Buscar

Aula-4-Direito-Tributario-Lilian-Souza

Prévia do material em texto

RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
1 
 
 
 
 
Curso: Delegado de Polícia do Rio Grande do Norte 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Lilian Souza 
Monitor: Tamires Lopes 
Aula: 04 
Contato e Redes Sociais: Fanpage: Professora Lílian Souza; IG: @professoraliliansouza 
Youtube: TAX VIBES. 
Sumário 
1. Conceito de Tributo..............................................................................................1 
1.1 Características...............................................................................................2 
2. Espécies Tributárias.............................................................................................2 
3. Legislação Tributária............................................................................................3 
3.1 Fontes Formais do Direito Tributário..............................................................4 
4. Interpretação da legislação tributária....................................................................4 
5. Obrigações tributárias...........................................................................................8 
5.1 Classificação...................................................................................................8 
5.2 Sujeitos da obrigação tributária.......................................................................9 
6. Denúncia espontânea..........................................................................................11 
7. Crédito Tributário.................................................................................................11 
 
1. CONCEITO DE TRIBUTO: 
 
Art. 3º, do CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda 
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada. 
 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
2 
 
1.1 Características: 
1) O Tributo é instituído por lei em sentido estrito (remete ao princípio da 
legalidade); 
Art. 150, I, CF: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (...). 
2) O Tributo é prestação pecuniária: “em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir”. No ordenamento jurídico brasileiro não existe a possibilidade de se pagar um 
tributo com trabalho (in labore) ou entregando determinado bem (in natura), pois isso 
representaria ofensa ao princípio licitatório. 
3) Obrigatoriedade: subdivide-se em compulsoriedade e atividade administrativa 
plenamente vinculada. Ou seja, se o contribuinte realiza o fato gerador, deve pagar o tributo. 
Da mesma forma, o fisco é obrigado a cobrar pelo tributo. 
4) O Tributo não é sanção, incide sobre uma situação lícita, apresenta natureza 
diversa da multa, que por sua vez busca evitar que uma situação ilícita se repita. 
O fato gerador não incide sobre atos ilícitos, como venda de drogas. De outro giro, 
não se analisa se as circunstâncias e efeitos do fato gerador são lícitas ou ilícitas para fins 
de tributação de renda e patrimônio, isto se dá em respeito ao princípio do Pecunia non olet 
(art. 118, CTN), ou seja, o dinheiro não tem cheiro. 
O que se tributa não é a atividade ilícita, mas sim o patrimônio e a renda. 
Art. 118, do CTN: A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-
se: 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, 
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus 
efeitos; 
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 
2. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
O CTN, em seu art. 5º, adotou a Teoria Tripartite das espécies tributárias, estabelecendo os 
impostos, as taxas, e as contribuições de melhoria. 
Art. 5º, do CTN: Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Nota
NÃO pode dação em bens MÓVEIS
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
smp sobre ato LÍCITO (carro, casa, dinheiro, ter renda... ) sobre maconha, por ex. não pode
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
pronuncia-se Ólet
Rafaela
Realce
DE ONDE VEM O BEM/ DINHEIRO, não importa se é lícito ou ilícito.
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
3 
 
A CF/88, por sua vez, adotou a Teoria Pentapartite das Espécies Tributárias, dispondo que 
são espécies tributárias: os impostos; as taxas; as contribuições de melhoria; o empréstimo 
compulsório; e as contribuições especiais. 
Art. 145, da CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva 
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
O princípio da não afetação da receita, previsto no art. 4º do CTN, aplica-se aos impostos, 
taxas e contribuições de melhoria (as espécies tributárias inseridas pelo CTN), o que significa o 
valor arrecadado com esses tributos não é passível de afetação, ou seja, não podem apresentar 
destinação certa para um determinado órgão, por exemplo. Diversamente, a contribuição especial 
é um tributo finalístico, ou seja, o valor arrecadado apresenta uma destinação desde o momento 
da criação da espécie tributária, da mesma forma ocorre com os empréstimos compulsórios 
(espécies tributárias contempladas pela CF). 
Atenção com o art. 4º, II, CTN: aplica-se apenas às espécies tributárias previstas no CTN. 
 Art. 4º, do CTN: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo 
fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
 (...) 
 II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
Art. 16, do CTN: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma 
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte. 
3. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Encontra-se no Livro II, art. 96 a 112, do CTN. 
O art. 96, do CTN, apresenta um rol exemplificativo do que é a legislação tributária. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
4 
 
Art. 96, CTN: A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os 
tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações 
jurídicas a eles pertinentes. 
 
