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PEDAGOGIA
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIa
Gustavo Kleiton Alves do Nascimento
 
A GESTÃO ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA EDUCATIVA
	
União dos Palmares
 2021
 Gustavo Kleiton Alves do Nascimento
A GESTÃO ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA NA 
PRÁTICA EDUCATIVA
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
União dos Palmares
2019
RESUMO
O presente projeto de ensino apresenta uma reflexão teórica sobre dois principais modelos de gestão adotados no âmbito educacional: o modelo gerencialista e o democrático. No desenvolvimento deste projeto destacamos as principais características de cada modelo estabelecendo o contraponto entre os dois e suas consequências para prática pedagógica, com ênfase para gestão democrática. O presente projeto conota a gestão frente às mudanças que permeiam as formas de dirigir o espaço escolar na efetivação de uma prática centrada na reorganização de processos educativos. Ressalta a evolução da atividade gestora e sua importância para que as propostas educacionais se efetivem na integração da comunidade escolar no sentido de tornar o desenvolvimento da prática, educativa algo pautável à expansão de situações que viabilizam aprendizagens significativas. As reformas, impõe às instituições educacionais a função do gestor quanto a estimular o crescimento das relações de desenvolvimento social, pessoal e os preceitos de uma prática educacional democrática e participativa.
 
Palavras-chave: Gestão Educacional. Modelos de Gestão. Gestão Democrática. 
SUMÁRI0
1 Introdução....................................................................................................05
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................07
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................17
3.1 Tema e linha de pesquisa..........................................................................17
3.2 Justificativa................................................................................................ 17
3.3 Problematização........................................................................................ 17
3.4 Objetivos.................................................................................................... 18
3.5 Conteúdos................................................................................................. 18
3.6 Processo de desenvolvimento................................................................... 20
3.7 Tempo para a realização do projeto......................................................... 20
3.8 Recursos humanos e materiais................................................................. 20
3.9 Avaliação................................................................................................... 20
4 Considerações Finais................................................................................. 21
5 Referências................................................................................................. 22
INTRODUÇÃO
A gestão educacional é uma construção histórica, resultante de um processo de transformação social, econômico e político. Reveste-se de contradições e de diversos interesses políticos. Portanto, política de gestão não é neutra, abstrata e nem tão pouco generalista ou com finalidade em si mesma. Ela articula-se ao desenvolvimento do sistema econômico, das políticas do Estado, no qual está inserida e reflete os posicionamentos dos gestores que a assumem. Para Janela Afonso (2010) a gestão é entendida como órgão que operacionaliza e implementa as orientações e políticas da instituição, podendo ser centralizadora, controladora, produtivista, competitiva e de modo geral, atrelada a demandas do mercado ou de outro modo, democrática, autônoma e participativa, o que eleva o seu compromisso com os interesses da coletividade.
 O referido projeto apresenta uma reflexão sobre os dois principais modelos de gestão educacional, com base em discussões e estudos que buscam conceituar uma nova perspectiva da gestão escolar e sua função na educação nas instituições de ensino público está interligado à reforma do Estado Brasileiro cujo eixo central consiste em transportar para o sistema escolar o modelo de gestão desenvolvido na empresa capitalista, com vistas a adaptar a educação à lógica do mercado. Em contraponto a esse modelo, é defendido o modelo democrático que possibilita que a coletividade participe e tome as decisões internas com maior autonomia.
Na primeira parte apresentamos a gestão na perspectiva democrática, apontando sua importância e desafios. Na parte seguinte, destacamos algumas características da gestão sob o molde do gerencialismo e como se articula às exigências mercadológicas. Posteriormente observei o enfoque na desenvoltura, do Estado neoliberal para salvaguardar o sistema capitalista em crise, que por meio de reformas exige das instituições educacionais, adequações ao modelo gerencial. Ressalto que, nesse projeto, a ênfase recai sobre a gestão na educação pública. 
Faz-se necessário apontar as formas de gestão e as contribuições que possibilitarão o sucesso ou o fracasso do fazer pedagógico nos aspectos de administração escolar. Por fim, considera a questão da gestão como elemento primordial a ampliação da visão da comunidade escolar. 
