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Informativo de Civil com Perguntas

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CIVIL – InformAtivo 
 
E aí, galera, beleza? Esse é o nosso caderno de informativo de Civil, que 
usamos para estudo pessoal com base nos informativos disponibilizados pelo 
Dizer o Direito. 
Nós pegamos o informativo disponibilizado pelo Dizer o Direito e 
acrescentamos perguntas referentes ao julgado (tese + fundamentos) a fim de 
estimular um estudo ativo, o qual é o mais eficaz em termos de aprendizagem. 
Estudo Ativo, em suma, é um estudo em que nós procuramos gerar as 
informações; fazer a nossa própria codificação, e não apenas ler e reler. Não 
estamos criticando quem revisa grifos (até porque nós também eventualmente 
fazemos isso), mas os pesquisadores apontam que o mais eficaz é tentar se 
recordar da informação por si próprio, pois desse modo as informações 
conectam-se, associam-se e consolidam-se. 
E como fazemos um estudo ativo? Fazendo perguntas a si mesmo; 
tentando explicar para si ou para outra pessoa o conteúdo; realizando questões, 
etc. 
Diante disso, surgiu a ideia de fazermos esse material de Informativo 
com Perguntas para forçar o leitor a fazer um estudo ativo antes de propriamente 
ler o julgado. Espera-se, assim, que a aprendizagem seja mais duradoura, 
evitando as chamadas Ilusões de Competência, as quais são criadas quando 
criamos familiaridade com o material e achamos que possuímos pleno domínio 
da matéria, apenas por conseguir ler rápido ou a leitura fluir. 
Ocorre que, às vezes, isso é apenas uma Ilusão de Competência, de 
modo que quando algum amigo pergunta sobre o informativo, não sabemos 
responder ou erramos na prova. 
Esperamos que gostem do material e que ele ajude vocês a conquistar os seus 
sonhos. Tmj! 
Lista de Perguntas – Estudo Ativo 
2021 ................................................................................................................. 18 
O que se entende por Princípio da Porta Aberta? É possível que uma 
Cooperativa de Trabalho Médico faça seleção pública para o ingresso 
de novos médicos cooperados ou haverá violação ao Princípio da 
Porta Aberta? .......................................................................................... 18 
Há responsabilidade civil na hipótese de divulgação pelos 
interlocutores ou por terceiros de mensagens trocadas via Whatsapp? 
Por quê? Há exceção? ............................................................................ 20 
A adoção realizada na vigência do CC/16 pode ser revogada pelas 
partes após entrada em vigor do Código de Menores, mas antes da 
entrada em vigor do ECA? O Código Civil de 1916 admitia a revogação 
da adoção? O Código de Menores admitia a revogação da adoção? 22 
É abusiva a pactuação do IGPM como índice de correção monetária? 
Por quê? ................................................................................................... 24 
Exige-se a desconsideração da personalidade jurídica para executar 
bens da EIRELI em razão de dívida pessoal do empresário que 
constituiu a EIRELI? Por quê? A Sociedade Unipessoal é admitida no 
Brasil? A EIRELI continua prevista em nosso ordenamento jurídico? 
Houve a revogação expressa da figura das EIRELI em nosso 
ordenamento? ......................................................................................... 25 
Exige-se autorização judicial para a contratação de advogado por 
representante de incapaz para atuar em processo de Inventário? Por 
quê?.......................................................................................................... 28 
O que se entende por Cláusula Resolutiva Expressa do contrato? A 
Cláusula Resolutiva Expressa e a Tácita exigem o pronunciamento 
judicial para haver a resolução da relação negocial? É possível ajuizar 
Ação Possessória com base em cláusula resolutiva expressa 
decorrente de inadimplemento contratual do promitente comprador ou 
se exige prévia propositura de ação para resolução do contrato? É 
necessária a Interpelação para constituir em mora o devedor quando 
presente cláusula resolutiva expressa? A Notificação para constituir 
em mora o devedor precisa conter o valor do crédito em aberto ou 
basta a menção à necessidade de purgar a mora?.............................. 30 
O fato de o genitor se encontrar preso afasta a possibilidade de 
prestação de alimentos no âmbito de uma ação de alimentos? Por quê? 
De quem é o ônus de provar que o preso exerce atividade remunerada 
ou recebe auxílio-reclusão? Por quê? .................................................. 33 
A homologação de decisão estrangeira sobre alimentos impede que o 
devedor ajuize ação revisional do valor da pensão alimentícia? ....... 35 
Locatário pode ajuizar ação contra o condomínio no intuito de 
impugnar ausência de prestação de contas? Por quê? Pode ajuizar a 
prestação de contas contra o Locador? ............................................... 37 
É possível afastar a impenhorabilidade do bem de família na hipótese 
de crédito decorrente de financiamento destinado à construção ou à 
aquisição do imóvel, caso o referido imóvel tenha sido vendido e, com 
tais recursos, tenha sido comprado outro? Por quê? ......................... 38 
No que se refere às Arras, a devolução das Arras somada ao 
equivalente no caso de Inexecução por quem recebeu as Arras pode 
ser pleiteada tanto nas Arras Confirmatórias quanto nas Arras 
Penitenciais? No que se refere às Arras, a indenização suplementar em 
razão da inexecução do contrato por quem recebeu as Arras pode ser 
pleiteada tanto no caso de Arras Penitenciais quanto nas Arras 
Confirmatórias? ...................................................................................... 40 
A taxa de manutenção de loteamento urbano cobrada por associação 
de moradores vincula os adquirentes em relação à obrigação de pagar 
as taxas somente a partir da aquisição ou também eventuais débitos 
do antigo proprietário? Por quê? .......................................................... 42 
É possível a penhora de bens do devedor de alimentos, durante o 
período da pandemia da COVID, sem que ocorra a conversão do rito da 
prisão civil para o rito da constrição patrimonial? .............................. 43 
A operadora pode ser obrigada a oferecer plano individual a usuário 
de plano coletivo extinto ainda que ela não disponibilize essa 
modalidade contratual? Por quê? E se o Usuário do plano for Idoso? 
Caso a operadora não seja obrigada a fornecer esse plano individual, 
o usuário idoso ficará desprotegido? ................................................... 45 
Cabe Habeas Corpus contra decisão que fixou guarda unilateral de 
criança? ................................................................................................... 46 
Em Ação Demolitória, é necessário o Litisconsórcio Passivo 
Necessário entre os coproprietários do imóvel? Por quê? A Ação 
Demolitória está prevista no CPC/15? A Demolitória vai seguir 
procedimento especial ou procedimento comum? Qual a diferença 
entre a Ação Demolitória e a Ação de Nunciação de Obra Nova? É 
possível a conversão de uma Ação de Nunciação de Obra Nova em 
Demolitória? ............................................................................................ 47 
É possível o ajuizamento de uma Ação de Imissão na Posse em relação 
a um imóvel que esteja sendo objeto de Ação Possessória? Por quê? 
Caso haja o ajuizamento da ação de imissão na posse na pendência de 
ação possessória, o que acontecerá com a ação de imissão? ........... 49 
É possível que a entidade esportiva mandante do jogo responda pelos 
danos sofridos por torcedores em razão de atos violentos provocados 
por membros da torcida rival? Por quê? Há responsabilidade por risco 
integral da entidade esportiva? É possível alegar fato exclusivo de 
terceiro? ................................................................................................... 51 
Qual o prazo prescricional para exercício da pretensão indenizatória 
decorrentede vício construtivo? ........................................................... 53 
É possível usucapião de imóvel situado em área irregular? O registro 
no Cartório de Registro de Imóveis tem presunção absoluta ou 
relativa? Quais são as 03 dimensões envolvidas na Regularização 
Fundiária? Todas ocupações irregulares atentam contra o interesse 
público? ................................................................................................... 54 
A morte do Usufrutuário acarreta a automática extinção do Usufruto? 
Na hipótese de morte do Usufrutuário que arrenda o imóvel, durante a 
vigência do contrato de arrendamento, não havendo a reinvidicação 
possessória pelo proprietário, o Espólio do de cujus poderá exercer os 
direitos provenientes desse contrato de arrendamento perante o 
terceiro arrendatário? A posse dos herdeiros do Usufrutuário será 
justa ou injusta? ...................................................................................... 56 
As Associações de Gestão Coletiva de Direitos Autorais são obrigadas 
a fornecer, a qualquer interessado, informações relativas à 
participação individual de cada artista nas obras musicais coletivas?
 .................................................................................................................. 58 
A cláusula contratual que circunscreve e particulariza a cobertura 
securitária incide em abusividade por parte da seguradora? Por quê?
 .................................................................................................................. 59 
Havendo cláusula compromissória no contrato de locação, competirá 
ao juízo arbitral julgar ação de despejo por falta de pagamento? Caso 
a competência seja do Juízo Estatal, será possível adentrar no mérito 
da causa como um todo ou deverá se limitar à execução forçada? .. 62 
Irmãos unilaterais possuem legitimidade ativa e interesse processual 
para propor ação declaratória de reconhecimento de parentesco 
natural com irmã pré-morta, caso não tenha sido reconhecida a relação 
paterno-filial do pai pré-morto? ............................................................. 64 
A divergência entre a paternidade biológica e a declarada no registro 
de nascimento é capaz de anular o ato registral? ............................... 65 
Genitor pode propor ação de prestação de contas em face do outro 
genitor relativamente aos valores decorrentes de pensão alimentícia?
 .................................................................................................................. 67 
O fato de o condômino tomar um empréstimo para cumprir o requisito 
de depósito do preço do bem configura abuso de direito no exercício 
do Direito de Preferência? ...................................................................... 69 
Valor recebido a título de horas extras não habituais integra a base de 
cálculo de pensão alimentícia? As horas extras integram a base de 
cálculo na hipótese de a pensão ter sido arbitrada em valores fixos? O 
Aviso Prévio integra base de cálculo de pensão alimentícia? ............ 70 
É possível a fixação de guarda compartilhada caso um dos genitores 
possua domicílio em cidade distinta? Pai/mãe que não exerce 
autoridade sob o filho e que mora em local distinto responderá 
civilmente pelos danos causados pelo filho? ...................................... 72 
É válida cláusula contratual inserida em contrato de cessão de crédito 
celebrado com FIDC que consagra responsabilidade do cedente pela 