3.1 Fontes Formais do Direito Tributário: refere-se à legislação tributária. 
 
✓ Art. 97, CTN: princípio da reserva legal (o assunto foi abordado em aulas pretéritas).Art. 97, do CTN: Somente a lei pode estabelecer: 
 I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
 II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
 III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; 
 IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado 
o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
 V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias 
a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
 VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de 
cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 
 § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso 
II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. 
✓ Quando um Tratado Internacional é firmado em matéria tributária, o entendimento do 
STF é de que ele pode isentar qualquer tributo (art. 98, CTN), de forma que os 
Tratados Internacionais também são fontes do Direito Tributário. Os Tratados 
Internacionais geralmente são utilizados para fins de isenção de determinados 
tributos ou para evitar a bitributação. 
Art. 98, do CTN: Os tratados e as convenções internacionais revogam ou 
modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes 
sobrevenha. 
 
✓ O Decreto Executivo (objetiva dar fiel cumprimento às leis) é amplamente utilizado 
no Direito Tributário para regular aquelas situações que já foram previamente 
definidas na lei. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
PR c/ CHEFE DE ESTADO - pode isentar QLQ tributo.
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
5 
 
Art. 99, do CTN: O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das 
leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância 
das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. 
 
✓ Por fim, temos como espécie de legislação tributária as chamadas “normas 
complementares”. Exp. Portaria da Procuradoria; Instrução Normativa da Receita 
Federal (estaduais e municipais também); Portaria Conjunta da Receita Federal com 
a Procuradoria; Atos expedidos pelas autoridades administrativas. 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
 I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (...). 
 
✓ Atenção: Simples decisão em processo administrativo não é considerada norma 
complementar, para que isso aconteça é necessário que a lei atribua essa eficácia 
normativa. 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
(...) 
 II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;(...). 
✓ Atenção: no Direito Tributário, costume da fiscalização é norma complementar. Exp. 
Se determinada fiscalização é feita adotando determinadas medidas (sem que exista 
lei que regulamente), esse procedimento não poderá ser alterado. De outro giro, 
costumes do contribuinte não é considerado como norma tributária. 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
(...) 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
(...). 
 Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a 
imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do 
valor monetário da base de cálculo do tributo. 
 
✓ Convênios celebrados entre entes federativos é norma tributária. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
6 
 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das 
convenções internacionais e dos decretos: 
(...) 
 IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios. (...). 
✓ O art. 100, do CTN, é claramente um rol exemplificativo, tendo em vista que não cita 
muitas outras fontes do Direito Tributário, como Medida Provisória; Resolução do 
Senado (são importantes para definir alíquotas máximas e mínimas dos tributos 
estaduais); Emenda Constitucional. 
 
4. Interpretação da legislação tributária 
 
✓ Interpretar é descobrir o melhor alcance de determinada norma. 
✓ Arts. 109 e 110, do CTN, devem ser estudados de forma conjunta. 
Art. 109, do CTN: Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para 
pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos 
e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. 
Art. 110, do CTN: A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o 
alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, 
expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições 
dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, 
para definir ou limitar competências tributárias. 
O Direito Tributário representa um direito de sobreposição, em razão de utilizar 
conceitos e obrigações de outras disciplinas para se estabelecer, sobrepondo-se aos direitos 
dos particulares, como as prerrogativas dispostas pelo Direito Civil. Exp. Interferência do 
Direito Tributário regulado pelo Direito Civil em abertura de sucessão causa mortis ou 
doação (por meio do ITCD). 
Destarte, os arts. 109 e 110, do CTN, aduzem que quando a lei (CF; Constituições 
Estaduais; Lei Orgânica do DF/municípios) utilizar um conceito de Direito Civil, essa 
definição estabelecida pela disciplina deve ser respeitada para fins de competência 
tributária. No entanto, os efeitos tributários decorrentes da situação conceituada serão 
determinados pelo Direito Tributário. 
Exp. O empréstimo compulsório é o único tributo restituível. Se a União quiser 
estabelecer um empréstimo compulsório para fazer face à despesas de calamidade pública, 
decorrentes de covid-19, pode ser estipulado o pagamento imediato, por meio de lei 
complementar, e os valores deverão ser devolvidos, tendo em vista que a CF dispôs que o 
tributo é um empréstimo, cuja definição é estabelecida pelo Código Civil como um mútuo 
(art. 586, CC), que gera a obrigação do mutuário restituir a coisa ao mutuante. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
MÚTUO - A dá um objeto para B, mas B tem que devolver o objeto/algo equivalente para A, se não seria doação.
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
7 
 
