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Metabolismo - SP1

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Metabolismo - Tutoria 1
•	Caracterizar as necessidades e as fontes nutricionais disponíveis.
•	Conceituar macro e micronutrientes.
•	Definir e classificar carboidratos.
•	Descrever a anatomia e histologia do sistema digestório e glândulas anexas.
•	Descrever o processo de digestão e absorção de carboidratos (sob os aspectos fisiológicos, bioquímicos e hormonais). E salientar sobre os sistemas de transporte (GLUT) e cotransporte (SGLT) no processo de absorção dos carboidratos a nível intestinal.
•	Descrever o processo de obtenção de energia pela degradação de carboidratos (glicólise, ciclo de Krebs, cadeia respiratória e fosforilação oxidativa).
•	Diferenciar o processo de obtenção de energia através da glicólise anaeróbia e aeróbia.
•	Descrever o processo de glicogenólise hepática e muscular.
•	Descrever o processo de síntese e armazenamento de carboidratos.
•	Definir carência nutricional e quais são as influências no crescimento e desenvolvimento.
•	Definir e caracterizar os estados de desnutrição.
•	Caracterizar o índice de massa corporal (IMC) na avaliação da saúde humana.
•	Relacionar o desequilíbrio entre ingestão e gasto energético como fator responsável pelo ganho ou perda de massa
•	Explicar o processo fermentativo que ocorre em nível intestinal por ação das bactérias
- Caracterizar as necessidades e as fontes nutricionais disponíveis.
FONTES NUTRICIONAIS DISPONÍVEIS
11 alimentos com “calorias negativas” que emagrecem e nutrem
Veja exemplos de comidas que têm poucas calorias e demandam muita energia para serem digeridos, ajudando a queimar os quilos extras
· 1. Nutrição leve 
São Paulo – Todo mundo que costuma brigar com a balança sonha em poder comer o que quiser sem se preocupar com o acréscimo de peso. Esse privilégio ainda não é fácil de ser obtido, mas há alguns alimentos que podem, sim, ser ingeridos à vontade e, em vez de engordar, ajudam no emagrecimento. Com baixa caloria e muitas fibras, diz-se que têm “calorias negativas”. Segundo a nutricionista Fabiane Alheira, esse nome foi criado porque esse tipo de comida demanda uma quantidade de energia superior ao número de calorias que apresenta. “Por conta disso existe um déficit. Funciona como uma conta corrente, onde o saldo será negativo se o gasto for maior do que o crédito existente”, explica. Eles não se confundem com os termogênicos, outros aliados das dietas. Estes são capazes de produzir calor ao serem digeridos e tal aumento no metabolismo deixa o corpo mais ativo para consumir mais calorias. A especialista, no entanto, deixa claro que o gasto energético varia de pessoa para pessoa e, por isso, no caso dos alimentos com “calorias negativas”, não é possível dizer precisamente qual essa diferença entre ganho e queima de calorias. Além disso, é preciso haver mais estudos para determinar essa quantidade. Antes de achar que essa é a saída milagrosa para enxugar o excesso de peso, a nutricionista afirma que não vale a pena fazer um regime apenas com essas comidas. “Nosso organismo necessita de um equilíbrio entre os macronutrientes e os micronutrientes, e, portanto, há necessidade diária de carboidrato, proteína e gordura, sim!”, diz. Confira a seguir alguns exemplos que fazem parte desse grupo e conferem muitos outros benefícios.
· 2. Melancia 
Rica em fibras e diversos nutrientes, a melancia ajuda também a hidratar, já que é composta por 90% de água. Uma fatia de 100 gramas contém 35 calorias, além de conter vitaminas A, B1, B2, B3 e C, potássio, cálcio, fósforo e glutationa, uma substância aliada no combate ao envelhecimento precoce. A fruta ainda pode ajudar no combate a hipertensão.
· 3. Alface 
Presente na maioria das saladas, a alface é outro exemplo de “caloria negativa”, já que a cada 100 gramas há apenas 11 calorias. Por trás dessa leveza, há fibras, ferro, potássio, vitaminas A, C e betacaroteno. As propriedades medicinais da folha costumam ser exploradas também em chás e sucos, que são usados como calmantes e antialérgicos, por exemplo.
· 4. Abobrinha 
A abobrinha é um alimento rico em cálcio, magnésio, proteínas e potássio, o que faz com que ela seja uma boa opção não só para quem faz dieta, como também para aqueles que querem cuidar da saúde dos ossos e do coração e pretendem renovar as células. Tudo isso com um ganho ínfimo de calorias, já que há por volta de 20 kcal em uma porção de 100 gramas. 
· 5. Pepino 
Esse diurético natural tem papel importante no tratamento de cálculos renais e, além disso, tem antioxidantes, que ajudam a evitar o envelhecimento precoce e prevenir câncer, doenças cardiovasculares e infecções. Entre os nutrientes presentes no pepino estão magnésio, potássio, vitaminas B5 e C e carotenoides. Para completar, 100 gramas do vegetal têm apenas 18 calorias. 
· 6. Damasco 
Ferro, cobre, fósforo, magnésio, potássio, e vitaminas A, B3, B5 e K são algumas das propriedades do damasco, outro alimento com caloria negativa. Sua ação no organismo é antioxidante, protegendo o corpo contra doenças cardíacas, câncer, envelhecimento e problemas intestinais, já que possui muitas fibras. Uma unidade de damasco seco tem apenas 9 calorias.
· 7. Couve 
Muito presente na culinária brasileira (felizmente), a couve traz vários benefícios à saúde, já que é repleta de nutrientes como cálcio, ferro, vitaminas C, K e B6, e antioxidantes. Consumida preferencialmente crua ou com um baixo cozimento, ela pode prevenir o câncer, problemas ósseos, infecções e do sistema imunológico. Em uma porção de 90 gramas de couve refogada há cerca de 60 calorias. 
· 8. Berinjela 
Se for consumida crua, a berinjela pode fornecer manganês ao organismo (nutriente que se perde com o cozimento). Além desse nutriente, outros atributos desse alimento são a grande quantidade de fibras, proteínas, vitaminas A, B1, B2, B5 e C, cálcio, fósforo, ferro, potássio, magnésio, e alcaloides. Os benefícios que vêm em retorno são a melhora da função intestinal, do sistema cardiovascular, do sistema imunológico e a prevenção de doenças como o câncer. Isso sem falar na ajuda à dieta, já que, em 100 gramas, ela apresenta 20 calorias.
· 9. Maçã 
Para aproveitar os benefícios que a maçã apresenta, é importante consumi-la com casca. Além de ter fibras, a “embalagem” da fruta contém pectina, e, se consumida com frequência, ajuda a reduzir as taxas de colesterol e o depósito de gordura nas artérias e melhora a circulação do sangue. Outros nutrientes encontrados nela são fósforo, ferro, e vitaminas B1, B2 e niacina. Ao consumir uma unidade de 100 gramas, a ingestão média é de 50 calorias.
· 10. Beterraba 
Com 50 calorias em 100 gramas, a beterraba é outro exemplo de alimento com “calorias negativas”. Além de ajudar a emagrecer, é um dos legumes com mais propriedades antioxidantes, o que previne o organismo de doenças degenerativas e cardiovasculares. É ainda recheada de vitaminas A, K, B1, B2, B5, B6, B9, C e E, além de apresentar cálcio, potássio, ferro, cobre, manganês e magnésio na composição. Tais nutrientes ajudam, entre outras coisas, a prevenir a anemia, problemas ósseos e imunológicos. 
· 11. Mexerica 
Além de ser importante no emagrecimento, devido à grande quantidade de fibras, a mexerica é bastante útil na proteção da saúde dos olhos, da pele, músculos e sistema nervoso. Isso porque traz quantidades consideráveis de vitaminas A e C, magnésio, potássio, cálcio e fósforo. A casca também tem grandes propriedades, que podem ser usufruídas por meio de geleias e compotas. Os nutrientes presentes nela são vitaminas A, B1, B2, Niacina, Vitamina C, cálcio e fósforo. Em 100 gramas da fruta, há 50 calorias.
