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FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE TECNOLOGIA EM DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PLÁSTICOS ADRIANA GONÇALVES MOURA KEILA CRISTINA RANGEL DA ROSA KLEBER AMORIM VALDEMAR DOS SANTOS SILVA RESERVATÓRIO DE ÁGUA PLUVIAL PARA O USO DOMÉSTICO SÃO PAULO – SP 2021 ADRIANA GONÇALVES MOURA KEILA CRISTINA RANGEL DA ROSA KLEBER AMORIM VALDEMAR DOS SANTOS SILVA RESERVATÓRIO DE ÁGUA PLUVIAL PARA O USO DOMÉSTICO Relatório técnico apresentado na disciplina de Projeto Integrado de Desenvolvimento de Produtos I do curso de Desenvolvimento de Produtos Plásticos da Faculdade de Tecnologia da Zona Leste como requisito para a conclusão do 1° semestre. Professor: Ivan Vieira Gama SÃO PAULO – SP 2021 Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 7 2. OBJETIVOS ............................................................................................... 8 2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................... 8 3. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................... 9 4. POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) .................................... 10 5. IRRIGAÇÃO ............................................................................................. 14 5.2. TIPOS DE IRRIGAÇÃO; ................................................................... 14 5.3. IRRIGAÇÃO LOCALIZADA ............................................................... 15 5.4. ASPERSÃO CONVENCIONAL ........................................................ 17 6. PROCESSO DE ROTOMOLDAGEM ..................................................... 18 6.2. QUATRO ETAPAS BÁSICAS ........................................................... 18 6.3. CARREGAMENTO ............................................................................ 19 6.4. AQUECIMENTO ................................................................................ 19 6.5. RESFRIAMENTO .............................................................................. 19 6.6. DESCARREGAMENTO .................................................................... 19 7. CISTERNA ............................................................................................... 20 7.2. VANTAGENS DE UMA CISTERNA ................................................. 23 7.3. DESVANTAGENS DE UMA CISTERNA .......................................... 24 8. CÁLCULOS REALIZADOS..................................................................... 26 9. DIMENSIONAMENTO DO TANQUE: ..................................................... 29 10. PRESSÃO HIODROSTÁTICA ................................................................ 30 11. VAZÃO VOLUMETRICA ......................................................................... 31 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 35 14. REFERÊNCIAS ........................................................................................ 36 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE ................................................... 10 FIGURA 2 - ESTRUTURA MOLECULAR DO PEAD .................................................. 10 FIGURA 3 - POLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE ................................................. 12 FIGURA 4 - SIMULAÇÃO DE PRÓTESE CIRÚRGICA DE POLIETILENO APLICADA EM UMA ARTICULAÇÃO HUMANA .................................................................... 13 FIGURA 5 - IRRIGAÇÃO POR INUNDAÇÃO ............................................................. 14 FIGURA 6 - IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO ....................................................... 16 FIGURA 7 IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO ................................................................. 17 FIGURA 8 - PROCESSO ROTOMOLDAGEM ............................................................ 18 FIGURA 9 - PROCESSO DE ROTOMOLDAGEM ...................................................... 20 FIGURA 10 - MODELO DE CISTERNA ...................................................................... 