Outro exemplo é a Súmula Vinculante 31, do STF, que utiliza um conceito clássico 
do Direito Civil do que é serviço (obrigação de fazer), para estabelecer que o ISS não incide 
sobre locação de bens, porque esta representa uma “obrigação de dar”. 
Súmula Vinculante 31, do STF: É inconstitucional a incidência do imposto 
sobre serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de 
bens móveis. 
O art. 111, do CTN, estabelece uma interpretação literal (método gramatical) da 
legislação tributária referente aos incisos I, II e III, ou seja, se não está escrito na lei, o 
intérprete não pode ir além dela. Exp. Isenção (de acordo com o STF é a dispensa legal do 
pagamento do tributo):se está escrito na lei que serão isentos do imposto de renda, os 
aposentados e pensionistas que apresentem cegueira, não se pode incluir outras 
deficiências. 
(As causas de suspensão e exclusão do crédito tributários serão abordadas 
posteriormente). 
Art. 111, do CTN: Interpreta-se literalmente a legislação tributária que 
disponha sobre: 
 I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
 II - outorga de isenção; 
 III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
Indudio pro contribuinte: pode-se estabelecer um paralelo com o processo penal 
(indubio pro reo), é disposto pelo art. 112, do CTN a interpretação mais favorável ao 
contribuinte em relação à multa tributária (para o tributo não se aplica). 
Art. 112, do CTN: A lei tributária que define infrações, ou lhe comina 
penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso 
de dúvida quanto: 
 I - à capitulação legal do fato; 
 II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou 
extensão dos seus efeitos; 
 III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
 IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
Integração da legislação: para ocasiões em que não há norma regulando a situação. 
Deve-se seguir, necessariamente a ordem estabelecida nos incisos do art. 108, do CTN. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
8 
 
Art. 108, do CTN: Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na 
ordem indicada: 
 I - a analogia; 
 II - os princípios gerais de direito tributário; 
 III - os princípios gerais de direito público; 
 IV - a equidade. 
 § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não 
previsto em lei. 
 § 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento 
de tributo devido. 
5. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 
 
5.1 Classificação: 
 
✓ Obrigação principal: dever de entregar dinheiro ao cofre público, portanto se 
caracteriza pela cobrança do tributo e de multa tributária. Necessita de lei em sentido 
estrito para ser criada. 
✓ Obrigação acessória: é um dever instrumental, que ocorre quando o sujeito passivo 
possui o dever de fazer ou deixar de fazer alguma coisa, em decorrência do interesse 
da fiscalização. Exp. Pessoa Jurídica ter que se inscrever no CNPJ, e Pessoa Física 
ter que se inscrever no CPF; dever de emitir nota fiscal ao vender mercadorias. Não 
precisa de lei em sentido estrito para sua criação, decorre necessariamente da 
legislação tributária. 
Se for cobrado na prova a literalidade do §3º, do art. 113, do CTN, não há como considerar 
errado, no entanto deve-se considerar que obrigação acessória não necessita de lei em sentido 
estrito, diversamente da obrigação principal. Destarte, quando uma obrigação acessória não 
prevista em lei é descumprida, ela não pode se transformar automaticamente em obrigação 
principal, pois a obrigação acessória permanece existindo, o que ocorre é que o descumprimento 
dela dará ensejo a criação de multa. Ademais, para uma multa ser exigível ela deve apresentar 
previsão em lei em sentido estrito. 
Art. 113, § 3º, do CTN: A obrigação tributária é principal ou acessória. 
 § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por 
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se 
juntamente com o crédito dela decorrente. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
9 
 
 § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as 
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da 
arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-
se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
5.2 Sujeitos da obrigação tributária: 
 
✓ Ativo: quem pode exigir a obrigação tributária, ou seja, o fisco. 
 
