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Semiologia Cardiovascular

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ANATOMIA E FISIOLOGIA: 
 O coração funciona como uma bomba no sistema 
cardiovascular, sendo o principal responsável pela geração de 
fluxo sanguíneo. 
 O fluxo do sangue segue a sequência: território venoso → 
veias cavas → átrio direito (AD) → ventrículo direito (VD) → 
artéria pulmonar → capilares pulmonares → veias pulmonares 
→ átrio esquerdo (AE) → ventrículo esquerdo (VE) → artéria 
aorta → território arterial → capilares sistêmicos 
 A função de bomba do coração se mantém eficiente pela 
qualidade do músculo e valva cardíacos, além da ideal 
resistência a ser vencida pelo fluxo em direção a aorta na 
sístole e preservação da quantidade de sangue proveniente do 
território venoso na diástole. 
 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO: 
Realizam-se a inspeção e a palpação simultaneamente porque os achados semióticos tornam-se mais significativos quando 
analisados em conjunto. Para a inspeção, deve ser feita tangenciando o précordio com a visão (pode pedir pro paciente ficar 
em decúbito dorsal). Na palpação, primeiro palpa-se o 2° espaço intercostal (ângulo de Louis), afim de identificar uma 
protuberância entre o manúbrio e o corpo external, na altura da 2º costela e avaliar a turgência da veia jugular; depois realiza 
a palpação do ictus cordis (ponta do coração que bate na parede torácica). 
 lctus cordis: O ictus cordis, ou choque da ponta, é estudado pela 
inspeção e palpação, investigando-se localização, extensão, 
mobilidade, intensidade e tipo da impulsão, ritmo e frequência. 
Nos mediolíneos, situa-se no cruzamento da linha hemiclavicular 
esquerda com o 5° espaço intercostal; nos brevilíneos, situa-se 
no 4° espaço intercostal; nos longilíneos, costuma estar no 6° 
espaço, 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. 
 Ele é mais facilmente percebido na palpação, na forma de 
batidas bruscas, que correspondem à propulsão do VE (é a ponta 
do coração que bate na parede torácica). Se o ictus é palpado 
mais a baixo ou mais à direita – sinal de cardiomegalia. 
 Palpação do ventrículo direito: 
- Região paraexternal esquerda (com a palma da mão) 
- Região subxifódea 
 Fúrcula (pulso aórtico palpável) – se muito proeminente/forte, pensar em aneurisma de aorta ascendente 
AUSCULTA: 
Tomamos como referência o ângulo de Louis, identificado como uma protuberância entre o manúbrio e o corpo esternal, que 
está à altura da 2º costela, e abaixo dela está o 2° espaço intercostal. 
 Foco Aórtico: 2° espaço intercostal direito 
 Foco Pulmonar: 2° espaço intercostal esquerdo 
 Foco Aórtico Acessório: 3° espaço intercostal na borda esternal esquerda 
 Foco tricúspide: 4° a 5° espaços intercostais na borda esternal esquerda 
 Foco mitral: 5° espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A posição padrão é o decúbito dorsal com a cabeça apoiada 
em um pequeno travesseiro, com o tórax completamente 
descoberto. O médico fica do lado direito, de pé ou sentado, 
conforme a altura da cama ou da mesa de exame. 
 Outra posição de rotina é com o paciente de pé ou sentado na 
beira do leito ou em uma cadeira, com o tórax ligeiramente 
inclinado para frente. O examinador põe-se de pé do lado 
direito do doente. Esta última posição é mais propícia para a 
ausculta dos fenômenos estetoacústicos originados na base do 
coração. 
 Uma terceira posição é a do paciente deitado em decúbito 
lateral esquerdo com a mão esquerda na cabeça (desse modo, 
evita-se que o braço fique acolado ao tórax, impedindo livre 
acesso ao precórdio). Assim, algumas vezes, a 3ª bulha é mais 
audível em decúbito lateral esquerdo. Fato corriqueiro, 
também, é a melhor audibilidade do sopro diastólico da 
estenose mitral nesta posição. 
 