21 FIGURA 11 - RESERVATÓRIOS PARA A RETENÇÃO DE ÁGUA SÃO CONSTRUÍDOS PARA REDUZIR O EFEITO DE INUNDAÇÕES (DIVULGAÇÃO DAEE) ......................................................................................... 22 FIGURA 12 - MODELO DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA ................. 23 FIGURA 13 - TAMPA DA CISTERNA EM 2D ............................................................. 24 FIGURA 14 - CISTERNA REALIZADA EM 2D ........................................................... 25 FIGURA 15 - METRAGEM TOTAL DA CISTERNA EM CONSTRUÇÃO .................. 26 FIGURA 16 - ÁREA DE CAPACITAÇÃO DE CHUVA ................................................ 27 FIGURA 17 - ÁREA DE INSTALAÇÃO ....................................................................... 27 FIGURA 18 - ÁREA DE IRRIGAÇÃO .......................................................................... 28 FIGURA 19 - CLIMATIZAÇÃO E HISTÓRICO DE PREVISÃO DO TEMPO EM GUARULHOS ........................................................................................................ 28 FIGURA 20 - TEMPERATURA E PRECIPITAÇÃO .................................................... 29 FIGURA 21 - DIMENSIONAMENTO DO TANQUE .................................................... 30 FIGURA 22 - CISTERNA EM 2D ................................................................................. 32 FIGURA 23 - CROQUI - ESQUEMA DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO ........................ 32 FIGURA 24 - CROQUI DE SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA IMPLANTADO PELO ESF (ESF, 2019) ............................................................... 33 FIGURA 25 - CALHA DE CAPTAÇÃO ........................................................................ 33 RESUMO O Projeto Integrado aqui desenvolvido apresenta nas páginas a seguir benefícios, alternativas e atribuições dos reservatórios de armazenamento de captação de água da chuva. Adiante são observadas características e normas que regulamentam a instalação e o uso de água de captação pluvial. As vantagens de captar água da chuva são abundantes desde a diminuição de consumo de recurso hídricos e potáveis a acessibilidade no ambiente de captação que pode ser feito em zona rural, urbana, na indústria e residências além de ser ambientalmente correto. Com foco no projeto de captar água da chuva para irrigação de hortas de pequeno e grande porte, a área de armazenamento se faz em estrutura de PEAD; um tanque que irá auxiliar a irrigação da horta. Essa técnica de irrigação resulta ganho de produção, maior equilíbrio na manutenção e sobrevivência da plantação. À vista disso, essa técnica de irrigação resulta muita vantagem. Pois é de fácil instalação, utiliza a gravidade como fonte de energia. Possibilita a instalação em qualquer solo. A água é aplicada diretamente sobre as raízes das plantas. Imaginemos que em um futuro não muito distante a prática de capitação de água da chuva exercida pelos agricultores não seja vista de forma apenas como diferencial, mas sim como requisito para que garanta a humanidade e meio ambiente que suas práticas não sejam nocivas ao meio e à saúde da sociedade. Palavras-chave: Água da chuva; tanque de polietileno de alta densidade; cisterna; Irrigação. ABSTRACT This work has as concept of rainwater capture emphasizing its benefits, alternatives and attributions of the storage reservoirs of the same. The advantages of capturing rainwater are abundant since the reduction of water and potable resource consumption accessibility in the catchment environment that can be done in rural, urban, industry and homes in addition to being environmentally friendly. Focusing on the projectof capturing rainwater for irrigation of small and large vegetable gardens, the storage area is made in APE structure; a tank that will assist the irrigation of the vegetable garden. Let us imagine that in the not too distant future the practice of rainwater capitation exercised by farmers is not seen only as a differential, but as a requirement to ensure humanity and the environment that their practices are not harmful to the environment and to the health of society. Keywords: Rainwater; high density polyethylene tank; cistern. 