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AV1 - PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA ... VARA DA 
COMARCA DE NATAL/RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUZANA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., identidade nº..., 
CPF nº..., CTPS..., residente..., vem, respeitosamente perante Vossa 
Excelência por meio de seu advogado com endereço profissional.., vem 
apresentar RECLAMAÇÃO TRABALHISTA pelo RITO ORDINÁRIO com base no art. 
840/CLT em face da FAMÍMIA MORAES, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., com base nos fatos e fundamentos a seguir: 
 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
 Inicialmente requer, a concessão da gratuidade de justiça, visto que o reclamante não 
possui condições de arcar com as custas processuais, sem prejuízo de seu sustento e de sua 
família nos termos do art. 2º § único, da lei 1.060/50 c/c 790, § 3º, da CLT. 
 
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
 
 Deixou o Reclamante de submeter sua lide à Comissão de Conciliação Prévia visto que 
em decisão das ADIs 2.139 e 2.160 e até mesmo do art. 5º, XXXV, da CF/88 suspendeu a 
obrigatoriedade da mesma. 
 
DOS FATOS 
 
A Reclamante foi contratada no dia 15/06/2016 pela família Moraes como 
empregada doméstica. No ato da contratação foi celebrado contrato de experiência com 
prazo de 45 (quarenta e cinco) dias por tempo indeterminado. 
Ao final dos 45 dias, a reclamante continuou trabalhando normalmente para a 
família sem que tenha havido qualquer prorrogação contratual. 
A jornada de trabalho da reclamante era de segunda à sexta-feira, das 7hs às 16h 
com 30 (trinta) minutos de intervalo intrajornada. 
Por 4 (quatro) dias em viagem com a família à Gramado-RS, realizando serviço 
de babá a jornada de trabalho da reclamante foi de 8h às 17h com uma hora de intervalo 
intrajornada. 
A reclamante sofreu descontos no salário, sendo 10% a titulo de vale transporte 
e, 25% a título de vale alimentação consumida no emprego. 
O contrato da reclamante foi extinto em 15/09/2016 e na ocasião foram pegas as 
verbas rescisórias, quais sejam: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidos de 1/3 e 
13º salário proporcional a 4/12 avos. 
DOS FUNDAMENTOS 
DO CONTRATO – INEXISTÊNCIA DE PRORROGAÇÃO – CONVERSÃO DO 
CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO 
 No ato da contratação da reclamante foi estabelecido o prazo de experiência de 
45 dias, contudo ao término do prazo a reclamada não realizou a prorrogação do prazo 
do contrato, o que fez com que o mesmo se convertesse automaticamente em contrato 
por prazo indeterminado, tudo nos termos do art. 5º, da 2§, da lei complementar nº 
150/2015 
 A reclamada desconsiderou a indeterminação do contrato de trabalho e realizou 
o pagamento das verbas rescisórias como se o contrato efetivamente estivesse 
regimentado por termo. 
 Portanto, considerando que a reclamada não realizou a prorrogação do prazo do 
contrato de trabalho da reclamante, requer que o contrato seja considerado por tempo 
indeterminado, bem como que a reclamada seja condenada ao pagamento das verbas 
inerentes a essa espécie de contrato, isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos 
do art. 23, 1§, da lei complementar nº 150/2015 e seus reflexos nas férias acrescidos do 
terço constitucional (1/12 avos) e 13º salário (1/12 avos). 
DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
 Na rescisão contratual a reclamada não efetuou o pagamento do saldo de salário 
de 15 dias, razão pela qual requer a sua condenação. 
DOS DESCONTOS INDEVIDOS 
 A reclamada realizava dois descontos indevidos do salário da reclamante. 
O primeiro desconto contraria expressamente o previsto no art. 18 da lei 
complementar nº 150/2015, isto é, mesmo com a vedação legal de descontos no salário 
da empregada doméstica a título de alimentação, a reclamada procedia aos descontos de 
25% do salário mensal. 
O segundo desconto referia-se ao vale transporte, que em vez de se limitar a 6% 
do legalmente previsto, a reclamada 10%, ou seja, violando o art. 4, da Lei 7.418/85 e 
descontou indevidamente mais 4%. 
Dessa forma, requer a condenação da reclamada á devolução da alimentação 
equivalente a 25% do salário mensal da reclamante, bem como a devolução de 4% 
referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente. 
NÃO CONCESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA 
 À exceção de 4 (quatro) dias em que a reclamante viajou com a família 
empregadora e que o intervalo intrajornada foi de 1h por dia, todos os demais dias de 
prestação de serviços houve violação ao intervalo de no mínimo uma hora de intervalo 
intrajornada, conforme art. 13, da lei complementar nº 150/2015. 
 Portanto, considerando que o intervalo intrajornada da reclamante era de 
somente 30 minutos por dia, requer a condenação da reclamada ao pagamento de uma 
hora no intervalo intrajornada acrescido do adicional legal, tudo nos termos do 
dispositivo legal citado e da Súmula 431, I, do TST, bem como o reflexo dessa rubrica 
no aviso prévio, férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário proporcional e 
FGTS. 
HORAS EXTRAORDINÁRIAS 
 A jornada de trabalho da reclamante era das 7h às 16h com trinta minutos de 
intervalo para alimentação e descanso de segunda a sexta-feira. 
 Pois bem, considerando a jornada efetivamente laborava diariamente, conclui-se 
que a reclamante tem direito a 30 minutos extras, afinal laborava 8h30min por dia (art. 
2º, caput, da lei complementar nº 150/2015). 
 Desse modo, pugna pela condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos 
extras por dia e que haja reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do terço 
constitucional e 13º salário proporcional. 
ADICIONAL DE 25% DURANTE PERÍODO DE VIAGEM 
 A reclamante viajou por 4 (quatro) dias com a família da reclamada, contudo, 
durante o período não recebeu o adicional de 25% previstos no art. 11, 2§ da lei 
complementar nº 150/2015. 
 Requer, pois, a condenação da reclamada ao pagamento respectivo acional que 
deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo labor no período da viagem. 
DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto, requer à Vossa Excelência: 
1) A concessão da gratuidade de justiça; 
 
