, portanto. É necessário ao sociólogo suprimir seus juízos e valores pessoais para não chegar a conclusões precipi- tadas. O maior erro do pesquisador seria o de conduzir suas pré-concepções sobre o fato social durante a pes- quisa. Por isso, o pesquisador deve ser neutro ao objeto analisado. Trata-se de uma concepção científica chama- da de neutralidade axiológica, na qual o pesquisador prescinde de suas paixões e trata o objeto de pesquisa rigorosamente como coisa. É evidente a afinidade de Durkheim com o posi- tivismo. Ele herdou toda a base empirista de Comte e, como tal, defendeu que a sociologia deveria realizar um retrato fiel da realidade, baseando-se nos fatos que a compõem. Tal seria a condição necessária para se criar um conhecimento objetivo e plausível sobre as relações sociais. Por conta dessa preocupação formal, e tendo como base tais premissas, a Sociologia se consolidou como disciplina autônoma. O suicídio como fato social Em sua obra O Suicídio, Durkheim define esse fenômeno como um fato social, pois as causas que o condicionam não são de âmbito orgânico nem psicológico. Não são orgânicos, pois o instinto do homem é de conservação da vida. Não são psicológicos, uma vez que não haveria desgraças pessoais suficientes na vida de um homem para que ele perca a vontade de viver. Por isso, o soció- logo encontrou uma relação entre a realidade social e o suicídio, estabelecendo a seguinte proposição: as taxas de suicídio variam em razão inversa ao grau de integra- ção dos grupos sociais dos quais o indivíduo faz parte. Durkheim fez uma minuciosa classificação dos tipos de suicídio: o suicídio egoísta, o suicídio altruísta e o sui- cídio anômico. O suicídio egoísta é feito pelo indivíduo excluído das relações sociais. O suicídio altruísta é feito por aqueles que são altamente integrados na sociedade e são capazes de entregar-lhe suas próprias vidas para a conservação da coletividade. O suicídio anômico seria aquele promovido pelos que não aceitam as normas da sociedade e se frustram. Toda a pesquisa de Durkheim foi realizada por meio de dados coletados e observações empíricas cri- teriosas. A obra O Suicídio é um exemplo claro da me- todologia durkheimiana aplicada e serviu de base para diversas gerações de sociólogos. Trata-se, efetivamente, de um clássico insuperável da Sociologia. INTERATIVIAA DADE ASSISTIR O Fato Social – E. Durkeim Fonte: Youtube Vídeos Durkheim e o Fato Social Fonte: Youtube Vídeos 34 Livros Durkheim - Organizado por José Albertino Rodrigues Tal obra é uma coletânea dos principais textos de Émile Durkheim. Leitu- ra básica e fundamental para aqueles que estudam Sociologia. As Regras do Método Sociológico – Émile Durkheim As Regras do Método Sociológico, primeiramente publicado em 1895, é um livro de Émile Durkheim. É reconhecido por ser resultado direto do projeto próprio de Durkheim de estabelecer a sociologia como uma nova ciência social. LER Livros Durkheim - Organizado por José Albertino Rodrigues Tal obra é uma coletânea dos principais textos de Émile Durkheim. Leitu- ra básica e fundamental para aqueles que estudam Sociologia. As Regras do Método Sociológico – Émile Durkheim As Regras do Método Sociológico, primeiramente publicado em 1895, é um livro de Émile Durkheim. É reconhecido por ser resultado direto do projeto próprio de Durkheim de estabelecer a sociologia como uma nova ciência social. LER INTERATIVIAA DADE ASSISTIR O Fato Social – E. Durkeim Fonte: Youtube Vídeos Durkheim e o Fato Social Fonte: Youtube Vídeos Livros Durkheim - Organizado por José Albertino Rodrigues Tal obra é uma coletânea dos principais textos de Émile Durkheim. Leitu- ra básica e fundamental para aqueles que estudam Sociologia. As Regras do Método Sociológico – Émile Durkheim As Regras do Método Sociológico, primeiramente publicado em 1895, é um livro de Émile Durkheim. É reconhecido por ser resultado direto do projeto próprio de Durkheim de estabelecer a sociologia como uma nova ciência social. LER Livros Durkheim - Organizado por José Albertino Rodrigues Tal obra é uma coletânea dos principais textos de Émile Durkheim. Leitu- ra básica e fundamental para aqueles que estudam Sociologia. As Regras do Método Sociológico – Émile Durkheim As Regras do Método Sociológico, primeiramente publicado em 1895, é um livro de Émile Durkheim. É reconhecido por ser resultado direto do projeto próprio de Durkheim de estabelecer a sociologia como uma nova ciência social. LER 35 3636 CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES Habilidade 11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. Como os intelectuais