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CIVIL – InformAtivo E aí, galera, beleza? Esse é o nosso caderno de informativo de Civil, que usamos para estudo pessoal com base nos informativos disponibilizados pelo Dizer o Direito. Nós pegamos o informativo disponibilizado pelo Dizer o Direito e acrescentamos perguntas referentes ao julgado (tese + fundamentos) a fim de estimular um estudo ativo, o qual é o mais eficaz em termos de aprendizagem. Estudo Ativo, em suma, é um estudo em que nós procuramos gerar as informações; fazer a nossa própria codificação, e não apenas ler e reler. Não estamos criticando quem revisa grifos (até porque nós também eventualmente fazemos isso), mas os pesquisadores apontam que o mais eficaz é tentar se recordar da informação por si próprio, pois desse modo as informações conectam-se, associam-se e consolidam-se. E como fazemos um estudo ativo? Fazendo perguntas a si mesmo; tentando explicar para si ou para outra pessoa o conteúdo; realizando questões, etc. Diante disso, surgiu a ideia de fazermos esse material de Informativo com Perguntas para forçar o leitor a fazer um estudo ativo antes de propriamente ler o julgado. Espera-se, assim, que a aprendizagem seja mais duradoura, evitando as chamadas Ilusões de Competência, as quais são criadas quando criamos familiaridade com o material e achamos que possuímos pleno domínio da matéria, apenas por conseguir ler rápido ou a leitura fluir. Ocorre que, às vezes, isso é apenas uma Ilusão de Competência, de modo que quando algum amigo pergunta sobre o informativo, não sabemos responder ou erramos na prova. Esperamos que gostem do material e que ele ajude vocês a conquistar os seus sonhos. Tmj! Lista de Perguntas – Estudo Ativo 2021 ................................................................................................................. 18 O que se entende por Princípio da Porta Aberta? É possível que uma Cooperativa de Trabalho Médico faça seleção pública para o ingresso de novos médicos cooperados ou haverá violação ao Princípio da Porta Aberta? .......................................................................................... 18 Há responsabilidade civil na hipótese de divulgação pelos interlocutores ou por terceiros de mensagens trocadas via Whatsapp? Por quê? Há exceção? ............................................................................ 20 A adoção realizada na vigência do CC/16 pode ser revogada pelas partes após entrada em vigor do Código de Menores, mas antes da entrada em vigor do ECA? O Código Civil de 1916 admitia a revogação da adoção? O Código de Menores admitia a revogação da adoção? 22 É abusiva a pactuação do IGPM como índice de correção monetária? Por quê? ................................................................................................... 24 Exige-se a desconsideração da personalidade jurídica para executar bens da EIRELI em razão de dívida pessoal do empresário que constituiu a EIRELI? Por quê? A Sociedade Unipessoal é admitida no Brasil? A EIRELI continua prevista em nosso ordenamento jurídico? Houve a revogação expressa da figura das EIRELI em nosso ordenamento? ......................................................................................... 25 Exige-se autorização judicial para a contratação de advogado por representante de incapaz para atuar em processo de Inventário? Por quê?.......................................................................................................... 28 O que se entende por Cláusula Resolutiva Expressa do contrato? A Cláusula Resolutiva Expressa e a Tácita exigem o pronunciamento judicial para haver a resolução da relação negocial? É possível ajuizar Ação Possessória com base em cláusula resolutiva expressa decorrente de inadimplemento contratual do promitente comprador ou se exige prévia propositura de ação para resolução do contrato? É necessária a Interpelação para constituir em mora o devedor quando presente cláusula resolutiva expressa? A Notificação para constituir em mora o devedor precisa conter o valor do crédito em aberto ou basta a menção à necessidade de purgar a mora?.............................. 30 O fato de o genitor se encontrar preso afasta a possibilidade de prestação de alimentos no âmbito de uma ação de alimentos? Por quê? De quem é o ônus de provar que o preso exerce atividade remunerada ou recebe auxílio-reclusão? Por quê? .................................................. 33 A homologação de decisão estrangeira sobre alimentos impede que o devedor ajuize ação revisional do valor da pensão alimentícia? ....... 35 Locatário pode ajuizar ação contra o condomínio no intuito de impugnar ausência de prestação de contas? Por quê? Pode ajuizar a prestação de contas contra o Locador? ............................................... 37 É possível afastar a impenhorabilidade do bem de família na hipótese de crédito decorrente de financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, caso o referido imóvel tenha sido vendido e, com tais recursos, tenha sido comprado outro? Por quê? ......................... 38 No que se refere às Arras, a devolução das Arras somada ao equivalente no caso de Inexecução por quem recebeu as Arras pode ser pleiteada tanto nas Arras Confirmatórias quanto nas Arras Penitenciais? No que se refere às Arras, a indenização suplementar em razão da inexecução do contrato por quem recebeu as Arras pode ser pleiteada tanto no caso de Arras Penitenciais quanto nas Arras Confirmatórias? ...................................................................................... 40 A taxa de manutenção de loteamento urbano cobrada por associação de moradores vincula os adquirentes em relação à obrigação de pagar as taxas somente a partir da aquisição ou também eventuais débitos do antigo proprietário? Por quê? .......................................................... 42 É possível a penhora de bens do devedor de alimentos, durante o período da pandemia da COVID, sem que ocorra a conversão do rito da prisão civil para o rito da constrição patrimonial? .............................. 43 A operadora pode ser obrigada a oferecer plano individual a usuário de plano coletivo extinto ainda que ela não disponibilize essa modalidade contratual? Por quê? E se o Usuário do plano for Idoso? Caso a operadora não seja obrigada a fornecer esse plano individual, o usuário idoso ficará desprotegido? ................................................... 45 Cabe Habeas Corpus contra decisão que fixou guarda unilateral de criança? ................................................................................................... 46 Em Ação Demolitória, é necessário o Litisconsórcio Passivo Necessário entre os coproprietários do imóvel? Por quê? A Ação Demolitória está prevista no CPC/15? A Demolitória vai seguir procedimento especial ou procedimento comum? Qual a diferença entre a Ação Demolitória e a Ação de Nunciação de Obra Nova? É possível a conversão de uma Ação de Nunciação de Obra Nova em Demolitória? ............................................................................................ 47 É possível o ajuizamento de uma Ação de Imissão na Posse em relação a um imóvel que esteja sendo objeto de Ação Possessória? Por quê? Caso haja o ajuizamento da ação de imissão na posse na pendência de ação possessória, o que acontecerá com a ação de imissão? ........... 49 É possível que a entidade esportiva mandante do jogo responda pelos danos sofridos por torcedores em razão de atos violentos provocados por membros da torcida rival? Por quê? Há responsabilidade por risco integral da entidade esportiva? É possível alegar fato exclusivo de terceiro? ................................................................................................... 51 Qual o prazo prescricional para exercício da pretensão indenizatória decorrentede vício construtivo? ........................................................... 53 É possível usucapião de imóvel situado em área irregular? O registro no Cartório de Registro de Imóveis tem presunção absoluta ou relativa? Quais são as 03 dimensões envolvidas na Regularização Fundiária? Todas ocupações irregulares atentam contra o interesse público? ................................................................................................... 54 A morte do Usufrutuário acarreta a automática extinção do Usufruto? Na hipótese de morte do Usufrutuário que arrenda o imóvel, durante a vigência do contrato de arrendamento, não havendo a reinvidicação possessória pelo proprietário, o Espólio do de cujus poderá exercer os direitos provenientes desse contrato de arrendamento perante o terceiro arrendatário? A posse dos herdeiros do Usufrutuário será justa ou injusta? ...................................................................................... 56 As Associações de Gestão Coletiva de Direitos Autorais são obrigadas a fornecer, a qualquer interessado, informações relativas à participação individual de cada artista nas obras musicais coletivas? .................................................................................................................. 58 A cláusula contratual que circunscreve e particulariza a cobertura securitária incide em abusividade por parte da seguradora? Por quê? .................................................................................................................. 59 Havendo cláusula compromissória no contrato de locação, competirá ao juízo arbitral julgar ação de despejo por falta de pagamento? Caso a competência seja do Juízo Estatal, será possível adentrar no mérito da causa como um todo ou deverá se limitar à execução forçada? .. 