· 12. Alho 
Os benefícios do alho vão muito além do bom tempero. Sua composição, que traz vitaminas A, B2, B6, C, ferro, silício, iodo, selênio, alicina, entre outros, atua fortemente no melhor funcionamento cardiovascular e do sistema imunológico.
NECESSIDADES NUTRICIONAIS (VARIA COM A IDADE)
Uma nutrição adequada objetiva alcançar e manter uma composição corporal desejável para o trabalho físico e mental. Para alcançar um peso corporal desejávelé importante haver equilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia. As necessidades de energia dependem de idade, sexo, peso e atividade metabólica e física. Se a ingestão excede o gasto de energia, ganha-se peso. Se a ingestão é inferior ao gasto de energia, perde-se peso.
TIPOS DE GASTOS ENERGÉTICOS:
FORMAS DE CALCULAR A NECESSIDADE ENERGÉTICA:
As necessidades dietéticas diárias para nutrientes essenciais também dependem de idade, sexo, peso e atividade física e metabólica. A cada 5 anos, o Food and Nutritional Board da National Academy of Sciences/National Research Council e o United States Department of Agriculture (USDA) publicam as ingestões dietéticas de referência (DRIs) para proteínas, energia, algumas vitaminas e minerais ( Ingestões dietéticas de referência recomendadas* de alguns macronutrientes (Food and Nutrition Board, Institute of Medicine of the National Academies), Ingestão diária recomendada de vitaminas e Diretrizes para ingestão diária de oligoelementos). Para vitaminas e minerais sobre os quais pouco se conhece, a ingestão dietética diária segura e adequada é estimada.
Gestantes e bebês têm necessidades nutricionais especiais.
BEBÊS
Se não houve complicações no parto e o neonato estiver ativo e saudável, ele pode ser levado para a mãe alimentá-lo imediatamente. O sucesso da amamentação melhora se o neonato for levado ao peito tão cedo quanto possível, após o parto. Após a alimentação, é comum a eliminação de muco por causa do relaxamento da musculatura lisa gastresofágica, porém deve diminuir dentro de 48 h. Se, passadas as 48 h, persistir a eliminação de muco ou vômito, especialmente se bilioso, deve-se completar a avaliação dos tratos GI alto e respiratório, necessários para detectar anomalias congênitas do trato GI.
As necessidades calóricas e de líquidos variam com a idade e são proporcionalmente maiores em neonatos e lactentes do que em crianças maiores e adultos ( Necessidades calóricas nas diferentes idades*). As necessidades relativas para proteína e energia (g ou kcal/kg de peso corpóreo) declinam progressivamente da lactância à adolescência ( Ingestões dietéticas de referência recomendadas* de alguns macronutrientes (Food and Nutrition Board, Institute of Medicine of the National Academies)), mas aumentam as necessidades absolutas. Por exemplo, as necessidades proteicas diminuem de 1,2 g/kg/dia no 1º ano para 0,9 g/kg/dia aos 18 anos, e a média relativa de necessidade energética diminui de 100 kcal/kg no 1º ano para 40 kcal/kg no final da adolescência.
As recomendações nutricionais geralmente não são baseadas em evidências. Os requisitos vitamínicos dependem da fonte de nutrição (p. ex., leite materno versus leite em pó convencional), fatores dietéticos maternos e ingestão diária. 
GESTANTES
Dietas e suplementos
Para a nutrição do feto, a maioria das mulheres necessita de cerca de 250 kcal extras diárias, e a maior parte das calorias deve vir de proteínas. Se o ganho de peso materno for excessivo (> 1,4 kg/mês nos primeiros meses) ou inadequado (< 0,9 kg/mês), a dieta precisa ser modificada. Não se recomenda dieta para perda ponderal durante a gestação, mesmo para mulheres com obesidade mórbida.
A maioria das gestantes necessita de suplementação diária de 300 mg de sulfato ferroso VO ou 450 mg de gliconato ferroso, que pode ser mais bem tolerado. Mulheres com anemia devem receber os suplementos 2 vezes/dia.
Todas as mulheres devem tomar vitaminas orais que contenham 400 mcg (0,4 mg) de folato, 1 vez/dia no período pré-natal; isso reduz o risco de defeitos no tubo neural. Para mulheres que já tiveram um feto ou bebê com defeito no tubo neural, a dose diária recomendada é de 4.000 mcg (4 mg).
MAIORES DE 40 ANOS
O departamento de agricultura norte-americano (USDA, do inglês United States Department of Agriculture) publica o MyPlate, que ajuda as pessoas a adotar um estilo de alimentação saudável e a fazer escolhas alimentares saudáveis que atendem às suas necessidades individuais. As recomendações são individualizadas com base em idade, sexo e atividade física ( Ingestão alimentar geral recomendada a para maiores de 40 anos com atividade física moderada b). O site da web fornece uma ferramenta (SuperTracker) que ajuda as pessoas a planejar, analisar, monitorar e gerenciar sua alimentação e suas atividades físicas.
Em geral, a ingestão recomendada diminui com a idade, uma vez que a atividade física tende a diminuir, resultando em menos gasto de energia.
Enfatizam-se as diretrizes gerais a seguir:
· Aumentar o consumo de grãos integrais.
· Aumentar o consumo de frutas e verduras.
· Substituir produtos lácteos integrais por produtos lácteos desnatados ou semidesnatados.
· Reduzir o consumo de ácidos graxos saturados
· Reduzir ou eliminar o consumo de ácidos graxos trans
· Atividade física regular.
A ingestão adequada de líquidos também é importante.
As gorduras devem constituir ≤ 28% do total de calorias; as gorduras saturadas e trans devem constituir < 8%. Ingestão excessiva de gordura saturada contribui para aterosclerose. Substituir a gordura saturada por ácidos graxos poli-insaturados pode diminuir o risco de aterosclerose.
O uso rotineiro de suplementos não é necessário ou benéfico; alguns suplementos podem ser nocivos. Por exemplo, excesso de vitamina A pode provocar hipervitaminose A, cefaleia, osteoporose e rash.
- Conceituar macro e micronutrientes.
Macronutrientes
Os macronutrientes constituem a principal parte da dieta e fornecem energia e muitos nutrientes essenciais. Carboidratos, proteínas (incluindo aminoácidos essenciais), gorduras (incluindo ácidos graxos essenciais), macro minerais e água são macronutrientes. Carboidratos, gorduras e proteínas são fontes de energia: gorduras fornecem 9 kcal/g (37,8 kJ/g); proteínas e carboidratos fornecem 4 kcal/g (16,8 kJ/g).
Carboidratos 
Os carboidratos da dieta são quebrados em glicose e outros monossacarídeos. Os carboidratos aumentam os níveis de glicose sanguínea, fornecendo energia.
Carboidratos simples são compostos de pequenas moléculas, em geral monossacarídeos ou dissacarídeos, que são rapidamente absorvidas.
Carboidratos complexos são compostos de moléculas maiores, as quais são quebradas em monossacarídeos. Os carboidratos complexos aumentam o nível de glicose sanguínea mais lentamente, porém por mais tempo.
Glicose e sacarose são carboidratos simples; amidos e fibras são carboidratos complexos.
O índice glicêmico mede o quão rapidamente o consumo de algum carboidrato aumenta os níveis da glicemia. Os valores variam de 1 (aumento mais lento) a 100 (aumento mais rápido, equivalente à glicose pura — Índice glicêmico de alguns alimentos). Entretanto, a taxa real de aumento depende de quais alimentos são consumidos com o carboidrato.
Carboidratos com alto índice glicêmico podem elevar os níveis de glicose sanguínea rapidamente. Formula-se a hipótese de que, como resultado, os níveis de insulina aumentam, induzindo hipoglicemia e fome, o que tende a levar a consumo de calorias em excesso e ganho de peso. Carboidratos com baixo índice glicêmico incrementam o nível de glicose sanguínea lentamente, resultando em níveis de insulina pós-prandial mais baixos, fazendo com que o consumo de calorias em excesso seja menor. Esses efeitos resultam em perfil lipídico mais favorável e diminuição do risco de obesidade, diabetes melito e complicações.