Analisa os dados obtidos por meio da pesquisa realizada no intuito de perceber como se da a gestão no ambiente escolar e sua efetivação. 
Para, Paro (2008) a concepção de gestão sob a perspectiva democrática visa e valoriza o desenvolvimento da instituição, bem como nas tomadas de decisões em todas as etapas, desde o diagnóstico ao planejamento e execução das ações, e ainda na avaliação, quando esta é assentada sob premissas democráticas.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para entender melhor sobre qual o papel e importância da gestão escolar, nada melhor do que saber um pouco sobre a história, como surgiu essa função e qual seu real objetivo. A atividade humana sempre esteve atrelada a sintomas da necessidade de facilitar as relações de interação com o meio e com o todo no qual se insere, de modo que, neste se destacam os mais variados seres vivos que integrando suas ações, proporcionam a realização de situações que estimulam uma melhor qualidade de vida. Nesta proposição o que se argumenta é a capacidade do homem em estabelecer funções, regras e atividades que viabilizam seu desenvolvimento pessoal e social, provocando o crescimento da sociedade não só em números, mis em tecnologia do ponto de vista das melhorias conquistadas até hoje pela ação humana.
De acordo com Ponce (2001) o homem no início de sua história de comunidade, vivia de forma livre, integrado ao ambiente numa proposta de igualdade entre os participantes do grupo, do grupo voltado para produção sem o pensamento do lucro, mas extremamente designado a sua sobrevivência, produzindo e trabalhando para o comum. Não existiam, líderes, nem grupos organizados entre si. De forma que todos se ouviam e decidiam juntos, numa extrema noção de democracia.
Os princípios da gestão, não visam à integração e a participação dos trabalhadores em atividades que exigissem a reflexão, para ações que compreendessem a dignidade devida aos trabalhadores. Com o passar dos anos os avanços ocorrem de modo que se consolidam as intenções de uma boa educação e espaço de trabalho onde o cidadão tenha pelo menos mínimo para sua sobrevivência como também a preocupação com a satisfação dos trabalhadores.
Segundo Martins (1999) A administração é um processo de planejar, organizar, dirigir e controlar recursos humanos, materiais, financeiros e informacionais visando a realização de objetivos. O conhecimento pertinente é o que é capaz de situar qualquer informação em seu contexto e, se possível no conjunto em que se estáinscrita.
Mediante a avanços que a gestão educacional tem sofrido ao longo dos anos percebe-se que o desenvolvimento e crescimento se apresentam como fomente de integração a práticas que objetivam o direcionamento e inovação do trabalho na escola. O trabalho significativo é o grande desafio que se institui como fator prioritário a dinâmica escolar.
 Com isso, considerando a preocupação da escola, cuja a função social é favorecer a construção do saber e a formação de sujeitos autônomos e críticos, percebe-se q	ue ela já não comporta no seu quadro, profissional com esse perfil centralizador e detentor único do saber. A escola, promovendo a educação através do ensino com qualidade, inserida na comunidade e recebendo desta o conhecimento social, o coordenador pedagógico que é supervisor com uma nova visão, um intelectual que tem como função específica de mediar e favorecer o processo de construção de saberes.
 A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional, para a educação básica será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. A partir de então a gestão democrática está amparada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LBD 9394-96, em seu Título II, Inc. VIII onde apresentam-se posicionamentos para o desenvolvimento de uma prática significativa quanto à orientação do trabalho educacional. A gestão democrática se institui, portanto, como espaço aberto para integração de ações que visam um bem comum, designado a formação pessoal e social dos alunos, como também o pleno desenvolvimento da escola em sua função formadora. Assim, importa que as formas de gestão se efetivem na escola no intuito de permear as boas relações no cumprimento de uma educação significativa.
O desenvolvimento das propostas educacionais quanto à atuação da gestão democrática na escola, tem alcançado significativas mudanças no que se refere à dinâmica de escolha e ao direcionamento das ações que envolvem a prática gestora, nos termos por consolidar uma prática que agregue compromisso e visão para a transformação. Neste aspecto, as muitas mudanças têm ocorrido para que na escola este profissional tenha um novo papel e uma nova forma de designar os processos formativos de educação. As mudanças ocorrem desde a escolha do gestor até a autonomia que lhe é assegurada.
