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Primeira semana do 
desenvolvimento humano 
Histologia 
Gametogênese: 
• É o processo de formação e desenvolvimento 
de células germinativas especializadas, os 
gametas, a partir de células bipotentes 
 
• A meiose dentro desse processo possibilita: o 
arranjo aleatório dos cromossomos materno e 
paterno entre os gametas; a constância do 
número cromossômico de geração para 
geração a partir da redução do número 
cromossômico de diploide para haploide, com a 
produção de gametas; recombinação gênica 
• A não disjunção (não separação dos 
homólogos) durante a primeira meiose resulta na 
formação de gametas anormais, podendo 
acarretar em trissomias (quando há 3 
representantes de um cromossomo em 
particular) e monossomia (quando apenas um 
representante de um determinado par de 
cromossomos está presente) 
 
➢ Espermatogênese: 
• As espermatogônias ficam quiescentes nos 
túbulos seminíferos dos testículos durante os 
períodos fetal e pós-natal, e aumentam em 
número durante a puberdade 
• Elas se transformam em espermatócitos 
primários, que sofrem meiose reducional para 
formar espermatócitos secundários haploides, 
que sofrem a segunda divisão meiótica para 
formar espermátides, que vão se transformar 
em espermatozoides a partir da 
espermiogênese 
• As células de Sertoli revestem os túbulos 
seminíferos, sustentam e nutrem os 
espermatozoides/oócitos 
• Os espermatozoides vão dos túbulos 
seminíferos para o epidídimo, ducto longo e 
espiralado, onde ficam armazenados e se 
tornam maduros durante a puberdade 
• No seguimento do epidídimo há o ducto 
deferente, que transporta os sptz para a uretra 
• Os sptz possuem colo, cabeça (onde fica o 
núcleo), acrossoma (organela que deriva do 
Golgi, contém várias enzimas e envolve a 
cabeça) e cauda (peça intermediária – muitas 
mitocôndrias, peça principal e peça terminal) 
• Proteínas da família Bcl-2 estão envolvidas na 
maturação de células germinativas e na sua 
sobrevivência em diferentes estágios. 
• Os genes HOX influenciam a dinâmica dos 
microtúbulos, o formato da cabeça e formação 
da cauda dos sptz 
 
➢ Oogênese: 
• Todas as oogônias se desenvolvem em oócitos 
primários antes do nascimento 
• A oogênese continua até a menopausa 
• O oócito primário é circundado por células do 
tecido conjuntivo, formando apenas uma 
camada, as células foliculares. O oócito primário 
circundado por essas células constitui o folículo 
primário 
• O oócito primário é envolvido por um material 
glicoproteico acelular e amorfo, a zona pelúcida 
• Os oócitos primários iniciam a primeira divisão 
meiótica antes do nascimento, mas o término da 
prófase só ocorre na puberdade, ou seja, 
permanecem em repouso nos folículos 
ovarianos até a puberdade, por conta de uma 
substância conhecida como inibidor da 
maturação do oócito, secretada pelas células 
foliculares 
• A longa duração da primeira divisão meiótica 
(até 45 anos) pode ser responsável pela alta 
frequência de erros meióticos, como a não 
disjunção que ocorre com o aumento da idade 
materna. Além disso, oócitos primários em 
estágio de dictióteno são vulneráveis a radiação 
• Quando um folículo matura, o oócito primário 
antes da ovulação completa a primeira divisão 
meiótica, dando origem ao ovócito secundário e 
ao primeiro corpo polar (célula destinada a 
degeneração) 
• Na ovulação, o oócito secundário realiza a 
segunda divisão meiótica até a metáfase, e só é 
completada se um sptz o penetrar. O segundo 
corpo polar é formado e se degenera. A maior 
parte do citoplasma se concentra no oócito 
fecundado. Quando os corpos polares são 
expelidos a maturação do oócito está completa 
Útero: 
• As paredes do corpo do útero são constituídas 
por 3 camadas: perimétrio (fina camada 
externa); miométrio (espessa camada de 
músculo liso) e endométrio (fina camada interna) 
• Durante a fase lútea do ciclo menstrual, o 
endométrio possui 3 camadas: 
• Uma fina camada compacta de tecido conjuntivo 
em torno dos colos das glândulas uterinas 
• Uma espessa camada esponjosa de tecido 
conjuntivo edematoso (com muito fluido) 
formada pelas porções dilatadas e tortuosas das 
glândulas uterinas 
• Uma delgada camada basal formada pelo fundo 
cego das glândulas uterinas, ela possui seu 
próprio suprimento sanguíneo e não se 
desintegra durante a menstruação 
• As camadas compacta e esponjosa (camada 
funcional) desintegram-se e descamam-se 
durante a menstruação e após o parto 
 