Proteínas 
As proteínas da dieta são quebradas em peptídeos e aminoácidos. Elas são necessárias para manutenção, reparação, funcionamento e crescimento dos tecidos. Entretanto, se o organismo não for suprido com calorias por meio de dieta ou dos estoques teciduais (particularmente gorduras), elas podem ser usadas como fonte de energia.
À medida que o organismo utiliza as proteínas da dieta para produzir tecidos, há um ganho líquido de proteínas (balanço nitrogenado positivo). Durante estados catabólicos (como jejum, infecções, queimaduras), mais proteínas podem ser utilizadas (porque os tecidos corporais são quebrados) do que se absorve, resultando em perda deproteína (balanço nitrogenado negativo). O balanço nitrogenado é mais bem determinado subtraindo-se a quantidade de nitrogênio excretado na urina e nas fezes da quantidade de nitrogênio consumido.
Dos 20 aminoácidos, 9 são essenciais (AAE), os quais não podem ser sintetizados e devem ser obtidos da dieta. Todas as pessoas necessitam de 8 AAE; crianças também precisam de histidina.
O ajuste da necessidade de proteína em relação ao peso correlaciona-se com a taxa de crescimento, que diminui da infância até a fase adulta. A necessidade de proteína diminui de 2,2 g/kg para crianças de 3 meses de idade para 1,2 g/kg para crianças de 5 anos e 0,8 g/kg em adultos. As necessidades de proteínas correspondem às de AAE ( Necessidades de aminoácidos essenciais de acordo com o peso corporal (mg/kg)). Adultos que tentam aumentar a massa muscular precisam de pouca proteína além daquela especificada pela tabela.
A composição aminocídica das proteínas varia bastante. O valor biológico (VB) reflete a semelhança entre a composição de aminoácidos da proteína à de tecidos animais; assim, o VB indica qual percentual de proteína alimentar fornece AAEs para o corpo:
· Um exemplo perfeito é a proteína do ovo, cujo valor é 100.
· Proteínas animais no leite e na carne têm alto VB (~ 90).
· Proteínas em cereais e vegetais têm VB mais baixo (~ 40)
· Alguns derivados de proteínas (p. ex., gelatina) têm VB igual a 0.
A extensão em que o fornecimento de proteínas da dieta supre cada aminoácido deficiente (complementaridade) determina o VB da dieta. As ingestões diárias recomendadas (RDA) de proteínas assumem uma média de dieta mista com VB de 70.
Gorduras 
As gorduras são quebradas em ácidos graxos e glicerol. São necessárias para crescimento dos tecidos e produção de hormônios. Os ácidos graxos saturados, comuns em gorduras animais, tendem a ser sólidos em temperatura ambiente. Com exceção dos óleos de coco e de palma, as gorduras derivadas de plantas tendem a ser líquidas em temperatura ambiente; essas gorduras contêm altos níveis de ácidos graxos monoinsaturados ou poli-insaturados (PUFA).
A hidrogenação parcial dos ácidos graxos insaturados (como ocorre na industrialização de alimentos) produz ácidos graxos trans, os quais são sólidos ou semissólidos em temperatura ambiente. Nos EUA, a principal fonte de ácidos graxos trans da dieta são óleos vegetais parcialmente hidrolisados, utilizados na fabricação de alguns alimentos (p. ex., biscoitos, salgadinhos) para aumentar seu prazo de validade. Ácidos graxos trans podem elevar o colesterol LDL e baixar o HDL; podem, também, aumentar a incidência de doença coronariana.
Ácidos graxos essenciais (AGEs) são
· Ácido linoleico, um ácido graxo ômega-6 (n-6)
· Ácido linoleico, um ácido graxo ômega-3 (n-3)
Outros ácidos graxos ômega-6 (p. ex., ácido araquidônico) e ômega-3 (p. ex., ácido eicosapentaenoico e ácido docosaexaenoico) são necessários ao organismo, mas não podem ser sintetizados a partir dos AGE.
Os AGE ( Deficiência de ácidos graxos essenciais) são necessários para a formação de vários eicosanoides (lipídios biologicamente ativos), incluindo prostaglandinas, tromboxanos, prostaciclinas e leucotrienos (ver p. 19). O consumo de ácidos graxos ômega-3 pode diminuir o risco de doença coronariana.
As necessidades de AGE variam com a idade. Adultos necessitam de ácido linolênico em quantidade de pelo menos 2% do total calórico e de ácido linolênico em quantidade de pelo menos 0,5% do total calórico. Óleos vegetais são fontes de ácidos linoleico e linolênico. Óleos produzidos de açafroa, girassol, milho, soja, prímula, abóbora e germe de trigo fornecem grandes quantidades de ácido linoleico. Óleos de peixes marinhos e de linhaça, abóbora, soja e canola oferecem grande quantidade de ácido linolênico. Óleos de peixes marinhos também fornecem outros ácidos graxos ômega-3 em grandes quantidades.
Macrominerais
Sódio, cloro, potássio, cálcio, fósforo e magnésio são necessários em quantidades diárias relativamente grandes ( Macrominerais, Ingestões dietéticas de referência recomendadas* de alguns macronutrientes (Food and Nutrition Board, Institute of Medicine of the National Academies) e Diretrizes para ingestão diária de oligoelementos).
Água 
É considerada um macronutriente porque é necessária na quantidade de 1 mL/kcal (0,24 mL/kJ) de energia gasta ou aproximadamente 2.500 mL/dia. As necessidades variam em função de febre, atividade física, mudanças de temperatura e umidade.
Micronutrientes
As vitaminas e os minerais necessários em quantidades diminutas (oligoelementos) são denominados micronutrientes.
Vitaminas solúveis em água são a vitamina C (ácido ascórbico) e 8 vitaminas do complexo B: biotina, folato, niacina, ácido pantotênico, riboflavina (vitamina B2), tiamina (vitamina B1), vitamina B6 (piridoxina) e vitamina B12 (cobalamina).
As vitaminas lipossolúveis são as vitaminas A (retinol), D (colecalciferol e ergocalciferol), E (alfa-tocoferol) e K (filoquinona e menaquinona).
Somente as vitaminas A, E e B12 são estocadas em quantidades significativas no organismo; as outras vitaminas devem ser consumidas regularmente para manter a saúde dos tecidos.
Os oligoelementos essenciais são cobre, iodo, ferro, manganês, molibdênio, selênio e zinco. Com exceção do cromo, cada um desses é incorporado a enzimas ou hormônios necessários ao metabolismo. Com exceção das deficiências de zinco e ferro, as deficiências de microminerais são incomuns em países industrializados.
Outros minerais (p. ex., alumínio, arsênio, boro, cobalto, flúor, níquel, sílica, vanádio) não são essenciais para as pessoas. O flúor, embora não essencial, ajuda a prevenir cárie dentária formando um composto com cálcio (fluoreto de cálcio [CaF2]), que estabiliza a matriz mineral nos dentes.
Todos os oligoelementos minerais são tóxicos em altos níveis e alguns (arsênio, níquel e cromo) podem causar câncer.
Outras substâncias dietéticas 
A dieta humana diária normalmente contém 100.000 substâncias químicas (o café, p. ex., contém 1.000). Dessas, somente 300 são nutrientes, dos quais apenas alguns são essenciais. Entretanto, muitos não nutrientes em alimentos são úteis. Por exemplo, aditivos alimentares (como conservantes, emulsificantes, antioxidantes, estabilizantes) melhoram a produção e a estabilidade dos alimentos. Oligoelementos (p. ex., especiarias, aromas, odores, cores, fito químicos e muitos outros produtos naturais) melhoram a aparência e o sabor.
Fibras