Em meio a esse processo de mudança, não apenas a escola desenvolve a consciência sobre a necessidade de orientar o seu processo interno de mudança, de modo a acompanhar as novas condições externas, como própria sociedade cobre que o faça. Assim, é que a escola se encontra, hoje, no centro de atenções da sociedade. Isto porque se reconhece que a educação, na sociedade globalizada e economia centrada no conhecimento, é dotada de grande valor estratégico para desenvolvimento de qualquer sociedade e da qualidade de vida de seus cidadãos Luck, (2009). 
Nas escolas públicas atualmente ocorre um processo de eleição, no qual são escolhidos por meio de voto direto de toda comunidade escolar. Tal procedimento favorece a liberdade democrática de realizar escolhas, mediante a análise da vida profissional do gestor e das intenções que este apresenta para desenvolver uma prática democrática e centrada no cumprimento dos objetivos de estabelecer uma educação formadora.
Estabelecer, portanto, novas formas de integração e desenvolvimento quanto às propostas apresentadas para escolha do diretor, é algo que conota discussões e reflexões acerca do como fazer, para que hajam procedimentos éticos quanto a fazer valer valores e princípios que devem integrar a pauta do trabalho educacional na atualidade. Paro (2001) afirma que a mudança quanto ao processo de escolha do diretor, tem contribuído para que um novo pensamento se forme, quanto ao papel que este deve desempenhar e principalmente quanto às cobranças que se estabelecem na análise do que está sendo feito e do que vem a se desenvolver como proposta integradora e norteadora da orientação pedagógica.
É interessante observar que a eleição de diretores não apenas traz novas determinações ao papel do diretor, mas, em muitos casos, possibilita o acesso ao vago a um novo contingente de professores que, pelo critério da nomeação clientelista, dificilmente viriam a se tornar dirigentes escolares. Ao mesmo tempo, deve-se observar que o antigo diretor era mais identificado com as obrigações burocráticas e não tinha um passado de escolha livre por seus comandados como estímulo para defender mecanismos democráticos como passa ater o diretor eleito, Paro, (2001, p. 71).
O gestor passa a ter uma nova conceituação com relação a sua função e principalmente quanto aos posicionamentos que deve tomar para que a ação possa que se integra a realidade escolar. A situação do gestor da atualidade, não é mais a de estar em birôs, ditando regras, mas cabe refletir processos democráticos de organização das atividades e na capacidade de ouvir o outro e perceber as necessidades e particularidades da comunidade.
 Junto a nova proposta de trabalho, ações que integrem a percepção da grande diversidade que se apresenta a escola. A diversidade é que dá a vida ao trabalho, é o que permite que haja confronto de ideias, mudanças ou confirmações de concepções Fonseca, (1999, p. 18).
É preciso fazer valer a integração entre as pessoas e o aproveitamento das possibilidades que se apresentam por meio das capacidades que cada ser humano tem de desempenhar funções na intenção de efetivar um trabalho significativo e proposto ao cumprimento das formas de ver e perceber o mundo a sua volta. A grande diversidade apresentada na escola permeia muitos grupos sociais. Ao se valorizar as perspectivas de contribuição de cada pessoa, a escola abre espaço para um contato maior entre os que se interessam por fazer valer a dinâmica educativa voltada à formação significativa.
Mas os fins e a forma de atingi-los não são independentes entre si, senão que, em cera medida, condicionam-se mutuamente. Assim, dado determinado fim, é preciso selecionar os meios, bem como a forma de utilizá-los, para atingir precisamente o que se deseja. De igual modo, meios inadequados podem desvirtuar os fins ou comprometer o seu alcance Paro, (2001, p.49). 
Assim, o que se pode destacar é a importância de utilizar e selecionar os meios que se destacam como positivos neste processo de intermédio entre a prática e a ação comprometida com a mudança. Neste aspecto, a ação gestora se torna marcante e primordial, as perspectivas educacionais que visam à construção de um mundo melhor.
No processo de desenvolvimento de uma proposta de Gestão democrática importa que haja um trabalho centrado na compreensão da administração escolar como atividade que não é responsabilidade de apenas uma pessoa e sim do esforço conjunto e coletivo para que objetivos e fins da educação aconteçam.