solvência do devedor? E em contrato de Factoring? .......................... 74 
A existência de pactos adjacentes coligados a um contrato de 
sublocação comercial afasta a aplicação da Lei de Locação? De acordo 
com o STJ, quais os requisitos para a existência de uma Coligação 
Contratual? Qual a diferença entre os Contratos Mistos e os Contratos 
Coligados? Quais teorias buscam explicar a disciplina jurídica que 
regula os Contratos Mistos? .................................................................. 76 
Qual é o termo inicial da taxa de ocupação? Tem alguma aplicação em 
direito intertemporal? ............................................................................. 78 
É cabível o ajuizamento de ação de alimentos, ainda que exista acordo 
extrajudicial válido com o mesmo objeto? Qual o fundamento 
processual utilizado pelo STJ no caso? ............................................... 80 
Gera direito à indenização a publicação de artigos de caráter 
informativo e opinativo de caráter ácido e irônicos contra pessoas 
públicas? ................................................................................................. 81 
É possível a exclusão de prenome da criança caso o pai tenha 
escolhido o nome de modo diverso do acordado com a genitora? É 
possível a exclusão caso o pai não tenha agido de má-fé ou sem fins 
de vingança? Por quê? ........................................................................... 83 
A procuração em causa própria é negócio jurídico unilateral ou 
bilateral? A procuração em causa própria (in rem suam) consiste em 
título translativo de propriedade? Por quê? ......................................... 85 
A empresa proprietária de avião, a qual arrendou a aeronave para um 
aeródromo fazer um evento, será responsabilizada civilmente no caso 
de acidente aéreo, caso o piloto da aeronave que era propriedade da 
empresa não tenha praticado qualquer conduta, mas apenas tenha 
sido atingido por outro avião durante a decolagem? Qual a teoria de 
responsabilidade civil adotada pela doutrina majoritária no âmbito 
cível? ........................................................................................................ 87 
É necessária a apresentação de uma relação pormenorizada do acervo 
patrimonial do casal que pretende alterar o regime de bens? Por quê? 
Essa alteração de regime produz efeitos ex tunc ou ex nunc? É 
possível alterar, com base no Código Civil de 2002, regime de bens de 
casamento celebrado na vigência do Código Civil de 1916? .............. 89 
Há o dever de pagar aluguéis por parte do ex-marido que mora com a 
filha em imóvel comum que foi adquirido com a ex-esposa? Se o ex-
marido morasse sozinho nesse imóvel – sem filha -, haveria o dever de 
pagar aluguéis a ex-eposa? ................................................................... 90 
É possível a declaração de Incapacidade Absoluta de pessoa com 
enfermidade ou deficiência mental? ..................................................... 92 
É possível arguir a nulidade de negócio jurídico por Simulação em sede 
de Embargos de Terceiro? No Código Civil de 1916, o negócio jurídico 
simulado era nulo ou anulável? Aplica-se a Súmula 195 do STJ em caso 
de Simulação? ......................................................................................... 93 
Há dano moral in reipsa no caso de fuga do condutor de automóvel 
responsável por acidente de trânsito? No momento da sentença, qual 
dispositivo pode ser invocado pelo juiz para dispensar a produção da 
prova em caso de dano moral in reipsa? .............................................. 95 
Qual o termo inicial do prazo prescricional para o advogado cobrar os 
honorários advocatícios que não foram pagos em caso de morte do 
mandante? ............................................................................................... 97 
Qual o prazo para o adquirente de imóvel pedir a restituição do valor 
pago em razão de o imóvel adquirido ter sido entregue em metragem 
menor do que a acordada? Esse prazo é prescricional ou decadencial? 
O imóvel entregue com área menor do que a acordada é vício oculto 
ou aparente? Aplica-se o Código Civil ou o Código de Defesa do 
Consumidor? ........................................................................................... 98 
É válida e eficaz cláusula de reversão em favor de terceiro, aposta em 
contrato de doação à luz do Código Civil de 1916, mascuja condição 
tenha se verificado apenas no Código Civil de 2002? Por quê? ...... 100 
Cabe indenização por Lucros Cessantes no período em que o imóvel 
objeto do contrato de locação permaneceu indisponível para uso em 
razão da devolução do imóvel pelo locatário em condições precárias? 
Por quê? ................................................................................................. 102 
Condomínios residenciais de um imóvel podem estabelecer, por meio 
de convenção condominial, a impossibilidade de locação dos imóveis 
para Airbnb? Por quê? ......................................................................... 104 
É possível a penhora de fração ideal do bem de família? ................. 105 
Há necessidade de suspender a ação possessória até que haja o 
julgamento da Ação de Usucapião? Por quê? ................................... 106 
Aplica-se a tese firmada no Tema 809/STF ao inventário em que ainda 
não foi proferida a sentença de partilha? Aplica-se a tese caso o 
companheiro tenha sido anteriormente excluído da sucessão em razão 
da aplicação do Art. 1790 do CC, caso ainda não tenha sido proferida 
a sentença de partilha? Por quê? ........................................................ 107 
A impugnação ao cumprimento de sentença arbitral vai ser proposta 
em que prazo? É decadencial ou prescricional? ............................... 109 
Os hotéis são obrigados a pagar direitos autorais pelo fato de terem 
televisões nos quartos, ainda que a transmissão seja de TV por 
assinatura? Por quê? Qual o prazo prescricional para o ECAD ajuizar 
ação cobrando direitos autorais? ........................................................ 111 
O montante recebido a título de aluguéis de imóvel particular do “de 
cujus” se comunica à companheira supérstite após a data de abertura 
da sucessão? Por quê? ........................................................................ 113 
Qual o termo inicial da prescrição da pretensão de obter ressarcimento 
pela perda de uma chance em razão da ausência de apresentação de 
Agravo de Instrumento? Por quê? O dano resultante da Teoria da Perda 
de uma Chance se enquadra como Danos Emergentes ou Lucros 
Cessantes? Qual prazo prescricional do mandante contra o advogado 
mandatário? Caso não tivesse ocorrido o fim da relação contratual 
entre as partes, qual termo inicial para se pleitear ressarcimento do 
dano por perda de uma chance? ......................................................... 115 
É possível aplicar a tese fixada pelo STF no tema n. 809/STF 
(inconstitucionalidade da diferenciação do regime sucessório entre 
cônjuge e companheiro) na hipótese de ter sido declarada a 
inexistência jurídica da sentença na ação de inventário em razão de 
ausência de citação de Litisconsorte Necessário? Por quê? ........... 117 
Se, no interior do ônibus, ficam sendo tocadas músicas na rádio, a 
empresa proprietária deverá pagar direitos autorais? Por quê? ...... 118 
Facebook é obrigado a fornecer os dados de todos os usuários que 
compartilharam post contendo Fake News? Por quê? ...................... 119 
Qual o prazo prescricional da pretensão indenizatória decorrente de 
extravio, perda ou avaria de cargas transportadas por via marítima?
 ................................................................................................................ 120 
Juízo do Inventário pode promover a penhora no rosto dos autos do 
Inventário determinada por outro juízo caso já tenha ocorrido a decisão 
homologatória da partilha? Por quê? .................................................. 121 
Em processo de Herança Jacente, caso o juiz determine a emenda da 
petição inicial e os demais legitimados ativos não façam essa correção, 
o juiz vai indeferir a petição inicial? Juiz pode iniciar de ofício Herança 
Jacente? ................................................................................................. 122 
É possível o retorno ao nome de solteiro do cônjuge ainda durante a 
constância do vínculo conjugal? Por quê? ........................................ 123 
É válido contrato de gerenciamento de carreira pactuado por atleta 
menor de 18 anos devidamente assistido por seus pais? Exige-se 
autorização judicial nesse caso? É possível aplicar o Art. 27-C, VI da 
Lei Pelé ao caso concreto? .................................................................. 124 
O que se entende por Denúncia Vazia? O que se entende por Denúncia 
Cheia? Qual o termo inicial do prazo para se pedir a Denúncia Vazia de 
imóvel com base em contrato, inicialmente por prazo determinado e 
inferior a 30 meses, posteriormente prorrogado indeterminadamente 
com vigência ininterrupta da locação superior a 05 anos? Por quê?
 ................................................................................................................ 126 
É possível o anatocismo no âmbito do SFH? Caso reconhecida a 
ilegalidade da capitalização de juros no âmbito do SFH em contratos 
anteriores a 2009, caso o mútuo imobiliário seja regido pelo Plano de 
Equivalência Salarial – PES e segurado pelo Fundo de Compensação 
de Valorizações Salariais – FCVAS, haverá direito de repetição de 
indébito em razão do anatocismo? ..................................................... 128 
Em ação de extinção contratual com cláusula resolutiva, é possível que 
a parte opte pelo cumprimento forçado do contrato cumulado com o 
rompimento do contrato? Caso a parte opte pelo cumprimento forçado 
ou pelo rompimento do contrato, é possível alterar essa escolha? 130 
Em Ação Anulatória de Partilha em que os imóveis recebidos pelos 
herdeiros já foram registrados, será necessária a integração da lide 
pelo cônjuge do herdeiro casado sob o regimento de comunhão 
universal de bens no polo passivo dessa Ação Anulatória de Partilha? 
Por quê? ................................................................................................. 131 
Haverá responsabilidade civil do proprietário de imóvel rural que 
colocou uma cerca de arame farpado sem sinalização a qual ocasionou 
um acidente com resultado morte? Por quê? .................................... 134 
O registro do contrato para fins de garantia fiduciária tem natureza 
constitutiva ou declaratória? A ausência do registro do contrato de 
compra e venda de imóvel impede a constituição da garantia 
fiduciária? .............................................................................................. 135 
O direito real de habitação tem caráter oneroso ou gratuito? Os 
herdeiros podem exigir remuneração da companheira sobrevivente e 
da filha que residem no imóvel a título de direito real de habitação? Por 
quê? O direito real de habitação precisa de inscrição no registro de 
imóveis? Os demais herdeiros podem pedir a alienação do bem e a 
divisão do dinheiro entre todos? ......................................................... 136 
É possível a existência de uniões estáveis simultâneas? Por quê? 138 
2020 ............................................................................................................... 140 
Analfabeto pode celebrar empréstimo consignado mediante assinatura 
