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AUTODIGESTÃO FISIOPATOLOGIA A inflamação do pâncreas (pelas causas já citadas) provoca a ativação das enzimas digestivas pancreáticas (produzidas pelo próprio pâncreas), e essas enzimas causam uma AUTODIGESTÃO TECIDUAL. PERITONITE QUÍMICA Principais distúrbios do Pâncreas PANCREATITE AGUDA e PANCREATITE CRÔNICA Clínica de Pequenos Animais @_marianaa_s Mariana Silva - Medicina Veterinária Acomete mais os cães; Diversos fatores podem estar associados: Nutrição: dieta gordurosa, obesidade; Isquemia: hipovolemia, vasoconstrição induzida por aminas vasoativas, CID (coagulação intravascular disseminada); Hiperlipoproteinemia: após ingestão de dieta rica em gordura, forma idiopática em cães da raça Schnauzer miniatura; Fármacos: L-asparginase, azatioprina, organofosforados, corticosteróides, furosemida, sullfa, estrógeno, tetraciclina; Refuxo duodenal: pressão intralumial elevada durante vômito grave; Outros: trauma abdominal, hipercalcemia, colangite em felinos, infecções (toxoplasmose, PIF). É a inflamação do pâncreas onde ainda não há fibrose e/ou atrofia; Geralmente é reversível; Desenvolvimento muito rápido; Nos casos graves, pode levar a necrose tecidual e evoluir ao óbito do paciente. CAUSAS Anorexia, náusea e depressão: na anorexia discreta podem ser os únicos sinais visiveis; Desidratação intensa; Vômito: pode ser leve ou intenso. Gatos geralmente não apresentam vômito; Dor abdominal: vai de leve a grave (abdômen agudo); Depende da gravidade do quadro; Animal pode apresentar posição de súplica; Obesos; Terriers; Gatos de pelo curto; Cães idosos; Castrados são mais predispostos; Ingestão recente de alimentos gordurosos (em um churrasco de família, por exemplo). SINAIS CLÍNICOS ASPECTOS CLÍNICOS Efusão abdominal - na pancreatite grave; Diarréia e hematoquezia - mais comum na pancreatite discreta; Icterícia; Febre; Com o agravamento do quadro, ocorre: Choque: letargia e hipotermia; CID: quadros de sangramento. Imagem 4 PANCREATITE AGUDA NECROSE RUPTURA CHOQUE, CID E SEPSE BLO G D ICA S PELU D A S @_marianaa_s Mariana Silva - Medicina Veterinária Palpar a região mais cranial do abdômen sob o toráx, o animal reage dolorosamente a palpação; Hemograma: leucocitose é comum em cães, porém inconsistente nos gatos; Uréia/creatinina: azotemia em mais de 50% dos pacientes com pancreatite grave; Glicose: hiperglicemia moderada em 65% dos pacientes. Hipoglicemia aparece em 40% dos casos; Albumina: hipoalbuminemia pode estar presente; Cálcio ionizado: hipocalcemia; Amilase e lipase: para triagem em cães, não é confiável em gatos; Lipase específica: É o exame mais confiável, sensibilidade de 54% a 100% e especificidade 91%; Lipase canina (cPLI); Lipase felina (fPLI); Ultrassonografia: Alteração na ecogenicidade pancreática Pouca sensibilidade em felinos; Analise do líquido peritoneal: Exsudato asséptico; Amilase e lipase com concentração maior do que no sangue; Potássio: hipercalemia é comum em gatos; FA (fosfatase alcalina): aumento de 2 a 15x; ALT: normal a 10x aumentado; Bilirrubinas: hiperbilirrubinemia em 40% dos cães; Triglicerídeos e colesterol aumentados são sugestivos de diabetes secundária. ACHADOS INESPECÍFICOS, ASSOCIAR COM O HISTÓRICO E ANAMNESE; AS ALTERAÇÕES SÃO SUTIS NOS GATOS, DIFICULTA O DIAGNÓSTICO NESTA ESPÉCIE; DIFERENCIAR DE OUTRAS DOENÇAS QUE CURSEM COM INTENSA DOR ABDOMINAL (EX. PIOMETRA). Livro: Medicina interna de pequenos animais, 5° edição. REFERÊNCIAS Corrigir a desidratação: fluidoterapia Pancreatite discreta: 100-120 ml/kg/dia; Pancreatite grave: 90 ml/kg/hora + colóide. Corrigir eletrólitos: Hipocalemia: potássio 0,5 mEq/kg/hora; Analgesia: Fentanil adesivo, tramadol... evitar AINE. Controlar hiperglicemia: insulina SC. Controlar hipoglicemia: glicose IV, alimentação. monitorar constantemente a glicemia. Suporte sintomático: vômito, hiperacidez gástrica. Antibióticoterapia: somente quando houver infecção secundária, utilizar sulfa ou quinolona. TRATAMENTODIAGNÓSTICO Imagem 4 PANCREATITE CRÔNICA Vários episódios de pancreatite com periodos de recuperação entre eles; Sinais gastrointestinais discretos; Episódios de anorexia, vômito, um pouco de sangue nas fezes, dor abdominal logo após alimentação; A ocorrência dos episódios pode durar de meses a anos; Alguns episódios podem ser mais graves, apresentando-se como a pancreatite aguda; DIAGNÓSTICO: semelhante a pancreatite aguda, porém mais dificíl de detectar; DIAGNÓSTICO PADRÃO: histopatológico do pâncreas; TRATAMENTO: similar a pancreatite aguda; MANUTENÇÃO: controlar reicidivas... dieta pobre em gorduras e rica em carboidratos, nível moderado de proteínas.
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