A gestão democrática envolve atitudes, conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e competências no trabalho que se envolve quanto a prática de organizara escola. A ação gestora também deve agregar a suas funções preocupações com o processo de ensino e aprendizagem na sua escola. De acordo, com Paro (2001) os gestores não devem tomar como prioridade as questões são somente administrativas e sim valorizar também habilidades para diagnosticar e propor soluções assertivas nos conflitos entre a equipe de trabalho, como também deter habilidades e competências para a escolha de ferramentas e técnicas que possibilitem a melhor administração do tempo melhorando a produtividade profissional.
A ação de gestão deve provocar à busca e a compreensão da necessidade do conhecimento. Neste aspecto, a ação gestora se torna marcante e primordial, das perspectivas educacionais que visam à construção de um mundo melhor.
Conscientizar-se que a escola não é uma ilha, mas está inserida na sociedade, e deve ter uma prática adequada, baseada em pressupostos coerentes. Não apenas formar paravida, mas já viver o momento, a prática, dia-a-dia, da sociedade e do trabalho. Tudo isso é possível em um contexto de liberdade, confiança, parceria e educação continuada Teixeira, (1999, p.114).
 A escola da atualidade deve centra-se em valorizar as possibilidades de mudança, uma vez que esta não deve ignorar o mundo a sua volta. A gestão traz entre sua atribuição a atividade de perceber a possibilidade que se destina sua função pelo envolvimento com segmentos que viabilizam algum tipo de enriquecimento à proposta de ensino.
Se o compromisso é com a nova visão do mundo, que exige a prática para ser apreendida, o caminho parece ser precisamente este: ao mesmo tempo em que se desenvolve conteúdo de uma concepção mais elaborada de mundo, se propiciam condições para vivê-la e aprendê-la cada vez mais consistentemente. Só assim se pode esperar contribuir para desarticular a ideologia do mercado incrustada no dia-a-dia da sociedade e, particular no sistema de ensino, Paro, (2001, p.30).
 Enquanto a autonomia permite que a instituição implemente as suas políticas internas sem condicionamentos externos. Para Dourado (2006) a gestão democrática, como instrumento de participação e autonomia, é um processo contínuo que almeja a transformação da instituição e da própria sociedade na qual está inserida. Nesta direção, entendemos que a gestão democrática não se constrói somente com vontade de mudar, mas requer o reconhecimento do contexto na qual a instituição está inserida.
Ensino gratuito e de qualidade, fator este que repassa por maior repasse de recursos para estruturação e organização interna das instituições de ensino, segundo Dourado (2006) a gestão verdadeiramente democrática é importante para as instituições educacionais e estas não podem se curvar às práticas utilitaristas e produtivistas do mercado, mas, sobretudo, devem resgatar a qualidade de formação humana e política dos cidadãos. Sob essa premissa, no cumprimento de seu papel social e para a implementação da gestão democrática é necessário o fortalecimento das instituições no cumprimento de sua função social que é contribuir para o desenvolvimento da educação com qualidade.
Para Dourado (2006) essa possibilidade requer gestores atuantes, representativos dos interesses institucionais e não dos seus próprios interesses pessoais e políticos. A gestão democrática requer o exercício da autonomia das escolas públicas. Como ressalta Morin (2002), a educação pode ajudar a nos tornamos melhores, se não mais felizes, e nos ensinar a assumir a aparte prosaica e viver a parte poética de nossas vidas. Neste aspecto percebe-se a grande importância da utilização da educação para fortalecer os laços afetivos e de amizade entre os grupos que se formam num processo educacional.
 O papel do gestor nesta perspectiva é altamente importante na perspectiva de estimular as relações por meio da execução de valores e do bom tratamento. As relações interpessoais também se desenvolvem por meio da conscientização da necessidade que se tem de contar com o outro para que as conquistas ocorram e formem uma cadeia de relacionamentos centrados na prática da verdade e na valorização das potencialidades do outro.
