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ATIVIDADE ACADÊMICA 2

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ATIVIDADE ACADÊMICA 2 – TEORIA DA DECISÃO JURISDICIONAL E RECURSOS NO PROCESSO CIVIL – ARA1224 
FORMATO DE ENTREGA – PDF, constando a(s) resposta(s) e o nome e matrícula do(a) aluno(a). 
MILENA PARREIRAS ROIFFÉ DE TOLEDO - 201102311359
Januário Silva possui sentença ainda não transitada em julgado, mas pretende que seja revista, pois acredita que os fatos não foram totalmente considerados pelo magistrado, bem como as provas apresentadas. Ele encontrou uma carta perdoando a dívida executada. A Carta está assinada, mas não tem testemunhas. Diante do caso, como você responderia as perguntas abaixo: 
a) Quais os limites da coisa julgada? 
Resposta: Primeiramente devemos saber que a coisa julgada está prevista no artigo 502 do Código de Processo Civil, que a descreve como sendo uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de mérito da qual não cabe mais recursos. Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento no art. 485 ou 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução (art. 203, §1º do CPC). As sentenças terminativas são aquelas que não resolvem o mérito (art. 485), ao passo que as definitivas é a que resolve o mérito (art. 487). As sentenças podem, ainda, ser classificadas, quanto ao seu conteúdo, em declaratórias, constitutivas e condenatórias, ou, com base em seus limites objetivos e subjetivos, em sentenças ultra petita, extra petita ou citra petita. É formada pelos seguintes elementos: relatório, fundamentação e dispositivo.
Por limites objetivos da coisa julgada deve-se compreender o que exatamente se torna imutável e indiscutível com a coisa julgada. É preciso analisar o art. 503, do CPC, segundo o qual a decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
Já, os limites subjetivos da coisa julgada referem-se ao exame de quais pessoas se sujeitam à coisa julgada e que, portanto, não podem tomar a iniciativa de discutir novamente o que foi decidido. O art. 506 do CPC dispõe que a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
Além dos limites objetivos e subjetivos, é interessante analisar os limites temporais da coisa julgada, isto é, como se comporta a imutabilidade e indiscutibilidade da coisa julgada com o passar do tempo, até quando tais características duram, devendo para tanto analisar o art. 505 do CPC, o qual dispõe ser vedado ao magistrado decidir novamente as questões relativas à mesma lide, salvo as duas hipóteses previstas nos seus incisos I e II.
O inciso I do art. 505 prevê que, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, caso sobrevenha modificação no estado de fato ou de direito, poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença. Nos casos de relação jurídica continuada, como ocorre nas ações de alimentos ou revisionais de aluguel, havendo fato superveniente que justifique a revisão da sentença, poderá a parte solicitar tal revisão. O inciso II do art. 505 proíbe que o órgão julgador decida novamente as mesmas questões já decididas, relativas à mesma lide, nos demais casos prescritos em lei. Essa proibição pode ser evidenciada por alguns remédios processuais disponibilizados em lei para controlar a coisa julgada, tais como: ação rescisória, querela nullitatis, revisão de sentenças inconstitucionais etc. 
b) Sob que argumento poderá ser movida Ação Rescisória? 
Resposta: 
A ação rescisória é regulada pelos artigos 966 a 975 do Novo CPC, portanto, com base no Art 966 inciso VII (– obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, (o que não ocorreu no caso concreto, pois não transitou em julgado), prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável), o argumento que deverá ser usado, no caso em tela, caso transitado em julgado, é o de que o autor obteve prova nova, que não pôde fazer uso anteriormente e o inciso VIII (– for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos), pelos fatos que não foram totalmente considerados pelo magistrado. 
Vejamos:
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV – ofender a coisa julgada;
V – violar manifestamente norma jurídica;
VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; 
VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.”
Levando em consideração o caso concreto, não caberia a AÇÃO RESCISÓRIA, pois o mesmo informa que a sentença não transitou em julgado, portanto, não caberia tal ação para rescindi-la. A Jurisprudência vem aceitando que possa ser juntado no Recurso na Apelação as provas novas, desde que ocorra direito a ampla defesa e contraditório. Em resumo, somente poderá ser ajuizada ação rescisória quando a sentença transitar em julgado, portanto, caberia no caso concreto, APELAÇÃO.