Tubas uterinas: 
• É dividida em infundíbulo, ampola, istmo e 
porção uterina 
• Uma delas conduz o oócito de um dos ovários; 
conduz o zigoto em clivagem para a cavidade 
uterina 
• Conduzem os sptz que entram pelo útero pata 
alcançar a ampola, que é o local de fecundação 
Ovários: 
• São glândulas reprodutivas que produzem 
oócitos,; estrogênio e progesterona 
 
Ciclos reprodutivos femininos: 
• O hormônio liberador de gonadotrofina é 
sintetizado pelas células neurossecretoras do 
hipotálamo. Ele é transportado pela rede de 
capilares da circulação porta hipofisária para o 
lobo anterior da glândula hipófise 
• Ele estimula a liberação de 2 hormônios 
hipofisários: folículo-estimulante (FSH), que 
estimula o desenvolvimento dos folículos 
ovarianos e produção de estrogênio pelas 
células foliculares e luteinizante (LH), que age 
como “disparador” da ovulação e estimula 
células foliculares e corpo lúteo a produzirem 
progesterona 
• Esses hormônios induzem o crescimento dos 
folículos ovarianos e do endométrio 
 
Ciclo ovariano: 
• Cessa na menopausa. As alterações endócrinas, 
somáticas e psicológicas que ocorrem nesse 
período são denominadas climatéricas 
 
➢ Desenvolvimento folicular: 
• O desenvolvimento folicular é caracterizadp por: 
crescimento e diferenciação de um oócito 
primário; proliferação das células foliculares; 
formação da zona pelúcida; desenvolvimento 
das tecas foliculares 
• Conforme o folículo primário cresce, o tecido 
conjuntivo ao seu redor forma uma cápsula, a 
teca folicular 
• A teca interna é vascularizada e glandular e a 
externa é uma camada capsular 
• Células tecais produzem fatores angiogênicos 
que estimulam o crescimento dos vasos 
sanguíneos na teca interna, viabilizando 
nutrientes para o desenvolvimento folicular 
• Em torno das células foliculares forma-se uma 
cavidade, o antro, que armazena líquido folicular. 
Após isso o folículo ovariano é denominado 
folículo secundário 
• O oócito primário é envolvido por um acúmulo 
de células foliculares; e o folículo cresce até 
estar maduro e formar uma dilatação (estigma 
folicular) na superfície ovariana 
• Quem produz estrogênio? folículos em 
desenvolvimento; a teca interna; as células tecais 
secretam androgênios que vão para células 
foliculares, que os convertem em estrogênio; 
glândula intersticial do ovário 
 