Entende-se por relações interpessoais o conjunto de procedimentos que facilitando a comunicação e a linguagem, estabelece laços sólidos nas relações humanas. É uma linha é uma linha de ação que visa, sobre bases emocionais e psicopedagógicas, criar um clima favorável a empresa (escola) e garantir, por uma visão sistêmica e integração de todo pessoal, uma colaboração confiante e pertinente Antunes, (2003, p. 34).
A educação é algo par acontecer nesse espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal Alves, (2000, p.19).
A ação do gestor quanto administrar o espaço escolar agrega inúmeras responsabilidades, que culminarão a uma educação de qualidade. Paro, (2001), é de extrema importância que o gestor tenha de forma bem definida os meios para atingir os fins desejados. Para isso faz-se preciso ter objetivos e uma forma clara do que se deseja, para que o comprometimento com a causa não seja desvirtuado, causando impacto negativo a comunidade escolar.
A efetivação de uma postura democrática que estimula a participação ativa de todos que formam a equipe docente no que se refere a discutir e procurar soluções para problemas de ser uma realidade na escola. Para que a educação aconteça, de acordo com, Paro (2001) é preciso que os gestores primem por uma formação intelectual, que possibilite o acesso a informações que viabilizarão os meios para uma proposta educacional consciente e centrada no princípio da formação integrada ao conhecimento de mundo.
Como se percebe, a busca por uma educação de qualidade não se limita aos fatores apenas gerenciais de como saber falar e ditar as normas que servirão para organizar um espaço. Mas abre-se a amplas possibilidades de relacionamento e análise das situações que pedem posicionamentos objetivos que estimulam à prática de valores que permitem o reconhecimento da importância de se ter em mente a capacidade de integrar fatos e trocar conhecimentos.
.Neste aspecto, busca por um trabalho que favoreça uma educação de qualidade, solicita do gestor a ação de primar por um trabalho científico que estimule os educadores a buscarem e pesquisarem o que for necessário para que a qualidade chegue Não por meio de palavras, e sim pela ação vinculada ao estudo e ao conhecimento da realidade.
Assim, cabe aos gestores preparar o espaço de trabalhar junto à equipe de educadores a necessidade e importância de se conhecer o verdadeiro sentido do termo qualidade aplicado à educação. Este extrapola mecanismos de tecnologia e recursos, para deter-se a uma prática que vislumbra a liberdade de falar, expor conhecimentos, sentir e perceber a realidade, compartilhar e dividir, valorizar o outro e as oportunidades de crescimento e busca pela conquista de um espaço que conote a educação como fator de conhecimento das formas pelas quais o mundo se desenvolve. É preciso ter como princípio a internalização de conhecimentos e a minimização das diferenças que geram preconceitos e instabilidade no direito de reconhecer no outro as grandes possibilidades de desenvolver uma educação de qualidade.
 Nesse caminho, de acordo com Luck, (2006), durante o processo de democratização, os responsáveis por uma unidade de trabalho educacional, precisam adotar algumas formas de organização de ações para a determinação de sua afetividade. Essa organização é estabelecida mediante a liderança, para a mobilização do talento humano coletivo, dos recursos, visando à realização de objetivos sociais.
Essas medidas no âmbito escolar devem estar de acordo com os avanços da atualidade, com as novas necessidades de transformação socioeconômica e cultural, fazendo com que isso reflita nos educandos para que esses desenvolvam as competências que a sociedade demanda, isto é, medidas que produzam uma aprendizagem afetiva e significativa para os alunos. Em conformidade com o exposto, Hora (2004, p.34).
Logo, a gestão escolar tem como uma de suas ações, promover a mobilização de todas as condições materiais e humanas essenciais para desenvolver uma prática social de acordo com os processos educacionais na busca constante de qualidade, Luck (2000, p. 8).
Nessa perspectiva, com objetivos didáticos, é necessário evidenciar as principais diferenciações e características da administração escolar que influenciaram a definição do novo termo, o de gestão. De acordo com isso, Drabach, (2011, p.55) cita que: A substituição pelo termo gestão significava a tentativa de instaurar uma nova lógica na organização do trabalho, ou seja, esta substituição revela na verdade, superação do termo de administração para gestão.