As fibras podem ter várias formas (p. ex., celulose, hemicelulose, pectina, gomas). Elas potencializam a motilidade gastrointestinal, previnem a obstipação e auxiliam a controlar doença diverticular. Acredita-se que as fibras acelerem a eliminação de substâncias carcinógenas produzidas por bactérias no intestino grosso. Evidências epidemiológicas sugerem uma associação entre o câncer de cólon e a baixa ingestão de fibras e um efeito benéfico das fibras para os pacientes com distúrbios intestinais funcionais, doença de Crohn, obesidade ou hemorroidas. Fibras solúveis (presentes em frutas, verduras, aveia, cevada e leguminosas) reduzem o aumento pós-prandial de glicose sanguínea e insulina e podem diminuir os níveis de colesterol.
A típica dieta ocidental é pobre em fibras (aproximadamente 12 g/dia) em razão da alta ingestão de farinha de trigo refinada e da baixa ingestão de frutas e verduras. Aumentar a ingestão de fibras para 30 g/dia por meio do consumo de frutas, verduras e cereais enriquecidos geralmente é recomendável. Entretanto, o consumo muito alto de fibras pode reduzir a absorção de certos minerais.
- Definir e classificar carboidratos.
A classificação dos carboidratos é feita de acordo com o tamanho que estes assumem. São então classificados como:
- Monossacarídeos
- Dissacarídeos
- Oligossacarídeos ou polissacarídeos
Acompanhe a seguir as explicações sobre cada um deles.
Monossacarídeos
Os monossacarídeos (açúcar simples) são as unidades básicas dos carboidratos.
São raramente encontrados livres na natureza, mas estão em formas de dissacarídeose polissacarídeos.
São os açúcares mais simples, não podem ser hidrolisados para uma forma mais simples. A maioria apresenta sabor doce. Constituem fonte prioritária de energia para os seres vivos. 
São facilmente absorvidos a nível intestinal. Caem rapidamente na corrente sanguínea, elevando o hormônio insulina. De acordo com o seu número de átomos de carbono, são designados em:
TRIOSES ------- 3 carbonos
TETROSES ------- 4 carbonos
PENTOSES ------- 5 carbonos
HEXOSES ------- 6 carbonos
HEPTOSES ------- 7 carbonos
Glicose
É a forma de açúcar comumente encontrada na corrente sanguínea. É o principal produto formado a partir da hidrólise dos carboidratos mais complexos no processo de digestão. 
A glicose é oxidada nas células para fornecer a energia que é armazenada no fígado e músculos na forma de glicogênio. O sistema nervoso central utiliza apenas glicose como fonte de combustível. A glicose é abundante nas frutas, xarope de milho, mel e em certas raízes. Nas frutas e vegetais o teor da glicose e frutose vai depender da do estado de maturação e preservação.
Frutose
É o açúcar das frutas, mais doce de todos os monossacarídeos. Sua doçura varia conforme a fruta amadurece, ela se torna mais doce porque a sacarose se transforma em glicose e frutose. É encontrado nas frutas e mel.
Galactose
É o açúcar do leite. Não é encontrado livre na natureza. Combina-se com a glicose para formar lactose. É obtida através da hidrólise (quebra) da lactose durante o processo de digestão. 
Está presente no leite e em outros produtos lácteos. 
Dissacarídeos
São açúcares simples compostos de dois monossacarídeos ligados. Uma reação de condensação ocorre quando dois monossacarídeos se combinam e então uma molécula de água é liberada. 
Para que sejam absorvidos é necessário que sejam hidrolisados e transformados em monossacarídeos. Os principais são:
1) Sacarose = glicose + frutose
2) Lactose = glicose + galactose
3) Maltose = glicose + glicose
Sacarose
É o açúcar comum de mesa. Provém dos vegetais e é encontrado no açúcar de cana, no açúcar da beterraba, no açúcar da uva e no mel. 
O açúcar invertido é um xarope feito a partir da sacarose, quando submetida ao aquecimento na presença de uma substância ácida (suco de limão ou ácido acético - presente em diversas frutas e no vinagre). A inversão do açúcar provoca a quebra da sacarose em glicose e frutose. Está técnica é utilizada pela indústria alimentícia para a fabricação de balas, doces e sorvetes, para evitar que a açúcar comum cristalize e dê ao produto final uma desagradável consistência arenosa.
Lactose
É o açúcar do leite. Produzido exclusivamente nas glândulas mamárias dos lactentes. É formada pelos mamíferos através da glicose para suprir o componente carboidrato do leite durante a lactação. É o menos doce dos dissacarídeos. O leite humano contém de 6-8% e, o de vaca, de 4-6%. 
Maltose
É o açúcar do malte. Não é encontrado livre na natureza. É obtido através os processos de digestão por enzimas que quebram as moléculas grandes de amido em fragmentos de dissacarídeos, os quais são convertidos em duas moléculas de glicose para facilitar a absorção. 
É obtida pela indústria através da fermentação de cereais em germinação, tais como a cevada, produzindo etanol (álcool) e dióxido de carbono.
Os oligossacarídeos
São carboidratos formados pela união de 2 até 10 unidades de monossacarídeos. Os mais abundantes, na natureza, são os dissacarídeos, formados pela união de dois monossacarídeos.
Os dissacarídeos mais comuns são a sacarose, a maltose e a lactose. A sacarose (açúcar da cana ou da beterraba) é constituída por uma molécula de glicose ligada a uma frutose. A maltose dos cereais é um dissacarídeo formado por duas moléculas de glicose. A lactose é encontrada no leite e resulta da união de uma glicose com uma galactose.
A tabela a seguir resume as informações sobre os dissacarídeos citados:
A sacarose é o açúcar comum em nossas casas e está presente em nossa alimentação nos doces, sucos, refrigerantes, bolos, pães, entre outros produtos industrializados ou caseiros.
O aproveitamento da sacarose pela célula de qualquer organismo só é possível após sua digestão por ação enzimática. O esquema a seguir mostra os mecanismos de transformações da sacarose.
Polissacarídeos
São uniões de várias unidades de glicose, diferindo apenas no tipo de ligação. 
Os polissacarídeos são menos solúveis e mais estáveis que os açúcares mais simples. 
São conhecidos como carboidratos complexos.
Amido
É a reserva energética dos vegetais. Encontrados em grãos, raízes, vegetais e legumes. É a principal fonte de carboidrato da dieta, sendo recomendado de 50 a 55% do total de quilocalorias seja proveniente dos carboidratos complexos. Os amidos de diferentes fontes alimentares tais como o milho, arroz, batata, tapioca, mandioca, trigo, são polímeros de glicose com a mesma composição química e suas características são determinadas pelos números de unidades de glicose.
Glicogênio
É a forma de armazenamento dos carboidratos nos seres humanos e nos animais no fígado e no tecido muscular. Apesar da presença no tecido animal, a carne e outros produtos animais não contêm quantidade apreciável de glicogênio. Devido a Epinefrina e outros hormônios de estresse liberado na matança dos animais, os estoques de glicogênio são esgotados. O glicogênio é importante no metabolismo, pois ajuda a manter níveis de açúcar normais durante períodos de jejum, como durante o sono e é combustível imediato para contrações musculares.
Celulose
É o polissacarídeo constituinte da estrutura celular dos vegetais. A celulose não sofre ação das enzimas digestivas de humanos, com isso não é digerida e torna-se uma fonte importante de fibras da dieta. A celulose encontra-se apenas em vegetais: frutas, hortaliças, legumes, grãos, nozes e sementes.
Descrever a anatomia e histologia do sistema digestório e glândulas anexas.
O SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
BOCA
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.
Características dos dentes
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens.  Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo.
Tipos de dentes  
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Emseguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que têm uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos.
 