Por conseguinte, levando ainda em consideração o caso concreto, na qual diz não “...transitou em julgado..” e o fato de ter encontrado a carta assinada, mas não haver testemunha, de forma estratégica, após o trânsito em julgado do recurso de apelação, aí sim poderia ajuizar a ação rescisória, pois não poderá na apelação reabrir a fase de instrução processual, visto que na apelação, não cabe, por exemplo, ouvir testemunhas, uma vez que já houve a preclusão.
Outrossim, outra solução seria os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITOS INFRINGENTES, com objetivo de anular a sentença para juntar a nova prova, o Juiz irá abrir o prazo para o EMBARGADO manifestar-se, portanto, poderia a sentença ser anulada. É importante ressaltar que a PROVA NOVA, somente poderá ser juntada se comprovada que NÃO ERA POSSÍVEL TER ACESSO A TAL PROVA antes da prolação da sentença, vejamos o entendimento do STJ:
Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL : AREsp 1883683 TO 2021/0123498-7 - Decisão Monocrática
Superior Tribunal de JustiçaPublicado por Superior Tribunal de Justiçahá 2 meses
Decisão Monocrática
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1883683 - TO (2021/0123498-7)
RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
AGRAVANTE : ITPAC PORTO NACIONAL - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS PORTO S.A
ADVOGADOS : JOSUÉ PEREIRA DE AMORIM - TO000790 DENYSE DA CRUZ COSTA ALENCAR - TO004362
AGRAVADO : ANTONIO CARLOS DA SILVA JUNIOR
ADVOGADO : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS - SE000000M
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto por ITPAC PORTO NACIONAL – INSTITUTO
TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS PORTO S. A. contra a decisão que inadmitiu recurso especial. O apelo extremo, com fundamento no artigo 105, III, “a” e "c", da Constituição Federal, insurge-se contra o acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins assim ementado:
"APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS. AUSÊNCIA DE ASSINATURA DO DEVEDOR E DE TESTEMUNHAS. NECESSIDADE. JUNTADA DE DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS QUANDO DA APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 434 E 435 DO NCPC. RECURSO IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
1. À luz dos arts. 700 e 701 do CPC/15 impõe-se ao autor a apresentação de documento escrito sem eficácia de título executivo, apto a formar o convencimento do juiz acerca da probabilidade do direito alegado, a fim de que se determine a expedição de mandado de pagamento ou entrega da coisa, no prazo de 15 dias.
2. No caso dos autos, o requerente juntou o contrato de prestação deserviços sem as devidas assinaturas quando da propositura da ação. E quando da apelação, juntou contrato assinado e afirmou que as rematrículas eram efetuadas na modalidade via on-line, mediante uso de senha pessoal no sistema de autoatendimento do aluno.
3. Somente se admite a juntada de provas novas relativas a fatos pretéritos quando a parte comprovar justa causa que a impedia de produzir tais provas em momento anterior, a teor do disposto no artigo 434 e 435 do NCPC.
4. Recurso improvido. Sentença mantida" (e-STJ fl. 188).
Nas razões do especial, o recorrente alega que o acórdão violou os artigos 373, I, 435 e 700 do Código de Processo Civil de 2015, ao deixar de reconhecer que os documentos juntados pelo recorrente comprovam o direito vindicado na ação monitória.
Aduz, ainda, que documentos posteriores podem ser juntados em outras fases do processo.
fonte: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1264683251/agravo-em-recurso-especial-aresp-1883683-to-2021-0123498-7/decisao-monocratica-1264683306
Logo, caso não sejam aceitos os EMBARGOS COM EFEITOS INFRINGENTES, visto que a jurisprudência não é pacífica, poderá ele seguir para APELAÇÃO.