62 Irmãos unilaterais possuem legitimidade ativa e interesse processual para propor ação declaratória de reconhecimento de parentesco natural com irmã pré-morta, caso não tenha sido reconhecida a relação paterno-filial do pai pré-morto? ............................................................. 64 A divergência entre a paternidade biológica e a declarada no registro de nascimento é capaz de anular o ato registral? ............................... 65 Genitor pode propor ação de prestação de contas em face do outro genitor relativamente aos valores decorrentes de pensão alimentícia? .................................................................................................................. 67 O fato de o condômino tomar um empréstimo para cumprir o requisito de depósito do preço do bem configura abuso de direito no exercício do Direito de Preferência? ...................................................................... 69 Valor recebido a título de horas extras não habituais integra a base de cálculo de pensão alimentícia? As horas extras integram a base de cálculo na hipótese de a pensão ter sido arbitrada em valores fixos? O Aviso Prévio integra base de cálculo de pensão alimentícia? ............ 70 É possível a fixação de guarda compartilhada caso um dos genitores possua domicílio em cidade distinta? Pai/mãe que não exerce autoridade sob o filho e que mora em local distinto responderá civilmente pelos danos causados pelo filho? ...................................... 72 É válida cláusula contratual inserida em contrato de cessão de crédito celebrado com FIDC que consagra responsabilidade do cedente pela solvência do devedor? E em contrato de Factoring? .......................... 74 A existência de pactos adjacentes coligados a um contrato de sublocação comercial afasta a aplicação da Lei de Locação? De acordo com o STJ, quais os requisitos para a existência de uma Coligação Contratual? Qual a diferença entre os Contratos Mistos e os Contratos Coligados? Quais teorias buscam explicar a disciplina jurídica que regula os Contratos Mistos? .................................................................. 76 Qual é o termo inicial da taxa de ocupação? Tem alguma aplicação em direito intertemporal? ............................................................................. 78 É cabível o ajuizamento de ação de alimentos, ainda que exista acordo extrajudicial válido com o mesmo objeto? Qual o fundamento processual utilizado pelo STJ no caso? ............................................... 80 Gera direito à indenização a publicação de artigos de caráter informativo e opinativo de caráter ácido e irônicos contra pessoas públicas? ................................................................................................. 81 É possível a exclusão de prenome da criança caso o pai tenha escolhido o nome de modo diverso do acordado com a genitora? É possível a exclusão caso o pai não tenha agido de má-fé ou sem fins de vingança? Por quê? ........................................................................... 83 A procuração em causa própria é negócio jurídico unilateral ou bilateral? A procuração em causa própria (in rem suam) consiste em título translativo de propriedade? Por quê? ......................................... 85 A empresa proprietária de avião, a qual arrendou a aeronave para um aeródromo fazer um evento, será responsabilizada civilmente no caso de acidente aéreo, caso o piloto da aeronave que era propriedade da empresa não tenha praticado qualquer conduta, mas apenas tenha sido atingido por outro avião durante a decolagem? Qual a teoria de responsabilidade civil adotada pela doutrina majoritária no âmbito cível? ........................................................................................................ 87 É necessária a apresentação de uma relação pormenorizada do acervo patrimonial do casal que pretende alterar o regime de bens? Por quê? Essa alteração de regime produz efeitos ex tunc ou ex nunc? É possível alterar, com base no Código Civil de 2002, regime de bens de casamento celebrado na vigência do Código Civil de 1916? .............. 89 Há o dever de pagar aluguéis por parte do ex-marido que mora com a filha em imóvel comum que foi adquirido com a ex-esposa? Se o ex- marido morasse sozinho nesse imóvel – sem filha -, haveria o dever de pagar aluguéis a ex-eposa? ................................................................... 90 É possível a declaração de Incapacidade Absoluta de pessoa com enfermidade ou deficiência mental? ..................................................... 92 É possível arguir a nulidade de negócio jurídico por Simulação em sede de Embargos de Terceiro? No Código Civil de 1916, o negócio jurídico simulado era nulo ou anulável? Aplica-se a Súmula 195 do STJ em caso de Simulação? ......................................................................................... 93 Há dano moral in reipsa no caso de fuga do condutor de automóvel responsável por acidente de trânsito? No momento da sentença, qual dispositivo pode ser invocado pelo juiz para dispensar a produção da prova em caso de dano moral in reipsa? .............................................. 95 Qual o termo inicial do prazo prescricional para o advogado cobrar os honorários advocatícios que não foram pagos em caso de morte do mandante? ............................................................................................... 97 Qual o prazo para o adquirente de imóvel pedir a restituição do valor pago em razão de o imóvel adquirido ter sido entregue em metragem menor do que a acordada? Esse prazo é prescricional ou decadencial? O imóvel entregue com área menor do que a acordada é vício oculto ou aparente? Aplica-se o Código Civil ou o Código de Defesa do Consumidor? ........................................................................................... 98 É válida e eficaz cláusula de reversão em favor de terceiro, aposta em contrato de doação à luz do Código Civil de 1916, mascuja condição tenha se verificado apenas no Código Civil de 2002? Por quê? ...... 100 Cabe indenização por Lucros Cessantes no período em que o imóvel objeto do contrato de locação permaneceu indisponível para uso em razão da devolução do imóvel pelo locatário em condições precárias? Por quê? ................................................................................................. 102 Condomínios residenciais de um imóvel podem estabelecer, por meio de convenção condominial, a impossibilidade de locação dos imóveis para Airbnb? Por quê? ......................................................................... 104 É possível a penhora de fração ideal do bem de família? ................. 105 Há necessidade de suspender a ação possessória até que haja o julgamento da Ação de Usucapião? Por quê? ................................... 106 Aplica-se a tese firmada no Tema 809/STF ao inventário em que ainda não foi proferida a sentença de partilha? Aplica-se a tese caso o companheiro tenha sido anteriormente excluído da sucessão em razão da aplicação do Art. 1790 do CC, caso ainda não tenha sido proferida a sentença de partilha? Por quê? ........................................................ 107 A impugnação ao cumprimento de sentença arbitral vai ser proposta em que prazo? É decadencial ou prescricional? ............................... 109 Os hotéis são obrigados a pagar direitos autorais pelo fato de terem televisões nos quartos, ainda que a transmissão seja de TV por assinatura? Por quê? Qual o prazo prescricional para o ECAD ajuizar ação cobrando direitos autorais? ........................................................ 111 O montante recebido a título de aluguéis de imóvel particular do “de cujus” se comunica à companheira supérstite após a data de abertura da sucessão? Por quê? ........................................................................ 113 Qual o termo inicial da prescrição da pretensão de obter ressarcimento pela perda de uma chance em razão da ausência de apresentação de Agravo de Instrumento? Por quê? O dano resultante da Teoria da Perda de uma Chance se enquadra como Danos Emergentes ou Lucros Cessantes? Qual prazo prescricional do mandante contra o advogado mandatário? Caso não tivesse ocorrido o fim da relação contratual entre as partes, qual termo inicial para se pleitear ressarcimento do dano por perda de uma chance? ......................................................... 115 É possível aplicar a tese fixada pelo STF no tema n. 809/STF (inconstitucionalidade da diferenciação do regime sucessório entre cônjuge e companheiro) na hipótese de ter sido declarada a inexistência jurídica da sentença na ação de inventário em razão de ausência de citação de Litisconsorte Necessário? Por quê? ........... 117 Se, no interior do ônibus, ficam sendo tocadas músicas na rádio, a empresa proprietária deverá pagar direitos autorais? Por quê? ...... 118 Facebook é obrigado a fornecer os dados de todos os usuários que compartilharam post contendo Fake News? Por quê? ...................... 119 Qual o prazo prescricional da pretensão indenizatória decorrente de extravio, perda ou avaria de cargas transportadas por via marítima? ................................................................................................................ 120 Juízo do Inventário pode promover a penhora no rosto dos autos do Inventário determinada por outro juízo caso já tenha ocorrido a decisão homologatória da partilha? Por quê? .................................................. 