Imagem: http://www.webciencia.com/11_06dente.htm
A língua
	
	A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
As glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual:
	
 
	· Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha.
· Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz.
· Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca.
Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. Através dos peristaltismos, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do estômago.
FARINGE E ESÔFAGO
	
	A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.
O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo. 
ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO
	
	O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos proteicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.
 
Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade.
Segmento inferior: é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é a cárdia.
As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovoide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido cloródrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. 
	
	A pepsina, ao catalizar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres.
 A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular a caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas.
 
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12.
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas).
	
	O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos. 
A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre os ácidos nucléicos, separando seus nucleotídeos. 
O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contatocom a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão sequência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos.
	Suco digestivo
	Enzima
	pH ótimo
	Substrato
	Produtos
	Saliva
	Ptialina
	neutro
	polissacarídeos
	maltose
	Suco gástrico 
	Pepsina
	ácido
	proteínas
	oligopeptídeos
	Suco pancreático 
	Quimiotripsina
Tripsina
Amilopepsina
Rnase
Dnase
Lipase
	alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
	proteínas
proteínas
polissacarídeos
RNA
DNA
lipídeos
	peptídeos
peptídeos
maltose
ribonucleotídeos
desoxirribonucleotídeos
glicerol e ácidos graxos
	Suco intestinal ou entérico
	Carboxipeptidase
Aminopeptidase
Dipeptidase
Maltase
Sacarase
Lactase
	alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
	oligopeptídeos
oligopeptídeos
dipeptídeos
maltose
sacarose
lactose
	aminoácidos
aminoácidos
aminoácidos
glicose
glicose e frutose
glicose e galactose
No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo.
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades; um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas.
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sanguíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.
INTESTINO GROSSO
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. 
  
Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal. 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. 
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados. 
GLÂNDULAS ANEXAS
PANCREAS
	
	O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino. 
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já trabalhados no sistema endócrino.
FÍGADO
	
	É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.
 
Funções do fígado
· Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;
· Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; 
· Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
· Metabolizar lipídeos;
· Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
· Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
· Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
- Descrever o processo de digestão e absorção de carboidratos (sob os aspectos fisiológicos, bioquímicos e hormonais). E salientar sobre os sistemas de transporte (GLUT) e cotransporte (SGLT) no processo de absorção dos carboidratos a nível intestinal.
 
- Descrever o processo de obtenção de energia pela degradação de carboidratos (glicólise, ciclo de Krebs, cadeia respiratória e fosforilação oxidativa).
Geral:
Respiração celular
Na respiração celular ocorre o processo de degradação da molécula de glicose para que seja possível a liberação da energia armazenada. Acontece na maioria dos seres vivos e pode ser realizado na forma aeróbica ou anaeróbica.
Na respiração aeróbicahá a presença de gás oxigênio do ambiente. Ela acontece em três fases: Glicólise, Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa.
A primeira fase é a Glicólise, quando ocorre um processo bioquímico em que a molécula de glicose (C6H12O6) é dividida em duas menores de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3) e assim libera energia. 
Na sequência acontece o Ciclo de Krebs por meio de oito reações que tem a função de promover a degradação dos produtos finais do metabolismo dos lipídios, carboidratos e aminoácidos, que são convertidos em acetil-CoA, com a liberação de CO2, H2O e síntese de ATP.
Encerrando o processo, ocorre a Fosforilação Oxidativa ou Cadeia Respiratória, fase em que acontece a maior parte da produção de energia. Parte da energia produzida na quebra de compostos nas fases anteriores é armazenada em moléculas intermediárias, como NAD+ e o FAD. Estas liberam elétrons energizados e os íons H+ que passarão por diversas proteínas, constituindo assim a cadeia respiratória.
Dessa forma, o balanço energético da cadeira respiratória pode ser demonstrado da seguinte maneira:
Glicólise: 4 ATP + 2 NADH – 2 ATP = 2 ATP + 2 NADH
Ciclo de Krebs: Como são duas moléculas de piruvato, a equação deve ser multiplicada por 2: 2 x (4 NADH + 1 FADH2 + 1 ATP) = 8 NADH + 2 FADH2 + 2 ATP
Fosforilação Oxidativa:
2 NADH da glicólise = 6 ATP
8 NADH do ciclo de Krebs = 24 ATP
2 FADH2 do ciclo de Krebs = 4 ATP.
No total são produzidos 38 ATP’s durante a respiração aeróbica.
Ao contrário da aeróbica, a respiração anaeróbica acontece sem a presença de oxigênio, como na fermentação, quando ocorre a degradação das substâncias simples. Ela pode acontecer de duas formas, a depender do produto formado pela degradação da glicose.
GLICÓLISE
ETAPA 3 – IRREVERSIVEL
(FOSFOFRUTOCINASE)
ETAPA 1 – IRREVERSIVEL
(HEXOCINASE)
ETAPA 10 – IRREVERSIVEL
(PIRUVATO CINASE)
CICLO DE KREBS
CADEIA RESPIRATÓRIA/FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
	
Diferenciar o processo de obtenção de energia através da glicólise anaeróbia e aeróbia.
Glicólise Anaeróbia
Um dos sistemas anaeróbios no qual o ATP é ressintetizado dentro do músculo envolve uma desintegração incompleta de uma das substâncias alimentares: carboidrato para ácido lático. No corpo, todos os carboidratos são transformados no açúcar simples, glicose, que pode ser utilizado imediatamente nessa forma ou armazenado no fígado e nos músculos como glicogênio para utilização posterior. A glicose é metabolizada apenas parcialmente pelo processo da Glicólise anaeróbica que ocorre no citosol (liquido intracelular) da célula muscular, sem qualquer necessidade de oxigênio. Carboidratos, açúcar, glicose e glicogênio possuem significados equivalentes com relação ao metabolismo. O ácido lático resulta da glicólise anaeróbica. Do ponto de vista químico, a glicólise anaeróbia é mais complicada que o sistema de fosfagênio, pois requer 12 reações químicas separadas para sua concretização.
O glicogênio é desintegrado quimicamente por meio de uma série de reações em acido lático. Durante essa desintegração, ocorre liberação de energia, por meio de reações acopladas, é utilizada para a ressíntese do ATP.
À medida que aumenta a intensidade do esforço, aumenta a liberação de insulina que se liga ao seu receptor na membrana das células fazendo com que aumente a translocação do GLUT4 (glucose transporter). Através do GLUT4, a glicose é transportada para o interior da célula iniciando uma série de reações que dependem, principalmente, da atividade da enzima fosfofrutoquinase (PFK). O produto destas reações é o ácido pirúvico, que é absorvido pelas mitocôndrias. Quando a capacidade mitocondrial de absorção é saturada o excedente é transformado em ácido lático. O ácido lático é um co-produto da glicólise anaeróbia, e quando se acumula em altos níveis nos músculos e no sangue, produz fadiga muscular. O sistema ácido lático proporciona uma fonte rápida de energia, a glicose. Ele é a primeira fonte para sustentar exercícios de alta intensidade.
A Glicose, ao ser levada para dentro da célula, uma enzima (ecsokinase) age sobre e forma glicose-6-fosfato, há fosforilação consumindo 2 ATP e forma insulina-6-fosfato, a enzima fosfofrutokinase age sobre e forma fruto-1,6-difosfato, e novamente fosforila e forma dois difosforo glicerato em que NADH’s se acoplam em cada um e formam 2ATP cada até resultar em 2 piruvatos e 4 ATP’s. E o piruvato tem dois caminhos: ou é transportado por MCT para a mitocôndria e participar do Ciclo de Krebs, ou se acumula no citoplasma porque no momento tiveram poucos MCT’s ativos para captá-lo e levá-lo a mitocôndria para produzir ATP e permitir que a enzima LDH o converta para lactato, que o coração consome bastante.
Ou seja, mais intenso exercício, mais MCT (Mono Carbono Transporter), mais fluxo de glicose, formação de piruvato para o ciclo de krebs, mais explosão no exercício. Menos intenso o exercício, menos produção de piruvato que irá a mitocôndria. O lactato em excesso nos músculos causa forte acidez que desconforta e causa dor após o exercício.
Glicólise Aeróbia
A primeira série de reações que participam da desintegração aeróbia do glicogênio para CO2 e H2O é a glicólise. Existe apenas uma diferença entre glicólise anaeróbica e glicólise aeróbia. Esta ocorre quando existe um fornecimento suficiente de oxigênio: o acido lático não se acumula. A presença do O2 inibe o acumulo de acido lático, porem, não inibe a ressíntese se ATP. Isto é conseguido desviando a maior parte do precursor do acido lático, no caso o acido pirúvico, para o sistema aeróbio, após a ressíntese de ATP. Durante o processo da glicólise aeróbia, 1mol de glicogênio é transformado em 2 moles de ácido pirúvico, liberando energia suficiente para a ressíntese de 3 moles de ATP.
O sistema aeróbio utiliza carboidratos, gorduras e proteínas como fonte de energia e produz somente o CO2 e água como produto final. Esse sistema tem capacidade ilimitada de produzir ATP, sua complexidade e necessidade por constante suprimento de O2 é o que limita a produção de ATP. A medida que cresce a intensidade do esforço, aumenta a liberação de insulina que se liga ao seu receptor na membrana das células fazendo com que aumente a translocação do GLUT4 (transportador de glucose). Através do GLUT4, a glicose é transportada para o interior da célula iniciando uma série de reações que dependem, principalmente da atividade da enzima fosfofrutoquinase (PFK). A molécula de glicose sofre inúmeras reações até se transformar em ácido pirúvico, gerando 2 ATPs e 2 NADH. O ácido pirúvico é transportado para o interior da mitocôndria sendo transformado em acetil co-enzima A (AcCoA) e formando um NADH. O AcCoA reage com ácido oxalacético formando ácido cítrico, que através da enzima citrato sintase dá início ao Ciclo de Krebs. No Ciclo de Krebs são formados 1 ATP, 3 NADH e 1 FADH2. Para cada molécula de glicose são formados dois ácidos pirúvicos, logo tudo que foi formado a partir da entrada do ácido pirúvico na mitocôndria deve ser contado em dobro.
Quando o piruvato, em vez de ser afetado pela enzima LDH e tornar-se lactato, é captado por MCT(mono carbono transporter) e transferido para a mitocôndria, onde combina-se com a coenzima e torna-se Acetil Coenzima A. Essa molécula, estando no Ciclo de Krebs, tem sua porção acetil ligando-se a oxalato e forma citrato. Ao longo desse fracionamento, NADH e FADH2, se acoplam nas estruturas citocrômicas (onde ATP e hidrogênio é liberado também) e depois de captados por eletron shutton para a mitocôndria, intervêm em substratos da glicose como cis-aconitato, isocitrato, oxalossuccinato, alfacetoglucanato, succinato, fumanato, malato e oxalacetato.
Os resultados são a liberação de ATP em certas etapas do ciclo e de hidrogênios que, para não se acumularem no sistema devido a acidez, são transferidos para as cadeias respiratórias, onde reagirão com oxigênio, se oxidarão e se formarão moléculas de água.
Considerando as duas moléculas de piruvato entrando no Ciclo deKrebs realiza-se a seguinte soma para constar quantas moléculas de ATP forma produzidas:
Glicólise= 2 ATP
NADH’s por piruvato (4) x Piruvatos (2) x ATP liberados (3) = 24 ATP
FADH’s por piruvato (1) x Piruvatos (2) x ATP liberados (2) = 4 ATP
Lançamentos de NADH’s do citoplasma para a mitocôndria por eletron shutton = 6 ATP
Substrato = 2 ATP
Então, 2 ATP + 24 ATP + 4 ATP + 6 ATP + 2 ATP = 38 ATP produzidos na Mitocôndria a cada duas moléculas de glicose que passa por todos os estágios de fracionamento.
Descrever o processo de glicogenólise hepática e muscular.
Processo de degradação do glicogênio realizado pelo fígado e músculo.
O processo tanto no fígado quanto no músculo é igual até atingir a molécula “glicose-6-fosfato”. Como o fígado realiza o controle da glicemia do sangue, quando o mesmo faz o processo de glicogenólise é para liberar glicose no sangue, logo a molécula de “glicose-6-fosfato” é convertida em glicose por meio da enzima “glicose-6-fosfatase” e por meio do GLUT2 vai para a corrente sanguínea. O músculo realiza o processo de glicogenólise quando precisa produzir ATP e não há glicose para isso. Logo, o glicogênio é quebrado até “glicose-6-fosfato” e direcionado à glicólise.
GLICOGENÓLISE
Descrever o processo de síntese e armazenamento de carboidratos.
GLICOGÊNESE
GLICONEOGÊNESE
FERMENTAÇÃO
	