Partilhando de tais ideias, a administração escolar tem como referencial as teorias da administração de empresas no que diz respeito à estrutura, funcionamento de seu sistema e na proposição de modelos organizacionais, com ações que visam a produtividade. O administrador escolaré o responsável legal e administrativo pelo estabelecimento, ou seja, tem a função de diretor da instituição.
No entanto, sob o novo viés da gestão as características de administração e as funções do diretor mudam significativamente, talvez, não tanto no sentido do que fazer, mas de como fazer.
Historicamente, segundo Drabach (2011), o diretor no modelo de administração escolar determinava e controlava as decisões dentro da escola, assim, encaminhava o projeto educacional e distribuía as funções para execução. Na verdade, sua função se restringia à esfera administrativa, à autoridade e ao controle das ações a serem desenvolvidas na instituição escolar.
Por conseguinte, a administração escolar sempre foi marcada pelo modelo de administração de empresas, no desenvolvimento de suas ações. No Brasil, a administração da educação foi e ainda é influenciada pelos fatores da nossa realidade social, devido às características de sociedade capitalista sob o qual vivemos, conforme, Paro (2002, p. 125).
Nessa abordagem limitada da administração, conforme manifesta Drabach (2011, p. 34): A administração neste modelo era delineada a partir do ponto de vista técnico, como um conjunto racional de procedimentos capazes de conduzir a escola no desempenho de sua finalidade. Perante isso, a revolução de qualquer problema escolar tendo por base esses princípios administrativos é ligada às teorias da administração e, que não passam por repensar crítico, acaba por esquecer e isolar os problemas do todo social, ou seja, de onde surgem as causas.
Nesse sentido, Hora (2004, p. 18) escreve que essa perspectiva administrativa contribui para que muitos diretores de escola pública venham a se tornar déspotas com seus dirigentes e subservientes aos dirigentes dos órgãos, esquecendo sua principal função de autonomia em relação ao contexto econômico, social e político, no momento em que os diretores das escolas não participam do planejamento pedagógico, precisando ser repensada com vistas ao estabelecimento de processos verdadeiramente democráticos.
Luck (2006, p. 99), afirma que não se pretendeu estabelecer uma polarização entre as duas dimensões e sim apontar características das duas e esclarecer que na realidade o que existe é uma dinâmica interativa entre ambas. Em meio a esse processo, entende-se que ambas contribuem para o processo educativo, desde que sejam utilizadas de forma apropriada, pois todos esses aspectos estão interligados e se apoiam reciprocamente.
Nesse caminho, para Hora (2004), surgiram as teorias da administração escolar com um olhar democrático, que têm se reproduzido no Brasil, no sentido de explicar a sua fundamentação, indicando a gestão democrática como uma das condições necessárias para o desenvolvimento da sociedade democrática, cabendo ressaltar, que essas teorias surgiram para restabelecer o sentido pedagógico da administração escolar.
Sendo assim, essa concepção surgiu na tentativa de superar a fragmentação que tem se produzido nas escolas, onde as equipes diretivas das instituições atuam isoladamente, pois ficam com seus focos de ações específicas, esquecendo o todo, desempenhando suas funções de forma desarticulada com a instituição escolar. Sobre isso, Luck (2004, p.10) ressalta que, quando se pensar em algum setor da escola, deve-se pensar em suas relações com os demais setores, bem como, com a comunidade. Dessa forma, a escola precisa trabalhar de forma integrada, pois todos os segmentos estão interligados e se influenciam mutuamente, para que aconteça um sistema aberto de trocas recíprocas, por exemplo, entre a escola e a comunidade, onde se influenciem e se recebam influências.
O processo de democratização da escola propõe a implantação de mudanças com vista ao ensino para a participação cidadã. Por tanto, a equipe diretiva, docentes, alunos e a comunidade constituem o processo educativo nesse contexto com um olhar democrático, procurando adotar uma linha integrada, na busca de uma ação conjunta, para a solução dos problemas. Em conformidade com o exposto, Hora (2004, p.20) afirma que: Tais mecanismos são capazes de gerar um processo de democratização das estruturas educacionais, por meio da participação de todos na definição de estratégias, organização da escola, na redefinição de seus conteúdos e fins. Enfim, recuperar o sentido educativo da administração escolar.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
 O desenvolvimento do referido Projeto se deu através de observações feitas durante o período de estágio em gestão, entrevistas, como também pesquisas e consultas em livros, Artigos Científicos.