➢ Ovulação: 
• Por volta da metade do ciclo ovariano, o FSH e 
o LH atuam no folículo ovariano, que sofre um 
surto de crescimento, produzindo uma saliência 
e um estigma (ponto avascular) na superfície 
ovariana. 
• Ocorre uma onda de produção de LH, devido a 
alta concentração de estrogênio, e a ovulação 
ocorre de 12-24h após o pico de LH 
• Os altos níveis de LH induzem o término da 
primeira divisão meiótica do oócito primário 
• O estigma se rompe, e o oócito secundário é 
expelido (graças a pressão intrafolicular e a 
contração da teca externa, estimulada pelas 
prostaglandinas) junto com o líquido folicular 
• As proteínas MAPK 3/1 ou ERK1/2 regulam as 
vias de sinalização que controlam a ovulação 
• A plasmina e as metalproteases da matriz atuam 
na ruptura do folículo 
• O oócito secundário expelido está circundado 
pela zona pelúcida e pela corona radiata (células 
foliculares organizadas) 
• A zona pelúcida é composta por 3 
glicoproteínas (ZPA, ZPB, ZPC) 
 
➢ Corpo lúteo: 
• Após a ovulação, as paredes do folículo ovariano 
e da teca folicular colapsam e se tornam 
pregueadas 
• O LH faz com que elas formem ocorpo lúteo, 
estrutura glandular que secreta progesterona e 
alguma quantidade de estrogênio, o que faz 
com que o endométrio se prepare para a 
implantação do blastocisto 
• Se o oócito é fecundado, o corpo lúteo cresce 
e forma o corpo lúteo gestacional, que fica ativo 
nas primeiras 20 semanas de gestação, e 
aumenta a produção hormonal.. A gonadotrofina 
coriônica humana (hormônio secretado pelo 
sinciciotrofoblasto do blastocisto) impede a 
degeneração do corpo lúteo. A placenta assume 
a produção de estrogênio de progesterona 
• Se o oócito não é fecundado, o corpo lúteo se 
degenera 10-12 dias após a ovulação, e é 
chamado de corpo lúteo menstrual. Ele se torna 
uma cicatriz branca no tecido ovariano (corpo 
albicans) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma dor abdominal chamada mittelschmerz 
acompanha a ovulação. Nesses casos, a 
ovulação causa sangramento leve no 
interior da cavidade abdominal, que resulta 
em dor súbita e constante. Essa dor pode 
ser um indicador secundário da ovulação 
Anovulação: 
Algumas mulheres não ovulam devido a 
liberação inadequada de gonadotrofina. A 
ovulação pode ser induzida pela 
administração de gonadotrofinas ou de um 
agente ovulatório (citrato de clomifeno ex.), 
substância que estimula a liberação de FSH 
e LH, resultando na maturação de vários 
folículos ovarianos e várias ovulações. 
Nesses casos, a incidência de gravidez 
múltipla aumenta 
Ciclo Menstrual: 
• É o período que o oócito amadurece, é ovulado 
e entra na tuba uterina 
• O tempo médio é de 28 dias, sendo o primeiro 
dia do ciclo quando se inicia o fluxo menstrual 
1. Fase Menstrual: 
• A camada funcional da parede uterina 
desintegra-se e é expelida na menstruação. 
Após a menstruação, o endométrio fica delgado 
2. Fase Proliferativa: 
• Dura aproximadamente 9 dias e coincide com o 
crescimento dos folículos, que vão liberar 
estrogênio que vai controlar essa fase. A 
superfície do epitélio se refaz e recobre o 
endométrio, que vai aumentar em espessura e 
em conteúdo de água. Glândulas aumentam em 
número e comprimento e artérias espiraladas se 
alongam 
3. Fase Secretora (fase lútea): 
• Dura aproximadamente 13 dias e coincide com a 
formação, funcionamento e crescimento do 
corpo lúteo. A progesterona produzida por ele 
estimula o epitélio glandular a secretar um 
material rico em glicogênio. As glândulas 
crescem, e o endométrio se espessa por conta 
dela e do estrogênio do corpo lúteo, e por 
conta do aumento de fluido no tecido conjuntivo 
• As artérias espiraladas crescem e se tornam 
tortuosas; a rede venosa se torna mais 
complexa e há o desenvolvimento de lacunas. 
As anastomoses arteriovenosas são importantes 
• Se a fecundação não ocorre: o corpo lúteo se 
degenera; níveis de estrogênio e progesterona 
diminuem e o endométrio secretor entra na 
fase isquêmica; ocorre a menstruação 
4. Fase Isquêmica: 
• Ocorre a constrição das artérias espiraladas 
como resultado da diminuição da secreção de 
hormônios, por conta da degradação do corpo 
lúteo 
• Há parada da secreção glandular, perda de fluido 
intersticial e adelgaçamento do endométrio 
• No fim dessa fase, as artérias se contraem por 
longos períodos, provocando a estase venosa 
(congestão e diminuição da circulação venosa) e 
necrose isquêmica (morte) dos tecidos 
superficiais 
• Logo, ocorre a ruptura da parede dos vasos 
lesionados e o sangue penetra no conjuntivo 
adjacente. Lacunas de sangue se formam e 
rompem na superfície endometrial, resutando 
em sangramento para a cavidade uterina e 
através da vagina. Pequenos fragmentos de 
endométrio também caem na cavidade e são 
expelidos com o sangue 
• Remanescentes da camada esponjosa e basal 
permanecem para que se regenerem 
• Se a fecundação ocorrer: inicia-se clivagem do 
zigoto e blastogênese; início da implantação do 
blastocisto no endométrio (6 dia da fase lútea); a 
gonadotrofina coriônica humana mantém o 
corpo lúteo secretando estrogênio e 
progesterona; fase lútea prossegue e 
menstruação não ocorre 
5. Gestação: 
• Ciclos menstruais cessam e endométrio vai para 
a fase gravídica. Com o término da gestação os 
ciclos ovariano e menstrual voltam a funcionar 
após um período de 6 a 10 semanas se a 
mulher não estiver amamentando. 
 
