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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO AGATHA DE MOURA GERVASONI MARIANA CRUZ DE LIMA STHEFANI DE LIMA NUNES ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA São Bernardo do Campo - SP 2019 AGATHA DE MOURA GERVASONI - 288274 MARIANA CRUZ DE LIMA - 290206 STHEFANI DE LIMA NUNES- 296259 ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA Trabalho da disciplina de História do Direito, narrativa e reflexão, apresentado ao Curso de Direito da Universidade Metodista de São Paulo, sob orientação do Professor Oswaldo de Oliveira Santos Junior e Professora Patrícia de Sosa Mello. São Bernardo do Campo - SP 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................4 2. ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA....................................................................5 3. CONCLUSÃO...................................................................................................9 4. REFERÊNCIAS...............................................................................................10 4 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho será tratado o tema da Abolição da Escravatura no Brasil que foi resultado de um processo longo, concluído por meio de mobilização popular. A escravatura foi prática comum no Brasil desde o período colonial até o fim do Império. Os escravos eram usados para todo tipo de trabalho desde os domésticos, agricultura, mineração e pecuniária. A Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, que pretendia acabar de forma definitiva com a escravidão no Brasil, foi um processo lento que concebeu liberdade aos escravos de forma gradual e sem indenização. Também será estudado um dos grandes abolicionistas que já existiu, chamado Luiz Gonzaga Pinto da Gama, conhecido por lutar em favor dos negros. 5 2. ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA A Abolição da Escravatura foi o movimento que deu liberdade para os escravos no Brasil, esta surgiu em meio a avanços intelectuais e políticos feitos na Europa a partir do Iluminismo, tal movimento foi marcado pela força da luta pelo progresso e o termino da barbárie humana, dando fim a escravidão e a abolição da mesma. Com a descoberta das Américas, das Índias e da África, a partir do século XV, os colonizadores europeus sedentos por aumentar suas riquezas e seus domínios, viram a oportunidade no comercio e na mão de obra de negros, sem nenhum custo adicional, apenas a exploração da vida humana. No século XII, após a Revolução Francesa e Revolução Inglesa, nasce o movimento Iluminista, com isso, movimentos como o abolicionista ganham força. Antes do abolicionismo foram criados documentos que tinham como intenção a libertação dos escravos, mas devido à falta de uma ação globalizada, tais documentos não tinham força para gerar o fim da escravidão. No território brasileiro, devido a nossas praticas comerciais da época, como as corridas por café e açúcar, a mão de obra escrava gerava bastante interesse, tornando-se a principal fonte de riquezas da coroa. Os movimentos abolicionistas tomaram força do século XVIII em diante e se firmaram no século XIX e devido a essa força, o Brasil estava sendo pressionado a se juntar aos demais países na luta em favor ao fim da escravatura, mas o país enfrentaria diversos problemas, pois não obtinha o apoio das oligarquias, que eram os ricos e poderosos que possuíam o maior domínio no país. Uma vez que a escravidão já era vista como um declínio para o padrão civilizacional que se consolidava na segunda metade do século XIX e também pelo fato de a escravidão ser um obstáculo para o desenvolvimento do capitalismo no Brasil. No ano de 1757, o Marques de Pombal decreta o fim da escravidão indígena e em 1761, o fim da escravidão negra, mas apenas a abolição da escravidão indígena havia sido acatada, já que o fim da escravidão negra, era vista como um fator 6 negativo em alguns territórios da América, devido aos possíveis impactos econômicos. Os movimentos abolicionistas tiveram grande força, graças à participação dos escravos e com o fim do tráfico atlântico do navio negreiro, as revoltas dos escravos ganharam cada vez mais força, fazendo com que os negros tivessem autonomia. Tais movimentos criaram forças a partir do século XIX, ficando conhecido como Abolicionismo, este rodeado de pressão para a abolição da escravatura no Brasil. Para dar voz aos negros, alguns abolicionistas como Luiz Gama, incentivavam as forças contrarias a escravidão, por meio de protestos, jornais e entre outros. O abolicionista Luiz Gonzaga Pinto da Gama, nascido em 21 de junho de 1830, Salvador, Bahia, filho de um português e de uma negra acusada de ter envolvimento na primeira grande rebelião urbana de escravos do Brasil, conhecida como a Revolta do Malês, na Bahia. Luiz gama sempre morou com sua mãe até que esta teve que fugir para escapar da perseguição policial e foi obrigada a deixá-lo aos cuidados do pai, um fidalgo português, viciado em jogo, que ao se ver cheio de dívidas, vende o próprio filho a um traficante, tornando-o um escravo domestico em São Paulo. Sabendo ler e escrever, aos 18 anos, reuniu