121 Em processo de Herança Jacente, caso o juiz determine a emenda da petição inicial e os demais legitimados ativos não façam essa correção, o juiz vai indeferir a petição inicial? Juiz pode iniciar de ofício Herança Jacente? ................................................................................................. 122 É possível o retorno ao nome de solteiro do cônjuge ainda durante a constância do vínculo conjugal? Por quê? ........................................ 123 É válido contrato de gerenciamento de carreira pactuado por atleta menor de 18 anos devidamente assistido por seus pais? Exige-se autorização judicial nesse caso? É possível aplicar o Art. 27-C, VI da Lei Pelé ao caso concreto? .................................................................. 124 O que se entende por Denúncia Vazia? O que se entende por Denúncia Cheia? Qual o termo inicial do prazo para se pedir a Denúncia Vazia de imóvel com base em contrato, inicialmente por prazo determinado e inferior a 30 meses, posteriormente prorrogado indeterminadamente com vigência ininterrupta da locação superior a 05 anos? Por quê? ................................................................................................................ 126 É possível o anatocismo no âmbito do SFH? Caso reconhecida a ilegalidade da capitalização de juros no âmbito do SFH em contratos anteriores a 2009, caso o mútuo imobiliário seja regido pelo Plano de Equivalência Salarial – PES e segurado pelo Fundo de Compensação de Valorizações Salariais – FCVAS, haverá direito de repetição de indébito em razão do anatocismo? ..................................................... 128 Em ação de extinção contratual com cláusula resolutiva, é possível que a parte opte pelo cumprimento forçado do contrato cumulado com o rompimento do contrato? Caso a parte opte pelo cumprimento forçado ou pelo rompimento do contrato, é possível alterar essa escolha? 130 Em Ação Anulatória de Partilha em que os imóveis recebidos pelos herdeiros já foram registrados, será necessária a integração da lide pelo cônjuge do herdeiro casado sob o regimento de comunhão universal de bens no polo passivo dessa Ação Anulatória de Partilha? Por quê? ................................................................................................. 131 Haverá responsabilidade civil do proprietário de imóvel rural que colocou uma cerca de arame farpado sem sinalização a qual ocasionou um acidente com resultado morte? Por quê? .................................... 134 O registro do contrato para fins de garantia fiduciária tem natureza constitutiva ou declaratória? A ausência do registro do contrato de compra e venda de imóvel impede a constituição da garantia fiduciária? .............................................................................................. 135 O direito real de habitação tem caráter oneroso ou gratuito? Os herdeiros podem exigir remuneração da companheira sobrevivente e da filha que residem no imóvel a título de direito real de habitação? Por quê? O direito real de habitação precisa de inscrição no registro de imóveis? Os demais herdeiros podem pedir a alienação do bem e a divisão do dinheiro entre todos? ......................................................... 136 É possível a existência de uniões estáveis simultâneas? Por quê? 138 2020 ............................................................................................................... 140 Analfabeto pode celebrar empréstimo consignado mediante assinatura a rogo? E mediante aposição de digital ao contrato escrito? Por quê? ................................................................................................................ 140 Os Loteamentos Fechados de Acesso Controlado equiparam-se a Condomínio Edilício? Por quê? Antes do advento da Lei nº 13.456/2017 era possível cobrar taxa de manutenção e conservação de loteamento fechado de proprietário não-associado? Por quê? E após o advento da Lei nº 13.456/2017, é possível? São necessários que requisitos para que essa cobrança seja possível após o advento da Lei nº 13.456/2017? Caso Lei Municipal previsse a possibilidade de cobrança antes do avento da Lei nº 13.456/2017, seria possível a cobrança? ................ 141 A participação nos lucros e resultados tem caráterremuneratório ou indenizatório? O valor percebido pelo alimentante a título de participação nos lucros e resultados deve ser incluído na prestação alimentar fixada em percentual sobre a remuneração? Por quê? Há exceção? ................................................................................................ 143 É constitucional o dispositivo do Código Civil que estabelece como requisito para constituição da EIRELI capital social não inferior a 100 salário mínimos ou vai de encontro à vedação da vinculação do salário mínimo? ................................................................................................. 144 É possível que uma associação realize a cobrança de taxas de manutenção e conservação de loteamento fechado de um proprietário não associado? ..................................................................................... 145 Município pode legislar sobre o tamanho do módulo urbano? É possível usucapir imóvel que possua área inferior ao módulo urbano do Município? ........................................................................................ 146 O direito à indenização por danos morais transmite-se aos herdeiros com o falecimento do titular? .............................................................. 147 Imóvel bem de família oferecido como caução imobiliária em contrato de locação pode ser objeto de penhora? Por quê? ........................... 148 Notificação frustrada pelo motivo “ausente” constitui em mora o devedor fiduciante? Por quê? A mora do devedor fiduciante, no caso de comprovação por carta registrada com AR, deve ser assinada em mão própria? ......................................................................................... 150 A suspensão das ações judiciais propostas contra Cooperativa que esteja em Liquidação Extrajudicial vai perdurar quanto tempo? É possível aumentar o prazo dessa prorrogação aplicando por analogia a regra da prorrogação do Stay Period da Lei de Falência? ............. 151 É possível ao juiz reconhecer a aplicação da perda de uma chance caso a parte não tenha alegado especificamente essa teoria, mas apenas pedido indenização por perdas e danos? ........................................... 152 A Justiça Brasileira pode determinar que a empresa responsável pela conta identifique o titular do e-mail na hipótese de pessoa residente no Brasil ter sido ameaçada por email enviado de conta hospedada no exterior? Por quê? ................................................................................ 153 O prazo decadencial de 180 dias para exercício de direito de preferência do condômino, nos termos do art. 504 do CC, inicia a partir de quando? ............................................................................................ 154 É possível a estipulação de multa pela renúncia ou revogação unilateral de mandato em contrato de prestação de serviços advocatícios? Por quê? ........................................................................ 155 No âmbito do contrato de seguro de vida em grupo, quem tem o dever de prestar ao segurado as informações sobre o seguro (ex: situações nas quais não há cobertura): a seguradora ou o estipulante? ......... 156 É cabível pedido de repetição de indébito em dobro, nos termos do art. 940 do CC, em sede de Embargos Monitórios? ................................. 157 A oferta de pagamento espontâneo em sede audiência de conciliação em execução de dívida alimentar pelo devedor, realizada perante o Judiciário e com a concordância do representante da parte contrária, tem caráter vinculante em relação ao proponente? Por quê? .......... 158 A instituição financeira precisa informar a taxa diária de juros, caso já tenha informado a taxa de juros mensal e a taxa de juros anual? Por quê? A capitalização anual de juros é permitida? ............................. 159 Para se aplicar a exceção à impenhorabilidade do bem de família por ser produto de crime, é necessário que tenha ocorrido o trânsito em julgado? Por quê? ................................................................................. 161 A utilização do trecho de maior sucesso de uma música como título de um programa de TV, em conjunto com o fonograma, sem autorização do titular, viola direitos do autor ou se pode alegar uma eventual aceitação tácita? Por quê? ................................................................... 162 Nos contratos de mútuo imobiliário com pacto adjeto de alienação fiduciária, é possível que o devedor fiduciante faça a purgação da mora após a consolidação da propriedade em nome do fiduciário? ......... 163 Viúva meeira faz jus ao Usufruto Vidual no âmbito do CC/16? Por quê? O Usufruto Vidual tem previsão no Código Civil de 2002? ............... 164 No período da pandemia da Covid-19, era possível a decretação da prisão civil do devedor de alimentos sob o regime fechado? Por quê? Qual entendimento das Turmas do STJ? ............................................ 165 É cabível a condenação da montadora ao pagamento da indenização prevista no art. 24 da Lei Ferrari na hipótese em que a resolução do contrato encontra justificativa na gravidade das infrações praticadas pela concessionária? Por quê? ........................................................... 