a rogo? E mediante aposição de digital ao contrato escrito? Por quê?
 ................................................................................................................ 140 
Os Loteamentos Fechados de Acesso Controlado equiparam-se a 
Condomínio Edilício? Por quê? Antes do advento da Lei nº 13.456/2017 
era possível cobrar taxa de manutenção e conservação de loteamento 
fechado de proprietário não-associado? Por quê? E após o advento da 
Lei nº 13.456/2017, é possível? São necessários que requisitos para 
que essa cobrança seja possível após o advento da Lei nº 13.456/2017? 
Caso Lei Municipal previsse a possibilidade de cobrança antes do 
avento da Lei nº 13.456/2017, seria possível a cobrança? ................ 141 
A participação nos lucros e resultados tem caráterremuneratório ou 
indenizatório? O valor percebido pelo alimentante a título de 
participação nos lucros e resultados deve ser incluído na prestação 
alimentar fixada em percentual sobre a remuneração? Por quê? Há 
exceção? ................................................................................................ 143 
É constitucional o dispositivo do Código Civil que estabelece como 
requisito para constituição da EIRELI capital social não inferior a 100 
salário mínimos ou vai de encontro à vedação da vinculação do salário 
mínimo? ................................................................................................. 144 
É possível que uma associação realize a cobrança de taxas de 
manutenção e conservação de loteamento fechado de um proprietário 
não associado? ..................................................................................... 145 
Município pode legislar sobre o tamanho do módulo urbano? É 
possível usucapir imóvel que possua área inferior ao módulo urbano 
do Município? ........................................................................................ 146 
O direito à indenização por danos morais transmite-se aos herdeiros 
com o falecimento do titular? .............................................................. 147 
Imóvel bem de família oferecido como caução imobiliária em contrato 
de locação pode ser objeto de penhora? Por quê? ........................... 148 
Notificação frustrada pelo motivo “ausente” constitui em mora o 
devedor fiduciante? Por quê? A mora do devedor fiduciante, no caso 
de comprovação por carta registrada com AR, deve ser assinada em 
mão própria? ......................................................................................... 150 
A suspensão das ações judiciais propostas contra Cooperativa que 
esteja em Liquidação Extrajudicial vai perdurar quanto tempo? É 
possível aumentar o prazo dessa prorrogação aplicando por analogia 
a regra da prorrogação do Stay Period da Lei de Falência? ............. 151 
É possível ao juiz reconhecer a aplicação da perda de uma chance caso 
a parte não tenha alegado especificamente essa teoria, mas apenas 
pedido indenização por perdas e danos? ........................................... 152 
A Justiça Brasileira pode determinar que a empresa responsável pela 
conta identifique o titular do e-mail na hipótese de pessoa residente no 
Brasil ter sido ameaçada por email enviado de conta hospedada no 
exterior? Por quê? ................................................................................ 153 
O prazo decadencial de 180 dias para exercício de direito de 
preferência do condômino, nos termos do art. 504 do CC, inicia a partir 
de quando? ............................................................................................ 154 
É possível a estipulação de multa pela renúncia ou revogação 
unilateral de mandato em contrato de prestação de serviços 
advocatícios? Por quê? ........................................................................ 155 
No âmbito do contrato de seguro de vida em grupo, quem tem o dever 
de prestar ao segurado as informações sobre o seguro (ex: situações 
nas quais não há cobertura): a seguradora ou o estipulante? ......... 156 
É cabível pedido de repetição de indébito em dobro, nos termos do art. 
940 do CC, em sede de Embargos Monitórios? ................................. 157 
A oferta de pagamento espontâneo em sede audiência de conciliação 
em execução de dívida alimentar pelo devedor, realizada perante o 
Judiciário e com a concordância do representante da parte contrária, 
tem caráter vinculante em relação ao proponente? Por quê? .......... 158 
A instituição financeira precisa informar a taxa diária de juros, caso já 
tenha informado a taxa de juros mensal e a taxa de juros anual? Por 
quê? A capitalização anual de juros é permitida? ............................. 159 
Para se aplicar a exceção à impenhorabilidade do bem de família por 
ser produto de crime, é necessário que tenha ocorrido o trânsito em 
julgado? Por quê? ................................................................................. 161 
A utilização do trecho de maior sucesso de uma música como título de 
um programa de TV, em conjunto com o fonograma, sem autorização 
do titular, viola direitos do autor ou se pode alegar uma eventual 
aceitação tácita? Por quê? ................................................................... 162 
Nos contratos de mútuo imobiliário com pacto adjeto de alienação 
fiduciária, é possível que o devedor fiduciante faça a purgação da mora 
após a consolidação da propriedade em nome do fiduciário? ......... 163 
Viúva meeira faz jus ao Usufruto Vidual no âmbito do CC/16? Por quê? 
O Usufruto Vidual tem previsão no Código Civil de 2002? ............... 164 
No período da pandemia da Covid-19, era possível a decretação da 
prisão civil do devedor de alimentos sob o regime fechado? Por quê? 
Qual entendimento das Turmas do STJ? ............................................ 165 
É cabível a condenação da montadora ao pagamento da indenização 
prevista no art. 24 da Lei Ferrari na hipótese em que a resolução do 
contrato encontra justificativa na gravidade das infrações praticadas 
pela concessionária? Por quê? ........................................................... 166 
Fundo de Investimento de Direito Creditício (FIDC) que adquire 
créditos de condomínio pode manter os mesmos privilégios para 
execução de créditos condominiais? .................................................. 167 
O juiz pode conceder de ofício o reconhecimento à indenização de 
benfeitorias necessárias e úteis em ação possessória? Por quê? .. 168 
O devedor fiduciário pode exigir do credor fiduciante a prestação de 
contas no bojo da própria ação de busca e apreensão do bem alienado 
fiduciariamente? Por quê? ................................................................... 169 
É constitucional o Decreto-Lei nº 911/69 que trata da Alienação 
Fiduciária de bens móveis no âmbito do mercado financeiro e de 
capitais? É constitucional que instituição financeira ajuíze busca e 
apreensão com pedido liminar do bem alienado? A Constituição 
Federal proíbe esse tipo de tratamento? ............................................ 170 
Se no âmbito de uma alienação fiduciária em garantia, o banco vende 
o automóvel fiduciado por quantia abaixo do valor da FIPE (como é a 
praxe ) e essa alienação vem a ser anulada em razão da ausência de 
notificação extrajudicial do fiduciário, qual valor o banco deve 
devolver?A FIPE ou o valor da venda efetiva? ................................... 172 
É possível realizar a partilha de direitos possessórios no caso de bem 
edificado em loteamento irregular?..................................................... 173 
Na hipótese de uma promessa de compra e venda com pacto de 
alienação fiduciária, é possível que o promitente-comprador desista da 
compra e invoque o CDC a fim de que o vendedor retenha 10% das 
parcelas pagas e devolva o resto? Por quê? ..................................... 174 
É possível decretar a prisão civil do devedor de alimentos devidos em 
razão da prática de ato ilícito? Por quê? ............................................ 175 
Aplica-se o prazo de 02 anos previsto no Art. 1003, parágrafo único do 
CC, ao ex-cooperado que sai da cooperativa a fim de que ele responda 
também pelo rateio dos prejuizos acumulados? Por quê? Qual é o 
prazo prescricional para a cobrança de ato cooperativo? Por quê? 177 
Haverá direito real de habitação se o bem imóvel era 50% do falecido e 
50% de um terceiro? Por quê? ............................................................. 178 
É possível se exigir que determinada rede social forneça o IP de todas 
as pessoas que acessaram o perfil em certo período de tempo? Por 
quê?........................................................................................................ 179É possível que em uma Ação de Usucapião, após a citação dos réus, o 
autor apresente a planta e o memorial descritivo georreferenciado - 
documentos indispensáveis à propositura da ação que o autor não 
tinha juntado? ....................................................................................... 180 
As provedoras de email são obrigadas a fornecer dados pessoais 
(nome, endereço) de um email que proferiu ameaças contra outra 
pessoa ? ................................................................................................. 181 
É possível utilizar a TR em substituição ao IPC nas operações de 
crédito rural, aplicando-se retroativamente aos contratos celebrados 
anteriormente ao início de sua vigência? Por quê?........................... 183 
Em ação de reconhecimento de união estável post mortem proposta 
por suposto companheiro, caso o de cujus não possuísse 
ascendentes nem descendentes, é possível que os colaterais exijam 
sua citação para debater a procedência ou não desse reconhecimento 
de união estável? .................................................................................. 184 
O alcance da maioridade pelo alimentando implica o afastamento 
automático da obrigação alimentar? Por quê? .................................. 185 
O deferimento da Busca e Apreensão com a consolidação da 
propriedade no nome da instituição financeira acarreta a extinção do 
contrato de Alienação Fiduciária? Por quê? ...................................... 186 
É possível a utilização da imagem de um torcedor no estádio para a 
propaganda de um automóvel pertencente à empresa patrocinadora? 
Por quê? É possível que exista um consentimento presumível do uso 
de imagem? Ocorreu no caso concreto? ............................................ 187 
Sob a égide do Código Civil de 1916, qual o prazo prescricional para 
propor ação de nulidade de partilha amigável em que se incluiu no 
Inventário pessoa incapaz de suceder? Por quê? ............................. 189 
A transportadora pode ser responsabilizada por ato de vandalismo que 
acarreta rompimento de cabos elétricos e explosões no trem? Por quê? 
Não seria caso fortuito? ....................................................................... 191 
Alienação fiduciária cujo credor é instituição financeira rege-se pelo 
CPC? Por quê? No que consiste a alienação fiduciária? O que ocorre 
em caso de inadimplemento? Nos termos do Decreto-Lei nº 911/69, o 
prazo de 05 dias para pagamento é direito material ou processual? Por 
quê?........................................................................................................ 193 
Levando em consideração a irrenunciabilidade do direito aos 
alimentos, é possível acordo que exonere o devedor de alimentos 
devidos e não pagos? Por quê? .......................................................... 195 