Transporte de Gametas: 
➢ Transporte do oócito: 
• Durante a ovulação, extremidades fimbriadas da 
tuba uterina se aproximam do ovário.. A ação de 
varredura das fímbrias e a corrente de fluido 
produzida pelo cílios das células mucosas das 
fímbrias “varrem” o oócito secundário para o 
infundíbulo afunilado da tuba uterina. O oócito vai 
para a ampola como resultado da peristalse, que 
conduz o oócito na direção do útero 
 
➢ Transporte dos espermatozoides: 
• A ejaculação do sêmen é dividida em 2 fases: 
I. Emissão: o sêmen é enviado para a uretra 
pelos ductos ejaculatórios após a peristalse 
dos ductos deferentes; a emissão é uma 
resposta autônoma simpática 
II. Ejaculação: O fechamento do esfíncter 
vesical no colo da bexiga, a contração do 
músculo eretral e dos bulboesponjosos 
fazem com que o sêmen seja expelido da 
uretra através do óstio uretral externo 
• Os sptz saem do epidídimo e vão para a uretra 
por peristalse dos ductos deferentes. 
• Glândulas sexuais acessórias (próstata, glândulas 
seminais, glândulas bulbouretrais) produzem 
secreções que são adicionadas no fluido 
espermático ne uretra e ductos deferentes 
• Durante o sexo, sptz são depositados ao redor 
do óstio uterino externo e no fórnice da vagina. 
Eles passam através do colo uterino 
• A enzima vesiculase (produzida por glândulas 
seminais) coagula parte do sêmen ejaculado e 
forma um tampão vaginal, impedindo seu 
retorno para a vagina. Além disso, essa glândula 
secreta frutose: fonte de energia para sptz 
• Durante a ovulação, o muco do colo uterino 
aumenta e se torna menos viscoso, facilitando a 
passagem dos sptz 
• As prostaglandinas no sêmen estimula 
contrações uterinas durante o sexo e auxiliam 
passagem do sptz para a tuba uterina 
• Os sptz só se tornam móveis na ejaculação e 
sua velocidade varia de acordo com pH do meio: 
mais rápidos no útero (alcalino) e mais lentos na 
vagina (ácido) 
• A maioria dos sptz se degenera e é reabsorvida 
pelo trato genital feminino 
 
