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Agravo em Execução

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS 
EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA XXX. 
 
Execução Penal nº. XXX 
 
TÍCIO, já qualificado nos autos em epígrafe, atualmente recolhido no 
estabelecimento prisional XXX, por seu advogado que esta subscreve, 
vem, respeitosa e tempestivamente, à presença de Vossa Excelência, 
inconformado com a decisão de fls. XXX, que indeferiu sua unificação 
de penas, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO com fulcro no 
artigo 197 da Lei 7.210/84. 
Requer o agravante que seja recebido e processado o presente agravo, já com as 
inclusas razões, para que possa Vossa Excelência retratar-se, caso entenda. Na 
eventualidade da manutenção da sua decisão, após a oitiva do ilustre representante 
do Ministério Público, requer que seja encaminhado o recurso ao Egrégio Tribunal 
de Justiça de XXX. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Comarca XXX, 08 de Novembro de 2021. 
 
Advogado XXX 
OAB XXX 
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
AGRAVANTE: TÍCIO. 
AGRAVADO: Ministério Público. 
EXECUÇÃO PENAL Nº: XXX. 
Egrégio Tribunal de Justiça, 
Colenda Câmara, 
Douta Procuradoria, 
Em que pese o indiscutível conhecimento jurídico do Meritíssimo Juiz a quo, requer-
se a reforma da respeitável sentença que denegou a progressão de regime ao 
recorrente, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
I – DOS FATOS: 
O agravante, foi condenado pela prática do crime de roubo, prevista no escopo do 
artigo 157 do Código Penal, a uma pena privativa de liberdade em regime fechado. 
Cabe destacar que o agravante, ainda que em regime mais gravoso, decidiu se 
dedicar aos estudos para completar o 2.º grau visando ter novas oportunidades ao 
término da pena com a consequente extinção da punibilidade. 
Aproveitando-se da oportunidade dada pelo Estado, Tício decidiu se dedicar aos 
estudos para completar o 2.º grau visando ter novas oportunidades ao término da 
pena com a consequente extinção da punibilidade. 
Com isso, o agravante Tício, através da Defensoria Pública do Estado, apresentou 
pedido ao juízo competente para obter o benefício da remição da pena pelo estudo, 
já que conseguiu concluir o ensino médio e ainda alcançou várias horas de estudo, 
fazendo jus, portanto, ao benefício legal. Foi pleiteado o direito ao magistrado, que, 
mesmo após analisar todas as circunstâncias sobre o crime que Tício fora 
condenado, decidiu indeferir o pedido informando que a gravidade de execução do 
delito impediria o benefício. 
II – DO DIREITO: 
A decisão foi publicada e o condenado intimado na data de 01/11/2021, portanto, é 
tempestivo o presente recurso. 
É sabido que, a pena tem o objetivo de buscar a ressocialização de todo condenado 
que violou a lei, cabendo ao Estado enquanto detentor do poder punitivo 
proporcionar formas e adotar medidas para que se atinja tal finalidade. Sendo assim, 
a Lei de Execuções Penais, tem como finalidade a previsão de garantir o direito a 
educação e como forma de fomentar tais práticas tem a previsão de que seja 
garantida a remição de pena, para aqueles que se proponha a estudar, conforme o 
dispositivo do artigo 126 da referente lei. 
Considerando que Tício cumpriu de forma efetiva um período de 212 dias de estudos, 
divididos em 12 horas por dia e a contagem de prazo disposta no parágrafo 1º do artigo 126 
da LEP, inciso I: 
“Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime 
fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por 
estudo, parte do tempo de execução da pena. § 1o A 
contagem de tempo referida no caput será feita à razão 
de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de 
frequência escolar - atividade de ensino fundamental, 
médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda 
de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 
3 (três) dias; 
Ressalta-se ainda que, trata-se de um direito fundamental já que o direito à 
educação é garantido pela Constituição Federal. Com isso, é dever do Estado 
garantir ao indivíduo o cumprimento desse dever constitucional, devendo observar 
também o dispositivo que trata da remição do Código Penal, ainda que o réu esteja 
cumprindo a sua pena em regime fechado. 
Portanto, por expressa previsão legal, deve o magistrado considerar a remição da 
pena conforme o pedido feito pelo agravante, abatendo o tempo da sua pena 
considerando os 212 dias de estudos. 
III – DOS PEDIDOS: 
 
Ante o exposto, requer que seja conhecido e provido o presente recurso, sendo 
devidamente concedida a remição da pena nos moldes do Artigo 126 da 
Lei 7.210/1984 c/c Recomendação 391 do Conselho Nacional de Justiça, por sua 
efetiva realização durante um período de 212 dias de estudos, obtendo o diploma 
de ensino médio com êxito. 
Requer ainda, que seja realizado o cálculo com a consequente alteração no atestado 
de pena do réu, lançando assim os dias remidos ao qual alcançará direito. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Comarca XXX, 08 de Novembro de 2021. 
 
Advogado XXX 
OAB XXX

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