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Metabolismo - SP2

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Metabolismo - Tutoria 2 
•	Definir e classificar lipídios (ácidos graxos, triglicérides, colesterol e vitaminas lipossolúveis).
•	Descrever o processo de digestão e absorção de lipídios (sob os aspectos anatômicos, fisiológicos e bioquímicos).
•	Caracterizar o mecanismo de transporte de lipídios através do sistema linfático e sangue, diferenciando os tipos de lipoproteínas (quilomícrons, HDL, LDL, VLDL).
•	Descrever o processo de mobilização de lipídios do tecido adiposo para utilização.
•	Descrever o processo de obtenção de energia pela degradação de lipídios.
•	Descrever o processo de síntese e armazenamento de lipídios.
•	Descrever a via das pentoses (síntese de lipídios a partir de CH).
•	Descrever o metabolismo do colesterol e triglicérides.
•	Relacionar excesso de peso e dislipidemias.
•	Explicar a regulação dos níveis de colesterol e triglicérides sanguíneos.
- Definir e classificar lipídios (ácidos graxos, triglicérides/triacilgliceróis, colesterol e vitaminas lipossolúveis).
DEFINIÇÃO:
BIOQUÍMICA - LEHNINGER
BIOQUÍMICA BÁSICA - ANITA
CLASSIFICAÇÃO:
ÁCIDOS GRAXOS
Ácidos graxos saturados e insaturados
Como mostrado no exemplo acima, as três caudas de ácidos graxos de um triglicéride não precisam ser idênticas. Cadeias de ácidos graxos podem diferir em comprimento, bem como em seu grau de insaturação.
· Se há apenas ligações simples entre carbonos vizinhos na cadeia de hidrocarbonetos, um ácido graxo é tido como saturado. (Os ácidos graxos são saturados de hidrogênio; em uma gordura saturada, o máximo possível de átomos de hidrogênio estão ligados ao esqueleto de carbono.)
· Quando a cadeia de hidrocarboneto tem ligação dupla, o ácido graxo é tido como insaturado e tem menos hidrogênios. Quando há apenas uma ligação dupla em um ácido graxo, ele é monoinsaturado, ao passo que se houver múltiplas ligações duplas, ele é poliinsaturado.
As ligações duplas nos ácidos graxos insaturados, como outros tipos de ligações duplas, podem existir tanto na configuração cis quanto na configuração trans. Na configuração cis, os dois hidrogênios associados à ligação estão do mesmo lado, enquanto em uma configuração trans, eles estão em lados opostos (veja abaixo). Uma ligação dupla cis gera uma dobra no ácido graxo, uma característica que tem consequências importantes para o comportamento das gorduras.
Exemplo de ácido graxo saturado: ácido esteárico (forma reta). Exemplos de ácido graxo insaturado: ácido oleico cis (ligação dupla cis, cadeia dobrada), ácido oleico trans (ligação dupla trans, cadeia reta).
Caudas de ácidos graxos saturados são lineares, portanto, moléculas de gordura com caudas totalmente saturadas podem se compactar firmemente umas com as outras. Isso resulta em gorduras que são sólidas na temperatura ambiente (têm um ponto de fusão relativamente alto). Por exemplo, a maior parte da gordura da manteiga é saturada.
Em contraste, caudas de ácidos graxos cis-insaturados estão ligadas por uma dupla ligação cis. Isso torna difícil para as moléculas com uma ou mais caudas de ácidos graxos cis-insaturados se compactar firmemente. Portanto, gorduras com caudas insaturadas tendem a ser liquidas na temperatura ambiente (têm um ponto de fusão relativamente baixo) - são o que comumente chamamos de óleos. Por exemplo, o azeite de oliva é em grande parte feito de gorduras insaturadas.
Gorduras trans
Neste ponto, você pode notar que deixei algo de fora: eu não falei nada sobre gorduras insaturadas com ligações duplas trans em suas caudas de ácido graxo, ou gorduras trans. Gorduras trans são raras na natureza, mas são prontamente produzidas em um procedimento industrial chamado de hidrogenação parcial.
Neste processo, passa-se o gás hidrogênio em óleos (feitos em sua maioria de gorduras cis-insaturadas), convertendo algumas - mas não todas - as ligações duplas em ligações simples. O objetivo da hidrogenação parcial é conferir aos óleos algumas propriedades desejadas das gorduras saturadas, como a solidez à temperatura ambiente, mas uma consequência não intencional é que algumas das ligações duplas cis mudam a configuração e viram ligações duplas trans. Ácidos graxos trans insaturados podem se compactar mais firmemente e são mais propensos a serem sólidos na temperatura ambiente. Alguns tipos de gorduras vegetais hidrogenadas, por exemplo, contêm uma alta fração de gorduras.