7 1. INTRODUÇÃO A água é um fator abiótico essencial à vida, sendo responsável pelo desenvolvimento de civilizações e de suma importância nas atividades econômicas. Nos dias atuais é notório a preocupação da sociedade relacionada às questões ambientais e disponibilidade de água potável, devido ao crescimento populacional desordenado e a crescente e constante escassez da água no Brasil e em todo mundo, se fez necessário à criação de alternativas para sua captação, armazenamento e consequentemente sua economia. Observa-se por meio de artigos e pesquisas que um dos métodos mais eficientes de reaproveitamento de água é por meio da captação de água da chuva, aplicada a fins não potáveis. Suas práticas são múltiplas, tanto no consumo externo e interno de residências, como na utilização industrial e na agricultura. Para atender a necessidade de armazenamento de forma segura e que atenda todas as exigências sanitárias, se assim for estabelecido, utiliza-se de tecnologia e materiais desenvolvidos especificamente para tal aplicabilidade; como por exemplo, os tanques, que são reservatórios fadados ao armazenamento de fluidos, que por sua vez possuem distinção em composição, estrutura e ph, implicando diretamente na composição do material de armazenamento. Diante do que se mencionam as principais vantagens da captação de água da chuva, alternativa de armazenamento em tanque polietileno de alta densidade (PEAD). O líquido a ser armazenado será água proveniente de captação pluvial, de um telhado com um total de 18m², para utilizar como irrigação em pequena horta doméstica rural de 4m de largura por 12m de comprimento, sendo um total de 48m². 8 2. OBJETIVOS O principal objetivo deste projeto é abordar informações sobre a importância da água, método de aproveitamento do mesmo e a implementação de um sistema de captação de água pluvial por meio de um tanque de PEAD para fins de irrigação de uma horta que impactará diretamente da economia do consumo da água. 2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Disseminar informações sobre a importância da água e seu reaproveitamento, descrever com clareza os conhecimentos adquiridos com as disciplinas e instalação de um tanque de armazenamento de água para captação de água fluvial de maneira que atenda as especificações pré-estabelecidas. ✓ Criar um projeto de captação de água da chuva desde um pequeno agricultor até grande agricultor; ✓ Compreender as características do polietileno de alta densidade para sua aplicação; ✓ Adquirir um tanque de PEAD para armazenamento da água da chuva que será captada pelo sistema; 9 3. MATERIAIS E MÉTODOS Por se tratar apenas de relatório a lista de materiais é apenas um descritivo para um possível projeto físico. Detalhar conforme nosso projeto: ✓ 01 tanque com capacidade de 1m³ (1000 l); ✓ área de instalação do reservatório 4m²; ✓ cerca de 64m de tubo ¾” PVC; ✓ 01 filtro; ✓ 6m de calhas captadoras; ✓ 13 cotovelos 90º; ✓ 18 niples; ✓ 06 válvula esferas. ✓ 01m tubo transparente ¾” ✓ 02 abraçadeiras de aço ¾” OBS.: Para realizar um orçamento eficaz é recomendado que aplique no mínimo 10% de margem de segurança para atendimento de imprevistos durante a execução do projeto executivo. 10 4. POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) Figura 1 - Polietileno de Alta Densidade Fonte:https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/quimico-petroleo- plastico/polibalbino/produtos/plastico/polietileno-de-alta-densidade Há cerca de três décadas, os tubos de polietileno de alta densidade, exemplificado na Figura 1, tem sua utilização a nível mundial em varias funcionalidade, como ramais e redes de distribuição de água e adutoras e de gás acrescentando vantagens técnicas e econômicas a variados projetos. Por serem resistentes e flexíveis á tração e ao impacto, permitem a instalação por meio de sistemas não destrutivos. Esse método proporciona mais rapidez à execução das obras e garantindo economia financeira. Figura 2 - Estrutura Molecular do PEAD Fonte: https://www.tudosobreplasticos.com/materiais/polietileno.asp https://www.tudosobreplasticos.com/materiais/polietileno.asp 