166 Fundo de Investimento de Direito Creditício (FIDC) que adquire créditos de condomínio pode manter os mesmos privilégios para execução de créditos condominiais? .................................................. 167 O juiz pode conceder de ofício o reconhecimento à indenização de benfeitorias necessárias e úteis em ação possessória? Por quê? .. 168 O devedor fiduciário pode exigir do credor fiduciante a prestação de contas no bojo da própria ação de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente? Por quê? ................................................................... 169 É constitucional o Decreto-Lei nº 911/69 que trata da Alienação Fiduciária de bens móveis no âmbito do mercado financeiro e de capitais? É constitucional que instituição financeira ajuíze busca e apreensão com pedido liminar do bem alienado? A Constituição Federal proíbe esse tipo de tratamento? ............................................ 170 Se no âmbito de uma alienação fiduciária em garantia, o banco vende o automóvel fiduciado por quantia abaixo do valor da FIPE (como é a praxe ) e essa alienação vem a ser anulada em razão da ausência de notificação extrajudicial do fiduciário, qual valor o banco deve devolver?A FIPE ou o valor da venda efetiva? ................................... 172 É possível realizar a partilha de direitos possessórios no caso de bem edificado em loteamento irregular?..................................................... 173 Na hipótese de uma promessa de compra e venda com pacto de alienação fiduciária, é possível que o promitente-comprador desista da compra e invoque o CDC a fim de que o vendedor retenha 10% das parcelas pagas e devolva o resto? Por quê? ..................................... 174 É possível decretar a prisão civil do devedor de alimentos devidos em razão da prática de ato ilícito? Por quê? ............................................ 175 Aplica-se o prazo de 02 anos previsto no Art. 1003, parágrafo único do CC, ao ex-cooperado que sai da cooperativa a fim de que ele responda também pelo rateio dos prejuizos acumulados? Por quê? Qual é o prazo prescricional para a cobrança de ato cooperativo? Por quê? 177 Haverá direito real de habitação se o bem imóvel era 50% do falecido e 50% de um terceiro? Por quê? ............................................................. 178 É possível se exigir que determinada rede social forneça o IP de todas as pessoas que acessaram o perfil em certo período de tempo? Por quê?........................................................................................................ 179É possível que em uma Ação de Usucapião, após a citação dos réus, o autor apresente a planta e o memorial descritivo georreferenciado - documentos indispensáveis à propositura da ação que o autor não tinha juntado? ....................................................................................... 180 As provedoras de email são obrigadas a fornecer dados pessoais (nome, endereço) de um email que proferiu ameaças contra outra pessoa ? ................................................................................................. 181 É possível utilizar a TR em substituição ao IPC nas operações de crédito rural, aplicando-se retroativamente aos contratos celebrados anteriormente ao início de sua vigência? Por quê?........................... 183 Em ação de reconhecimento de união estável post mortem proposta por suposto companheiro, caso o de cujus não possuísse ascendentes nem descendentes, é possível que os colaterais exijam sua citação para debater a procedência ou não desse reconhecimento de união estável? .................................................................................. 184 O alcance da maioridade pelo alimentando implica o afastamento automático da obrigação alimentar? Por quê? .................................. 185 O deferimento da Busca e Apreensão com a consolidação da propriedade no nome da instituição financeira acarreta a extinção do contrato de Alienação Fiduciária? Por quê? ...................................... 186 É possível a utilização da imagem de um torcedor no estádio para a propaganda de um automóvel pertencente à empresa patrocinadora? Por quê? É possível que exista um consentimento presumível do uso de imagem? Ocorreu no caso concreto? ............................................ 187 Sob a égide do Código Civil de 1916, qual o prazo prescricional para propor ação de nulidade de partilha amigável em que se incluiu no Inventário pessoa incapaz de suceder? Por quê? ............................. 189 A transportadora pode ser responsabilizada por ato de vandalismo que acarreta rompimento de cabos elétricos e explosões no trem? Por quê? Não seria caso fortuito? ....................................................................... 191 Alienação fiduciária cujo credor é instituição financeira rege-se pelo CPC? Por quê? No que consiste a alienação fiduciária? O que ocorre em caso de inadimplemento? Nos termos do Decreto-Lei nº 911/69, o prazo de 05 dias para pagamento é direito material ou processual? Por quê?........................................................................................................ 193 Levando em consideração a irrenunciabilidade do direito aos alimentos, é possível acordo que exonere o devedor de alimentos devidos e não pagos? Por quê? .......................................................... 195 Arrendamento Residencial tem natureza jurídica de compra e venda? E de promessa de compra e venda? Aplica-se ao Arrendamento Residencial ............................................................................................ 196 Em Ação Revisional de contrato de locação comercial, o reajuste do aluguel pode refletir o valor patrimonial do imóvel local, considerando eventuais benfeitorias feitas pelo próprio locatário? Por quê? ........ 199 A caracterização do infortúnio como acidente de trabalho impede que ele seja considerado como acidente causado por veículo automotor para fins de seguro DPVAT? Por quê? ............................................... 201 Seguradora do SFH é obrigada a indenizar sinistros relacionados a vícios estruturais da construção? Por quê? ...................................... 202 É cabível honorários advocatícios de sucumbência em incidente de desconsideração de personalidade jurídica? Por quê? .................... 204 Alimentante não-guardião pode ajuizar ação de exigir contas para obter informações sobre o destino dos alimentos pagos? Por quê? Em caso de malversação, é possível pedir uma revisional ou que se forme um crédito? ............................................................................................ 205 Como fica a prisão civil do devedor de alimentos durante a pandemia da Covid-19? Continua a cumprir normal em regime fechado, domiciliar ou suspende-se? Qual entendimento do STJ? Tem lei sobre o tema? ................................................................................................................ 206 No caso de partilha em divórcio sobre o valor econômico de cotas sociais, incidirá juros e correção monetária caso a empresa tenha ficado sob a administração exclusiva de apenas um dos ex-cônjuges? ................................................................................................................ 209 A averbação da sentença em ação negatória de filiação no registro civil é ação personalíssima? Por quê? Possui prazo prescricional para seu exercício? Pode ser feita de ofício ou tão somente mediante requerimento? ....................................................................................... 210 É possível a cessão de bem singular da herança? Em caso positivo, qual requisito? Caso sobrevenha herdeira que não tenha autorizado a cessão do bem, o terceiro cessionário pode opor embargos de terceiro? Por quê? ................................................................................ 212 Caso os alegados irmãos de um indivíduo que pleiteia uma relativização da coisa julgada de ação que julgou improcedente pedido de investigação de paternidade recusem fornecer o DNA, opera-se a presunção relativa de paternidade pela Súmula 301 do STJ? Por quê? Essa súmula aplica-se aos herdeiros do suposto pai? É possível que o juiz determine a condução coercitiva com base no Art. 139, IV do CPC para fornecer o exame do DNA? Quais medidas cabíveis? .............. 214 O que se entende por Notificação Premonitória? É necessária para a propositura de Ação de Despejo por Denúncia Vazia de contrato de locação por prazo determinado? Há exceção? .................................. 216 É possível que o comprador de um imóvel na planta que ainda não foi construído oponha embargos de terceiros contra constrição judicial nesse imóvel, ainda que não tenha havido o registro? ..................... 217 Exige-se a averbação do desmembramento de imóvel urbano para fins de procedência de Ação de Adjudicação Compulsória em relação a esse imóvel que ainda não teve o desmembramento registrado? Por quê?........................................................................................................ 218 Corre a prescrição aquisitiva (usucapião) em relação a cônjuges? E se houver a separação de fato? Por quê? ............................................... 219 É possível a usucapião urbana da parte de um imóvel que é usado para fins comerciais? Ou é apenas possível a usucapião da parte do imóvel utilizada efetivamente para moradia? Por quê? ................................. 