Art. 119, do CTN: Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, 
titular da competência para exigir o seu cumprimento. 
Segundo o art. 119, do CTN, o sujeito ativo da obrigação é o titular da competência tributária 
(o poder de instituir determinado tributo), que por sua vez, é indelegável. O referido conceito é 
diferente da chamada capacidade tributária ativa, que é delegável (art. 7º, do CTN), e refere ao 
poder de arrecadar, fiscalizar e executar o tributo em nome de quem possui competência tributária. 
Exp. O ITR é um imposto de competência privativa da União, ou seja, apenas a União poderá 
instituí-lo, porém a capacidade tributária pode ser delegada para os municípios por meio de acordo 
com a Receita Federal, para que o ente municipal possa a arrecadar, fiscalizar e executar o ITR em 
nome da União. 
✓ Passivo: trata-se de quem deve cumprir a obrigação tributária. O sujeito passivo pode ser 
de duas categorias: o contribuinte, aquele que possui relação pessoal e direta com o fato 
gerador; e o responsável tributário, é o terceiro que possui vínculo com o fato gerador, 
mas não é necessariamente contribuinte. 
 
Art. 121, do CTN: Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada 
ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que 
constitua o respectivo fato gerador; 
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
Art. 126, do CTN: A capacidade tributária passiva independe: 
I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou 
limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da 
administração direta de seus bens ou negócios; 
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que 
configure uma unidade econômica ou profissional. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
10 
 
Sujeição/Inoponibilidade de negócios jurídicos (art. 123, do CTN): 
A expressão “Salvo disposições de lei em contrário” já foi cobrada em prova afirmando que 
“nunca será possível opor cláusulas contratuaise negócios jurídicos ao fisco”, a expressão “nunca” 
torna a afirmação incorreta. 
Exemplo de aplicação do art.123, do CTN: Proprietário que alega para o fisco que o IPTU 
de um imóvel deverá ser pago pelo locador. O pedido do locatário não irá prosperar, pois as 
definições de sujeito passivo estão insertas em lei, de forma que um contrato particular não será 
oponível à Fazenda Pública. 
Art. 123, do CTN: Salvo disposições de lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não 
podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do 
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
Solidariedade: todos os devedores respondem integralmente pelo adimplemento do crédito 
tributário. A solidariedade não comporta benefício de ordem para a cobrança do tributo. 
O art. 124, do CTN regula quem são as pessoas consideradas como devedores solidários: 
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato 
gerador da obrigação principal; 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício 
de ordem. 
A Fazenda Pública não é obrigada a ajuizar ação de execução fiscal em face de todos os 
devedores solidários, em que todos responderão integralmente pela dívida, independente do 
percentual de contribuição do contribuinte para o fato gerador (Exp. IPTU de imóvel com diversos 
donos, todos eles responderão integralmente pelo valor e a Fazenda Pública poderá cobrar de 
quaisquer dos donos). 
O art. 125, do CTN dispõe acerca dos efeitos da solidariedade. Há uma exceção para o 
disposto no inciso II, do referido artigo, relativa às isenções de natureza pessoais, essas não 
compartilhadas, de forma que os demais devedores terão que pagar o tributo e responderão 
solidariamente pelo saldo. 
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da 
solidariedade: 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Nota
NA ESFERA CÍVEL CABE AÇÃO DE REGRESSO CONTRA O LOCATÁRIO, mas nd se pode fazer contra este dentro da ação de execuçao fiscal, em que são partes o município de o locador (proprietário do imóvel).
Rafaela
Realce
PASSIVA
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
11 
 
 I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se 
outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade 
quanto aos demais pelo saldo; 
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, 
favorece ou prejudica aos demais. 
6. DENÚNCIA ESPONTÂNEA 
 
Trata-se de um conceito empregado para o infrator do Direito Tributário (o 
sonegador). Ocorre caso o contribuinte confesse a realização do ilícito antes de um 
procedimento de fiscalização, e realize o pagamento do tributo (com juros e eventual 
correção monetária), como consequência o agente ficará livre do pagamento da multa. 
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos 
juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade 
administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. 
 Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada 
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização, relacionados com a infração. 
7. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Art. 139, do CTN: O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a 
mesma natureza desta. 
 