Arrendamento Residencial tem natureza jurídica de compra e venda? 
E de promessa de compra e venda? Aplica-se ao Arrendamento 
Residencial ............................................................................................ 196 
Em Ação Revisional de contrato de locação comercial, o reajuste do 
aluguel pode refletir o valor patrimonial do imóvel local, considerando 
eventuais benfeitorias feitas pelo próprio locatário? Por quê? ........ 199 
A caracterização do infortúnio como acidente de trabalho impede que 
ele seja considerado como acidente causado por veículo automotor 
para fins de seguro DPVAT? Por quê? ............................................... 201 
Seguradora do SFH é obrigada a indenizar sinistros relacionados a 
vícios estruturais da construção? Por quê? ...................................... 202 
É cabível honorários advocatícios de sucumbência em incidente de 
desconsideração de personalidade jurídica? Por quê? .................... 204 
Alimentante não-guardião pode ajuizar ação de exigir contas para 
obter informações sobre o destino dos alimentos pagos? Por quê? Em 
caso de malversação, é possível pedir uma revisional ou que se forme 
um crédito? ............................................................................................ 205 
Como fica a prisão civil do devedor de alimentos durante a pandemia 
da Covid-19? Continua a cumprir normal em regime fechado, domiciliar 
ou suspende-se? Qual entendimento do STJ? Tem lei sobre o tema?
 ................................................................................................................ 206 
No caso de partilha em divórcio sobre o valor econômico de cotas 
sociais, incidirá juros e correção monetária caso a empresa tenha 
ficado sob a administração exclusiva de apenas um dos ex-cônjuges?
 ................................................................................................................ 209 
A averbação da sentença em ação negatória de filiação no registro civil 
é ação personalíssima? Por quê? Possui prazo prescricional para seu 
exercício? Pode ser feita de ofício ou tão somente mediante 
requerimento? ....................................................................................... 210 
É possível a cessão de bem singular da herança? Em caso positivo, 
qual requisito? Caso sobrevenha herdeira que não tenha autorizado a 
cessão do bem, o terceiro cessionário pode opor embargos de 
terceiro? Por quê? ................................................................................ 212 
Caso os alegados irmãos de um indivíduo que pleiteia uma 
relativização da coisa julgada de ação que julgou improcedente pedido 
de investigação de paternidade recusem fornecer o DNA, opera-se a 
presunção relativa de paternidade pela Súmula 301 do STJ? Por quê? 
Essa súmula aplica-se aos herdeiros do suposto pai? É possível que o 
juiz determine a condução coercitiva com base no Art. 139, IV do CPC 
para fornecer o exame do DNA? Quais medidas cabíveis? .............. 214 
O que se entende por Notificação Premonitória? É necessária para a 
propositura de Ação de Despejo por Denúncia Vazia de contrato de 
locação por prazo determinado? Há exceção? .................................. 216 
É possível que o comprador de um imóvel na planta que ainda não foi 
construído oponha embargos de terceiros contra constrição judicial 
nesse imóvel, ainda que não tenha havido o registro? ..................... 217 
Exige-se a averbação do desmembramento de imóvel urbano para fins 
de procedência de Ação de Adjudicação Compulsória em relação a 
esse imóvel que ainda não teve o desmembramento registrado? Por 
quê?........................................................................................................ 218 
Corre a prescrição aquisitiva (usucapião) em relação a cônjuges? E se 
houver a separação de fato? Por quê? ............................................... 219 
É possível a usucapião urbana da parte de um imóvel que é usado para 
fins comerciais? Ou é apenas possível a usucapião da parte do imóvel 
utilizada efetivamente para moradia? Por quê? ................................. 220 
É possível que a instituição financeira credora fiduciária (DL 911/69) 
insira o nome do devedor em cadastro de inadimplente? É possível tal 
inscrição antes da tentativa de alienação do bem apreendido? Por quê?
 ................................................................................................................ 221 
É possível proibir a veiculação futura de matérias jornalísticas 
relacionadas a um fato de interesse social à memória histórica de crime 
notório, sob o fundamento da tese do Direito ao Esquecimento? Por 
quê? Há ilegalidade caso a matéria tenha exposto o marido e a filha da 
pessoa que cometeu o crime, embora esses parentes não tenham 
cometido o referido crime? .................................................................. 222 
Comércio varejista pode fixar juros em valor superior a 1% ao mês? 
Mas não tem lei autorizando? .............................................................. 224É possível que os advogados façam contratos de honorários com base 
na cláusula de êxito? Caso o seu cliente revogue seu mandato no 
curso do processo, o advogado fica sem receber? ........................... 226 
Acordo extrajudicial dando quitação ampla e irrevogável pode ser 
realizado em sede de responsabilidade civil por acidente de trânsito? 
Em regra, pode ser revogado? Há exceção? ...................................... 227 
No pagamento diferido em parcelas, imputa-se primeiro o pagamento 
no capital ou nos juros? Por quê? ...................................................... 228 
No caso de dano causado em razão de acidente de trabalho, o 
empregador responde objetiva ou subjetivamente pelos danos 
causados? Há alguma antinomia entre a CF e o CC? Por quê? ....... 229 
Sabe-se que um dos requisitos do Testamento Particular é a assinatura 
de próprio punho. Em sua ausência, a impressão digital pode suprir 
essa formalidade? Por quê? ................................................................ 231 
O dever de prestar alimentos a ex-cônjuge deve ser por termo 
indefinido ou certo? Esse dever se mantém sempre que mantido o 
binômio necessidade-possibilidade? Por quê? ................................. 232 
Qual prazo para se anular venda de ascendente a descendente sem 
consentimentos dos demais? Começa a contar a partir de quando? E 
se a venda for feita mediante interposta pessoa, considera-se o prazo 
para anular simulação? Por quê? ........................................................ 233 
Deve se calcular a pensão alimentícia considerando os valores 
recebidos pelo motorista a título de diárias de viagem e tempo de 
espera indenizado? Por quê? .............................................................. 234 
Caso em sede de acordo em ação de investigação de paternidade não 
se fixe o termo inicial para os alimentos, considerar-se-á qual o termo 
inicial? Por quê? ................................................................................... 235 
Espólio possui legitimidade passiva para figurar em ação de 
ressarcimento de remuneração depositada na conta de servidor 
público morto cujo valor os seus herdeiros sacaram? Por quê? ..... 236 
Será o Arrendante ou o Arrendatário o responsável final pelo 
pagamento das despesas, junto a pátio privado, com a remoção a 
estadia do automóvel apreendido em ação de reintegração de posse? 
Por quê? ................................................................................................. 238 
Na hipótese de uma ação de cobrança de débito condominial ter sido 
proposta contra o ex-cônjuge (que na época possuía 50% do imóvel 
atualmente integralmente pertencente a sua ex-esposa), é possível que 
o imóvel seja penhorado, caso ele não realize nenhuma oposição? Por 
quê? É possível que a ação tenha apenas ele como polo passivo, sem 
incluir a ex-esposa? É possível que a ex-esposa entre como substituta 
no polo passivo do cumprimento de sentença? ................................ 240 
A prescrição da pretensão punitiva impede o ajuizamento de Ação Civil 
Ex Delicto? Por quê? Impede a execução da sentença penal 
condenatória no juízo cível? E a prescrição da pretensão executiva? 
Por quê? ................................................................................................. 242 
Houve um contrato de permuta de imóveis urbanos. Entretanto, um dos 
imóveis estava com dívidas de IPTU, de modo que o novo adquirente 
quitou. É possível a penhora de bem de família caso o adquirente vise 
ao ressarcimento desses débitos tributários que ele pagou para ficar 
adimplente? Por quê? É possível interpretar extensivamente o rol de 
exceção da impenhorabilidade? .......................................................... 244 
Na hipótese de alienação fiduciária por instituição financeira, é 
possível que a Ação de Busca e apreensão do bem seja convertida 
depois em ação de execução? Caso positivo, qual será o valor da 
execução? Por quê? ............................................................................. 245 
Condomínio pode ajuizar ação pedindo indenização por danos morais 
em nome de seus condôminos? Por quê? O condomínio tem 
legitimidade ativa para pleitear indenização por danos morais em razão 
de conduta que fere a honra objetiva do condomínio? O mérito será 
julgado procedente ou improcedente? Por quê? ............................... 247 
É possível realizar uma usucapião extrajudicial? A usucapião judicial 
pode ser ajuizada ainda que não se tenha tentado realizar previamente 
a usucapião extrajudicial? Por quê? ................................................... 249 
Em regra, é possível a doação de bens entre cônjuges? Por quê? É 
possível a doação de um cônjuge a outro no regime da comunhão 
universal de bens? Por quê? ............................................................... 250 
O CC/16 previa que o mandatário deveria ter uma procuração com firma 
reconhecida do mandante para tratar com terceiros. Caso não 
houvesse esse reconhecimento da firma, haveria nulidade? Por quê? 
O Código Civil de 2002 tem uma previsão parecida? ........................ 251 
Nas hipóteses em que existam mais de um locador, haverá o 
litisconsórcio ativo necessário entre os locadores em eventual ação de 
despejo? Por quê? ................................................................................ 252 
O que se entende por Condomínio Horizontal? E Condomínio Vertical? 
Caso existam unidades do condomínio ainda não vendidas, quem irá 
arcar com a taxa condominial? É possível que a convenção de 
condomínio preveja que essas unidades não comercializadas irão 
pagar uma taxa condominial reduzida? Por quê? É possível que uma 
unidade condominial pague uma taxa diversa da correspondente à 
fração ideal? .......................................................................................... 253 
No caso de menor, quem irá representar judicialmente o menor em 
juízo? Caso a guarda do menor tenha sido concedida à pessoa fora do 
núcleo familiar, a quem competirá a representação judicial do menor? 
Por quê? ................................................................................................. 255 
Em uma execução de alimentos em que um menor seja o autor, a 
gratuidade da justiça será analisada levando em consideração a 
situação econômica do seu representante legal ou do menor? Como é 
feita essa análise de hipossuficiência? .............................................. 257 
 