Maturação dos espermatozoides: 
• Sptz recém-ejaculados são incapazes de 
fecundar um oócito. Eles passam por um 
período de capacitação, pela ação de 
substâncias secretadas pela tuba uterina ou 
útero enquanto eles estão nessas regiões, em 
que a cobertura glicoproteica e de proteínas 
seminais é removida da superfície do acrossoma 
• Componentes da membrana são alterados, mas 
os sptz capacitados não mostram alterações 
morfológicas, mas são mais ativos 
• Na fertilização in vitro tal processo é induzido 
pela incubação dos sptz em um meio específico 
• Logo, o acrossoma do sptz capacitado se liga a 
glicoproteína (ZP3) da zona pelúcida. 
• M.P do sptz, íons de Ca++, prostaglandinas e 
progesterona possuem importante papel na 
reação acrossômica 
• Quando os sptz entram em contato com a 
corona radiata, eles sofrem alterações que 
resultam em perfurações no acrossoma, o que 
permite pontos de fusão entre a M.P do sptz e 
a membrana acrossômica, que vão se romper e 
produzir aberturas, por onde enzimas da 
vesícula acrossômica são liberadas e auxiliam a 
fecundação (hialuronidase e acrosina) 
 
Viabilidade dos gametas: 
• Oócitos são fecundados cerca de 12 horas após 
ovulação; não podem ser fecundados após 24 
horas pois se degeneram 
• Maioria dos sptz não sobrevivem mais de 48 
horas no trato genital feminino 
• Alguns sptz ficam armazenados em pregas da 
mucosa do colo uterino e gradualmente 
liberados, o que aumenta chances de 
fecundação 
• Sptz e oócitos podem ser congelados por 
muitos anos para serem usados na fertilização in 
vitro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequência da fecundação: 
• Normalmente a fecundação ocorrena ampola 
da tuba uterina. Se o oócito não for fecundado 
ele vai para o corpo do útero e é degenerado e 
reabsorvido 
• Oócitos e células foliculares circundantes liberam 
sinais químicos que guiam sptz para o oócito 
(quimiotaxia dos sptz) 
 
➢ Fases da Fecundação: 
• Passagem de um sptz através da corona radiata: 
a dispersão de células foliculares da corona 
radiata que circunda zona pelúcida + oócito é 
resultado da hialuronidase. Além disso, algumas 
enzimas da mucosa da tuba uterina também 
Fertilidade masculina: A infertilidade pode resultar de uma 
baixa contagem de sptz, de pouca motilidade, do uso de 
medicamentos ou drogas, de alterações endócrinas, da 
exposição a poluentes ambientais, do tabagismo, de sptz 
anormais ou da obstrução de um ducto genital 
Vasectomia: Remoção cirúrgica de todo ou um segmento 
dos ductos deferentes. Após tal processo não há sptz no 
sêmen 
Dispermia e triploidia: 2 sptz podem participar da 
fecundação (dispermia), que resulta em um zigoto com 
um conjunto de cromossomo a mais. Embriões triploides 
(69 cromossomos) quase sempre são abortados 
espontaneamente ou morrem logo após o nascimento 
auxiliam a dispersão. Movimentos da cauda dos 
sptz são importantes na penetração 
• Penetração da zona pelúcida: As enzimas 
esterase, acrosina (proteolítica e mais 
importante) e neuraminidase causam a lise 
(dissolução) da zona pelúcida., formando uma 
passagem para o sptz penetrar o oócito 
• Assim que o sptz adentra a zona pelúcida 
ocorre a reação zonal, em que propriedades da 
zona se alteram, tornando-a impermeável a 
outros sptz. Essa reação é resultante da ação 
de enzimas lisossomais liberadas por grânulos 
corticais próximos a MP do oócito. O conteúdo 
desses grânulos, que são lilberados no espaço 
perivitelino, também provoca alterações na MP 
tornando-a impermeável a outros sptz 
• Fusão das MP do oócito e do sptz: As MP se 
fundem e se rompem. A cabeça e a cauda do 
sptz entram no citoplasma do oócito mas a MP 
e mitocôndrias espermáticas não entram 
• Término da 2ª divisão meiótica do oócito e 
formação do pronúcleo feminino: Quando o sptz 
penetra o oócito, o oócito maduro e um 2º 
corpo polar são formados. Os cromossomos 
maternos descondensam e o núcleo do oócito 
maduro se torna o pronúcleo feminino 
• Formação do pronúcleo masculino: No 
citoplasma do oócito o núcleo do sptz aumenta 
e forma o pronúcleo masculino e a cauda 
degenera 
• O oócito contendo dois pronúcleos haploides é 
denominado oótide. Quando se fundem a oótide 
se torna um zigoto, e os cromossomos se 
organizam em fuso de clivagem, em preparação 
para as sucessivas divisões 
• Metade dos cromossomos é paterna e a outra 
metade materna. O crossing-over dos 
cromossomso produz uma recombinação do 
material genético. O sexo cromossômico do 
embrião é determinado na fecundação 
dependendo do tipo de sptz (X ou Y) que 
fecunde o oócito 
 