O crédito tributário é responsável por dar materialidade para a obrigação tributária, 
que é tangível. A obrigação tributária decorre diretamente da realização do fato gerador, 
diversamente do crédito tributário, que por sua vez, necessita do lançamento (ou de outra 
forma de constituição) para transformar a obrigação em crédito tributário. 
Lançamento: procedimento administrativo privativo do fisco, realizado quando 
identificada a realização do fato gerador, para levar a obrigação tributária para um campo 
mais palpável, identificando o sujeito passivo, aplicando penalidades, indicando o que será 
tributado. 
O lançamento seria a única forma que o fisco possui para constituir o crédito 
tributário. No entanto, o crédito tributário pode ser constituído por diversas outras formas, 
sendo uma delas a declaração entregue pelo sujeito passivo, cuja realização seria suficiente 
para constituir o valor que foi declarado, conforme Súmula 436, do STJ. 
Súmula 436, do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo 
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra 
providência por parte do fisco. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
12 
 
Outra forma de constituição do crédito tributário relaciona-se com as decisões 
judiciais. Exp. Reclamação trabalhista reconhecendo verbas trabalhistas não pagas pelo 
empregador. Considerando que diversas verbas trabalhistas são base de cálculo para o 
recolhimento de contribuições previdenciárias, a sentença já decota esses valores da 
obrigação tributária. 
O lançamento, por sua vez, está disposto no art. 142, do CTN: 
Art. 142, do CTN: Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador 
da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o 
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor 
a aplicação da penalidade cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 
Modalidades de lançamento: 
1) De ofício: 
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade 
administrativa nos seguintes casos: 
I - quando a lei assim o determine; 
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e 
na forma da legislação tributária; 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado 
declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na 
forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela 
autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste 
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; 
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer 
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração 
obrigatória; 
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa 
legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo 
seguinte; 
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro 
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; 
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício 
daquele, agiu com dolo, fraude ousimulação; 
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por 
ocasião do lançamento anterior; 
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta 
funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, 
de ato ou formalidade especial. 
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não 
extinto o direito da Fazenda Pública. 
 
2) Por declaração/misto: leva-se em consideração qual seria a maior ou menor 
participação do contribuinte, nessa hipótese o sujeito passivo deve prestar 
declarações para que o fisco constitua o crédito. Exp. ITCD. 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
13 
 
 
Art. 147, do CTN: O lançamento é efetuado com base na declaração do 
sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação 
tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de 
fato, indispensáveis à sua efetivação. 
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando 
vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do 
erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. 
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão 
retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão 
daquela. 
 
3) Por homologação/auto lançamento: o sujeito passivo deve calcular, declarar 
e recolher o valor que acredita ser devido, de forma antecipada, e o 
lançamento irá se concretizar pela homologação por parte do fisco (poderá 
ser expressa ou tácita quando decorre do transcorrer do tempo). 
Art. 150, do CTN: O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos 
tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o 
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato 
em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim 
exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue 
o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. 
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à 
homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à 
extinção total ou parcial do crédito. 
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados 
na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de 
penalidade, ou sua graduação. 
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar 
da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda 
Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e 
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, 
fraude ou simulação. 
Arbitramento: se o sujeito passivo não cumpre as obrigações solicitadas, sendo omisso ou 
prestando declarações inidôneas, o fisco poderá realizar o arbitramento do valor devido. 
Art. 148, do CTN: Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em 
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, 
a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou 
preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os 
esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo 
RAFAELA MOREIRA - 11965817700 - RAFAELA MOREIRA - 11965817700
14 
 
ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, 
avaliação contraditória, administrativa ou judicial. 
Prazo para lançamento: o fisco possui o prazo de 05 anos para constituir o crédito tributário. 
A regra para os tributos sujeito a homologação, é de que o prazo é de 05 anos contados da data do 
fato gerador do tributo. Se o tributo foi declarado e pago antecipadamente pelo contribuinte, 
decorridos os 05 anos, compreende-se que foi homologado tacitamente. 
Regra geral da decadência: 05 anos, contados do 1º dia do exercício financeiro seguinte 
aquele em que o tributo poderia ter sido lançado. Essa regra se aplica aos tributos lançados de 
ofício, por declaração e homologação se ocorrer ausência de declaração, dolo, fraude ou simulação, 
nos termos da Súmula 555, do STJ. 
Art. 173, I, do CTN: O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito 
tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia 
ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício 
formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se 
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em 
que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao 
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao 
lançamento. 
Prescrição: perda do período para cobrar crédito tributário definitivamente constituído, 
conforme art. 174, do CTN. Para fins de prescrição a data da prescrição do crédito tributário em 
dívida ativa é irrelevante. 
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco 
anos, contados da data da sua constituição definitiva. 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em 
reconhecimento do débito pelo devedor. 
 
 
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce
Rafaela
Realce

Continue navegando