 
 
2021 
 
O que se entende por Princípio da Porta Aberta? É possível que uma 
Cooperativa de Trabalho Médico faça seleção pública para o ingresso de 
novos médicos cooperados ou haverá violação ao Princípio da Porta Aberta? 
 
O princípio da porta aberta deve ser interpretado no sentido de ser possível 
a exigência de processo seletivo para admissão de novo cooperado, desde 
que haja previsão estatutária e a condição não tenha a finalidade de 
restringir o acesso de forma abusiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Cooperativas são sociedades de pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, 
de proveito comum, sem objetivo de lucro. 
- A admissão dos associados poderá ser restrita, a critério do órgão normativo 
respectivo, às pessoas que exerçam determinada atividade ou profissão ou 
estejam vinculadas a determinada entidade. 
- As Cooperativas se submetem-se aos seguintes princípios: 
Princípio cooperativista da adesão livre (princípio da livre adesão 
voluntária) 
- O princípio cooperativista da adesão livre desdobra-se em dois outros: 
a) o princípio da voluntariedade, em que ninguém deve ser coagido a ingressar 
em uma sociedade cooperativa, de modo que o pedido de ingresso deve partir 
da vontade livre e desembaraçada do proponente; e 
É lícita a previsão, em estatuto social de cooperativa de trabalho médico, de 
processo seletivo público como requisitode admissão de profissionais 
médicos para compor os quadros da entidade, devendo o princípio da porta 
aberta ser compatibilizado com a possibilidade técnica de prestação de 
serviços e a viabilidade estrutural econômico-financeira da sociedade 
cooperativa. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1901911-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 
julgado em 24/08/2021 (Info 673). 
STJ. 2ª Seção. AgInt nos EREsp 1561337/SP, Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze, julgado em 18/08/2021. 
b) o princípio da porta aberta, o qual prega que a adesão deve ser aberta a 
todas as pessoas que aceitem as responsabilidades próprias da filiação e 
tenham a possibilidade de usufruir as utilidades da cooperativa. 
- Desse modo, o ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar 
os serviços prestados pela sociedade, desde que adiram aos propósitos sociais 
e preencham as condições estabelecidas no estatuto. 
- Em regra, não há limitação quanto ao número de associados. 
- Exceção: podem ser impostas restrições se houver impossibilidade técnica de 
prestação de serviços. 
 
Princípio da porta aberta 
- Por força do princípio da porta aberta, consectário do princípio da livre adesão, 
não podem existir restrições arbitrárias e discriminatórias à livre entrada 
de novo membro na cooperativa, devendo a regra limitativa da impossibilidade 
técnica de prestação de serviços ser interpretada segundo a natureza da 
sociedade cooperativa, sobretudo porque a cooperativa não visa o lucro. 
Princípio da porta aberta não é absoluto 
- O princípio da porta aberta (livre adesão) não é absoluto, devendo a 
cooperativa de trabalho médico, que também é uma operadora de plano de 
saúde, velar por sua qualidade de atendimento e situação financeira estrutural 
Licitude do processo seletivo público 
- Deve-se considerar que é lícita a previsão contida no estatuto social da 
cooperativa médica impondo a realização de processo seletivo público e de 
caráter impessoal. 
- Em resumo, o princípio da porta aberta deve ser compatibilizado com a 
possibilidade técnica de prestação de serviços e a viabilidade estrutural 
econômico-financeira da sociedade cooperativa. 
 
 
 
Há responsabilidade civil na hipótese de divulgação pelos interlocutores ou 
por terceiros de mensagens trocadas via Whatsapp? Por quê? Há exceção? 
 