❖ Pré-seleção do sexo do embrião: Técnicas 
microscópicas separam sptz X e Y usando: 
diferenças nas capacidades natatórias dos sptz x 
e y; diferença na velocidade de migração dos 
sptz em um campo elétrico; difereça na forma 
(X e Y); diferença no DNA entre os sptz X (tem 
mais) e Y 
❖ Fertlização in vitro (FIV): folículos ovarianos são 
estimulados a se desenvolverem e 
amadurecerem pela administração de 
gonadotrofina ou citrato de clomifeno 
(superovulação); oócitos maduros são aspirados 
de folículos maduros através da laparoscopia; 
oócitos são colocados em placa de Petri, que 
contém sptz capacitados; fertilização dos oócitos 
e clivagem dos zigotos em meio de cultura até 
alcançar estágio de 4 a 8 células; transferência 
de 1-3 embriões formados para interior do útero 
introduzindo-se um cateter através da vagina e 
colo uterino; paciente permanece em posição 
supina por várias horas; as chances de gravidez 
múltipla e abortos espontâneos são maiores 
❖ Injeção Intracitoplasmática de sptz: Sptz pode 
ser injetado diretamente no citoplasma de um 
oócito maduro 
❖ Fertilização assistida in vivo: A transferência 
intrafalopiana de gametas envolve a 
superovulação, coleta de sptz e oócitos e a 
colocação deles no interior das tubas 
(laparoscopia). A fecundação ocorre na ampola 
❖ Mães substitutas: A FIV pode ser realizada em 
mulheres sem útero, mas que produzem 
oócitos maduros, onde o embrião é transferido 
para útero de outra mulher, onde se 
desenvolverão até o parto 
 
Clivagem do zigoto: 
• Ela ocorre conforme o zigoto passa pela tuba 
uterina em direção ao útero, e consiste em 
divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando 
em aumento do número de células 
(blastômeros), que se tornam menores.. O zigoto 
continua dentro da zona pelúcida, e a divisão se 
inicia 30 horas após a fecundação 
• Após o estágio de 9 células, os blastômeros se 
agrupam uns com os outros (compactação), 
sendo mediados por glicoproteínas de adesão. 
Isso possibilita uma maior interação célula-célula 
e é um pré-requisito para a separação de 
células internas que formam o embrioblasto 
(massa célular interna) do blastocisto 
• Quando há 12-32 blastômeros a bola compacta 
passa a ser chamada de mórula. Ela se forma 3 
dias após a fecundação e chega ao útero 
 