11 O polietileno de alta densidade é composto por uma cadeia C2H4 ou CH2, conforme demonstração na Figura 2, e em que hidrogênios e carbonos que passam por um processo com catalisadores e polimerização utilizados sob pressão entre 10 a 15 atm. e temperaturas de 20 °C a 80 °C, em meio de hidrocarbonetos parafínicos, compostos alquil-metálico e sais de Cobalto, densidade, Níquel, Zircônio ou Titânio que provoca sua reação. Sua descoberta foi algo inesperado, pois o objetivo era desenvolver um combustível liquido, mas resultou no polietileno de baixa densidade e após vários estudos, alcançou-se esta composição e as características que conhecemos. Seu arranjo de cristalização, que ocorre de forma sequencial e não por ramificação em cadeias longas, certifica características de densidade maiores e de resistência. A forma organizada deste polímero contribui diretamente nas propriedades do plástico. Devido ao elevado peso molecular, o polietileno de alta densidade é indicado em especial para a fabricação de tubos. Devido a excelentes propriedades químicas, hidráulicas, físicas, e mecânicas, os tubos apresentam uma ótima resistência ao tenso-fissuramento e as deformações, garantindo uma durabilidade maior que 50 anos. Possui resistência a fotodegradação podendo ser usados em áreas abertas e expostos às ações do tempo. Entre as suas características, destacam-se sua impermeabilidade a líquidos, com absorção de umidade praticamente nula, a gases, elevada resistência a brasão, flexível e leve, resistente à tração, alta absorção de impacto, com propriedade anti chamas, atóxico, entre outros. Sua versatilidade atende a diversas demandas, devido a isso novas aplicações são registradas como: transporte de transporte de combustíveis, gás e águas fluviais, cabos de energia elétrica, este composto é muito utilizado na rede hospitalar e na embalagem de alimentos. O PEAD é um material muito versátil usado para diversos fins, também conhecido como polietileno expandido, sendo leve e flexível, garantindo bons resultados na forma em que é usado, porém existe outro tipo de polietileno como: Polietileno de Baixa Densidade: 12 Figura 3 - Polietileno de Baixa Densidade Fonte: https://www.embalagemideal.com.br/polietileno-baixa-densidade Obtendo por método de injeção, sopro ou extrusão, utilizado em embalagens alimentícias, farmacêuticas e hospitais entre outros, como demonstrado na Figura 3. Polietileno Linear de Baixa Densidade: O PELBD tem uma alta capacidade de selagem em temperaturas elevadas, utilizada em fraldas descartáveis, absorventes higiênicos e também em produtos hospitalares e farmacêuticos. Polietileno de Ultra- alto peso molecular: 13 Figura 4 - Simulação de prótese cirúrgica de polietileno aplicada em uma articulação humana Fonte: https://afinkopolimeros.com.br/polietileno-ultra-alta-massa-molar- aplicaca/ Sua apresentação é em pó, sendo utilizados de forma prensada na indústria alimentícia, produtos médicos e farmacêuticos e em minerações para a fabricação de perfis e guias de desgastes. Polietileno de Ultrabaixadensidade: Sua principal aplicação é como uso de resina modificadora. O PEAD possui ótimas características como impermeabilidade, elevada resistência a brasão, flexível e leve, resistente à tração e a alta absorção de impacto, com propriedade anti chamas, atóxicos entre outros. Por mais que haja muitas vantagens em seu uso, o PEAD propicia um impacto ambiental, pois não são biodegradáveis. E se caso houver misturas, há uma grande dificuldade em sua separação, devido às características diferentes de cada material. 