Vejamos decisão abaixo sobre as PROVAS NOVAS:
RECURSO ESPECIAL Nº 1.176.440 - RO (2010⁄0011214-3)
 
	
	MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
	:
	MÁRCIA LUIZA SCHEFFER DE OLIVEIRA
	:
	SANDRA MARIA FELICIANO DA SILVA E OUTRO (S)
	:
	MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EMBARGOS DE TERCEIRO OPOSTOS PELA ESPOSA DO ACIONADO. CABIMENTO DA JUNTADA DE DOCUMENTOS NOVOS EM FASE DE APELAÇÃO, DESDE QUE OBSERVADO O CONTRADITÓRIO. POSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONSTRIÇÃO PATRIMONIAL SOBRE BENS ADQUIRIDOS EM DATA ANTERIOR À SUPOSTA CONDUTA ÍMPROBA EM MONTANTE SUFICIENTE PARA O RESSARCIMENTO INTEGRAL DO AVENTADO DANO AO ERÁRIO. PRECEDENTES DESTA CORTE. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
1.A juntada de documentos, em fase de apelação, que não se enquadram naqueles indispensáveis à propositura da ação e apresentam cunho exclusivamente probatório, com o nítido caráter de esclarecer os eventos narrados, é admitida, desde que garantido o contraditório e ausente qualquer indício de má-fé, sob pena de se sacrificar a apuração dos fatos sem uma razão ponderável.
2.É pacífica no Superior Tribunal de Justiça a orientação de que a medida constritiva deve recair sobre o patrimônio dos réus em ação de improbidade administrativa, de modo suficiente a garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, ainda, o valor de possível multa civil como sanção autônoma (REsp. 1.347.947⁄MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJe 28.08.2013).
3.A indisponibilidade acautelatória prevista na Lei de Improbidade Administrativa tem como finalidade a reparação integral dos danos que porventura tenham sido causados ao erário; trata-se de medida preparatória da responsabilidade patrimonial, representando, em essência, a afetação de todos os bens necessários ao ressarcimento, podendo, por tal razão, atingir quaisquer bens ainda que adquiridos anteriormente ao suposto ato de improbidade. Precedentes.
4.Recurso Especial desprovido.
 fonte:https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/24254213/recurso-especial-resp-1176440-ro-2010-0011214-3-stj/inteiro-teor-24254214
 c) Quais os efeitos da sentença? 
Resposta: Os efeitos podem ser:
Efeito negativo e efeito positivo da coisa julgada
A coisa julgada torna a decisão de mérito imutável e indiscutível, impedindo que a mesma ação seja novamente decidida em novo processo judicial. O conceito de ação idêntica pode ser retirado do art. 337, §2º, do CPC, segundo o qual uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. O que se tem, em suma, é a vedação à reapreciação da mesma demanda que já foi resolvida por decisão de mérito acobertada pela coisa julgada. É disso que se trata o efeito negativo da coisa julgada.
Se a demanda for ajuizada novamente, caberá ao magistrado extinguir o processo sem resolução de mérito (art. 485, V, do CPC). Embora o juiz possa conhecer de ofício a coisa julgada, no caso concreto, pode o réu alegá-la em preliminar de contestação (art. 337, VII, do CPC).
Existe também o efeito positivo da coisa julgada. Tal efeito não veda ao magistrado que julgue o mérito de uma segunda ação ajuizada, apenas determina que uma questão indiscutível pela coisa julgada material, caso retorne em outro processo como fundamento de uma pretensão – portanto, na condição de questão incidental –, seja devidamente observada e não resolvida de forma distinta (DIDIER et al., 2016).
O que se busca, no efeito positivo da coisa julgada, é preservar, no segundo processo, uma relação jurídica que já foi decidida em um primeiro processo. Tratando-se de situação distinta do efeito negativo da coisa julgada, em que há uma preocupação do juiz, não em respeitar uma relação jurídica decidida em processo distinto, mas em evitar que uma mesma demanda seja reproposta e julgada pela segunda vez.
d) Qual instrumento processual é o mais indicado para Januário?
Resposta: EMBARGOS COM EFEITOS INFRINGENTES, no entanto, caso não sejam aceitos, visto que a jurisprudência não é pacífica, poderá ele seguir para APELAÇÃO.

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