A divulgação pelos interlocutores ou por terceiros de mensagens trocadas 
via WhatsApp pode ensejar a responsabilização por eventuais danos 
decorrentes da difusão do conteúdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
As conversas travadas por meio do WhatsApp são resguardadas pelo sigilo 
das comunicações. 
Assim, terceiros somente podem ter acesso às conversas de WhatsApp se 
houver consentimento dos participantes ou autorização judicial. 
As mensagens eletrônicas estão protegidas pelo sigilo em razão de o seu 
conteúdo ser privado, isto é, restrito aos interlocutores. 
Dessa forma, ao enviar mensagem a determinado ou a determinados 
destinatários, via WhatsApp, o emissor tem a expectativa de que ela não será 
lida por terceiros, quanto menos divulgada ao público, seja por meio de rede 
social ou da mídia. 
Essa expectativa advém não só do fato de ter o indivíduo escolhido a quem 
enviar a mensagem, como também da própria encriptação a que estão 
sujeitas as conversas (criptografia ponta-a-ponta). 
Além disso, se a sua intenção fosse levar ao conhecimento de diversas 
pessoas o conteúdo da mensagem, a pessoa que enviou a mensagem teria 
optado por uma rede social menos restrita ou mesmo repassado a informação 
à mídia para que fosse divulgada. 
Assim, se o indivíduo divulga ao público uma conversa privada, além de estar 
quebrando o dever de confidencialidade, está também violando legítima 
expectativa, a privacidade e a intimidade do emissor. Justamente por isso, 
esse indivíduo pode ser responsabilizado por essa divulgação caso se 
configure o dano. 
É importante consignar que a ilicitude poderá ser descaracterizada (afastada) 
quando a exposição das mensagens tiver como objetivo resguardar um direito 
próprio do receptor. Nesse caso, será necessário avaliar as peculiaridades 
concretas para fins de decidir qual dos direitos em conflito deverá prevalecer. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1903273-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
24/08/2021 (Info 706). 
- A Constituição Federal assegura a inviolabilidade das comunicações de dados 
e das comunicações telefônicas (art. 5º, XII). 
- O sigilo das comunicações é corolário (consequência) da liberdade de 
expressão e, em última análise, tem por objetivo resguardar o direito à intimidade 
e à privacidade, consagrados nos planos constitucional (art. 5º, X, da CF/88) e 
infraconstitucional (arts. 20 e 21 do CC). 
- Ilicitude da divulgação pública de mensagens privadas → Há legítima 
expectativa de que a mensagem enviada não seja lida por terceiros, uma vez 
que o indivíduo não apenas escolheu para quem queria enviar, como também 
as próprias conversas estão criptografadas (criptografia ponta-a-ponta). 
- Assim, se o indivíduo divulga ao público uma conversa privada, além de estar 
quebrando o dever de confidencialidade, está também violando legítima 
expectativa, a privacidade e a intimidade do emissor. Justamente por isso, esse 
indivíduo pode ser responsabilizado por essa divulgação caso se configure o 
dano. 
- Por fim, destaca-se que a ilicitude pode ser descaracterizada quando a 
exposição da mensagem tiver como objetivo resguardar direitos do próprio 
receptor da mensagem, de modo que deve ser analisado o caso concreto. 
 
A adoção realizada na vigência do CC/16 pode ser revogada pelas partes 
após entrada em vigor do Código de Menores, mas antes da entrada em vigor 
do ECA? O Código Civil de 1916 admitia a revogação da adoção? O Código de 
Menores admitia a revogação da adoção? 
 
É válida a revogação de adoção regida pelo CC/1916, realizada antes da 
entrada em vigor do ECA; logo, neste caso, o ex-filho não é parte legítima 
para o inventário 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- A revogação, no caso concreto, foi antes da entrada em vigor do ECA, de modo 
que não se aplicam as disposições do Estatuto ao caso concreto. 
- A adoção foi realizada na vigência do CC/1916 o qual permitia a revogação da 
adoção pelas seguintes formas: 
a) unilateralmente, pelo adotado, em até um ano após a cessação da 
menoridade; 
b) unilateralmente, pelos adotantes, quando o adotado cometesse ato de 
ingratidão contra eles; 
c) bilateralmente, por consenso entre as partes. 
- Entretanto, com a entrada em vigor do Código de Menores, a Adoção Plena 
se tornou irrevogável. Entretanto, essa adoção plena possuía requisitos 
específicos, de sorte que não se pode afirmar que a adoção realizada no 
CC/16 tenha, com a entrada em vigor do Código de Menores, se 
transformada em Adoção Plena Irrevogável. 
- Assim, a adoção realizada na vigência do Código Civil de 1916 e antes da 
entrada em vigor do Código de Menores, não pode ser classificada como 
adoção plena quando da entrada em vigor do Código de Menores, de modo 
que não se aplica a ela essa irrevogabilidade do Código de Menores. 
Para fins de determinação da legitimidade ativa em ação de inventário, a 
adoção realizada na vigência do CC/1916 é suscetível de revogação 
consensual pelas partes após a entrada em vigor do Código de Menores (Lei 
nº 6.697/79), mas antes da entrada em vigor do Estatuto da Criança e do 
Adolescente (Lei nº 8.069/90). 
STJ. 3ª Turma. REsp 1930825-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
24/08/2021 (Info 706). 
- Portanto, a revogação da adoção regida pelo CC/1916, realizada em janeiro de 
1990, de forma bilateral e consensual, é compatível com o art. 227, §6º, da 
Constituição Federal de 1988, uma vez que a irrevogabilidade de qualquer 
espécie de adoção somente veio a ser introduzida no ordenamento jurídico com 
o art. 39, §1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente,regra que, ademais, tem 
sido flexibilizada, excepcionalmente, quando não atendidos os melhores 
interesses da criança e do adolescente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É abusiva a pactuação do IGPM como índice de correção monetária? Por 
quê? 
 
Por si só, a pactuação do IGPM como índice de correção monetária não 
revela ilegalidade ou abusividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por si só, a pactuação do IGPM como índice de correção monetária não revela 
ilegalidade ou abusividade. 
STJ. 4ª Turma. AgInt no REsp 1935166/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão 
Weber, julgado em 23/08/2021. 
Exige-se a desconsideração da personalidade jurídica para executar bens 
da EIRELI em razão de dívida pessoal do empresário que constituiu a 
EIRELI? Por quê? A Sociedade Unipessoal é admitida no Brasil? A EIRELI 
continua prevista em nosso ordenamento jurídico? Houve a revogação 
expressa da figura das EIRELI em nosso ordenamento? 
 
Se o titular da EIRELI está sendo executado, o juiz somente poderá deferir 
a penhora dos bens da EIRELI se houver desconsideração da 
personalidade jurídica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para penhorar bens pertencentes a empresa individual de responsabilidade 
limitada (EIRELI), por dívidas do empresário que a constituiu, é imprescindível 
a instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica de 
que tratam os arts. 133 e seguintes do CPC/2015, de modo a permitir a 
inclusão do novo sujeito no processo atingido em seu patrimônio em 
decorrência da medida. 
Exemplo hipotético: o banco ajuizou execução cobrando dívida de João. Não 
foram localizados bens do executado. Foi então que o banco descobriu que 
João era titular de uma EIRELI e que essa empresa possuía alguns bens em 
seu nome. O banco pediu ao juiz a penhora dos bens pertencentes à EIRELI. 
O magistrado proferiu decisão interlocutória rejeitando o pedido de penhora 
sob o argumento de que a EIRELI é uma pessoa jurídica diferente de João, 
com patrimônio autônomo. Tratando-se de pessoa jurídica com patrimônio 
autônomo, é indispensável a instauração de incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica antes de eventual constrição de bens. Agiu 
corretamente o magistrado. 
Na hipótese de indícios de abuso da autonomia patrimonial, a personalidade 
jurídica da EIRELI pode ser desconsiderada, de modo a atingir os bens 
particulares do empresário individual para a satisfação de dívidas contraídas 
pela pessoa jurídica. Também se admite a desconsideração da personalidade 
jurídica de maneira inversa, quando se constatar a utilização abusiva, pelo 
empresário individual, da blindagem patrimonial conferida à EIRELI, como 
forma de ocultar seus bens pessoais. Em uma ou em outra situação, todavia, 
é imprescindível a instauração do incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica de que tratam os arts. 133 e seguintes do CPC/2015, 
de modo a permitir a inclusão do novo sujeito no processo - o empresário 
individual ou a EIRELI -, atingido em seu patrimônio em decorrência da 
medida. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1874256-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
17/08/2021 (Info 705). 
 
Obs: o art. 41 da Lei nº 14.195/2021 retirou a EIRELI do ordenamento jurídico 
brasileiro. 
 
 
Fundamentos: 
- É possível a existência de sociedade unipessoal no Brasil? 
Antes da Lei nº 13.874/2019: NÃO Depois da Lei nº 13.874/2019: SIM 
- Como regra, havia necessidade de 
02 ou mais sócios para constituir uma 
sociedade. 
- Excepcionalmente, a sociedade 
poderia ter um único sócio nos 
seguintes casos: 
1. Sociedade subsidiária integral 
(art. 251, §2º, da Lei 6.404/76) 
2. Empresa pública unipessoal. 
3. Sociedade Limitada que ficou 
com um único sócio, podendo 
durar por no máximo 180 dias 
(art. 1.033, IV, do CC – 
atualmente revogado) 
A Lei nº 13.874/2019 acrescentou 
dois parágrafos ao art. 1.052 do CC 
prevendo a possibilidade de a 
sociedade limitada ser composta por 
um único sócio: 
 
Art. 1.052. (...) 
§ 1º A sociedade limitada pode ser 
constituída por 1 (uma) ou mais 
pessoas. 
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão 
ao documento de constituição do 
sócio único, no que couber, as 
disposições sobre o contrato social. 
 