220 É possível que a instituição financeira credora fiduciária (DL 911/69) insira o nome do devedor em cadastro de inadimplente? É possível tal inscrição antes da tentativa de alienação do bem apreendido? Por quê? ................................................................................................................ 221 É possível proibir a veiculação futura de matérias jornalísticas relacionadas a um fato de interesse social à memória histórica de crime notório, sob o fundamento da tese do Direito ao Esquecimento? Por quê? Há ilegalidade caso a matéria tenha exposto o marido e a filha da pessoa que cometeu o crime, embora esses parentes não tenham cometido o referido crime? .................................................................. 222 Comércio varejista pode fixar juros em valor superior a 1% ao mês? Mas não tem lei autorizando? .............................................................. 224É possível que os advogados façam contratos de honorários com base na cláusula de êxito? Caso o seu cliente revogue seu mandato no curso do processo, o advogado fica sem receber? ........................... 226 Acordo extrajudicial dando quitação ampla e irrevogável pode ser realizado em sede de responsabilidade civil por acidente de trânsito? Em regra, pode ser revogado? Há exceção? ...................................... 227 No pagamento diferido em parcelas, imputa-se primeiro o pagamento no capital ou nos juros? Por quê? ...................................................... 228 No caso de dano causado em razão de acidente de trabalho, o empregador responde objetiva ou subjetivamente pelos danos causados? Há alguma antinomia entre a CF e o CC? Por quê? ....... 229 Sabe-se que um dos requisitos do Testamento Particular é a assinatura de próprio punho. Em sua ausência, a impressão digital pode suprir essa formalidade? Por quê? ................................................................ 231 O dever de prestar alimentos a ex-cônjuge deve ser por termo indefinido ou certo? Esse dever se mantém sempre que mantido o binômio necessidade-possibilidade? Por quê? ................................. 232 Qual prazo para se anular venda de ascendente a descendente sem consentimentos dos demais? Começa a contar a partir de quando? E se a venda for feita mediante interposta pessoa, considera-se o prazo para anular simulação? Por quê? ........................................................ 233 Deve se calcular a pensão alimentícia considerando os valores recebidos pelo motorista a título de diárias de viagem e tempo de espera indenizado? Por quê? .............................................................. 234 Caso em sede de acordo em ação de investigação de paternidade não se fixe o termo inicial para os alimentos, considerar-se-á qual o termo inicial? Por quê? ................................................................................... 235 Espólio possui legitimidade passiva para figurar em ação de ressarcimento de remuneração depositada na conta de servidor público morto cujo valor os seus herdeiros sacaram? Por quê? ..... 236 Será o Arrendante ou o Arrendatário o responsável final pelo pagamento das despesas, junto a pátio privado, com a remoção a estadia do automóvel apreendido em ação de reintegração de posse? Por quê? ................................................................................................. 238 Na hipótese de uma ação de cobrança de débito condominial ter sido proposta contra o ex-cônjuge (que na época possuía 50% do imóvel atualmente integralmente pertencente a sua ex-esposa), é possível que o imóvel seja penhorado, caso ele não realize nenhuma oposição? Por quê? É possível que a ação tenha apenas ele como polo passivo, sem incluir a ex-esposa? É possível que a ex-esposa entre como substituta no polo passivo do cumprimento de sentença? ................................ 240 A prescrição da pretensão punitiva impede o ajuizamento de Ação Civil Ex Delicto? Por quê? Impede a execução da sentença penal condenatória no juízo cível? E a prescrição da pretensão executiva? Por quê? ................................................................................................. 242 Houve um contrato de permuta de imóveis urbanos. Entretanto, um dos imóveis estava com dívidas de IPTU, de modo que o novo adquirente quitou. É possível a penhora de bem de família caso o adquirente vise ao ressarcimento desses débitos tributários que ele pagou para ficar adimplente? Por quê? É possível interpretar extensivamente o rol de exceção da impenhorabilidade? .......................................................... 244 Na hipótese de alienação fiduciária por instituição financeira, é possível que a Ação de Busca e apreensão do bem seja convertida depois em ação de execução? Caso positivo, qual será o valor da execução? Por quê? ............................................................................. 245 Condomínio pode ajuizar ação pedindo indenização por danos morais em nome de seus condôminos? Por quê? O condomínio tem legitimidade ativa para pleitear indenização por danos morais em razão de conduta que fere a honra objetiva do condomínio? O mérito será julgado procedente ou improcedente? Por quê? ............................... 247 É possível realizar uma usucapião extrajudicial? A usucapião judicial pode ser ajuizada ainda que não se tenha tentado realizar previamente a usucapião extrajudicial? Por quê? ................................................... 249 Em regra, é possível a doação de bens entre cônjuges? Por quê? É possível a doação de um cônjuge a outro no regime da comunhão universal de bens? Por quê? ............................................................... 250 O CC/16 previa que o mandatário deveria ter uma procuração com firma reconhecida do mandante para tratar com terceiros. Caso não houvesse esse reconhecimento da firma, haveria nulidade? Por quê? O Código Civil de 2002 tem uma previsão parecida? ........................ 251 Nas hipóteses em que existam mais de um locador, haverá o litisconsórcio ativo necessário entre os locadores em eventual ação de despejo? Por quê? ................................................................................ 252 O que se entende por Condomínio Horizontal? E Condomínio Vertical? Caso existam unidades do condomínio ainda não vendidas, quem irá arcar com a taxa condominial? É possível que a convenção de condomínio preveja que essas unidades não comercializadas irão pagar uma taxa condominial reduzida? Por quê? É possível que uma unidade condominial pague uma taxa diversa da correspondente à fração ideal? .......................................................................................... 253 No caso de menor, quem irá representar judicialmente o menor em juízo? Caso a guarda do menor tenha sido concedida à pessoa fora do núcleo familiar, a quem competirá a representação judicial do menor? Por quê? ................................................................................................. 255 Em uma execução de alimentos em que um menor seja o autor, a gratuidade da justiça será analisada levando em consideração a situação econômica do seu representante legal ou do menor? Como é feita essa análise de hipossuficiência? .............................................. 257 2021 O que se entende por Princípio da Porta Aberta? É possível que uma Cooperativa de Trabalho Médico faça seleção pública para o ingresso de novos médicos cooperados ou haverá violação ao Princípio da Porta Aberta? O princípio da porta aberta deve ser interpretado no sentido de ser possível a exigência de processo seletivo para admissão de novo cooperado, desde que haja previsão estatutária e a condição não tenha a finalidade de restringir o acesso de forma abusiva Fundamentos: - Cooperativas são sociedades de pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. - A admissão dos associados poderá ser restrita, a critério do órgão normativo respectivo, às pessoas que exerçam determinada atividade ou profissão ou estejam vinculadas a determinada entidade. - As Cooperativas se submetem-se aos seguintes princípios: Princípio cooperativista da adesão livre (princípio da livre adesão voluntária) - O princípio cooperativista da adesão livre desdobra-se em dois outros: a) o princípio da voluntariedade, em que ninguém deve ser coagido a ingressar em uma sociedade cooperativa, de modo que o pedido de ingresso deve partir da vontade livre e desembaraçada do proponente; e É lícita a previsão, em estatuto social de cooperativa de trabalho médico, de processo seletivo público como requisitode admissão de profissionais médicos para compor os quadros da entidade, devendo o princípio da porta aberta ser compatibilizado com a possibilidade técnica de prestação de serviços e a viabilidade estrutural econômico-financeira da sociedade cooperativa. STJ. 3ª Turma. REsp 1901911-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 24/08/2021 (Info 673). STJ. 2ª Seção. AgInt nos EREsp 1561337/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 18/08/2021. b) o princípio da porta aberta, o qual prega que a adesão deve ser aberta a todas as pessoas que aceitem as responsabilidades próprias da filiação e tenham a possibilidade de usufruir as utilidades da cooperativa. - Desse modo, o ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços prestados pela sociedade, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham as condições estabelecidas no estatuto. - Em regra, não há limitação quanto ao número de associados. - Exceção: podem ser impostas restrições se houver impossibilidade técnica de prestação de serviços. Princípio