A hidrogenação parcial e as gorduras trans parecem ser uma maneira conveniente de se obter uma substância parecida com a manteiga, mas com o preço de um óleo. Entretanto, infelizmente, as gorduras trans mostraram ter um impacto bastante negativo sobre a saúde humana. Devido a uma forte ligação entre gorduras trans e doenças coronarianas, a FDA (agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA) publicou, recentemente, uma proibição de gorduras trans nos alimentos, dando um prazo de três anos para que as empresas eliminem as gorduras trans de seus produtos.
Ácidos graxos ômega
Outra classe de ácidos graxos que merece menção inclui os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6. Existem diferentes tipos de ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, mas todos eles são feitos de duas formas básicas precursoras: ácido alfa-linolênico (ALA) para ômega-3 e ácido linoleico (LA) para ômega-6.
O corpo humano precisa destas moléculas (e seus derivados), mas não pode sintetizar ALA ou LA. Nesse sentido, ALA e LA são classificadas como ácidos graxos essenciais e devem ser obtidos através da dieta da pessoa. Alguns peixes, como o salmão, e algumas sementes, como chia e linhaça, são boas fontes de ácidos graxos ômega-3.
Os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 têm ao menos duas ligações cis-insaturadas, que confere a eles uma forma curva. O ALA, representado abaixo, está bastante dobrado, mas não é o exemplo mais extremo - o DHA, um ácido graxo ômega 3 feito a partir do ALA pela formação de ligações duplas adicionais, tem seis ligações cis-insaturadas e é curvado quase em um círculo! 
A nomenclatura dessas moléculas é baseada em suas estruturas. O carbono mais distante do grupo carboxila de qualquer ácido graxo é chamado de carbono ômega (ω), e se a primeira ligação dupla em um ácido graxo poliinsaturado está entre o terceiro e o quarto carbono a partir da extremidade ômega, a molécula é chamada de ácido graxo "ômega 3". (Ácidos graxos ômega 6 são definidos analogamente, com a primeira ligação dupla localizada entre o sexto e sétimo carbonos a partir da extremidade ômega.)
Imagem do ácido alfa-linolênico (ALA), mostrando seu formato encurvado devido às suas três ligações duplas cis.
Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 desempenham diversas funções diferentes no corpo. Eles são os precursores (matéria inicial) da síntese de muitas moléculas importantes de sinalização, inclusive daquelas que regulam processos inflamatórios e de humor. Os ácidos graxos ômega-3, em particular, podem reduzir o risco de morte súbita causada por ataques cardíacos, diminuir os níveis de triglicérides no sangue, baixar a pressão sanguínea e evitar a formação de coágulos sanguíneos.
TRIGLICERIDES
COLESTEROL
O Colesterol, o esteroide mais comum, é sintetizado principalmente no fígado e é o precursor de muitos hormônios esteroides. Esses incluem os hormônios sexuais testosterona e estradiol, que são secretados pelas gônadas (testículos e ovários). O colesterol também serve como matéria-prima para outras moléculas importantes no corpo, incluindo vitamina D e ácidos biliares, que auxiliam na digestão e absorção das gorduras de origens dietéticas. É também um componente chave das membranas celulares, pois alteram sua fluidez e dinâmica. O colesterol é encontrado também na corrente sanguínea, e os níveis sanguíneos de colesterol são o que geralmente ouvimos sobre no consultório médico ou em reportagens. O colesterol no sangue pode ter ambos efeitos protetivos (em sua forma de alta densidade, ou HDL) e efeitos negativos (em sua forma de densidade baixa, ou LDL) na saúde cardiovascular.
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
- Descrever o processo de digestão e absorção de lipídios (sobos aspectos anatômicos, fisiológicos e bioquímicos).
8
RESUMO:
DIGESTÃO DE LIPÍDEOS	Comment by João Batista: MINHA PARTE
Um adulto ingere cerca de 60g a 150 g de lipídios por dia, dos quais Cerca de 80% a 90% dos lipídeos provenientes da dieta são predominantemente triacilgliceróis ou triglicerídeos. O restante são provenientes de colesterol, esteres de colesterol, ácidos graxos não esterificados e fosfolipídios.
Boca: O início da digestão de lipídeos da alimentação não começa na boca efetivamente. Embora, nenhuma hidrólise de triglicérides ocorra na boca, os lipídeos estimulam a secreção da lipase das glândulas serosas na base da língua (por isso se chama lipase lingual), mas como não permanece na boca sua função é quase nula. 