As hemácias obtêm sua energia através da via anaeróbica, por fermentação láctica (90%) e via das pentoses (10%). Por não possuírem mitocôndrias, as hemácias realizam fermentação lática. A fermentação láctica, assim como a repiração celular (que usa oxigênio) é uma forma de a célula obter energia através da metabolização da glicose.é na mitocondria q ocorre uma fase essencial da resp. celular, quando há uma grande produção de energia. Essa fase só ocorre na presença de oxigênio. Como a hemacia nao tem mitocôndria, ela só consegue metabolizar a glicose até a fase anterior (glicólise) à fase mitocondrial. A glicólise produz piruvato, através do qual é produzido o ácido láctico, caracterizando a fermentação láctica. A fermentação láctica produz bem menos energia q a respiraçao celular e, além das hemácias, é realizada tb por organismos anaeróbicos.
Definir carência nutricional e quais são as influências no crescimento e desenvolvimento.
Na gravidez
A alimentação materna tem relação direta com a saúde do feto. "A demanda por nutrientes aumenta na gravidez para proporcionar condições favoráveis de desenvolvimento e crescimento fetal", explica a nutricionista Isabel Jereissati, especialista em nutrição materno-infantil. O feto será formado de células, que por sua vez serão produzidas a partir de nutrientes ofertados pela dieta materna - e sem nutriente não se forma um indivíduo! "A maioria das mulheres apresenta baixo consumo de cálcio, ferro e ácido fólico durante a gravidez, nutrientes essenciais que devem ser ingeridos em grandes quantidades durante todo o período gestacional", afirma Isabel.
O consumo adequado de alimentos ricos em cálcio ajuda a controlar a pressão arterial, que tende a baixar durante a gestação, além de manter o desenvolvimento ósseo fetal. Já o ácido fólico é imprescindível para a formação adequada do tubo neural. "Enquanto a deficiência de ferro aumenta o risco de mortalidade materna, parto prematuro e baixo peso ao nascer", diz a nutricionista. Em alguns casos, principalmente quando a dieta da mãe é restritiva, será necessário acompanhamento médico e suplementação. No entanto, cuidado com os excessos: algumas pesquisas demonstram que altas doses de vitaminas e minerais também estão relacionadas a alterações durante a vida intrauterina e após o nascimento.
Recém-nascido
Assim que nasce o corpo do bebê continua em pleno desenvolvimento! O recém-nascido está em formação acelerada de tecido muscular, adiposo, esquelético e muitos outros sistemas, justamente porque o seu organismo não se desenvolve completamente no útero da mãe - por isso ele necessita de vários nutrientes para formar células de qualidade. "A amamentação é o alimento completo para o recém-nascido até os seis meses de vida, pois contêm quantidades adequadas de energia, carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais para o crescimento e desenvolvimento adequado do bebê, além de anticorpos que fortalecem o sistema imunológico dos recém-nascidos", declara a nutricionista Isabel Jereissati. O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês favorece a prevenção de anemia, alergias, obesidade, desnutrição e deficiências nutricionais. E nesse contexto, a alimentação da mãe interfere diretamente nas características do leite, alterando por consequência a dieta do bebê. "Por exemplo, a quantidade de gordura no leite materno é raramente alterada entre mães, mas o tipo de gordura presente no leite é modificado de acordo com a dieta materna?, conta a nutricionista materno-infantil. Isso significa que mães que consomem muita gordura trans ofertarão ao bebê um leite igualmente rico nesta gordura maléfica à saúde. "As mães devem se preocupar nos primeiros meses de vida do bebê em se alimentarem com uma dieta variada e natural, excluindo alimentos industrializados, drogas e álcool, para garantir um desenvolvimento adequado de seus filhos."
Dietas restritivas da mães, que eliminam da dieta algum grupo alimentar, como proteína animal, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes), verduras ou carboidratos, podem ocasionar deficiências de nutrientes essenciais nesse momento de amamentação. "Nesse contexto, a prática de dietas hipocalóricas para recuperar rapidamente ao peso pré-gestacional são extremamente contra indicadas, pois podem causar interrupção da amamentação", explica a nutricionista Isabel. Além disso, mães vegetarianas ou que possuem outro tipo de restrição alimentar por conta de alergias ou outras doenças devem reforçar a avaliação nutricional, para identificar possíveis carências nutricionais. O uso de suplemento deve ser prescrito individualmente respeitando as necessidades de cada mãe. "Mães vegetarianas restritas, por exemplo, no geral apresentam baixas reservas pré-gestacionais de alguns nutrientes e com o aumento da demanda pelo feto, necessitam de suplementação não apenas durante toda a gestação, mas também na amamentação."
Infância
Anemia, deficiência de vitamina A e desnutrição calórica e proteica são as principais carências na infância do brasileiro, e estão relacionadas com deficiências em cálcio, ferro, zinco, vitamina A, carboidratos e proteínas. "O ferro é um elemento vital para o metabolismo humano, a sua deficiência na infância compromete a coordenação motora e de linguagem, além de ocasionar falta de atenção, fadiga e anemia", explica a nutricionista Isabel. Já a deficiência de vitamina A, geralmente em decorrência da baixa ingestão de gorduras, compromete o sistema de defesa do corpo e a capacidade visual. A desnutrição calórica e proteica, mais comum em populações de baixa renda, afeta todos os sistemas orgânicos da criança, causando consequências de longo prazo até a vida adulta. "A deficiência de cálcio pode causar problemas no crescimento e desenvolvimento ósseo e dentário, a de zinco está associada à anorexia, retardo de crescimento, diarreia, atraso na maturação sexual e prejuízo no sistema imunológico", explica a nutricionista infantil Rafaella Yumi Montesinos, do Colégio Santa Amália, de São Paulo.
Para as crianças é fundamental que haja o estímulo e acesso aos diversos grupos de alimentos (cereais, proteínas, hortaliças e frutas), desde o início da alimentação complementar, ou seja, a partir dos seis meses de vida. "O contato com preparações diversificadas, texturas, sabores e cheiros diferentes estimulam uma melhor formação destes hábitos alimentares saudáveis", afirma Rafaella. Por isso, é importante que a boa alimentação aconteça desde os primeiros anos de vida e que continue sendo estimulada no decorrer dela.
Adolescentes
Nessa fase da vida estamos em intenso e rápido crescimento e desenvolvimento físico, psíquico e social - e isso requer aumentoda ingestão de todos os nutrientes. Como a supervisão dos pais fica mais escassa na adolescência, as refeições se tornam menos balanceadas, ricas em calorias, açúcar e gorduras, com substituição de refeições por lanches industrializados. De acordo com a nutricionista Isabel, fatores psicossociais como falta de vínculo e disfunções familiares, prática de jejum, gravidez, depressão, distúrbios da imagem corporal, abuso de álcool e outras drogas e até mesmo uso de suplementos dietéticos para o ganho de massa muscular, além de estilo de vida sedentário ou a prática excessiva de esportes, podem influenciar de maneira negativa o estado nutricional dos adolescentes. "A anemia por deficiência de ferro é a principal carência nutricional encontrada na adolescência, tanto em meninos, devido aumento da massa muscular e atividade física, que demandam maior circulação sanguínea, quanto em meninas, devido o início do período menstrual", explica a nutricionista Isabel. A deficiência de ferro causa retardo de crescimento e atraso da puberdade, além de baixa concentração, cansaço e desanimo.
Na adolescência também se completa o crescimento máximo da massa óssea, e três importantes nutrientes - cálcio, vitamina D e vitamina C - estão frequentemente em baixas concentrações, prejudicando a formação de massa óssea e aumentando o risco de osteopenia. "Importante enfatizar que, ao adquirir hábitos alimentares adequados e rotina de exercícios físicos durante a infância e adolescência, o estilo de vida saudável perpetuará para o resto da vida adulta, prevenindo doenças da vida moderna", explica a nutricionista Rafaella.
Definir e caracterizar os estados de desnutrição.
O que é desnutrição?
Desnutrição é a falta de nutrientes no corpo. Esses nutrientes podem ser específicos, como ferro ou zinco, ou inespecíficos, como a falta de calorias. Esta doença é responsável por ⅓ das mortes infantis de cada ano.
Entre as mais comuns faltas de nutrientes estão a glicose, proteínas, ferro, iodo e deficiência de vitamina A. Algumas dessas são comuns durante a gravidez.
A desnutrição pode causar diversos problemas de crescimento, neurológicos, psicológicos e, até mesmo, levar à morte. É especialmente comum em países sub-desenvolvidos, mas qualquer um em qualquer lugar pode ficar desnutrido. Mesmo pessoas que parecem gordinhas podem sofrer com a falta de nutrientes em seu corpo.
Tipos
A desnutrição pode ser dividida em leve, moderada ou grave e possui três tipos diferentes, com a divisão sendo baseada no tipo de nutriente que falta no corpo. São eles:
Marasmo
Também conhecida como desnutrição seca, este tipo de desnutrição é caracterizada pela falta de fontes de energia. Sem glicose, o corpo não funciona corretamente.
Se existe falta de carboidratos e lipídios — que são usados para a produção de glicose — na dieta e não há reserva de gordura, o corpo entra na desnutrição seca, sentindo graves faltas de energia, mesmo que outros tipos de alimentos sejam ingeridos.
Quando o marasmo alcança seus extremos, diz-se que o paciente está em inanição.
Kwashiorkor
Conhecida como desnutrição molhada, esta doença acontece quando existe a falta de proteínas e vitaminas no corpo.
O nome surgiu de um idioma de Gana, e significa “Doença do filho mais velho”, pois quando outro bebê nascia, a primeira criança era desmamada e alimentada principalmente com carboidratos. Assim, existia energia, porém faltavam nutrientes e vitaminas.
Marasmo-Kwashiorkor
Chamada também de desnutrição mista, este tipo de desnutrição é uma versão em que tanto proteínas e vitaminas quanto fontes de energia como carboidratos e lipídios estão em falta no organismo, deixando-o completamente sem nutrientes.
É muito comum em situações de fome extrema, já que nenhum nutriente pode ser recebido pelo corpo se não há comida.
Classificações
É possível dividir a desnutrição em duas classificações.
Desnutrição primária
Desnutrição primária é causada por dieta inadequada, sendo uma desnutrição cuja única causa é a falta de nutrientes na alimentação.
Desnutrição secundária