da porta aberta - Por força do princípio da porta aberta, consectário do princípio da livre adesão, não podem existir restrições arbitrárias e discriminatórias à livre entrada de novo membro na cooperativa, devendo a regra limitativa da impossibilidade técnica de prestação de serviços ser interpretada segundo a natureza da sociedade cooperativa, sobretudo porque a cooperativa não visa o lucro. Princípio da porta aberta não é absoluto - O princípio da porta aberta (livre adesão) não é absoluto, devendo a cooperativa de trabalho médico, que também é uma operadora de plano de saúde, velar por sua qualidade de atendimento e situação financeira estrutural Licitude do processo seletivo público - Deve-se considerar que é lícita a previsão contida no estatuto social da cooperativa médica impondo a realização de processo seletivo público e de caráter impessoal. - Em resumo, o princípio da porta aberta deve ser compatibilizado com a possibilidade técnica de prestação de serviços e a viabilidade estrutural econômico-financeira da sociedade cooperativa. Há responsabilidade civil na hipótese de divulgação pelos interlocutores ou por terceiros de mensagens trocadas via Whatsapp? Por quê? Há exceção? A divulgação pelos interlocutores ou por terceiros de mensagens trocadas via WhatsApp pode ensejar a responsabilização por eventuais danos decorrentes da difusão do conteúdo Fundamentos: As conversas travadas por meio do WhatsApp são resguardadas pelo sigilo das comunicações. Assim, terceiros somente podem ter acesso às conversas de WhatsApp se houver consentimento dos participantes ou autorização judicial. As mensagens eletrônicas estão protegidas pelo sigilo em razão de o seu conteúdo ser privado, isto é, restrito aos interlocutores. Dessa forma, ao enviar mensagem a determinado ou a determinados destinatários, via WhatsApp, o emissor tem a expectativa de que ela não será lida por terceiros, quanto menos divulgada ao público, seja por meio de rede social ou da mídia. Essa expectativa advém não só do fato de ter o indivíduo escolhido a quem enviar a mensagem, como também da própria encriptação a que estão sujeitas as conversas (criptografia ponta-a-ponta). Além disso, se a sua intenção fosse levar ao conhecimento de diversas pessoas o conteúdo da mensagem, a pessoa que enviou a mensagem teria optado por uma rede social menos restrita ou mesmo repassado a informação à mídia para que fosse divulgada. Assim, se o indivíduo divulga ao público uma conversa privada, além de estar quebrando o dever de confidencialidade, está também violando legítima expectativa, a privacidade e a intimidade do emissor. Justamente por isso, esse indivíduo pode ser responsabilizado por essa divulgação caso se configure o dano. É importante consignar que a ilicitude poderá ser descaracterizada (afastada) quando a exposição das mensagens tiver como objetivo resguardar um direito próprio do receptor. Nesse caso, será necessário avaliar as peculiaridades concretas para fins de decidir qual dos direitos em conflito deverá prevalecer. STJ. 3ª Turma. REsp 1903273-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/08/2021 (Info 706). - A Constituição Federal assegura a inviolabilidade das comunicações de dados e das comunicações telefônicas (art. 5º, XII). - O sigilo das comunicações é corolário (consequência) da liberdade de expressão e, em última análise, tem por objetivo resguardar o direito à intimidade e à privacidade, consagrados nos planos constitucional (art. 5º, X, da CF/88) e infraconstitucional (arts. 20 e 21 do CC). - Ilicitude da divulgação pública de mensagens privadas → Há legítima expectativa de que a mensagem enviada não seja lida por terceiros, uma vez que o indivíduo não apenas escolheu para quem queria enviar, como também as próprias conversas estão criptografadas (criptografia ponta-a-ponta). - Assim, se o indivíduo divulga ao público uma conversa privada, além de estar quebrando o dever de confidencialidade, está também violando legítima expectativa, a privacidade e a intimidade do emissor. Justamente por isso, esse indivíduo pode ser responsabilizado por essa divulgação caso se configure o dano. - Por fim, destaca-se que a ilicitude pode ser descaracterizada quando a exposição da mensagem tiver como objetivo resguardar direitos do próprio receptor da mensagem, de modo que deve ser analisado o caso concreto. A adoção realizada na vigência do CC/16 pode ser revogada pelas partes após entrada em vigor do Código de Menores, mas antes da entrada em vigor do ECA? O Código Civil de 1916 admitia a revogação da adoção? O Código de Menores admitia a revogação da adoção? É válida a revogação de adoção regida pelo CC/1916, realizada antes da entrada em vigor do ECA; logo, neste caso, o ex-filho não é parte legítima para o inventário Fundamentos: - A revogação, no caso concreto, foi antes da entrada em vigor do ECA, de modo que não se aplicam as disposições do Estatuto ao caso concreto. - A adoção foi realizada na vigência do CC/1916 o qual permitia a revogação da adoção pelas seguintes formas: a) unilateralmente, pelo adotado, em até um ano após a cessação da menoridade; b) unilateralmente, pelos adotantes, quando o adotado cometesse ato de ingratidão contra eles; c) bilateralmente, por consenso entre as partes. - Entretanto, com a entrada em vigor do Código de Menores, a Adoção Plena se tornou irrevogável. Entretanto, essa adoção plena possuía requisitos específicos, de sorte que não se pode afirmar que a adoção realizada no CC/16 tenha, com a entrada em vigor do Código de Menores, se transformada em Adoção Plena Irrevogável. - Assim, a adoção realizada na vigência do Código Civil de 1916 e antes da entrada em vigor do Código de Menores, não pode ser classificada como adoção plena quando da entrada em vigor do Código de Menores, de modo que não se aplica a ela essa irrevogabilidade do Código de Menores. Para fins de determinação da legitimidade ativa em ação de inventário, a adoção realizada na vigência do CC/1916 é suscetível de revogação consensual pelas partes após a entrada em vigor do Código de Menores (Lei nº 6.697/79), mas antes da entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90). STJ. 3ª Turma. REsp 1930825-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/08/2021 (Info 706). - Portanto, a revogação da adoção regida pelo CC/1916, realizada em janeiro de 1990, de forma bilateral e consensual, é compatível com o art. 227, §6º, da Constituição Federal de 1988, uma vez que a irrevogabilidade de qualquer espécie de adoção somente veio a ser introduzida no ordenamento jurídico com o art. 39, §1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente,regra que, ademais, tem sido flexibilizada, excepcionalmente, quando não atendidos os melhores interesses da criança e do adolescente. É abusiva a pactuação do IGPM como índice de correção monetária? Por quê? Por si só, a pactuação do IGPM como índice de correção monetária não revela ilegalidade ou abusividade. Por si só, a pactuação do IGPM como índice de correção monetária não revela ilegalidade ou abusividade. STJ. 4ª Turma. AgInt no REsp 1935166/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão Weber, julgado em 23/08/2021. Exige-se a desconsideração da personalidade jurídica para executar bens da EIRELI em razão de dívida pessoal do empresário que constituiu a EIRELI? Por quê? A Sociedade Unipessoal é admitida no Brasil? A EIRELI continua prevista em nosso ordenamento jurídico? Houve a revogação expressa da figura das EIRELI em nosso ordenamento? Se o titular da EIRELI está sendo executado, o juiz somente poderá deferir a penhora dos bens da EIRELI se houver desconsideração da personalidade jurídica Para penhorar bens pertencentes a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), por dívidas do empresário que a constituiu, é imprescindível a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica de que tratam os arts. 133 e seguintes do CPC/2015, de modo a permitir a inclusão do novo sujeito no processo atingido em seu patrimônio em decorrência da medida. Exemplo hipotético: o banco ajuizou execução cobrando dívida de João. Não foram localizados bens do executado. Foi então que o banco descobriu que João era titular de uma EIRELI e que essa empresa possuía alguns bens em seu nome. O banco pediu ao juiz a penhora dos bens pertencentes à EIRELI. O magistrado proferiu decisão interlocutória rejeitando o pedido de penhora sob o argumento de que a EIRELI é uma pessoa jurídica diferente de João, com patrimônio autônomo. Tratando-se de pessoa jurídica com patrimônio autônomo, é indispensável a instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica antes de eventual constrição de bens. Agiu corretamente o magistrado. Na hipótese de indícios de abuso da autonomia patrimonial, a personalidade jurídica da EIRELI pode ser desconsiderada, de modo a atingir os bens particulares do empresário individual para a satisfação de dívidas contraídas pela pessoa jurídica. Também se admite a desconsideração da personalidade jurídica de maneira inversa, quando se constatar a utilização abusiva, pelo empresário individual, da blindagem patrimonial conferida à EIRELI, como forma de ocultar seus bens pessoais. Em uma ou em outra situação, todavia, é imprescindível a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica de que tratam os arts. 133 e seguintes do CPC/2015, de modo a permitir a inclusão do novo sujeito no processo - o empresário individual ou a EIRELI -, atingido em seu patrimônio em decorrência da medida. STJ. 3ª Turma. REsp 1874256-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/08/2021 (Info 705). Obs: o art. 41 da Lei nº 14.195/2021 retirou a EIRELI do ordenamento jurídico brasileiro. Fundamentos: - É possível a existência de sociedade unipessoal no Brasil? Antes da Lei nº 13.874/2019: NÃO Depois da Lei nº 13.874/2019: SIM - Como regra, havia necessidade de 02 ou mais sócios para constituir uma sociedade. - Excepcionalmente, a sociedade poderia ter um único sócio nos seguintes casos: 1. Sociedade subsidiária integral (art. 251, §2º, da Lei 6.404/76) 2. Empresa pública unipessoal. 