14 5. IRRIGAÇÃO Irrigação é a aplicação artificial, uniforme e oportuna de água, distribuída pontualmente na zona efetiva das raízes ou na área total, visando repor a água consumida pelas plantas, a perdida por evaporação, transpiração e por infiltração profunda de forma a garantir condições ideais ao bom desenvolvimento das plantas. Devo irrigar sempre que esta prática possibilitar aumento na produtividade, obtenção de produtos de melhor qualidade, com melhor preço no mercado, possibilitar safras fora de época, viabilizar culturas de alta rentabilidade onde a ocorrência das chuvas é mal distribuída e/ou onde conhecidamente ocorrem períodos de estiagens prolongados. A irrigação quando acompanhada do uso correto de outras práticas e cuidados com a lavoura, e desde que manejada corretamente, permite maior segurança e chance de sucesso da atividade agropecuária. Conservação dos recursos naturais estratégica, obedecendo à legislação ambiental. Sendo necessário adotar as seguintes práticas conservacionistas, exigidas no código florestal: A disponibilidade de água destinada a irrigação e demais atividades na propriedade rural, depende da conservação e recuperação de nascentes, solo e cobertura vegetal de forma a preservar os recursos hídricos. 5.2. TIPOS DE IRRIGAÇÃO; Irrigação Superficial: Figura 5 - Irrigação por Inundação Fonte: https://agrosmart.com.br/blog/vantagens-tipos-de-irrigacao/ 15 Esta forma de irrigação, a água é conduzida para o local de infiltração pela superfície do solo. Este tipo de irrigação é utilizada na produção de arroz, chamadas de irrigação de por inundações, representado pela Figura 5. Vantagens: ✓ Baixo custo de implantação, manutenção e energia; ✓ Favorece o aumento da fotossíntese nas folhas mais baixas devido ao reflexo da luz na agua; ✓ O vento não limita a irrigação; ✓ Promove a fixação do nitrogênio atmosférico, favorecendo o crescimento de algas verde-azuis Desvantagens: ✓ Água parada pode prejudicar as plantas, devido a diminuição da respiração das raízes; ✓ Dependência da declividade do solo; ✓ Erosoes frequentes nos sulcos; ✓ Ocorre perda de água por percolação; 5.3. IRRIGAÇÃO LOCALIZADA Neste tipo de irrigação, a água é colocada pelas raízes das plantas, formando uma faixa úmida. Muito utilizada na produção de Arvores frutífera. As duas formas de irrigação localizada são o gotejamento e o microaspersão. Exemplificado na Figura 6. 16 Figura 6 - Irrigação por Gotejamento Fonte:https://i1.wp.com/agrosmart.com.br/2018/wp- content/uploads/2016/09/gotejo-1-300x85.jpg?resize=488%2C131&ssl=1 Vantagens: ✓ Baixo custo de energia e mão de obra; ✓ Pouca perda por evaporação, devido a água ser aplicada diretamente pela raiz; ✓ Facilidade e eficiência na aplicação de fertilizante; ✓ Adaptação a diferentes tipos de solo; ✓ Mantem de forma uniforme o solo e com oxigênio; ✓ O vento e o declive não limitam a irrigação; Desvantagens: ✓ Alto custo devido as quantidade de tubulação utilizada; ✓ Sensível ao entupimento dos orifícios da saídas de água; 17 ✓ Diminuição da estabilidade da planta devido a diminuição da profundida das raízes; 5.4. ASPERSÃO CONVENCIONAL Este tipo de irrigação simula uma chuva artificial onde um aspersor expele água para o ar, que por resistência aerodinâmica transformam em pequenas gotículas de água que caem sobre o solo e plantas. Demonstrado na Figura 7 a seguir. Figura 7 Irrigação por Aspersão Fonte:https://boaspraticasagronomicas.com.br/boas-práticas/irrigacao/ Sistema Semi-Fixo Sistema de aspersão semi-fixo em cultivo de hortaliças. No sistema semi-fixo, o conjunto moto bomba, a linha principal que transporta a água da fonte e as linhas de distribuição, quando necessárias, são fixas, enquanto as linhas onde estão os aspersores são móveis, ou seja, são desmontáveis, e podem ser utilizada em outras posições de rega. Neste caso aumenta a necessidade mão de obra, porém o investimento inicial é bem menor que o anterior. 18 O sistema semi-fixo em pequenas propriedades, sobretudo na agricultura familiar, pode ter seu custo reduzido quando substituído à tubulação lateral de PVC por mangueiras flexíveis, contendo na ponta um aspersor com suporte. Este sistema diminui também bastante a mão de obra, e a operação é facilitada podendo ser feita tranquilamente por uma criança ou mulher. Este sistema ainda poderá ser aperfeiçoado utilizando um carrinho para enrolar a mangueira, e o tripé que apoia o aspersor, colocado sobre rodas para facilitar a movimentação do aspersor, nas trocas de posição. 