2) A procedência do pedido de condenação da reclamada ao pagamento das 
seguintes verbas: 
 2.1) Que o contrato seja considerado por tempo indeterminado, bem como que a 
reclamada seja condenada ao pagamento das verbas inerentes a essa espécie de contrato, 
isto é, aviso prévio (30 dias) indenizado nos termos do art. 23, §1, da lei complementar 
nº 150/2015 e seu reflexo nas férias acrescidas do terço constitucional (1/12 avos) e 13º 
salário (1/12 avos); 
 2.2) Que seja a reclamada condenada ao pagamento do saldo de salário de 15 dias; 
 2.3) A condenação da reclamada ao pagamento de 30 minutos extras por dia 
acrescido de 50% e que haja o reflexo dessa rubrica no aviso prévio, férias acrescidas do 
terço constitucional e 13º salário proporcional, como disposto no art. 2º, §1 da lei 
complementar nº 150/2015; 
 2.4) Uma hora extra pela suspensão do intervalo intrajornada acrescido de 50%; 
 2.5) A condenação da reclamada ao pagamento adicional de 25% previsto no art. 11, 
§2 da lei complementar nº 150/2015 que deverá incidir sobre as 32 horas de efetivo 
labor no período da viagem; 
 3) A condenação da reclamada à devolução do valor descontado à título de 
alimentação equivalente a 25% do salário mensal da reclamante, bem como a devolução 
de 4% referente ao excesso do vale-transporte descontado ilegalmente; 
 4) A procedência do pedido de condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios; 
 5) A notificação da reclamada. 
DAS PROVAS 
 Requer a produção de prova: documental, documental superveniente e o 
depoimento pessoal da parte reclamada, sob pena de confissão, na amplitudo do art. 
369/CPC. 
VALOR DA CAUSA 
 Dá-se à causa o valor superior a 40 salários mínimos. 
 
Pede deferimento 
 
 Local/Data 
 
 Advogado... 
 OAB.../UF...

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