pensam sobre seu próprio tempo pode ser uma boa medida para avaliar como a percepção social da realidade caminha. Cada um, segundo sua cultura e seu arcabouço teórico, analisa sua respectiva vida social das maneiras mais distintas. Isso pode ser aplicado tanto a um intelectual medieval da Igreja Católica quanto a um cientista social da atualidade. O Enem exige que o aluno, por meio da leitura de fragmentos apresentados nos enuncia- dos, identifique as preocupações centrais de certos intelectuais ou de alguma tradição de pensamento. moDelo (Enem) A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções e das sínteses filosóficas. Em vez de assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere buscar as brilhantes generalidades em que todas as questões são levantadas sem que nenhuma seja expres- samente tratada. Não é com exames sumários e por meio de intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão complexa. Sobretudo, generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis de nenhum tipo de prova. DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000. O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na: a) vinculação com a filosofia como saber unificado. b) reunião de percepções intuitivaspara demonstração. c) formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social. d) adesão aos padrões de investigação típicos das ciências naturais. e) incorporação de um conhecimento alimentado pelo engajamento político. 3737 Análise expositivA Habilidade 11 Embebida do cientificismo da virada do século XIX ao XX, a sociologia durkheimiana pega emprestado das ciências naturais seu modelo de análise científica. Assim é que Durkheim procura tornar a sociologia uma ciência objetiva, com um objeto de análise (fato social) e um método (método sociológico). Vê-se que o autor é fruto de seu tempo: rechaça veemen- temente a tradição católica e a ausência de uma metodologia científica clara para a análise sociológica. Alternativa D estruturA ConCeituAl Fato Social (objeto da Sociologia) Exterioridade Deve ser tratado como coisa Abrange toda a sociedade Sociedade precede o indivíduo São formas de agir e pensar de uma sociedade É imposto de maneira coercitiva sobre os indivíduos Sua existência está para além da individualidade Fato Social (objeto da Sociologia) 38 1. (UFU) A Sociologia surge no século XIX, mo- mento marcado por uma intensa crise social na Europa. Émile Durkheim não deixou de ser influenciado por esse contexto. Nesse sentido, um dos seus objetivos era fazer da Sociologia uma disciplina científica capaz de criar repostas aos desafios enfrentados pela sociedade moderna. Entre os desafios, colocava-se a crescente contradição entre capital e trabalho, enten- dida pelo autor como um exemplo dos efei- tos de um estado de anomia, caracterizado a) pela excessiva regulamentação estatal sobre as atividades econômicas. b) pela intensificação dos laços de solidariedade mecânica no interior das corporações. c) pela ausência de instituições capazes de exer- cerem um poder moral sobre os indivíduos. d) pelo aprofundamento da desigualdade econô- mica. 2. (UFU) Em 1987, a então Primeira-Ministra da Grã-Bretanha, Margaret Thatcher, deu uma declaração durante uma entrevista que resumia, em parte, o seu ideário político li- beral: “A sociedade não existe. Existem ho- mens, existem mulheres e existem famílias”. O governo de Thatcher ficaria conhecido como um dos precursores do chamado Estado neoliberal, que enfatizava, entre outros ide- ais, o individualismo. Assim, esta concepção de governo contradiz os fundamentos da So- ciologia de Durkheim, segundo o qual a so- ciedade poderia ser identificada a) como a soma de indivíduos que definem seus valores em comum, unindo-se por laços de solidariedade voluntária. b) a partir da existência de um contrato social que dá origem ao Estado e à sociedade civil. c) como o resultado da ação da classe dominan- te, capaz de reunir e controlar as massas. d) pela síntese de ações e sentimentos individu- ais que originam uma vida psíquica sui gene- ris. 3. (Enem) A sociologia ainda não ultrapassou a era das construções e das sínteses filosófi- cas. Em vez de assumir a tarefa de lançar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere buscar as brilhantes generalida- des em que todas as questões são levantadas sem que nenhuma seja expressamente trata- da. Não é com exames sumários e por meio de intuições rápidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade tão com- plexa. Sobretudo, generalizações às vezes tão amplas e tão apressadas não são suscetí- veis de nenhum tipo de prova. DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo: Martins Fontes, 2000. O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em construir uma sociologia com base na a) vinculação com a filosofia como saber unifica- do. b) reunião de percepções intuitivas para de- monstração. c) formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social. d) adesão aos padrões de investigação típicos das ciências naturais. e) incorporação de um conhecimento alimenta- do pelo engajamento político. 