6. PROCESSO DE ROTOMOLDAGEM 6.2. QUATRO ETAPAS BÁSICAS A rotomoldagem e um processo simples. Ela utiliza altas temperaturas, moldes de paredes duplas de aço ou compostos, rotação biaxial em dois eixos perpendiculares, polímeros em pó micronizados ou na forma liquida, e resfriamento usando ar e/ou água para produzir peças ocas, sem emenda, com baixas tensões residuais conforme visualizamos na Figura 8. Figura 8 - Processo Rotomoldagem Fonte: https://industriahoje.com.br/o-que-e-rotomoldagem https://industriahoje.com.br/o-que-e-rotomoldagem 19 6.3. CARREGAMENTO Uma quantidade conhecida de pó plástico micronizado ou liquido e colocada dentro de um molde metálico oco de parede dupla, montado no braço da máquina. O molde e então fechado utilizando braçadeiras e/ou parafusos. 6.4. AQUECIMENTO O molde começa então a girar bi-axialmente pelos dois eixos perpendiculares e colocado em um forno onde o calor será aplicado. O molde aquece e por consequência o plástico que está em seu interior. O plástico aquecido se adere ao molde em sucessivas camadas, fundindo-se e formando a peça. 6.5. RESFRIAMENTO Quando o material fundiu e se consolidou, o molde e movido para uma estação de resfriamento, onde o ar forcado e/ou a atomização de água, e usada para resfriar a peça abaixo do ponto de solidificação ou cristalização do material. A rotação uniaxial ou biaxial continua evitando do material fundido escorrer das paredes do molde. 6.6. DESCARREGAMENTO Uma vez que a peça está resfriada, o molde e movido para a estação de descarregamento, onde a peça e removida. O molde então está pronto para começar outra vez o processo. Os estágios 1 e 4 são combinados, frequentemente, em uma única estação (estação de serviço) no projeto da máquina, de modo que a configuração básica de equipamento consiste tipicamente de três estações de trabalho: aquecimento, resfriamento e serviço,visualizado na Figura 9. Esta simplicidade aparente e desmentida pela interação complexa da transferência térmica e da distribuição do material que ocorre dentro do molde durante o processo. 20 Figura 9 - Processo de Rotomoldagem Fonte: https://www.teknoval.com.br/ Durante o processo, fatores chave devem ser considerados para assegurar-se de que o processo seja eficaz e econômico: respiros são usados para assegurar-se de que a pressão dentro do molde esteja em equilíbrio com o ambiente externo; desmoldantes são usados para assegurar-se de que o material não grude ao molde; os ajustes de rotações devem ser selecionados com cuidado, porque o relacionamento entre os eixos primário e secundário afetara o modo em que o material será distribuído na peça final;somente a superfície externa da peça deve estar em contacto com o molde, e particularmente no caso de materiais semicristalinos, tais como o polietileno, as velocidades de resfriamento devem ser controladas para minimizar a distorção que ocorre ao se acelerar o processo 7. CISTERNA 21 Figura 10 - Modelo de Cisterna Fonte: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/caixa-dagua-fibra- polietileno/ A construção de um Algibre ou mais conhecida como cisterna, é um local utilizado para o armazenamento de água de chuva com o intuito de aproveitar a água da chuva (Figura 10), vem sendo feito a milhares de anos. Em Jerusalém há diversos tipos existentes para o armazenamento de água. Em Istambul, na Turquia, uma construída no século VI, que ocupa uma área de 10 mil m2 e tem capacidade para armazenar 30 milhões de m3 de água. É uma alternativa de grande valia, pois pode ser instaladas em meios rurais e urbanos de forma simples e com custo acessível. Seu uso é tido como uma das alternativas mais inteligentes para a economia de água. Um tipo de cisterna que não podemos deixar de evidenciar é os chamados piscinões (Figura 11). Cisterna para armazenar um grande volume de água por um tempo determinado, com intuito de combater as enchentes em determinadas regiões. Esta cisterna atenua a pressão sobre os canais naturais de drenagem de águas pluviais, onde após este período critico de chuvas, as bombas de recalque começam a bombear a água armazenada nesse deposito na direção dos canais de drenagem. 