 
Transformação das EIRELIs em sociedades unipessoais 
- Diante do modelo que caiu em desuso, o legislador resolveu simplificar o 
panorama e decidiu transformar todas as EIRELIs ainda existentes em 
sociedades unipessoais. Confira o art. 41 da Lei nº 14.195/2021: 
Art. 41. As empresas individuais de responsabilidade 
limitada existentes na data da entrada em vigor desta Lei 
serão transformadas em sociedades limitadas unipessoais 
independentemente de qualquer alteração em seu ato 
constitutivo. 
Parágrafo único. Ato do Drei disciplinará a transformação 
referida neste artigo. 
- Importante ressaltar que a nº Lei 14.195/2021 cometeu um deslize técnico: 
• essa Lei determinou que todas as EIRELIs sejam transformadas em 
sociedades unipessoais; 
• mas não revogou expressamente o art. 980-A do CC, que trata sobre a 
EIRELI. 
- Diante disso, alguns autores têm sustentado que ainda seria possível a 
constituição de novas EIRELIs mesmo após a Lei nº 14.195/2021, já que o art. 
980-A do CC ainda estaria em vigor. 
- Com a devida vênia, não comungo desse entendimento. Não me parece 
fazer sentido que a Lei nº 14.195/2021 tenha determinado que todas as EIRELIs 
existentes sejam transformadas em sociedades unipessoais e ao mesmo tempo, 
que esta Lei continue permitindo a formação de novas EIRELIs. 
- Por fim, voltando ao caso concreto, exigia-se a desconsideração da 
personalidade jurídica para atingir os bens da EIRELI em razão de dívidas do 
empresário que a constituiu em razão de existir uma Separação de Patrimônio 
entre a EIRELI e o seu empresário, conforme o art. 980-A, §7º do CC: 
Art. 980-A (...) § 7º Somente o patrimônio social da 
empresa responderá pelas dívidas da empresa individual 
de responsabilidade limitada, hipótese em que não se 
confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do 
titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude. 
(Incluído pela Lei nº 13.874/2019) 
 
- 
Exige-se autorização judicial para a contratação de advogado por 
representante de incapaz para atuar em processo de Inventário? Por quê? 
 
A contratação de advogado por representante de incapaz, para atuar em 
inventário, configura ato de simples administração e, por isso mesmo, não 
depende de autorização judicial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- O art. 1.691 do CC/2002 prevê que: 
Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de 
ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em nome 
O fato de ter sido concedida a gestão da herança a terceiro não implica 
restrição do exercício do poder familiar do genitor sobrevivente para 
promover a contratação de advogado, em nome dos herdeiros menores, 
a fim de representar os interesses deles no inventário. 
Exemplo hipotético: Carlos faleceu e deixou como herdeiros Andrea (viúva), 
Lucas e Gabriela (filhos menores). Carlos deixou um testamento no qual 
nomeou sua irmã (Elisângela) como testamenteira. O juiz nomeou Elisângela 
como inventariante dos bens deixados por Carlos, cabendo a ela a 
administração do patrimônio deixado para os filhos pelo de cujus. A mãe dos 
menores contratou advogados para defender os interesses de seus filhos 
menores no inventário e pactuou honorários de 3% sobre o valor real dos bens 
móveis e imóveis inventariados. Os advogados do escritório ajuizaram 
execução cobrando os honorários. Elisângela, na qualidade de tia dos 
menores executados, testamenteira e única administradora, ofereceu exceção 
de pré-executividade em favor dos devedores Lucas e Gabriela, filhos do de 
cujus, alegando que o contrato de serviços advocatícios onerou o patrimônio 
deles sem que houvessesua expressa autorização, tendo o negócio sido 
firmado por pessoa (Andrea) que não possuía ingerência sobre tais bens, 
dando-os em garantia de pagamento da obrigação. 
O STJ não concordou com a alegação de nulidade do contrato. 
A contratação de advogado por representante de incapaz, para atuar em 
inventário, como ocorreu no presente caso, configura ato de simples 
administração e, por isso mesmo, não depende de autorização judicial. 
Por se tratar de ato de simples administração, independe de prévia 
autorização judicial a contratação de advogado para patrocinar a ação de 
inventário de bens do falecido, realizada pela genitora dos menores que 
herdarão o patrimônio deixado pelo de cujus. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1566852-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Rel. 
Acd. Min. Raul Araújo, julgado em 17/08/2021 (Info 705). 
deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples 
administração, salvo por necessidade ou evidente 
interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz. 
- Todavia, a contratação de advogado por representante de incapaz, para atuar 
em inventário, como ocorreu no presente caso, configura ato de simples 
administração e, por isso mesmo, não depende de autorização judicial. 
- Por fim, ressalte-se que os herdeiros legítimos e testamentários do morto não 
poderiam deixar de comparecer nos autos do Inventário e, para tanto, é 
necessária a constituição de patronos judiciais. Nessa hipótese, a constituição 
válida de tais advogados deve passar obrigatoriamente pela representante dos 
menores – a genitora -, de modo que não há nulidade na contratação de 
advogado pelo representante do incapaz para atuar em inventário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que se entende por Cláusula Resolutiva Expressa do contrato? A Cláusula 
Resolutiva Expressa e a Tácita exigem o pronunciamento judicial para haver a 
resolução da relação negocial? É possível ajuizar Ação Possessória com base 
em cláusula resolutiva expressa decorrente de inadimplemento contratual do 
promitente comprador ou se exige prévia propositura de ação para resolução 
do contrato? É necessária a Interpelação para constituir em mora o devedor 
quando presente cláusula resolutiva expressa? A Notificação para constituir 
em mora o devedor precisa conter o valor do crédito em aberto ou basta a 
menção à necessidade de purgar a mora? 
 
É possível o ajuizamento de ação possessória, fundada em cláusula 
resolutiva expressa, decorrente de inadimplemento contratual do 
promitente comprador, sendo desnecessária a prévia propositura de ação 
para resolução do contrato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- O art. 474 do Código Civil trata sobre as cláusulas resolutivas expressa e tácita: 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno 
direito; a tácita depende de interpelação judicial. 
 
 
 
Não se pode impor à parte já prejudicada pelo inadimplemento ter o ônus 
de ajuizar demanda judicial para obter a resolução do contrato quando já 
existe uma cláusula resolutória expressa em seu favor. Exigir isso seria 
impor ônus demasiado e obrigação contrária ao texto expresso da lei, 
desprestigiando o princípio da autonomia da vontade, da não intervenção do 
Estado nas relações negociais, criando obrigação que refoge à verdadeira 
intenção legislativa. 
Fundamento legal: Código Civil / Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera 
de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. 
A cláusula resolutiva expressa é aquela expressamente estipulada pelas partes 
no momento da celebração do negócio jurídico ou em oportunidade posterior 
(por meio de aditivo contratual), porém, sempre antes da verificação da situação 
de inadimplência nela prevista, que constitui o suporte fático para a resolução 
do ajuste firmado. Nesta cláusula, as partes indicam as hipóteses que geram a 
extinção do contrato. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1789863-MS, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 
10/08/2021 (Info 704). 
 
Cláusula Resolutiva Expressa Cláusula Resolutiva Negocial 
- Se ocorrer a situação prevista, 
haverá resolução da relação negocial 
independentemente de 
pronunciamento judicial. 
Para que haja a resolução da relação 
negocial exige-se pronunciamento 
judicial. 
 
 
- O entendimento tradicional do STJ sobre a interpretação do art. 474 do CC era 
no sentido de ser imprescindível a prévia manifestação judicial na hipótese de 
rescisão do compromisso de compra e venda de imóvel para que seja 
consumada a resolução do contrato, ainda que existente cláusula resolutiva 
expressa, diante da necessidade de observância ao princípio da boa-fé objetiva. 
- Todavia, o STJ alterou o seu entendimento. Essa mudança foi para se 
adequar à sociedade moderna, com mínima intervenção estatal nas relações 
particulares. 
 
Cláusula resolutiva expressa + interpelação + concessão de prazo 
- Desse modo, atualmente, o Promitente Vendedor, havendo Cláusula 
Resolutiva Expressa, vai proceder à Interpelação para a constituição em mora 
do comprador. Passado o prazo para purgar a mora sem que o promitente 
comprador o tenha feito, haverá a resolução da relação negocial, 
independentemente de pronunciamento judicial. 
 
Em alguns casos será necessária intervenção judicial (ex: em casos de 
inadimplemento substancial) 
- Não se nega a existência de casos nos quais, em razão de outros 
institutos, esteja a parte credora impedida de pôr fim à relação negocial, 
como, por exemplo, quando evidenciado o adimplemento substancial*. 
Porém, essas hipóteses não podem transformar a excepcionalidade em 
regra. 
- Nessas hipóteses excepcionais, quando sobressaírem motivos plausíveis e 
justificáveis para a não resolução do contrato, a parte devedora sempre poderá 
socorrer-se da via judicial a fim de alcançar a declaração de manutenção do 
ajuste. 
- O que não se pode é exigir que a parte credora – já prejudicada pelo 
inadimplemento – tenha que propor demanda judicial para obter a resolução do 
contrato quando já existe uma cláusula resolutória expressa em seu favor. Exigir 
isso seria impor ônus demasiado e obrigação contrária ao texto expresso da lei, 
desprestigiando o princípio da autonomia da vontade, da não intervenção do 
Estado nas relações negociais. 
- Por fim, ressalta-se que a notificação deve conter o valor do crédito em aberto, 
o cálculo dos encargos contratuais cobrados, o prazo e local de pagamento e, 
principalmente, a explícita advertência de que a não purgação da mora no prazo 
acarretará a gravíssima consequência da extinção do contrato por resolução, 
fazendo nascer uma nova relação entre as partes - de liquidação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O fato de o genitor se encontrar preso afasta a possibilidade de prestação 
de alimentos no âmbito de uma ação de alimentos? Por quê? De quem é o 
ônus de provar que o preso exerce atividade remunerada ou recebe 
auxílio-reclusão? Por quê? 
 
