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Os povos africanos, dentre os quais os que imigraram de forma forçada da África Subaariana, têm profundas ligações com o Brasil, pois foram responsáveis pela troca de diversos elementos culturais, tecnológicos, artístico, linguístico, estético e filosófico. Com relação ao alto nível tecnológico e artístico dos africanos, J. K. Thornton (2004, p. 223), em seu livro A África e os africanos na formação do mundo atlântico (1400-1800) destaca "[...] as culturas de bronze, latão e mesmo terracota, produzidos nos reinos de Lundas, Ifé, no Benin e nos Camarões, entre os séculos XIII e XIX". Essas produções são importantes para desconstruir as histórias dos povos africanos na perspectiva eurocêntrica e as justificativas racistas para o fenômeno humano escravidão. A atuação dos povos africanos no mundo atlântico, diferentemente do que costuma ser representado em livros e manuais escolares, foi muito além do trabalhar e servir. Dizemos isso porque trouxeram consigo uma herança cultural que contribuiu para formar a nova cultura no atlântico. O contexto enunciado destaca as trocas de elementos culturais entre os povos africanos e as sociedades que os receberam. Disserte acerca da realidade encontrada pelos africanos no novo mundo e as dificuldades enfrentadas.
FONTE: THORNTON, John K. A África e os africanos na formação do mundo atlântico (1400-1800). Tradução Marisa Rocha Morta. Rio de Janeiro: Editora Campus / Elsivier, 2004. Disponível em: . Acesso em: 5 jun. 2017.
Resposta esperada
Quando os africanos chegavam no Novo Mundo, em particular, o Brasil, num primeiro momento eram levados para os mercados para serem avaliados e vendidos. Adentravam em um novo cenário social, político, cultural, econômico e religioso. Falavam línguas diferentes, e se confrontaram com uma barreira que impossibilitava ou pelo menos dificultava a organização de levantes contra a condição de escravidão, a barreira comunicacional. Mesmo compartilhando a sua herança cultural com os europeus, os euro-americanos e com as novas gerações, essas representações da realidade anteriormente vivida, quando eram seres humanos livres ou mesmo escravizados, não traduziam a realidade da África, e seu mosaico humano e cultural. Sendo assim, podemos dizer que a cultura afro-americana tornou-se muito homogênea com relação às diversas culturas da África que a compuseram. Isto porque fundiram-se e incorporaram-se com a cultura europeia.
Minha resposta....
2A Organização das Nações Unidas - ONU - promoveu em Genebra, na Suíça, duas conferências que trataram dos temas referentes à discriminação racial e racismo (1978) e apartheid (1983). No ano de 2001, a Conferência de Durban, na África do Sul, tratou de um amplo leque de temas e procurou avaliar os avanços na "luta contra o racismo, contra a discriminação racial e as formas correlatas de discriminação, a avaliação dos obstáculos que impedem o avanço e seus diversos contextos, bem como a sugestão de medidas de combate às expressões de racismo e intolerâncias". Dentre as ações resultantes desta conferência, o Brasil assumiu a responsabilidade de promover a valorização da contribuição africana para a formação do nosso país, através do sistema educacional e a adoção do sistema de cotas para negros nas universidades. Contudo, sabemos que, para a efetivação destas ações, precisamos romper com algumas barreiras, entre elas a atitudinal. Neste contexto, disserte sobre os desafios que o professor pode enfrentar no processo de ensino e aprendizagem sobre a história da África e dos povos africanos.
FONTE: História geral da África, V: África do século XVI ao XVIII/editado por Betohwell Allan Ogot. -Brasília: UNESCO, 2010.
Resposta esperada
O professor vai se deparar com problemas que dizem respeito às fontes para o ensino de história, isto porque há produções acadêmicas que pretendem desnaturalizar e desmistificar a imagem negativa e errônea que se construiu sobre a África e os povos africanos ao longo do tempo, contudo, nem sempre esses novos conhecimentos chegam até a escola. Isto porque existe um descompasso entre a produção acadêmica e os saberes que circulam nos espaços da educação básica. Além disso, o professor terá que desconstruir os estereótipos e preconceitos que povoam o imaginário social com relação à África. Dizemos isso porque o tráfego negreiro e a colonização causaram grandes danos ao estudo do passado africano e foram determinantes para o surgimento de estereótipos raciais criadores de desprezo e incompreensão, tão profundamente consolidados na nossa historiografia. Estes povos foram marcados pela pigmentação de sua pele, transformados em mercadoria e condenados ao trabalho forçado, sendo assim, o africano passou a simbolizar, na consciência de seus colonizadores, uma essência racial imaginária e ilusoriamente inferior. Este processo de falsa identificação depreciou a história dos povos africanos. Além disso, desde que foram empregadas as noções de brancos e negros, para nomear genericamente os colonizadores, considerados superiores e os colonizados, os africanos foram levados a lutar pela dupla servidão: a econômica e a psicológica.
Minha resposta....

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