Estomago: A lipase gástrica provavelmente corresponde àquela secretada pela língua. Porém, o pH extremamente ácido do estômago (próximo de 2) devido ao ácido clorídrico proveniente da secreção da gastrina na presença de comida não possibilita a ação integral desta lipase gástrica de forma efetiva, diminuindo a velocidade de sua ação enzimática, havendo apenas a quebra de algumas ligações de ésteres de Ácidos Graxos de cadeia curta e média que vão para o sistema circulatório através da veia porta. O bolo alimentar, com Ácidos Graxos de cadeia longa, vai em direção ao intestino.
Intestino: A chegada do bolo alimentar acidificado (presença de gordura e proteína) no intestino induz, através do sistema neuroendócrino, a liberação da secretina no DUODENO que vai em direção ao pâncreas, onde no ducto intercalar, libera bicarbonato de sódio com o intuito de criar uma solução tampão e tornar o meio básico no intestino, propício pra a atuação de enzimas específicas de meio básico (PH em torno de 8). O duodeno induz a liberação hormônio digestivo colecistocinina CCK. (um peptídeo de 33 aminoácidos, também denominado pancreozimina) que, por sua vez, têm 3 importantes funções. Primeiro promove a diminuição da motilidade estomacal, pois o processo de digestão de gordura é mais pesado e lento. Ademais, promove a contração da vesícula biliar, liberando a bile para o duodeno e, por último, vai até o pâncreas, nas células acinares, e estimula a secreção da colipase pancreática. Os ácidos biliares são derivados do colesterol e sintetizados no fígado. São denominados primários (ácido cólico, taurocólico, glicocólico, quenodesoxicólico e seus derivados) quando excretados no duodeno, sendo convertidos em secundários (desoxicólico e litocólico) por ação das bactérias intestinais. 
A bile, ainda, excreta o colesterol sanguíneo em excesso, juntamente com a bilirrubina (produto final da degradação da hemoglobina). Sais biliares fazem a emulsificação da gordura, para que a enzima colipase pancreática possa agir quebrando as triglicérides em diglicérides e ácidos graxos livres. Os diglicérides sofrem uma nova ação da lipase dando origem a monoglicérides, ácidos graxos e glicerol. Para terminar a digestão, seguem para os enterócitos onde vão sofrer o processo de absorção... 
Äcidos graxos livres e monoglicerídeos produzidos pela digestão formam complexos chamados micelas, que facilitam a passagem dos lipídeos através do ambiente aquoso do lúmem intestinal para borda em escova. 
Os sais biliares são então liberados de seus componentes lipídicos e devolvidos ao lúmem do intestino. Na célula da mucosa, os AG e monoglicerídeos são reagrupados em novos triglicerídeos, estes juntamente com o colesterol e fosfolipídeos são circundados em forma de quilomícrons (QM). 
Os QM são transportados e esvaziados na corrente sanguínea, e então levados para o fígado, onde os triglicerídeos são reagrupados em lipoproteínas e transportados especialmente para o tecido adiposo, para o metabolismo e para o armazenamento. O Colesterol é absorvido de modo similar, após ser hidrolisado da forma de éster pela esterase colesterol pancreática. As vitaminas lipossolúveis A, D, E e K também são absorvidas de maneira micelar, embora algumas formas hidrossolúveis de vitaminas A, E e K e caroteno possam ser absorvidas na ausência de sais biliares.
Absorção e Transporte:
Os Lipídios livres são, então, emulsificados pelos sais biliares em micelas e absorvidos pela mucosa intestinal que promove a liberação da porção polar hidrófila (sais biliares) para a circulação porta hepática e um processo de ressíntese dos Lipídios absorvidos com a formação de novas moléculas de tri-acil-gliceróis e ésteres de colesterol, que são adicionados de uma proteína (apo-proteína 48) formando a lipoproteína quilomicron, que é absorvida pelo duto linfático abdominal, seguindo para o duto linfático torácico e liberada na circulação sangüínea ao nível da veia jugular. O glicerol será absorvido por vasos linfáticos e ser levado ao fígado. Os monoglicerídeos e ácidos graxos livres quando absorvidos pela parede intestinal sofrem uma no esterificação pela enzima triacil sintetase dando origem a novos triacilglicerois que por sal vês se ligam a proteínas produzidas no REG formando os quilomicrons que são partículas lipoprotéicas (98%lipídios e 2%proteínas). Após isso se formarão vacúolos que com destino aos espaços intersticiais atingindo os vasos linfáticos > ducto torácico e veia cava superior. Os quilomicrons atingem finalmente a corrente sanguínea, mas antes de chegar ao fígado passam por tecido muscular e adiposo aumentando sua densidade, pois são enriquecidos com proteínas podendo resultar em: - VLDL (very low density lipoprotein) 80-90% de lipídios. - LDL (low density lipoprotein) 70% lipidios. - HDL (high density lipoprotein) 45% lipidios. 