Passo a passo: 
 Passo 1: Ache B1 “TUM” (fechamento das valvas 
atrioventriculares - mitral e tricúspide) seguido de um pequeno 
silêncio (ejeção) SÍSTOLE - MAIS ALTA NOS FOCOS MITRAL 
E TRICUSPIDE 
 Passo 2: Ache B2 “TA” (fechamento das valvas semilunares – 
aórtica e pulmonar) 
 
Obs: desdobramento fisiológico da 2º bolha – quando o 
componente pulmonar sofre retardo, e é suficiente para 
perceber os dois componentes simultâneos (ex: respiração 
profunda), nesse caso, a 2º bulha vem com o som “TLA” 
 
Terceira bulha (B3) - A 3ª bulha é um ruído protodiastólico de 
baixa frequência que se origina das vibrações da parede 
ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea 
que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular 
rápido. É sobrecarga de volume, VE não consegue realizar a 
sístole adequada. Som de baixa frequência (ausculta melhor 
sem apertar o diafragma na pele) 
 
Quarta bulha (B4) - A 4° bulha é um ruído débil que ocorre no 
fim da diástole ou pré-sístole e pode ser ouvida mais raramente 
em condições normais nas crianças e nos adultos jovens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desdobramentos Patológicos de B2: 
 
 
 
 
 Passo 3: avaliar a fonese das bulhas 
✓ Normofonética, hipofonética e hiperfonética 
 Passo 4: avaliar o ritmo e frequência cardíaca 
✓ Havendo apenas 2 bulhas, trata-se de ritmo de 2 tempos ou binário; quando se torna audível um 3° ruído, passa 
a ser um ritmo de 3 tempos ou ritmo tríplice, assim representado: TUM-TA-TU-TUM-TA-TU-TUM-TA-TU 
 Passo 5: Tem sopro? SIM ou NÃO 
Os sopros podem surgir dos seguintes mecanismos: 
✓ aumento da velocidade da corrente sanguínea (exercício físico, hipertireoidismo, febre); 
✓ diminuição da viscosidade sanguínea (anemia); 
✓ passagem do sangue por uma passagem estreita (estenoses); 
✓ passagem do sangue por zona dilatada (aneurismas). 
 Passo 6: o sopro é sistólico ou diastólico 
✓ Sopro sistólico: entre B1 e B2 – TUM tchi TÁ 
✓ Sopro diastólico: entre B2 e B1 – TUM TÀ tchi 
 Avaliando o sopro: 
✓ Situação do sopro no ciclo cardíaco: sistólico, diastólico, sistodiastólicos ou contínuos; 
✓ Localização: qual foco de ausculta o sopro é mais audível 
✓ Irradiação: deslocar o estetoscópio em várias direções para identificar irradiação. 
✓ Intensidade: avaliação subjetiva, feita em graduação (+ a ++++) 
✓ Timbre e tonalidade: “qualidade do sopro”; pode ser suave, rude, musical, em jato, piante, ruflar. 
 
Cliques e estalidos: 
 Os estalidos diastólicos podem ocorrer nas estenoses das valvas mitral e tricúspide e, mais raramente, na insuficiência 
mitral e na comunicação interatrial. 
✓ Estalido de abertura mitral. A abertura da valva mitral ocorre após o período de relaxamento isovolumétrico, no 
início da diástole, e não determina qualquer ruído se a valva estiver normal. O estalido de abertura mitral é mais 
audível com o paciente em decúbito lateral esquerdo, na área mitral e naborda esternal esquerda, na altura do 
3° e do 4° espaço intercostal. Todavia, em muitos pacientes, o estalido é audível em todo o precórdio. 
✓ O timbre do estalido é mais agudo e mais seco que o componente pulmonar da 2° bulha cardíaca, e o intervalo 
que o separa da 2° bulha pode apresentar variações com as manobras respiratórias. 
 Cliques de ejeção (sístole) 
 
 
EXAME FÍSICO NORMAL CARDÍACO 
 Toráx sem abaulamentos ou retrações, ictus não visível, sem turgência de jugulares, ausência de sinal de Kussmaul. 
Pulsos: simétricos, cheio, frequência, rítmicos. Ictus palpável em 5° EIC esquerdo, linha hemiclavicular (LHC), 2 polpas 
digitais, em decúbito lateral esquerdo desviando menos de 2cm. Frêmitos e atritos ausentes. Frequência cardíaca, ritmo 
regular, B1 e B2 presentes, sem sopros patológicos.

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