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1 1 Físico- Química |Jordana Cesco ª Conceitos Fundamentais ➢ Algumas coisas ocorrem naturalmente; outras, não. ➢ “Espontâneo” tem que ser interpretado como uma tendência natural que pode ou não pode ser percebida na prática. ➢ A Segunda Lei da Termodinâmica resume a existência de duas classes de processos: espontâneos e não espontâneos. Enunciado de Kelvin A Segunda Lei da Termodinâmica pode ser expressa de diversas formas equivalentes, uma delas foi formulada por Kelvin: Não é possível um processo que tenha como único resultado a absorção de calor de um reservatório térmico e a sua completa conversão em trabalho Por exemplo, em uma máquina térmica há sempre uma parcela de energia na forma de calor que não será transformada em trabalho. Esse enunciado não conflitua com a Primeira Lei, pois a energia é conservada. Processos Espontâneos ➢ Mudanças espontâneas em um sistema são sempre acompanhadas por dispersão de energia. ➢ Quando ocorre uma mudança em um sistema isolado, a energia total do sistema permanece constante, mas ela se redistribui de formas diferentes. Exemplo Imagine a seguinte situação: uma bola (sistema) que quica sobre uma superfície (vizinhança), como na figura abaixo. Em cada pulo, a bola não sobe tão alto quanto no anterior, pois há perdas inelásticas na colisão entre a bola e a superfície. Parte da energia cinética do movimento é degradada em movimento térmico dos átomos da superfície, e há dispersão da energia. Entropia (S) A 2ª Lei da Termodinâmica também se exprime em termos de uma função de estado, que chamamos de entropia. A entropia é uma medida da dispersão de energia em um processo. Ela serve para identificar as mudanças espontâneas entre as mudanças permitidas. A entropia total (entropia do sistema mais a entropia das suas vizinhanças) de um sistema isolado aumenta em uma mudança espontânea ∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑆𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 + ∆𝑆𝑣𝑖𝑧𝑖𝑛ℎ𝑎𝑛ç𝑎 ∆𝑆𝑣𝑖𝑧𝑖𝑛ℎ𝑎𝑛ç𝑎 = 𝑞𝑣𝑖𝑧 𝑇𝑣𝑖𝑧 2 2 Físico- Química |Jordana Cesco Cálculo da Entropia de um Gás Ideal nos diferentes processos Isotérmico ∆𝑆 = 𝑛𝑅𝑙𝑛 ( 𝑉𝑓 𝑉𝑖 ) Isovolumétrico ∆𝑆 = 𝑛𝑐𝑣𝑙𝑛 ( 𝑇𝑓 𝑇𝑖 ) 𝑐𝑣 = 𝑔 2 𝑅 Isobárico ∆𝑆 = 𝑛𝑐𝑝𝑙𝑛 ( 𝑇𝑓 𝑇𝑖 ) 𝑐𝑝 = 𝑐𝑣 + 𝑅 Reversível (Ciclo) ∆𝑆 = 0 Exemplo 1: Calcular a entropia quando o volume de 1,00 mol de qualquer gás ideal é duplicado, a uma temperatura constante, Vf/Vi = 2 ∆𝑆 = 𝑛𝑅𝑙𝑛 ( 𝑉𝑓 𝑉𝑖 ) ∆𝑆 = (1𝑚𝑜𝑙) ∙ (8,3145 J𝐾−1𝑚𝑜𝑙−1) ∙ ln 2 ∆𝑆 = +5,76 J𝐾−1 Exemplo 2: Calcular a variação de entropia das vizinhanças quando se forma 1,00 mol de 𝐻2𝑂(𝑙) a partir dos seus elementos nas condições padrões: 𝑇 = 289𝐾 e ∆𝐻° = −286𝑘𝐽 ∆𝑆𝑣𝑖𝑧 = 𝑞𝑣𝑖𝑧 𝑇𝑣𝑖𝑧 ∆𝑆𝑣𝑖𝑧 = 2,86 × 105𝐽 298𝐾 ∆𝑆𝑣𝑖𝑧 = +960𝐽𝐾 −1 Referências bibliográficas: Físico-Química (Vol. 1) – 9ª Edição de Peter Atkins e Julio de Paula
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