3.1 Tema e linha de pesquisa
A linha de pesquisa do referente Projeto será em Gestão Escolar e sua Importância como Prática Educativa, o tema dará ênfase em Gestão Democrática e suas práticas transformadoras. Contemplando a democratização da escola, e participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos, como função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento. Logo, para que a gestão escolar contribua para transformação social, é preciso haver mudanças de concepções. 
3.2 Justificativa
Observando as atribuições de cada profissional da educação, entende-se o quanto, todos estão envolvidos, o trabalho em equipe em todos os segmentos da instituição produzirá uma prática que transformará o ambiente e modificará as pessoas. Sendo assim, essa prática vem trazer progressos tanto pedagógico, financeiro, quanto relacional para âmbito escolar. Nesse meio, a transformação se dá em repensar as práticas do âmbito escolar e coloca-las em ação, em relação a esse aspecto. Assim podemos falar que é a ação que transforma a realidade e não a contemplação. Assim toda gestão tem, visar uma ação transformadora, visto que os processos de gestão escolar precisam ter bem definidos seus objetivos e metas educativas. 
3.3 Problematização
Durante o período de observação e pesquisa do estágio, percebi algumas situações, que as medidas impostas pelas políticas públicas causam descontentamento para muitos profissionais da educação, porém, não devem ser levados como motivos de impedimento para não trabalhar com perspectivas democráticas. É um desafio é claro, porém podemos começar nos processos internos da escola e construir focos de resistência às políticas impositivas e antidemocráticas.
Construir uma gestão democrática exige tempo e planejamento e dá mais trabalho do que simplesmente agir de forma diretiva. Contudo, os ganhos são enormes quando as decisões sobre os gastos, a montagem do projeto pedagógico e os instrumentos de avaliação.
O presente projeto trás sua problematização: quais os impactos negativos que trás á uma escola que não tem práticas de uma gestão democrática?
3.4 Objetivos
Algo importante ao fazer um planejamento, é nomear metas realizáveis por isso, é na execução que se faz uma prática transformadora que busca numa ação conjunta a solução par os problemas da escola.
· Promover encontros de formação continuada para os professores e, também para todos os envolvidos no âmbito educativo.
· Participação de todos nos processos de decisão e discussão, por meio do diálogo permanente.
· Propor ações concretas e claras com prazo para seu cumprimento.
3.5 Conteúdos
Todo Projeto tem um planejamento, um desenvolvimento e uma conclusão sem estas partes e empenho para realiza-lo é muito pouco provável que tenha resultado positivo, está questão visa organizar e orientar planos.
Com a prerrogativa de pensar que a mobilização em favor da escola pública. 
3.6 Processo de desenvolvimento
Processos de organização da gestão escolar, não ocorrem de forma isolada, antes se constituem em processos que, de forma sistemática, articulada e permanente, buscam garantir organização e o desenvolvimento da gestão da escola. Elas irão se materializar nos planos e projetos elaborados pela escola, conforme será demonstrado.
Precisa ficar claro que a concepção de planejamento que deve ser assimilada para que possa ser assegurada uma efetiva organização do trabalho daescola e uma gestão democrática e participativa conforme o desejado por aqueles que fazem educação. O processo e o exercício de planejar constituem uma antecipação da prática, ou seja, planejar é prever e programar as ações e os resultados desejados, possibilitando à equipe gestora a tomada de decisões.
 A escola como uma instituição pública de educação cumpre uma finalidade coletiva, social, cultural e pública. Ela apresenta um elevado grau de importância para comunidade escolar e para a sociedade em geral que a mantém.
O favorecimento à autonomia no trabalho coletivo assume importante papel no desenvolvimento da cooperação e interação social. Neste sentido, o trabalho com o grupo de estudos propicia uma troca de conhecimentos que contribui para uma maior aprendizagem. 