A versão secundária é causada por alguma coisa externa à alimentação, como parasitas e doenças que deixam o corpo com dificuldade de absorção dos nutrientes.
Desnutrição e obesidade
Apesar de parecer que a desnutrição e o excesso de peso são opostos, isso não é verdade. É possível haver desnutrição e obesidade ao mesmo tempo. Nesse caso, o marasmo não é possível, mas o kwashiorkor é.
Hábitos alimentares que envolvem altas quantidades calóricas, mas sem nutrientes adequados podem levar a essa condição. Se uma pessoa bebe muito refrigerante, come apenas frituras, massas, pães, tudo isso em grande quantidade e sem nenhum exercício, o peso aumenta, pois, a quantidade calórica ingerida é enorme.
Junto disso, a pessoa, não comendo alimentos necessários como frutas e verduras, alimentos saudáveis e nutritivos, terá falta nutricional. Será obesa, mas desnutrida.
Alimentação é um assunto sério e deve ser observada para melhorar e manter a saúde. A nutrição deve ser observada em qualquer faixa de peso.
Caracterizar o índice de massa corporal (IMC) na avaliação da saúde humana.
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um
parâmetro bastante utilizado para classificar
o indivíduo de acordo com seu peso e altura.
Seu uso é disseminado principalmente entre
profissionais que trabalham com o corpo,
como médicos, fisioterapeutas e
profissionais de Educação Física. É
importante ressaltar que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) utiliza esse índice
como indicador do nível de obesidade nos
diferentes países.
O cálculo desse índice é bastante simples e,
para utilizá-lo, basta saber o seu peso e a
sua altura e inseri-los na fórmula. A fórmula
dada é a seguinte:
peso (em quilogramas) / altura x altura (em metros)
Como qualquer índice, esse também
apresenta problemas. Não é porque esse
indivíduo é tido como normal pela tabela que
ele será necessariamente saudável. Assim
como não é verdade que todo indivíduo
acima do peso normal apresenta problemas
de saúde. Esse índice apenas serve para
alertar: caso você esteja acima do peso
ideal, é importante que tenha um maior
cuidado com a sua saúde, pois os riscos de
doenças cardiovasculares e de diabetes, por
exemplo, são maiores em pessoas
localizadas nas faixas do sobrepeso e
posteriores.
Salientando ainda que muitos dos atletas
de alta competição pode ser
classificados erradamente como
obesos apenas porque possuem um peso
elevado devido à massa muscular. Como o
IMC não olha o tipo de massa
muscular, nem sequer distingue
músculo de gordura.
Um outro erro associado ao IMC está no
facto de o peso usado como
medição não ser relacionado com a
saúde metabólica e que muito tem a
dizer sobre a qualidade de vida e a saúde
de uma pessoa. Um estudo de 2016 – que
vem confirmar o que já foi mencionado
numa investigação de 2013 – revela que
apenas 70% das pessoas com um IMC
classificado saudável possuíam um índice
metabólico saudável, ou seja, de todas as
pessoas consideradas saudáveis apenas
com base no seu IMC, apenas 70% o eram
realmente.
Adicionando aos resultados obtidos neste
estudo aos estudo que mostram a limitação
do IMC, torna-se evidente que ele não é
um parâmetro adequado para ver se moças
e rapazes possuem níveis de gordura
corporal adequados em relação à saúde.
Isto porque sujeitos podem apresentar um
IMC dentro do padrão ideal e, no entanto,
possuírem uma quantidade de gordura
corporal acima do ideal; ou apresentarem
um IMC abaixo do recomendado e
possuírem uma quantidade de gordura
corporal ideal. Esta falta de congruência
entre o IMC e a gordura corporal pode ser
explicada não só pela fragilidade deste
índice, mas também pelo fato de a gordura
corporal estar associada aos níveis de
atividade física ou aptidão física.
Em função do objetivo estabelecido,
conclui-se que o IMC não apresenta
consistência para classificar moças e
rapazes de 10,5 a 17,49 anos, quanto à
gordura corporal abaixo, acima e dentro do
critério de referência para a saúde.
Para o IMC apresentar uma consistência
satisfatória, o coeficientede contingência
deveria ser de no mínimo 0,80. A
consistência não satisfatória do IMC pode
ser visualizada na tabela 2, em que
somente 48,98% das moças e 57,32% dos
rapazes foram classificados corretamente
ou concomitantemente pelos dois
procedimentos.
Relacionar o desequilíbrio entre ingestão e gasto energético como fator responsável pelo ganho ou perda de massa
GEB x GET x VET: o que são e como calcular?
Falar de metabolismo basal, calorias e gasto energético é sempre um desafio. Há muitas questões a serem esclarecidas, e como tudo na biologia humana, a variedade entre indivíduos é muito grande. 
Para calcular o gasto energético dos pacientes, uma das opções mais confiáveis é o exame de calorimetria indireta. Ela mede a produção de energia a partir das trocas gasosas do organismo com o meio ambiente. Admitindo-se que todo o oxigênio consumido é utilizado para oxidar os substratos energéticos (carboidratos, proteínas e lipídeos) e que todo o gás carbônico produzido é eliminado pela respiração, é possível calcular a quantidade total de energia produzida. 
Como nem sempre é viável submeter o paciente à calorimetria indireta, na maioria das vezes calculamos o gasto energético a partir de equações preditivas segmentadas por idade, estatura, peso, sexo, estado fisiológico e nível de atividade física. 
E como usar esses valores no atendimento nutricional?
Quando calculamos o GET (gasto energético total) estamos calculando as necessidades energéticas diárias do indivíduo. Ou seja: toda a energia gasta em 24 horas. O GET é composto pela somatória de 3 fatores: 
 1) GEB (gasto energético basal) ou TMB (taxa de metabolismo basal) é a energia requerida para manter processos essenciais ao organismo, como atividades do sistema nervoso, síntese celular, produção de enzimas, ventilação pulmonar, circulação, manutenção da temperatura corporal, secreção de hormônios e excreção renal, por exemplo. Ou seja: as calorias que precisamos para sobreviver. O GEB é medido pela manhã, com o indivíduo acordado, em repouso completo, em ambiente termicamente neutro, 10 a 14 horas de jejum (estado pós-absorção). Geralmente o GEB corresponde à maior parte do GET (de 60 a 75% dele, podendo cair para até 45% em atletas, pois estes têm um gasto proporcionalmente maior com a atividade física) e decresce 2 a 3% por década a partir dos 35 anos. 
Quanto maior a massa muscular, maior o gasto basal. Isso explica as diferenças de queima calórica entre homens, mulheres e idosos. A musculatura esquelética é responsável, sozinha, por 20% do GEB. Alterações fisiológicas (fase de crescimento, gestação, lactação) ou patológicas (febre, queimaduras, câncer, cirurgias) que elevam a demanda de calorias, também elevam o GEB. 
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Obs.: o GER (gasto energético em repouso) é a energia gasta em condições similares ao gasto energético basal (GEB). A diferença entre ambos é que no GER o indivíduo deve permanecer em repouso por 30 minutos para neutralizar a atividade física exercida até o local do exame, mas não precisa estar em jejum prolongado (3 a 4 horas da última refeição é o suficiente). Em média, o GER é 10% mais elevado do que o GEB, devido ao efeito térmico do alimento ou termogênese induzida pela dieta (energia gasta com a digestão) e à influência da atividade física, mesmo que mínima. 
2) ETA (efeito térmico do alimento) ou TID (termogênese induzida pela dieta) ou ADE (ação dinâmica específica) ou resposta metabólica ao alimento: é a energia gasta para ingestão, digestão, absorção, transporte e armazenamento de nutrientes, que ocorre de 1 a 4 horas após as refeições. A TID varia de acordo com a composição da dieta. Para uma dieta mista habitual, o efeito térmico é de 5 a 10% do VET. Dentre os substratos energéticos, as proteínas induzem a uma maior termogênese, enquanto as gorduras demandam menor trabalho ao organismo. 
3) Atividade física (AF): ao contrário do que muitos pensam, a atividade não se refere apenas a exercícios programados, mas a toda a movimentação e trabalho muscular diário (postura, inquietação, tremores). O gasto com a AF varia de acordo com o tipo, duração, frequência e intensidade da atividade. Como ela é um múltiplo do GEB, a idade, peso e composição corporal do indivíduo afetam a AF. O gasto energético com a AF varia de 10 a 15% do VET na maioria dos indivíduos, mas pode representar até 50% do VET em pessoas extremamente ativas. 
E o VET?
O VET (valor energético total) é o total de calorias que será prescrito pelo nutricionista. É claro que a coisa não é matemática assim. Como foi dito no início do post, as variações da biologia humana afetam enormemente esta relação. Mas a princípio, a relação entre a ingestão calórica (VET) e o gasto calórico (GET) determinará se o paciente vai ganhar peso (balanço calórico positivo –> VET > GET), perdê-lo (balanço calórico negativo –> VET < GET) ou mantê-lo (balanço calórico nulo –> VET = GEB). Para que o paciente não tenha quedas do metabolismo basal ou perda acentuada de massa muscular, em dietas de média ou longa duração, é recomendado que o VET seja igual ou maior que o GEB. 
Explicar o processo fermentativo que ocorre em nível intestinal por ação das bactérias.
As fibras da dieta estão incluídas na ampla categoria dos carboidratos. Elas podem ser classificadas como solúveis, insolúveis ou mistas, podendo ser fermentáveis ou não-fermentáveis. A nova definição de fibra da dieta sugere a inclusão de oligossacarídeos e de outros carboidratos não-digeríveis. Deste modo, a inulina e a oligofrutose, denominadas de frutanos, são fibras solúveis e fermentáveis, as quais não são digeríveis pela a-amilase e por enzimas hidrolíticas, como a sacarase, a maltase e a isomaltase, na parte superior do trato gastrintestinal (Carabin, Flamm, 1999).
Como os componentes da fibra da dieta não são absorvidos, eles penetram no intestino grosso e fornecem substrato para as bactérias intestinais. As fibras solúveis são normalmente fermentadas rapidamente, enquanto as insolúveis são lentamente ou apenas parcialmente fermentadas (Puupponen-Pimiä et al., 2002). A extensão da fermentação das fibras solúveis depende de sua estrutura física e química. A fermentação é realizada por bactérias anaeróbicas do cólon, levando à produção de ácido lático, ácidos graxos de cadeia curta e gases. Conseqüentemente, há redução do pH do lúmen e estimulação da proliferação de células epiteliais do cólon (Carabin, Flamm, 1999).
Além de ácido lático, ácidos graxos de cadeia curta, como propiônico e butírico, também são produzidos pelas bactérias láticas. Quando absorvidos, esses ácidos graxos contribuem para o pool de energia disponível do hospedeiro e podem proteger contra mudanças patológicas na mucosa do cólon.

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