22 Figura 11 - Reservatórios para a retenção de água são construídos para reduzir o efeito de inundações (Divulgação DAEE) Fonte:https://www.aecweb.com.br/revista/materias/piscinoes-sao- alternativa-eficaz-para-controle-de-enchentes-urbanas/15464 Uma cisterna opera da seguinte forma: A água vinda da chuva, que cai no telhado é levada a calha onde esta instalada um determinado filtro, conforme exemplificado na Figura 12. Este filtro elimina mecanicamente as impurezas. O sistema conta também com um freio d’água dificultando a entrada de partículas solidas e que estas fiquem depositadas ao fundo. 23 Figura 12 - Modelo de Aproveitamento de Água de Chuva Fonte: https://jardimdomundo.com/projeto-de-cisterna-para-coletar-agua- da-chuva/ Algumas cisternas, em geral, são enterradas ara impedir a incidência de luz solar, e devido a isso não cause a proliferação de micro organismos e algas. Mas há modelos de cisternas que não precisam ser enterradas, diminuindo o custo de instalação. Devido à água ser oriunda da chuva, não pode ser considerado água potável, devido conter partículas e alguns componentes químicos impróprios não sendo adequada para consumo humano. Porém podemos usa-la em serviços domésticos ou irrigação de plantas. Mas para a irrigação de plantas faz-se necessário à correção do pH para que não danifique as plantas. 7.2. VANTAGENS DE UMA CISTERNA Representa uma economia de 50% na conta de água; Possui diferentes tamanhos; https://jardimdomundo.com/projeto-de-cisterna-para-coletar-agua-da-chuva/ https://jardimdomundo.com/projeto-de-cisterna-para-coletar-agua-da-chuva/ 24 Ajuda conter enchentes ao armazenar parte da água; Auxiliar em tempo de crise hídrica no abastecimento; 7.3. DESVANTAGENS DE UMA CISTERNA Limpeza das calhas periodicamente e mantê-las em boas condições; Algumas cisternas de plásticos podem empenar ou apresentar rachaduras com o tempo; Cisternas enterradas ou semi enterradas será maior o custo de instalação; O polietileno de alta densidade (PEAD) é muito aplicável para projetos de captação de água pluvial, bem resistente a impactos e suporta variações climáticas, além de ter boa flexibilidade, garantindo a durabilidade. Para o presente projeto as premissas são: um tanque com volume de trabalho igual a 1m³, ambientado de forma a ficar suspenso e exposto e com material de sua fabricação em Polietileno de Alta Densidade. Figura 13 - Tampa da Cisterna em 2D 25 Figura 14 - Cisterna realizada em 2D 26 Figura 15 - Metragem total da Cisterna em Construção 8. CÁLCULOS REALIZADOS A = C × L A = 2 × 6 A = 12 m2 Área do telhado 12m2 ÁREA DE CAPTAÇÃO: 27 Figura 16 - Área de Capacitação de Chuva ÁREA DE INSTALAÇÃO: A = 2 × 2 A = 4 m2 Figura 17 - Área de Instalação AREA DE IRRIGAÇÃO A = 4 × 12 A = 48 m2 28 Figura 18 - Área de Irrigação POTÊNCIA DE CAPTAÇÃO: Figura 19 - Climatização e histórico de previsão do tempo em Guarulhos 29 Fonte: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao-paulo/guarulhos- 764109/ Figura 20 - Temperatura e Precipitação Fonte:https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/sao- paulo/guarulhos-764109/ No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de pluviosidade (ou "unidade de medida de precipitação") é o milímetro (mm). Uma pluviosidade de 1 milímetro equivale ao volume de 1 litro (L) de água de chuva que se acumulou sobre uma superfície de área igual a 1 metro quadrado. Sendo dessa forma a capacidade de captação de água pluvial da cobertura será de 18K litros por ano. 9. DIMENSIONAMENTO DO TANQUE: 30 Figura 21 - Dimensionamento do Tanque V = a × h 10. PRESSÃO HIODROSTÁTICA P = d × g × h P = 997 × 10 × 4 P = 39880 Pa 31 P = 0,4 Kgf/ cm2 d: densidade da água g: aceleração da gravidade h: altura 11. VAZÃO VOLUMETRICA v = 1 m3 d = 50 mm » 0,05 m ve = 0,8 m /s A = π × r2 A = 3,14 × 0,0252 A = 0,0019625 m2 Qv = V × A Qv = 0,8 × 0,0019625 Qv = 0,00157 m3/s t = 1 / 0,00157 t = 636,94 s » 17 minutos Para efetuar o cálculo de volume do projeto foi utilizado comprimento da base, largura da base e altura do mesmo, conforme dimensões presentes na Figura 22 e representados na Figura 23 e 24. 