4. (UEG) O objeto de estudo da sociologia, para Durkheim, é o fato social, que deve ser tra- tado como “coisa” e o sociólogo deve afastar suas prenoções e preconceitos. A construção durkheimiana do objeto de estudo da sociolo- gia pode ser considerada a) positivista, pois se fundamenta na busca de objetividade e neutralidade. b) dialética, pois reconhece a existência de uma realidade exterior ao pesquisador. c) kantiana, pois trata da “coisa em si” e realiza a coisificação da realidade. d) nietzschiana, pois coloca a “vontade de po- der” como fundamento para a pesquisa. e) weberiana, pois aborda a ação social racional atribuída por um sujeito. 5. (UPE-SSA) Leia o texto a seguir: Nas três primeiras décadas do século XX, em- bora a burguesia já mostrasse sem disfarces a sua faceta conservadora e belicista, defron- tando-se com um movimento operário orga- nizado, e testemunhasse também um aconte- cimento como a instalação do poder soviético na Rússia, conseguia, não obstante, controlar, até certo ponto, as ameaças dos movimentos e dos grupos revolucionários. Além disso, deve-se mencionar que a existência da mono- polização das empresas e dos capitais daque- las décadas, embora consideráveis, evidente- mente eram menos acentuadas do que são em nossos dias. Dessa forma, a burocratização do trabalho intelectual não era ainda uma reali- dade viva e concreta que aprisionava e inibia a imaginação dos sociólogos. MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia? São Paulo: Brasiliense, 2006, pp. 76-77. O texto faz referência a um período da histó- ria da Sociologia. Sobre esse período, é COR- RETO afirmar que a) o conhecimento sociológico foi organizado com base no pensamento iluminista de Des- cartes. b) a escola sociológica francesa se tornou uma referência para os estudos da realidade so- cial com base no pensamento de Durkheim. Aprofunde seus conhecimentos 39 c) a visão sociológica ofereceria um conheci- mento útil para consolidar a desorganização social após a Revolução Francesa e Industrial. d) a pesquisa de campo ganhou destaque com o pensamento positivista, orientando o cami- nho metodológico que o sociológico deveria seguir. e) o pensamento de Augusto Comte represen- tou um importante papel na elaboração do conhecimento sociológico, fundamentado na valorização da economia e dos mitos como instrumento intelectual para compreender as relações sociais. 6. (UEL) Um jovem que havia ingressado re- centemente na universidade foi convidado para uma festa de recepção de calouros. No convite distribuído pelos veteranos não ha- via informação sobre o traje apropriado para a festa. O calouro, imaginando que a festa seria formal, compareceu vestido com tra- je social. Ao entrar na festa, em que todos estavam trajando roupas esportivas, causou estranheza, provocando risos, cochichos com comentários maldosos, olhares de es- panto e de admiração. O calouro não estava vestido de acordo com o grupo e sentiu as represálias sobre o seu comportamento. As regras que regem o comportamento e as ma- neiras de se conduzir em sociedade podem ser denominadas, segundo Émile Durkheim (1858- 1917), como fato social. Considere as afirmativas abaixo sobre as características do fato social para Émile Durkheim. I. O fato social é todo fenômeno que ocorre ocasionalmente na sociedade. II. O fato social caracteriza-se por exercer um poder de coerção sobre as consciências in- dividuais. III. O fato social é exterior ao indivíduo e apre- senta-se generalizado na coletividade. IV. O fato social expressa o predomínio do ser individual sobre o ser social. Assinale a al- ternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e II são corretas. b) Apenas as afirmativas I e IV são corretas. c) Apenas as afirmativas II e III são corretas. d) Apenas as afirmativas I, III e IV são corretas. e) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas. 7. (UFU) A concepção da Sociologia de Durkheim se baseia em uma teoria do fato social. Seu objetivo é demonstrar que pode e deve existiruma Sociologia objetiva e cientí- fica, conforme o modelo das outras ciências, tendo por objeto o fato social. ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 336. Em vista do exposto, assinale a alternativa correta. a) Durkheim demonstrou que o fato social está desconectado dos padrões de comportamen- to culturais do indivíduo em sociedade e, portanto, deve ser usado para explicar ape- nas alguns tipos de sociedade. b) Segundo Durkheim, a primeira regra, e a mais fundamental, é considerar os fatos so- ciais como coisas para serem analisadas. c) O estado normal da sociedade para Durkheim é o estado de anomia, quando todos os indi- víduos exercem bem os fatos sociais. d) A solidariedade orgânica, para Durkheim, possui pequena divisão do trabalho social, como pode ser demonstrada pela análise dos fatos sociais da sociedade. 8. (Unimontes) Coube a Émile Durkheim (1858-1917) a institucionalização da Socio- logia como disciplina acadêmica. Para o soci- ólogo clássico francês, a sociedade moderna implica uma diferenciação substancial de funções e ocupações profissionais. Sobre as análises desse autor, é CORRETO afirmar: a) O problema social é estritamente econômico e depende de vontades individuais. b) O desenvolvimento da sociedade moderna deve passar por um processo de ruptura so- cial e permanente anomia. c) A questão social é também um problema de moralização e organização consciente da vida econômica. d) Para Durkheim, na sociedade moderna não há possibilidades de desenvolvimento das coletividades, por necessitar de novos pac- tos políticos dos governantes. 9. (Unioeste) O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra As Re- gras do Método Sociológico, ocupou-se em estabelecer o objeto de estudo da sociologia. Entre as constatações de Durkheim, está a de que o fato social não pode ser definido pela sua generalidade no interior de uma sociedade. Nessa obra, Durkheim elabora um tratamento científico dos fatos sociais e cria uma base para a sociologia no interior de um conjunto coeso de disciplinas sociais, visan- do fornecer uma base racional e sistemática da sociedade civil. Sobre o significado do fato social para Durkheim, é correto afirmar que a) os fenômenos sociais, embora obviamente inexistentes sem os seres humanos, residem nos seres humanos como indivíduos, ou seja, os fatos sociais são os estados mentais ou emoções dos indivíduos. b) os fatos sociais, parecem, aos indivíduos, uma realidade que pode ser evitada, de ma- neira que se apresenta dependente de sua vontade. Nesse sentido, desobedecer a uma norma social não conduz o indivíduo a san- ções punitivas. 40 c) a proposição fundamental do método de Durkheim é a de que os fatos sociais devem ser tratados como coisas, ou seja, como ob- jeto do conhecimento que a inteligência não penetra de forma natural, mas através da observação e da experimentação. d) Durkheim considera os fatos sociais como coisas materiais. Pode-se afirmar, portanto, que todo objeto de ciência é uma coisa ma- terial e deve ser abordado a partir do prin- cípio de que o seu estudo deve ser abordado sem ignorar completamente o que são. e) os fatos sociais são semelhantes aos fatos psíquicos, pois apresentam um substrato se- melhante e evoluem no mesmo meio, de ma- neira que dependem das mesmas condições. 10. (IFA) “A cada 40 segundos uma pessoa co- mete suicídio no mundo. Ou seja, por ano, um milhão de indivíduos decidem tirar a própria vida. Atualmente, 55% destes têm menos de 45 anos idade - em 1950, por ou- tro lado, 60% dos suicidas eram mais velhos que isto. Os dados são de um relatório da Or- ganização Mundial da Saúde (OMS)”. Disponível em: <http://revistaepoca.globo. com>. Acesso em: 21/01/2013. No final do século XIX, Émile Durkheim pro- duziu um dos estudos clássicos da sociologia. A partir das análises de Durkheim, podemos afirmar que: a) Para Dukheim, o suicídio constitui um fe- nômeno ligado às sociedades marcadas pela solidariedade mecânica, caracterizada como um tipo de laço social onde não sobressaem as tomadas de decisões individuais. b) Para para Durkheim, os fatores psicológicos individuais alteram as taxas médias de sui- cídio. c) Para Durkheim, apenas a pobreza e as con- dições econômicas desfavoráveis promovem o aumento do número de indivíduos que co- metem suicídio. d) Para Durkheim, o suicídio não é motivado apenas por decisões individuais, é um fenô- meno ligado a causas sociais, ao contexto de vida, aos valores culturais. e) Para o sociólogo francês, é o desequilíbrio no funcionamento da sociedade que causa o aumento da taxa média de suicídios. GAbArito 1. C 2. D 3. D 4. A 5. B 6. C 7. B 8. C 9. C 10. E
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