A escola necessita formular objetivos, tendo como referência as suas necessidades e em articulação com o projeto político-educacional do sistema de ensino do qual faz parte. É necessário que a escola elabore planos de trabalho ou planos de ação onde são definidos seus objetivos e sistematizados os meios para execução bem como os critérios de avaliação da qualidade do trabalho que realiza. Sem planejamento, as ações dos diversos setores da escola irão ocorrer com bases nas circunstâncias, com base no improviso ou na reprodução mecânica de planos anteriores e sem avaliar os resultados do trabalho.
 Dado o seu caráter processual e de atividade permanente de reflexão e ação, o planejamento deve ser flexível, ou seja, deve permitir ajustes nos objetivos e nas estratégias durante a sua execução.
Ou seja, as ações definidas nos planos devem estar sujeitas a um processo de avaliação constate, para as retificações necessárias nos percursos definidos. O processo de planejamento da escola deve ser visto também como um mecanismo que pode contribuir para a superação do imobilismo da comunidade escolar para o desenvolvimento de uma ação coletiva.
Uma vez que se define que o planejamento é um processo de construção desenvolvido numa perspectiva democrática e participativa, a busca de informações reais e atualizadas permitem identificar as dificuldades existentes e as causas que as originam, em relação aos resultados obtidos.
Determinação de atividades e tarefas a serem desenvolvidas em função de prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com recursos disponíveis (elementos humanos e recursos matérias e financeiros).
Algo que deve ser observado no processo de planejamento e na organização geral do trabalho é o tipo de gestão que se desenvolve na escola. O planejamento escolar não pode ser conduzido de forma autoritária e centralizadora, uma vez que se pretende instituir uma cultura mais democrática e participativa nos processos desenvolvidas na escola. Uma gestão democrática não se se constrói sem planejamento participativo, que conte com o envolvimento dos segmentos, representativos da comunidade escolar nos processos de tomada de decisão.
 Ao pensar em um processo de avaliação institucional, a equipe gestora necessita discutir com a comunidade escolar questões, apontadas.
3.7 Tempo para a realização do projeto
O referido projeto tem como ser executado durante todo o ano letivo, porém levará apenas 20 horas para ser bem explicado, bem como também desenvolvê-lo.
Aproveitando o tempo para pôr em prática o conteúdo nele a ser desenvolvido.
3.8 Recursos humanos e materiais
Foram utilizados, várias pesquisas para usar tecnologias facilitando, o assunto em questão. Foram utilizadas frases, pensamentos para iniciar as palestras como amostra de dados, para ser abordadas, dinâmica de grupos.
3.9 Avaliação
Foi feito um questionário, abordando as etapas necessárias para o entendimento da comunidade como também da equipe gestora, no que se diz respeito ao trabalhar coletivo. A avaliação ou auto- avaliação possibilita detectar problemas. Fazer essa pesquisa através de caixinhas de sugestões, ou reclamações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após apresentar conceitos referentes ao tema abordado e explanar o estudo de diferentes autores, cabe, no momento, refletir sobre o que foi abordado no projeto. A gestão escolar ainda hoje passa por um momento de transição, na tentativa de superar a óptica da administração escolar e voltando-se para uma visão de conjunto, isto é, a intervenção de todos os envolvidos na elaboração, solução e execução de metas para a escola. Assim, percebe-se que partir desses pressupostos, vem sendo debatida a viabilidade de democratizar as relações no âmbito escolar. De fato, é preciso reconhecer que essa é uma prática em transformação, visto que sair do sonho de um processo de gestão democrática para uma ação efetiva, que só é possível através da participação ativa de todos os segmentos. Analisando a construção deste trabalho, percebe-se que foram alcançados os objetivos propostos, dentre eles, refletir sobre a gestão escolar como prática educativa transformadora, no qual, observa-se que é um processo que vem transformar a realidade escolar e social.
REFERÊNCIAS
SALARCÃO, Isabel (org.) Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmede Editora, 2001.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, História da Educação. São Paulo: Moderna, 2005.
CURY, Carlos Roberto Jamil. A educação básica no Brasil in Revista Educação Sociedade, vol. 23, nº. 80, Campinas-SP, Setembro de 2002.
HORA, Dinair Leal. Gestão Democrática na escola. 11ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2004.
DRABACH, Neila Predotti. Perfil do gestor público in instituto Federal de Educação, Ciência e tecnologia do Paraná, Educação a Distância. Paraná, 2011.

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