❖ Mosaicismo: A não disjunção (falha na separação 
de cromátides irmãs) durante divisões inicias da 
clivagem, forma um embrião com 2 ou mais 
linhagens celulares com número cromossômico 
diferente. Indivíduos em que há um mosaicismo 
numérico são chamados mosaicos. Ex: zigoto 
com cromossomo 21 a mais = algumas células 
com esse complemento e outras sem ele. 
Indivíduos que são mosaicos para uma dada 
trissomia são menos gravemente afetados do 
que aqueles com a condição não mosaico 
 
Formação do Blastocisto: 
• Logo após a mórula ter alcançado o útero (4 
dias após fecundação), no interior dela a 
cavidade blastocística (preenchida por líquido 
vindo da cavidade uterina e que passou pela 
zona pelúcida) se forma. O líquido conforme 
aumenta separa os blastômeros em 2 partes: 
• Trofoblasto, delgada camada celular externa, que 
formará a parte embrionária da placenta; e o 
embrioblasto, grupo de blastômeros centrais, 
que formará o embrião 
• O fator de gestação inicial (ptn 
imunossupressora) é secretado pelas células 
trofoblásticas e aparece no soro materno cerca 
de 24-48 hrs após fecundação. É a base do 
teste de gravidez durante 10 primeiros dias 
• Durante a blastogênese, o concepto (embrião e 
suas membranas) é chamado de blastocisto. 
Depois que o blastocisto flutuou pelas secreções 
uterinas por 2 dias a zona pelúcida 
gradualmente se degenera e desaparece, o que 
vai permitir o rápido crescimento do blastocisto 
• A secreção das glândulas uterinas nutre o 
blastocisto enquanto ele flutua no útero 
• Aproximadamente 6 dias após a fecundação, o 
blastocisto adere ao epitélio endometrial, 
adjacente ao polo embrionário. Logo, o 
trofoblasto se prolifera e se diferencia em 2 
camadas: 
• Uma camada interna: citotrofoblasto 
• Uma camada externa: sinciciotrofoblasto, massa 
protoplasmática multinucleada sem limites 
celulares observáveis 
• O fator de crescimento transformador Beta 
(TGF-B) regula a proliferação e diferenciação do 
trofoblasto por interação de ligantes com 
receptores dos tipos I e II das quinases proteicas 
serina/treonina 
• Em torno de 6 dias, prolongamentos do 
sinciciotrofoblasto se estendem pelo epitélio 
endometrial e invadem tecido conjuntivo. Ele 
também se expande no polo embrionário e 
produz enzimas que erodem tecidos maternos, 
possibilitando o blastocisto se implantar no 
endométrio 
• No final da primeira semana o blastocisto está 
implantado na camada compacta do endométrio 
e obtém nutrição de tecidos maternos erodidos 
• Por volta de 7 dias, uma camada de células, o 
hipoblasto (endoderma primário) aparece na 
superfície do embrioblasto voltada para a 
cavidade blastocística 
 
 
 
❖ Diagnóstico genético pré-implantação: Pode ser 
feito entre 3-5 diasapós a FIV do oócito. 1 ou 2 
blastômeros são removidos do embrião que 
apresenta risco de defeito genético. As células 
são analisadas antes da transferência para o 
útero. O sexo do embrião também pode ser 
determinado a partir de um blastômero de um 
zigoto com 6-8 células por PCR e FISH. O corpo 
polar também pode ser testado para doenças 
em que a mãe seja portadora 
❖ Embriões anormais e abortos espontâneos: A 
implantação pode falhar devido a produção 
inadequada de estrogênio e progesterona pelo 
corpo lúteo. O aborto espontâneo precoce 
ocorre por vários motivos e um deles é 
presença de anomalias cromossômicas