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Janderson Fernando da Silva Anestésicos Locais E seus usos na odontologia Farmacologia O que são Droga que pode bloquear de forma reversível a transmissão do estímulo nervoso no local onde for aplicada, sem ocasionar alteração no nível de consciência. Seleção da droga Segurança e eficácia na anestesia (1ml/min – tubete); Tipo e duração do procedimento realizado; Estado de saúde do paciente; Preparações e posologia: Aplicação em dose única 1,8mll; Diluído em H2O destilado com NaCl (isotônico); pH variado (3-7). Lidocaína Solução a 2% - sem vasoconstritor; Potência moderada e baixa toxicidade; Rápido início de ação (2-3 minutos); Metabolização hepática e excreção renal. Formulações disponíveis e tempo de trabalho: Sem vaso: 10 minutos para polpa e 35 minutos para tecidos moles; Com vaso: 50 minutos para polpa e 190 minutos para tecidos moles. Mepivacaína Solução a 2% Muito semelhante a lidocaína; Menor ação vasodilatadora. Formulações disponíveis e tempo de trabalho: Sem vaso: 30 minutos para polpa e 150 minutos para tecidos moles; Com vaso: 60 minutos para polpa e 180 minutos para tecidos moles. Prilocaína Solução a 3% Menos potente que a lidocaína; Inicio de ação rápido (2-3 minutos/PKa-7,7); Metabolização hepática e plasmática e excreção renal; Metahemoglobinemia (o-toludina). Formulações disponíveis e tempo de trabalho: Com vaso: 45 minutos para polpa e 160 minutos para tecidos moles Vasoconstritor: felipressina. Bupivacaína Análogo da mepivacaína (muito lipossolúvel); Muito potente (4x); Inicio de ação lento (6-8min/PKa-8,1); Mais cardiotóxica (0,5%)-levobupivacaína. Formulações disponíveis e tempo de trabalho: Sem vaso: 40 minutos para polpa e 150 minutos para tecidos moles; Com vaso: 250 minutos para polpa e 650 minutos para tecidos moles. Articaína Semelhante a bupivacaína; Inicio de ação rápido (1-3 minutos); Metabolização hepática e plasmática e excreção renal. Formulações disponíveis e tempo de trabalho: Sem vaso: não disponível; Com vaso: 150 minutos para polpa e 250 minutos para tecidos moles. Dose máxima Janderson Fernando da Silva Calculo da dose máxima Ex: dose máxima de lidocaína 2% para uma pessoa de 60kg 2000mg 100ml X 1,8ml (tubete) * corta os zeros e multiplica em forma de “X” 2000mg 100ml X 1,8ml (tubete) 20mg x 1,8ml = 36 X = 36 mg de lidocaína 1kg 4,4mg 60kg y * multiplica em forma de X mais uma vez 60kg x 4,4mm = 264 Y = 264 mg de lidocaína y x = 264mg 36mg = 7 tubetes Calculo da dose de vasoconstritor Algumas soluções como a Adrenalina (Epinefrina) podem ser expressas como 1: 1000, 1: 10000, 1: 80000, 1: 100000, 1: 200000. Isso significa que: 1:1000 de Adrenalina (ampola), há 1 (uma) parte de Adrenalina para 1000 partes de solução. Vamos calcular quantas miligramas de Adrenalina está presente. 1: 1000 solução de Adrenalina = 1g de Adrenalina em 100ml de solução = 1000mg de Adrenalina em 1000ml de solução (corta os zeros) = 1mg/1ml. 1: 10 000 solução de adrenalina = 1g de Adrenalina em 10 000ml de solução = 1000mg por 10 000ml = 1mg por 10ml, que também pode ser expresso como 100mcg*ml. * 1g = 1000ml. Interações medicamentosas Barbitúricos, opioides e anestésicos gerais – depressores do SNC; Agentes arrítmicos; Cimetidina e ranitidina – inibidores do sistema microssomal; ATC, cocaína, crack, β -bloqueadores e fenotiazínicos. Anestésicos locais X pacientes especiais Analisar fisiopatologia; Características clínicas; Em pacientes não tratados: Realizar tratamento médico (não realizar nenhum procedimento odontológico), em caso de urgência, fazer uso do anestésico sem vaso; Paciente tratado: não é contraindicado o uso de vasocontritor (usar no máximo 3 tubetes). Feocromocitoma Paciente não tratado: Realizar tratamento médico (não realizar nenhum procedimento odontológico), nem em caso de urgência; Paciente tratado: é contraindicado o uso de vasocontritor (usar anestésico sem vaso em paciente pré-sedado. Realizar procedimentos de forma rápida. Alergias e sulfitos Características clínicas – prurido, angioedema, dermatite, asma, anafilaxia.; Contra indicado uso de anestésico com vasoconstritor (adrenalina e congêneres); Optar por felipressina como vasoconstritor. Paciente idoso População em franco crescimento; Alterações fisiológicas (ajuste de dose); Redução dos líquidos corporais; Aumento da relação massa adiposa/massa muscular; Atividade hepática e renal; Maior incidência de doenças crônicas (interações medicamentosas). Atendimento odontológico: Atendimento rápido e no início da tarde. Anestésico local: Adequação de dose; Não é contra indicado o uso de vasoconstritores (normais); Cuidados com prilocaína (situação fisiológica senil). Paciente pediátrico Diferenças metabólicas (adequação de dose). Anestésico local: São mais sensíveis (volume sanguíneo menor); Não é contra indicado o uso de vasoconstritores (normais); Observar o limite anestésico; Cuidados com prilocaína (hematohemoglobinemia) e bupivacaína (trauma de mordida); Janderson Fernando da Silva Sedação (reduzir quantidade de anestésico). Pacientes gestantes Alterações morfofisiológicas; Deslocamento de órgãos e compressão vascular; FC, FR e PA; Aumento da síntese de hormônios; Aumento da demanda de insulina “diabetes gestacional”; Lesões de tecido mole na cavidade oral (gengiva gravídica e granuloma piogênico). Anestesia local: Bases anestésicas (ultrapassam a placenta); Não é contra indicado o uso de anestésicos locais com vasoconstritor em grávidas/lactantes (normossistêmicas); Ligação a proteínas plasmáticas (lidocaína-64%, prilocaína-55% e mepivacaína-77%); Cuidado com o Citanest; Prilocaína (baixo peso molecular); Tratamento da metahemoblobinemia; Felipressina; Anestesia local: prilocaína. Diabetes mellitus Analisar fisiopatologia; Classificação; Tratamento (tipo I ou tipo II); Atentar para os sintomas durante a anamnese e encaminhar para a realização de exames. Cuidados durante o atendimento odontológico: Atendimentos longos podem causar desmaios; Cirurgias que limitam função mastigatória (contactar endocrinologista). Anestesia local: Não é contra indicado ouso de anestésicos com vasoconstritor nestes pacientes controlados; Evitar o uso de Adrenalina como vasonconstritor em pacientes não medicados (cetoacidose), usar felipressina. Doenças cardiovasculares Hipertensão arterial Anestesia local: Hipertenso controlado (indicado o uso de vasoconstritores); Hipertenso medicado com leve elevação de pressão durante atendimento: anestésico sem vasoconstritor ou usar felipressina (3 tubetes) ou Adrenalina (2 tubetes); Hipertenso medicado com grande elevação de pressão durante atendimento (só atender urgência e em ambiente adequado. Usar mesmo protocolo, preferir anestésico sem vaso, avaliar sedação). Paciente pós-infarto Evitar atendimento durante os 6 primeiros meses; Em caso de urgência, fazer em ambiente hospitalar com anestésico local sem vaso ou felipressina (2 tubetes) ou adrenalina (1,5 tubete); Cuidado com o uso de anticoagulantes. Paciente portador de ICC: Analisar fiosiopatologia; Etiologia (hipertensão, defeitos septais, infarto, estenose aórtica, defeitos valvares); Tratamento; Anamnese odontológica (náusea, vomito, perda de peso, confusão neurológica, alucinações); Tratamento odontológico (evitar esforço); Atendimento rápido; Em ambiente hospitalar; Evitar taquicardia; Usar benzodiazepínicos; Usar anestésicos sem vaso ou com vaso de formarestritiva; Taquicardia persistente = suspender medicamento. Paciente portador de arritmia FC no adulto (60 a 100) na criança, idoso e atleta; Analisar fisiopatologia; Tratamento (antiarrítimicos, β -bloqueadores e digitálicos). Anestésico local: Usar anestésicos com felipressina (3 tubetes) ou adrenalina (2 tubetes); Evitar anestésico sem vasoconstritor. Anestésicos tópicos Lidocaína – xylocaína spray 10%, 50ml (astra); Lidocaína – xylocaína pomada 5%, bisnaga 25g (astra); Benzocaína - topex 20%, 3 potes, 12g cada (DLF); Benzocaína – bio-top 20%, 3 potes, 12g cada (Herpo); Benzocaína – dorfree, 3 potes, 12g cada (SSWhite).
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