32 Figura 22 - Cisterna em 2D Figura 23 - Croqui - Esquema do Sistema de Irrigação 33 Figura 24 - Croqui de Sistema de Captação de Água da Chuva Implantado pelo ESF (ESF, 2019) Fonte: https://esf.org.br/captacao-de-agua-de-chuva/ Para efetuar o cálculo de volume do projeto foi utilizado comprimento da base, largura da base e altura do mesmo, conforme dimensões presentes na figura x e representados na figura 5: Figura 25 - Calha de captação 34 Os pontos de consumo que utilizarem água da chuva deverão estar identificados como “água não potável” (NBR 15527). De acordo com a nbr 5626, o sistema de distribuição de água da chuva deve ser independente do sistema de água potável, não permitindo conexão cruzada. Os reservatórios de distribuição de água da chuva e de água potável devem ser separados (NBR 15527). 35 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das atuais crises hídricas vivenciadas no Brasil e no mundo, evitar o desperdício de água se constitui como um dever de todos. Com esta preocupação o trabalho proposto tem como objetivo desenvolver uma solução sustentável para captação da água da chuva utilizando-se da metodologia de estudo de caso, propondo a implantação de um projeto de captação da água da chuva para irrigação de água de chuva para uso domestico. A pesquisa compreende também a utilização de pesquisa aplicada e do método dedutivo. Utilizando como base o guia de gestão de projetos foi elaborado um projeto a fim de captar e aproveitar a água da chuva. Através das pesquisas realizadas foi possível apresentar o potencial de captação da água da chuva, utilizando o telhados de uma casa. Este projeto nos proporcionou a adquirir conhecimentos sobre gestão de projetos e captação de água da chuva, assim possibilitando a possível implantação do projeto. Recomenda-se que seja realizada a avaliaçãoe verificação da qualidade da água da chuva a fim de analisar a necessidade de descarte dos primeiros milímetros da mesma, uma vez que tal projeto descreve mas não prevê tal descartes. 36 14. REFERÊNCIAS GNADLINGER, João. Técnicas de Diferentes Tipos de Cisternas, Construídas em Comunidade Rural do Seminário Brasileiro. FONSECA, Jacqueline Evangelista. Implantação de Cisternas para Armazenamento de Água de Chuva e seus Impactos na Saúde Infantil um Estudos de Coorte em Berilo e Chapada do Norte – Minas Gerais – Monografia, 2012. OLIVEIRA, Helena Castro. Aproveitamento da Água de Chuva – Medianeira. Monografia, 2014 BARROS, Iara Jassira Costa. Sistemas de Captação e Aproveitamento de Água de Chuva em Comunidades Rurais da Ilha de Santiago - Cabo Verde. Monografia, Campina Grande, PB, 2009. BIRD, R. Curso de Projeto e Instalação de Sistemas de Irrigação para Jardins e Gramado. Uberlândia MG, 2008. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Processos Especiais de Transformação Rotomoldagem. Rio Grande do Sul, 2017. MATER-RIO. Manual Prático de Irrigação. Niterói, fevereiro de 2014. RAIN BIRD. Curso de Projetos e Instalação e Instalação de Sistemas de Irrigação para jardins e gramado. Uberlândia, 2008. TESTEZLAF R. - UNICAMP. Irrigação: Métodos, Sistemas e Aplicações. Campinas, 2017. 37 15 FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE TECNOLOGIA EM DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PLÁSTICOS ADRIANA GONÇALVES MOURA KEILA CRISTINA RANGEL DA ROSA KLEBER AMORIM VALDEMAR DOS SANTOS SILVA 2021 ADRIANA GONÇALVES MOURA KLEBER AMORIM VALDEMAR DOS SANTOS SILVA Relatório técnico apresentado na disciplina de Projeto Integrado de Desenvolvimento de Produtos I do curso de Desenvolvimento de Produtos Plásticos da Faculdade de Tecnologia da Zona Leste como requisito para a conclusão do 1 semestre. Professor: Ivan Vieira Gama 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3. MATERIAIS E MÉTODOS 4. POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD) 5. IRRIGAÇÃO 5.2. TIPOS DE IRRIGAÇÃO; 5.3. IRRIGAÇÃO LOCALIZADA 5.4. ASPERSÃO CONVENCIONAL 6. PROCESSO DE ROTOMOLDAGEM 6.2. QUATRO ETAPAS BÁSICAS 6.3. CARREGAMENTO 6.4. AQUECIMENTO 6.5. RESFRIAMENTO 6.6. DESCARREGAMENTO 7. CISTERNA 7.2. VANTAGENS DE UMA CISTERNA 7.3. DESVANTAGENS DE UMA CISTERNA 8. CÁLCULOS REALIZADOS 9. DIMENSIONAMENTO DO TANQUE: 10. PRESSÃO HIODROSTÁTICA 11. VAZÃO VOLUMETRICA 12. 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS 14. REFERÊNCIAS
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