3. Sociedade Limitada que ficou com um único sócio, podendo durar por no máximo 180 dias (art. 1.033, IV, do CC – atualmente revogado) A Lei nº 13.874/2019 acrescentou dois parágrafos ao art. 1.052 do CC prevendo a possibilidade de a sociedade limitada ser composta por um único sócio: Art. 1.052. (...) § 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. § 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições sobre o contrato social. Transformação das EIRELIs em sociedades unipessoais - Diante do modelo que caiu em desuso, o legislador resolveu simplificar o panorama e decidiu transformar todas as EIRELIs ainda existentes em sociedades unipessoais. Confira o art. 41 da Lei nº 14.195/2021: Art. 41. As empresas individuais de responsabilidade limitada existentes na data da entrada em vigor desta Lei serão transformadas em sociedades limitadas unipessoais independentemente de qualquer alteração em seu ato constitutivo. Parágrafo único. Ato do Drei disciplinará a transformação referida neste artigo. - Importante ressaltar que a nº Lei 14.195/2021 cometeu um deslize técnico: • essa Lei determinou que todas as EIRELIs sejam transformadas em sociedades unipessoais; • mas não revogou expressamente o art. 980-A do CC, que trata sobre a EIRELI. - Diante disso, alguns autores têm sustentado que ainda seria possível a constituição de novas EIRELIs mesmo após a Lei nº 14.195/2021, já que o art. 980-A do CC ainda estaria em vigor. - Com a devida vênia, não comungo desse entendimento. Não me parece fazer sentido que a Lei nº 14.195/2021 tenha determinado que todas as EIRELIs existentes sejam transformadas em sociedades unipessoais e ao mesmo tempo, que esta Lei continue permitindo a formação de novas EIRELIs. - Por fim, voltando ao caso concreto, exigia-se a desconsideração da personalidade jurídica para atingir os bens da EIRELI em razão de dívidas do empresário que a constituiu em razão de existir uma Separação de Patrimônio entre a EIRELI e o seu empresário, conforme o art. 980-A, §7º do CC: Art. 980-A (...) § 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude. (Incluído pela Lei nº 13.874/2019) - Exige-se autorização judicial para a contratação de advogado por representante de incapaz para atuar em processo de Inventário? Por quê? A contratação de advogado por representante de incapaz, para atuar em inventário, configura ato de simples administração e, por isso mesmo, não depende de autorização judicial Fundamentos: - O art. 1.691 do CC/2002 prevê que: Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em nome O fato de ter sido concedida a gestão da herança a terceiro não implica restrição do exercício do poder familiar do genitor sobrevivente para promover a contratação de advogado, em nome dos herdeiros menores, a fim de representar os interesses deles no inventário. Exemplo hipotético: Carlos faleceu e deixou como herdeiros Andrea (viúva), Lucas e Gabriela (filhos menores). Carlos deixou um testamento no qual nomeou sua irmã (Elisângela) como testamenteira. O juiz nomeou Elisângela como inventariante dos bens deixados por Carlos, cabendo a ela a administração do patrimônio deixado para os filhos pelo de cujus. A mãe dos menores contratou advogados para defender os interesses de seus filhos menores no inventário e pactuou honorários de 3% sobre o valor real dos bens móveis e imóveis inventariados. Os advogados do escritório ajuizaram execução cobrando os honorários. Elisângela, na qualidade de tia dos menores executados, testamenteira e única administradora, ofereceu exceção de pré-executividade em favor dos devedores Lucas e Gabriela, filhos do de cujus, alegando que o contrato de serviços advocatícios onerou o patrimônio deles sem que houvessesua expressa autorização, tendo o negócio sido firmado por pessoa (Andrea) que não possuía ingerência sobre tais bens, dando-os em garantia de pagamento da obrigação. O STJ não concordou com a alegação de nulidade do contrato. A contratação de advogado por representante de incapaz, para atuar em inventário, como ocorreu no presente caso, configura ato de simples administração e, por isso mesmo, não depende de autorização judicial. Por se tratar de ato de simples administração, independe de prévia autorização judicial a contratação de advogado para patrocinar a ação de inventário de bens do falecido, realizada pela genitora dos menores que herdarão o patrimônio deixado pelo de cujus. STJ. 4ª Turma. REsp 1566852-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Rel. Acd. Min. Raul Araújo, julgado em 17/08/2021 (Info 705). deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples administração, salvo por necessidade ou evidente interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz. - Todavia, a contratação de advogado por representante de incapaz, para atuar em inventário, como ocorreu no presente caso, configura ato de simples administração e, por isso mesmo, não depende de autorização judicial. - Por fim, ressalte-se que os herdeiros legítimos e testamentários do morto não poderiam deixar de comparecer nos autos do Inventário e, para tanto, é necessária a constituição de patronos judiciais. Nessa hipótese, a constituição válida de tais advogados deve passar obrigatoriamente pela representante dos menores – a genitora -, de modo que não há nulidade na contratação de advogado pelo representante do incapaz para atuar em inventário. O que se entende por Cláusula Resolutiva Expressa do contrato? A Cláusula Resolutiva Expressa e a Tácita exigem o pronunciamento judicial para haver a resolução da relação negocial? É possível ajuizar Ação Possessória com base em cláusula resolutiva expressa decorrente de inadimplemento contratual do promitente comprador ou se exige prévia propositura de ação para resolução do contrato? É necessária a Interpelação para constituir em mora o devedor quando presente cláusula resolutiva expressa? A Notificação para constituir em mora o devedor precisa conter o valor do crédito em aberto ou basta a menção à necessidade de purgar a mora? É possível o ajuizamento de ação possessória, fundada em cláusula resolutiva expressa, decorrente de inadimplemento contratual do promitente comprador, sendo desnecessária a prévia propositura de ação para resolução do contrato Fundamentos: - O art. 474 do Código Civil trata sobre as cláusulas resolutivas expressa e tácita: Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. Não se pode impor à parte já prejudicada pelo inadimplemento ter o ônus de ajuizar demanda judicial para obter a resolução do contrato quando já existe uma cláusula resolutória expressa em seu favor. Exigir isso seria impor ônus demasiado e obrigação contrária ao texto expresso da lei, desprestigiando o princípio da autonomia da vontade, da não intervenção do Estado nas relações negociais, criando obrigação que refoge à verdadeira intenção legislativa. Fundamento legal: Código Civil / Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. A cláusula resolutiva expressa é aquela expressamente estipulada pelas partes no momento da celebração do negócio jurídico ou em oportunidade posterior (por meio de aditivo contratual), porém, sempre antes da verificação da situação de inadimplência nela prevista, que constitui o suporte fático para a resolução do ajuste firmado. Nesta cláusula, as partes indicam as hipóteses que geram a extinção do contrato. STJ. 4ª Turma. REsp 1789863-MS, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 10/08/2021 (Info 704). Cláusula Resolutiva Expressa Cláusula Resolutiva Negocial - Se ocorrer a situação prevista, haverá resolução da relação negocial independentemente de pronunciamento judicial. Para que haja a resolução da relação negocial exige-se pronunciamento judicial. - O entendimento tradicional do STJ sobre a interpretação do art. 474 do CC era no sentido de ser imprescindível a prévia manifestação judicial na hipótese de rescisão do compromisso de compra e venda de imóvel para que seja consumada a resolução do contrato, ainda que existente cláusula resolutiva expressa, diante da necessidade de observância ao princípio da boa-fé objetiva. - Todavia, o STJ alterou o seu entendimento. Essa mudança foi para se adequar à sociedade moderna, com mínima intervenção estatal nas relações particulares. Cláusula resolutiva expressa + interpelação + concessão de prazo - Desse modo, atualmente, o Promitente Vendedor, havendo Cláusula Resolutiva Expressa, vai proceder à Interpelação para a constituição em mora do comprador. Passado o prazo para purgar a mora sem que o promitente comprador o tenha feito, haverá a resolução da relação negocial, independentemente de pronunciamento judicial. Em alguns casos será necessária intervenção judicial (ex: em casos de inadimplemento substancial) - Não se nega a existência de casos nos quais, em razão de outros institutos, esteja a parte credora impedida de pôr fim à relação negocial, como, por exemplo, quando evidenciado o adimplemento substancial*. Porém, essas hipóteses não podem transformar a excepcionalidade em regra. - Nessas