Os quilomicrons geralmente os VLDL saem do fígado com intenção de levar triglicérides para os tecidos, e com a absorção de triglicérides a VLDL vai aumentando sua densidade ate chegar a LDL. O tamanho da lipoproteína se refere à quantidade de proteína e lipídeo, sendo que VLDL apresenta mais lipídeo e menos proteína enquanto que o HDL é o inverso. LDL também leva triglicérides para os tecidos. HDL troca colesterol por triglicérides com os tecidos e então volta para o fígado, recolhe colesterol dos quilomicrons também, este colesterol que foi recolhido é então excretado na forma de sais biliares. A célula adiposa é capaz de retirar lipídios circulantes do sangue e armazená-los na forma de deposito de gordura (TG). A célula adiposa também é capaz de remover glicose da corrente sanguínea, degradá-la ate acetil-coA e no interior de suas mitocôndrias utilizá-las para a síntese de ácidos graxos, e posteriormente triglicérides e fosfolipídios (lipogenese). Quando necessário a gordura armazenada é hidrolisada em glicerol e ácidos graxos que são lançados na corrente sanguínea AGL, podendo ser utilizados pelo fígado e músculos. Células musculares degradam e queimam ácidos graxos até CO2 e H2O, utilizando a energia liberada para a produção de ATP que é utilizado no processo de contração muscular. O fígado utiliza ácidos graxos para a produção de triglicéride, colesterol que é utilizado para a produção de sais biliares, corpos cetonicos que serão lançados para a corrente sanguínea e consumidos pelos músculos em caso de o excesso, excretado pelos pulmões e rins. Fígado é o principal sintetizador de gordura.
- Caracterizar o mecanismo de transporte de lipídios através do sistema linfático e sangue, diferenciando os tipos de lipoproteínas (quilomícrons, HDL, LDL, VLDL).
LIPOPROTEÍNAS :  
partículas  do  plasma  envolvidas  no  transporte  de  lípides.
            O termo lipoproteína é empregado não para um composto químico definido, mas sim para uma família de partículas cuja finalidade é transportar lípides, principalmente triglicérides e colesterol, entre órgãos e tecidos.  
            A estrutura básica das lipoproteínas é comum a todas, variando o tamanho e a proporção entre seus componentes.  
            Uma partícula lipoproteica é composta por um centro contendo lípides apolares (triglicérides e ésteres do colesterol) e uma membrana de fosfolípides que constitui o limite externo da partícula e suainterface com o plasma.  Nesta membrana estão inseridas as várias apoproteínas, que diferem segundo o tipo de partícula.  
Os principais grupos de lipoproteínas do plasma são: 
            1) Os quilomícrons, derivados da absorção intestinal de triglicérides. São as maiores partículas lipoproteicas, podendo ter diâmetro de 1 mm, e as menos densas, devido à alta proporção de lípides (até 99%).  
            2) As VLDL (very low density lipoproteins) têm diâmetro de 30 a 90 nm (no máximo 1/10 do dos quilomícrons), são mais densas e com maior proporção de proteína. São sintetizadas basicamente no fígado para exportação de triglicérides para os tecidos, especialmente o tecido adiposo. Ao passar pelos capilares, boa parte dos triglicérides são retirados pela enzima lipase lipoproteínica, de modo que a partícula fica menor, mais densa, e mais rica em colesterol. Esta forma intermediária é conhecida como IDL (intermediate density lipoprotein).  
            3) As LDL (low density lipoproteins) resultam da conversão das IDL por perda de uma das apoproteínas. São ricas em ésteres de colesterol, e são a principal forma de distribuição de colesterol aos vários tecidos, onde é necessário para síntese de membranas e hormônios. As LDL são captadas pelas células mediante receptores de membrana especiais, que a célula produz na medida de sua necessidade de importar colesterol. A falta desta molécula é responsável pela doença hipercolesterolemia familial, caracterizada por aterosclerose intensa e precoce. O que não for captado por outros órgãos o é pelo fígado, onde o colesterol é catabolizado. 