provas que comprovavam a ilegalidade de sua atual condição de escravo, já que era filho de mulher livre. Já liberto após alguns anos foi nomeado escrevente da Secretaria de Polícia e foi durante esse período que teve acesso a biblioteca do delegado, na qual estudou e se tornou um grande advogado. Reconhecido pela importância do seu trabalho na causa negra, recebeu o chamado epíteto Apostolo negro da abolição, estima-se que Gama libertou cerca de 500 escravos que haviam sido mantidos em cativeiro. Durante um júri Gama citou uma frase na qual dizia ‘’O escravo que mata o Senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legitima defesa’’, ou seja, devido a exploração continua, os açoites e a humilhação que os escravos sofriam qualquer ato de violência contra os senhores seria visto como um ato de defesa e seria perdoado. 7 Mesmo que atuasse com o foco na defesa dos negros acusados de crimes, ou para ajudá-los na alforria judicial, não se negando a ajudar os pobres independente de sua raça. Nomeado, foi um dos abolicionistas mais atuantes de São Paulo e ficou conhecido pelo seu desempenho nos tribunais. Tornou-se o primeiro fundador da literatura de militância dos negros no Brasil, além deste fato, foi transformado em um líder do movimento abolicionista da cidade e lutou veemente para que todos os escravos ingressos no país após a proibição do tráfico negreiro em 1850 eram livres por lei. Com as fortes pressões, no dia 15 de maio de 1888 foi aprovada a lei, que então assinada pela Princesa Isabel, foi nomeada de Lei Áurea, fazendo com que o Brasil se tornasse o ultimo país da América do Sul a abolir a escravidão. O processo de abolição da escravatura no Brasil aconteceu a partir da década de 1870 em diante. Os grupos abolicionistas começaram a se estruturar logo após a Guerra do Paraguai, e um efeito prático do fortalecimento dessa causa no Brasil foi o decreto da Lei do Ventre Livre. No entanto, foi extremamente gradual e conduzido de maneira conservadora pelas elites políticas do nosso país. A lentidão desse processo foi uma prática do Brasil desde logo após a independência, uma vez que até a proibição do tráfico negreiro foi conduzida da maneira mais lenta possível. Primeiramente, foi aprovada em 1831 uma lei que decretava o impedimento do tráfico negreiro. Contudo, o tráfico continuou existindo clandestinamente no Brasil durante as décadas de 1830 e 1840. Foi preciso a intervenção da Inglaterra a partir do Bill Aberdeen (lei em que os ingleses autorizavam seus navios a abordar navios negreiros no Atlântico)para que o Brasil tomasse ações práticas no sentido de pôr fim ao tráfico negreiro. O fim da escravidão no Brasil deu-se em 1988, quando a Princesa Isabel assinou a conhecida Lei Áurea, oficializando a abolição da escravatura no nosso país e com a assinatura dessa lei, aproximadamente 700 mil escravos foram libertos de sua condição. A abolição da escravatura foi um processo lento e gradual conduzido pelas elites do Brasil de uma maneira conservadora. Os negros libertos não receberam nenhum tipo de auxílio para sua integração na sociedade brasileira. https://pt.wikipedia.org/wiki/Alforria https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/guerra-paraguai.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/independencia-brasil-1.htm 8 3. CONCLUSÃO No presente trabalho, foi tratado o tema a Abolição da Escravatura no Brasil, a mesma foi o movimento que deu liberdade para os escravos. Marcado pela luta e pelo progresso, dando um fim ao barbarismo humano. Os movimentos abolicionistas ganharam força no século XII, após a Revolução Francesa e Inglesa, porém no Brasil só foi firmado no século XIX, devido à pressão da Inglaterra. Em 1888 foi aprovada a lei, assinada pela Princesa Isabel, nomeada de Lei Áurea, fazendo com que o Brasil se tornasse o último país da América do Sul a abolir a escravidão. O término da escravidão no Brasil ocorreu em 1988, onde aproximadamente 700 mil escravos foram libertos de sua condição. Dando voz aos negros, nasce Luiz Gama, que luta pela liberdade e justiça dos negros, incentivando as forças contraria a escravidão, por meio de protestos. Devido a uma infância difícil, abandonado por sua mãe e vendido por seu pai, tornando-o um escravo domestico aos 10 anos. Aos 18 anos sabendo ler e escrever reuniu provas que comprovavam a ilegalidade de sua atual condição de escravo, sendo filho de mulher livre. Ao ganhar sua liberdade se empenhou nos estudos e se tornou um grande advogado, conhecido pela importância do seu trabalho na causa negra. Foi um dos abolicionistas mais atuantes de São Paulo e ficou conhecido pelo seu desempenho nos tribunais. 9 4. REFERÊNCIAS 13 de maio – Abolição da escravatura. Mundo Educação. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/abolicao-escravatura- 1.htm> Acesso em: 20 Abril. 2019. Abolição da Escravatura. Calendarr Brasil . Disponível em: <https://www.calendarr.com/brasil/abolicao-da-escravatura/> Acesso em: 23 Abril. 2019. Abolição da Escravatura. Grupo Escolar. Disponível em: <https://www.grupoescolar.com/pesquisa/abolicao-da-escravatura.html> Acesso em: 20 Abril. 2019.
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