hipóteses excepcionais, quando sobressaírem motivos plausíveis e justificáveis para a não resolução do contrato, a parte devedora sempre poderá socorrer-se da via judicial a fim de alcançar a declaração de manutenção do ajuste. - O que não se pode é exigir que a parte credora – já prejudicada pelo inadimplemento – tenha que propor demanda judicial para obter a resolução do contrato quando já existe uma cláusula resolutória expressa em seu favor. Exigir isso seria impor ônus demasiado e obrigação contrária ao texto expresso da lei, desprestigiando o princípio da autonomia da vontade, da não intervenção do Estado nas relações negociais. - Por fim, ressalta-se que a notificação deve conter o valor do crédito em aberto, o cálculo dos encargos contratuais cobrados, o prazo e local de pagamento e, principalmente, a explícita advertência de que a não purgação da mora no prazo acarretará a gravíssima consequência da extinção do contrato por resolução, fazendo nascer uma nova relação entre as partes - de liquidação O fato de o genitor se encontrar preso afasta a possibilidade de prestação de alimentos no âmbito de uma ação de alimentos? Por quê? De quem é o ônus de provar que o preso exerce atividade remunerada ou recebe auxílio-reclusão? Por quê? A impossibilidade da prestação de alimentos não está configurada pelo simples fato de o genitor se encontrar preso Fundamentos: - O dever dos genitores em assistir materialmente seus filhos é previsto na CF/88 (arts. 227 e 229) e na legislação infraconstitucional (art. 1.634 do Código Civil e art. 22 do ECA). - O mero fato de o pai se encontrar preso não afasta seu dever de prestar alimentos, uma vez que, mesmo preso, ele pode trabalhar, seja dentro da prisão ou fora dela, conforme se observa dos arts. 28, 29, 31 e 39, V da LEP: Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo. Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e capacidade. Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalhonão é obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento. Art. 39. Constituem deveres do condenado: (...) O fato de o devedor de alimentos estar recolhido à prisão pela prática de crime não afasta a sua obrigação alimentar, tendo em vista a possibilidade de desempenho de atividade remunerada na prisão ou fora dela a depender do regime prisional do cumprimento da pena. STJ. 3ª Turma. REsp 1882798-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 10/08/2021 (Info 704). V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; - Destaca-se que o STF já decidiu pela constitucionalidade do art. 29 da LEP, de modo que não viola os Princípios da Dignidade Humana e da Isonomia a fixação de salário em valor inferior a salário-mínimo, uma vez que inaplicável à hipótese a garantia de salário-mínimo prevista no art. 7º, IV da CF. - Desse modo, a prisão, por si só, não é motivo suficiente para uma improcedência total do pedido de alimentos. - Ademais, mesmo preso, nada impede que o réu possa ter bens (imóvel, automóveis etc.) e valores (conta bancária, FGTS etc.), podendo contribuir para o sustento da filha. - Por fim, no voto do Min. Ricardo Villas Boas Cueva, ele afirma que o ônus de provar que o preso trabalha ou recebe auxílio-reclusão não é nem mesmo da autora da ação de alimentos, uma vez que, por se tratarem de informações oficiais, o próprio Estado deve fornecer. A homologação de decisão estrangeira sobre alimentos impede que o devedor ajuize ação revisional do valor da pensão alimentícia? Mesmo após o STJ ter homologado a decisão estrangeira sobre alimentos, o devedor poderá ajuizar ação pedindo a revisão do valor da pensão alimentícia Fundamentos: - O STJ não pode, no exame de um pedido de homologação de sentença estrangeira de alimentos, analisar alegações relacionadas com: · reduzida capacidade econômica do alimentante; · excessiva onerosidade da pensão alimentícia imposta na sentença alienígena; · ausência de condição financeira atual do devedor, a impossibilitar o cumprimento da obrigação de pagar; · necessidade de revisão da pensão estabelecida pela Justiça estrangeira. - Embora essas questões sejam muito relevantes, são aspectos relacionados com o mérito da ação que foi ajuizada e analisada perante o Tribunal estrangeiro. Logo, repito, não podem ser examinadas pelo STJ no exercício de sua competência meramente homologatória da decisão proferida no exterior. Exemplo: a sentença estrangeira condenou o pai a pagar pensão alimentícia fixada em 290 euros por mês. O pai se mudou para o Brasil. O filho ingressou, no STJ, com pedido de homologação da sentença estrangeira. Ocorre que, comprovadamente, o salário do pai é inferior ao valor da pensão. Mesmo assim, se estiverem preenchidos os requisitos formais, o STJ deverá homologar a sentença estrangeira, não podendo examinar aspectos relacionados com o mérito, como, por exemplo, a capacidade econômica do devedor. O ato de homologação é meramente formal, por meio do qual o STJ exerce tão somente um juízo de delibação, não adentrando no mérito da disputa original, tampouco averiguando eventual injustiça da sentença estrangeira. Vale ressaltar, contudo, que, mesmo após a homologação, o devedor poderá ingressar com ação pedindo a revisão do valor da pensão. Isso porque a homologação da decisão estrangeira sobre alimentos não subtrai do devedor a possibilidade de ajuizar ação revisional do valor da pensão alimentícia. STJ. Corte Especial. HDE 4289-EX, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 18/08/2021 (Info 707). - O ato de homologação é meramente formal, por meio do qual o STJ exerce tão somente um juízo de delibação, não adentrando no mérito da disputa original, tampouco averiguando eventual injustiça do decisum alienígena. - Portanto, a homologação pelo STJ não significa o reconhecimento da capacidade do alimentante de arcar com o elevado custo da pensão fixada pela Justiça estrangeira, de sorte que mesmo após a sentença estrangeira ser homologada, o devedor pode ajuizar ação pedindo a revisão do valor. Locatário pode ajuizar ação contra o condomínio no intuito de impugnar ausência de prestação de contas? Por quê? Pode ajuizar a prestação de contas contra o Locador? O locatário não possui legitimidade para ajuizar ação contra o condomínio para questionar a forma pela qual a coisa comum é gerida Fundamentos: - Nos termos do art. 18 do CPC/2015, “ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”. - Não existe norma que confira ao locatário legitimidade para atuar em Juízo na defesa dos interesses do condômino locador. - Isso porque o vínculo obrigacional estabelecido no contrato de locação se dá entre o inquilino e o locador. Desse modo, a convenção (o acordo) realizada entre os particulares transfere a posse direta do imóvel e, eventualmente, o dever de arcar com obrigações propter rem, de titularidade do proprietário, mas não sub-roga o inquilino em todos os direitos do condômino perante o condomínio. - Segundo a interpretação que é dada ao art. 23, § 2º, da Lei nº 8.245/91 (Lei de Inquilinato), os locatários podem pedir contas ao locador, não diretamente ao condomínio: Art. 23 (...) § 2º O locatário fica obrigado ao pagamento das despesas referidas no parágrafo anterior (despesas ordinárias do condomínio), desde que comprovadas a previsão orçamentária e o rateio mensal, podendo exigir a qualquer tempo a comprovação das mesmas. O locatário não possui legitimidade para ajuizar ação contra o condomínio no intuito de questionar o descumprimento de regra estatutária, a ausência de prestação de contas e a administração de estabelecimento comercial. STJ. 4ª Turma. REsp 1630199-RS, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 05/08/2021 (Info 704). É possível afastar a impenhorabilidade do bem de família na hipótese de crédito decorrente de financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, caso o referido imóvel tenha sido vendido e, com tais recursos, tenha sido comprado outro? Por quê? A exceção à impenhorabilidade do bem de família, prevista para o crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, estende-se ao imóvel adquirido com os recursos oriundos da venda daquele bem Fundamentos: - A autorização excepcional para penhora do bem de família, prevista no inciso II do art. 3º da Lei nº 8.009/90, aplica-se também para o imóvel adquirido com os recursos oriundos da venda do primeiro imóvel que foi objeto do financiamento. - O imóvel atual de sua moradia foi adquirido com recursos obtidos a partir da venda do primeiro. Daí porque a situação jurídica de um se sub-roga no outro. - Se o primitivo bem de família pode ser penhorado para a satisfação de dívida relativa ao próprio bem, o novo bem de família, adquirido com os recursos da alienação do primeiro, também estará sujeito à referida exceção. - Desse modo, não pode o devedor adquirir novo bem de família com os recursos provenientes da venda de bem de família anterior para, posteriormente, se furtar ao adimplemento da dívida contraída com a Exemplo hipotético: João contraiu empréstimo para a aquisição de um apartamento. Ele conseguiu obter o dinheiro com o Banco e se comprometeu a pagar o mútuo em 60 prestações mensais.Com os recursos obtidos, João comprou o referido apartamento e nele passou a viver com a sua família. Algum tempo depois, João alienou o apartamento e, com o dinheiro, comprou uma casa. Se o devedor atrasar as parcelas, será possível que o banco execute o contrato e consiga a penhora da casa com base na autorização excepcional prevista no inciso II do art. 3º da Lei
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