A impossibilidade da prestação de alimentos não está configurada pelo 
simples fato de o genitor se encontrar preso 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- O dever dos genitores em assistir materialmente seus filhos é previsto na CF/88 
(arts. 227 e 229) e na legislação infraconstitucional (art. 1.634 do Código Civil e 
art. 22 do ECA). 
- O mero fato de o pai se encontrar preso não afasta seu dever de prestar 
alimentos, uma vez que, mesmo preso, ele pode trabalhar, seja dentro da prisão 
ou fora dela, conforme se observa dos arts. 28, 29, 31 e 39, V da LEP: 
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e 
condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e 
produtiva. 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante 
prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) 
do salário mínimo. 
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está 
obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e 
capacidade. 
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalhonão é 
obrigatório e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento. 
 
Art. 39. Constituem deveres do condenado: 
(...) 
O fato de o devedor de alimentos estar recolhido à prisão pela prática de 
crime não afasta a sua obrigação alimentar, tendo em vista a possibilidade 
de desempenho de atividade remunerada na prisão ou fora dela a depender 
do regime prisional do cumprimento da pena. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1882798-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 
julgado em 10/08/2021 (Info 704). 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens 
recebidas; 
- Destaca-se que o STF já decidiu pela constitucionalidade do art. 29 da LEP, de 
modo que não viola os Princípios da Dignidade Humana e da Isonomia a 
fixação de salário em valor inferior a salário-mínimo, uma vez que inaplicável à 
hipótese a garantia de salário-mínimo prevista no art. 7º, IV da CF. 
- Desse modo, a prisão, por si só, não é motivo suficiente para uma 
improcedência total do pedido de alimentos. 
- Ademais, mesmo preso, nada impede que o réu possa ter bens (imóvel, 
automóveis etc.) e valores (conta bancária, FGTS etc.), podendo contribuir para 
o sustento da filha. 
- Por fim, no voto do Min. Ricardo Villas Boas Cueva, ele afirma que o ônus de 
provar que o preso trabalha ou recebe auxílio-reclusão não é nem mesmo da 
autora da ação de alimentos, uma vez que, por se tratarem de informações 
oficiais, o próprio Estado deve fornecer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A homologação de decisão estrangeira sobre alimentos impede que o 
devedor ajuize ação revisional do valor da pensão alimentícia? 
 
Mesmo após o STJ ter homologado a decisão estrangeira sobre alimentos, 
o devedor poderá ajuizar ação pedindo a revisão do valor da pensão 
alimentícia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- O STJ não pode, no exame de um pedido de homologação de sentença 
estrangeira de alimentos, analisar alegações relacionadas com: 
· reduzida capacidade econômica do alimentante; 
· excessiva onerosidade da pensão alimentícia imposta na sentença 
alienígena; 
· ausência de condição financeira atual do devedor, a impossibilitar o 
cumprimento da obrigação de pagar; 
· necessidade de revisão da pensão estabelecida pela Justiça estrangeira. 
- Embora essas questões sejam muito relevantes, são aspectos relacionados 
com o mérito da ação que foi ajuizada e analisada perante o Tribunal estrangeiro. 
Logo, repito, não podem ser examinadas pelo STJ no exercício de sua 
competência meramente homologatória da decisão proferida no exterior. 
Exemplo: a sentença estrangeira condenou o pai a pagar pensão alimentícia 
fixada em 290 euros por mês. O pai se mudou para o Brasil. O filho ingressou, 
no STJ, com pedido de homologação da sentença estrangeira. Ocorre que, 
comprovadamente, o salário do pai é inferior ao valor da pensão. Mesmo 
assim, se estiverem preenchidos os requisitos formais, o STJ deverá 
homologar a sentença estrangeira, não podendo examinar aspectos 
relacionados com o mérito, como, por exemplo, a capacidade econômica do 
devedor. 
O ato de homologação é meramente formal, por meio do qual o STJ exerce 
tão somente um juízo de delibação, não adentrando no mérito da disputa 
original, tampouco averiguando eventual injustiça da sentença 
estrangeira. 
Vale ressaltar, contudo, que, mesmo após a homologação, o devedor poderá 
ingressar com ação pedindo a revisão do valor da pensão. Isso porque a 
homologação da decisão estrangeira sobre alimentos não subtrai do devedor 
a possibilidade de ajuizar ação revisional do valor da pensão alimentícia. 
STJ. Corte Especial. HDE 4289-EX, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 
18/08/2021 (Info 707). 
- O ato de homologação é meramente formal, por meio do qual o STJ exerce tão 
somente um juízo de delibação, não adentrando no mérito da disputa 
original, tampouco averiguando eventual injustiça do decisum alienígena. 
- Portanto, a homologação pelo STJ não significa o reconhecimento da 
capacidade do alimentante de arcar com o elevado custo da pensão fixada 
pela Justiça estrangeira, de sorte que mesmo após a sentença estrangeira ser 
homologada, o devedor pode ajuizar ação pedindo a revisão do valor. 
Locatário pode ajuizar ação contra o condomínio no intuito de impugnar 
ausência de prestação de contas? Por quê? Pode ajuizar a prestação de contas 
contra o Locador? 
 
O locatário não possui legitimidade para ajuizar ação contra o condomínio 
para questionar a forma pela qual a coisa comum é gerida 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- Nos termos do art. 18 do CPC/2015, “ninguém poderá pleitear direito alheio em 
nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”. 
- Não existe norma que confira ao locatário legitimidade para atuar em 
Juízo na defesa dos interesses do condômino locador. 
- Isso porque o vínculo obrigacional estabelecido no contrato de locação se dá 
entre o inquilino e o locador. Desse modo, a convenção (o acordo) realizada 
entre os particulares transfere a posse direta do imóvel e, eventualmente, o dever 
de arcar com obrigações propter rem, de titularidade do proprietário, mas não 
sub-roga o inquilino em todos os direitos do condômino perante o 
condomínio. 
- Segundo a interpretação que é dada ao art. 23, § 2º, da Lei nº 8.245/91 (Lei de 
Inquilinato), os locatários podem pedir contas ao locador, não diretamente ao 
condomínio: 
Art. 23 (...) 
§ 2º O locatário fica obrigado ao pagamento das despesas 
referidas no parágrafo anterior (despesas ordinárias do 
condomínio), desde que comprovadas a previsão 
orçamentária e o rateio mensal, podendo exigir a qualquer 
tempo a comprovação das mesmas. 
 
 
O locatário não possui legitimidade para ajuizar ação contra o condomínio 
no intuito de questionar o descumprimento de regra estatutária, a 
ausência de prestação de contas e a administração de estabelecimento 
comercial. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1630199-RS, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, 
julgado em 05/08/2021 (Info 704). 
É possível afastar a impenhorabilidade do bem de família na hipótese de 
crédito decorrente de financiamento destinado à construção ou à aquisição do 
imóvel, caso o referido imóvel tenha sido vendido e, com tais recursos, tenha 
sido comprado outro? Por quê? 
 
A exceção à impenhorabilidade do bem de família, prevista para o crédito 
decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do 
imóvel, estende-se ao imóvel adquirido com os recursos oriundos da venda 
daquele bem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos: 
- A autorização excepcional para penhora do bem de família, prevista no inciso 
II do art. 3º da Lei nº 8.009/90, aplica-se também para o imóvel adquirido com os 
recursos oriundos da venda do primeiro imóvel que foi objeto do financiamento. 
- O imóvel atual de sua moradia foi adquirido com recursos obtidos a partir da 
venda do primeiro. Daí porque a situação jurídica de um se sub-roga no outro. 
- Se o primitivo bem de família pode ser penhorado para a satisfação de dívida 
relativa ao próprio bem, o novo bem de família, adquirido com os recursos da 
alienação do primeiro, também estará sujeito à referida exceção. 
- Desse modo, não pode o devedor adquirir novo bem de família com os 
recursos provenientes da venda de bem de família anterior para, 
posteriormente, se furtar ao adimplemento da dívida contraída com a 
Exemplo hipotético: João contraiu empréstimo para a aquisição de um 
apartamento. Ele conseguiu obter o dinheiro com o Banco e se comprometeu a 
pagar o mútuo em 60 prestações mensais.Com os recursos obtidos, João 
comprou o referido apartamento e nele passou a viver com a sua família. Algum 
tempo depois, João alienou o apartamento e, com o dinheiro, comprou uma 
casa. Se o devedor atrasar as parcelas, será possível que o banco execute o 
contrato e consiga a penhora da casa com base na autorização excepcional 
prevista no inciso II do art. 3º da Lei

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