            4) As HDL (high density lipoproteins) originam-se basicamente do fígado e intestino na forma de bicamadas discóides de fosfolípides. No plasma, captam colesterol não esterificado e o incorporam em seu centro hidrofóbico, entregando-o aos hepatócitos para catabolismo. Agem portanto como “lixeiros” de colesterol. A concentração de HDL é inversamente relacionada à incidência de aterosclerose coronária, talvez refletindo sua eficiência em remover colesterol. As HDL são as menores lipoproteínas, com diâmetro da ordem de 10 nm (100 vezes menores que os quilomícrons), chegam a ter 57% de proteínas (contra 1% dos quilomícrons) e densidade 1,210 (contra <0,95 dos quilomícrons).
BIOQUÍMICA ANITA:
- Descrever o processo de mobilização de lipídios do tecido adiposo para utilização.
- Descrever o processo de obtenção de energia pela degradação de lipídios.
	
- Descrever o processo de síntese e armazenamento de lipídios.
- Descrever a via das pentoses (síntese de lipídios a partir de CH).
....
- Descrever o metabolismo do colesterol e triglicérides.
COLESTEROL
- Relacionar excesso de peso e dislipidemias.
DISLIPIDEMIA
A dislipidemia é caracterizada pela presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue. Colesterol e triglicérides estão incluídos nessas gorduras, que são importantes para que o corpo funcione. No entanto, quando em excesso, colocam as pessoas em alto risco de infarto e derrame.
Confira, abaixo, as 10 coisas que você precisa saber sobre dislipidemia:
1. Nos dias atuais – onde predominam o sedentarismo; alimentação rica e abundante em gordura e açúcar livre; a obesidade; o estresse; e o tabagismo – os estudos têm mostrado que as placas de gordura nas artérias (circulação) começam muito cedo. A estimativa é de que, aos 20 anos, cerca de 20% das pessoas estarão afetadas de alguma forma. Os eventos finais deste processo, infarto e derrame, são as maiores causas de mortalidade.
2. O diagnóstico da dislipidemia é feito, laboratorialmente, medindo-se os níveis plasmáticos de colesterol total e suas frações (LDL-colesterol ou “colesterol ruim” e o HDL-colesterol ou “colesterol bom”) e triglicérides.
3. O risco de aterosclerose coronariana aumenta, significativamente, em pessoas com níveis de colesterol total e LDL acima dos patamares da normalidade. Para colesterol HDL, a relação é inversa: quanto mais elevado seu valor, menor o risco.
4. Níveis de colesterol HDL maiores do que 60 mg/dL caracterizam um fator protetor. Já os níveis de triglicérides maiores do que 150 mg/dL elevam o risco de doença aterosclerótica coronariana. Os níveis desejáveis de LDL-colesterol variam para cada paciente, que devem ser avaliados individualmente em relação à história pessoal, familiar e a presença de fatores de risco para doença cardiovascular.
5. A redução das taxas de LDL-colesterol para os níveis desejados, particularmente pelo emprego de estatinas (quando indicado tratamento medicamentoso) é o que tem demonstrado maior benefício na prevenção e diminuição de mortalidade cardiovascular na população geral.
6. Algumas formas de dislipidemia também podem predispor à pancreatite aguda.
7. Existem 2 tipos de dislipidemias, as primárias e as secundárias. As primárias são de causa genética. As secundárias podem ser decorrentes de outras doenças - o diabetes descompensado, por exemplo - e também podem ser originadas pelo uso de medicações – diuréticos, betabloqueadores e corticoides. Situações como o alcoolismo e uso de altas doses de anabolizantes também podem alterar o perfil lipídico.
8. A obesidade tem influência significativa no metabolismo lipídico e deve ser encarada como importante fator na sua interpretação e tratamento.
9. Pessoas com diabetes tipo 2 têm maior prevalência de alterações do metabolismo dos lipídios. Assim, o tratamento da dislipidemia nesses pacientes pode e deve ser mais agressivo, a fim de reduzir a incidência de eventos coronários fatais.
10. Uma dieta hipocalórica, pobre em ácidos graxos saturados e colesterol, é fundamental para o tratamento da dislipidemia. A atividade física moderada, realizada durante 30 minutos, pelo menos quatro vezes por semana, auxilia na perda de peso e na redução dos níveis de colesterol e triglicérides. Mesmo assim, ainda pode ser necessária a administração de medicamentos.
- Explicar a regulação dos níveis de colesterol e triglicérides sanguíneos.
TRIGLICERÍDES
COLESTEROL

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