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pulmao_-_resumo_histo (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
IB185 - HISTOLOGIA HUMANA 
Tema: SISTEMA RESPIRATÓRIO - PULMÃO 
DISCENTE: Amanda de Souza Araujo Silva 
Matrícula: 2019005680 
INTRODUÇÃO 
O sistema respiratório permite o transporte do O2 para o sangue, a fim de ser 
distribuído para as células, e a retirada do CO2, dejeto do metabolismo celular, 
do sangue para o exterior. As vias do trato respiratório dividem-se em: porção 
condutora: constituída pelas cavidades nasais (durante a respiração forçada, 
a cavidade oral também faz parte dessa porção), faringe, laringe, traqueia, 
brônquios e bronquíolos; porção respiratória: formada pelos bronquíolos 
respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. 
 
BRÔNQUIOS 
Os brônquios são ramificações da traquéia. Nos seus ramos maiores, a 
mucosa que reveste os brônquios é idêntica à da traquéia; já nos ramos 
menores o epitélio pode ser cilíndrico simples ciliado. 
Apesar da traquéia e brônquios apresentarem características histológicas 
semelhantes podemos diferenciá-los a partir da musculatura lisa e das peças 
cartilaginosas. O brônquio apresenta uma musculatura lisa bem desenvolvida 
na camada mucosa, esta estrutura está ausente na traquéia. Já a traquéia 
apresenta anel de cartilagem hialina, nos brônquios observam-se as placas de 
cartilagem hialina. 
O epitélio é pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. Nos 
brônquios extrapulmonares, assim como na traqueia, a cartilagem hialina é em 
forma de C, e o músculo liso está localizado posteriormente, entre as 
extremidades da cartilagem. Nos brônquios intrapulmonares, a cartilagem é 
irregular, o que faz com que, no corte histológico, sejam visualizados pedaços 
de cartilagem, e o músculo liso está disposto internamente à cartilagem. 
Além de transportar o ar, a árvore brônquica aquece-o pela presença de vasos 
sanguíneos na sua proximidade, umidifica-o pela secreção serosa das 
glândulas e limpa-no através do muco das células caliciformes e das glândulas 
e o movimento dos cílios. 
 
BRONQUÍOLOS 
Os bronquíolos são segmentos intralobulares, tendo diâmetro de l mm ou 
menos: não apresentam cartilagem, nódulos linfáticos ou glândulas. O epitélio 
dos bronquíolos apresenta regiões especializadas denominadas corpos 
neuroepiteliais, estes que são constituídos por 80 a 100 células que contêm 
grânulos de secreção e recebem terminações nervosas colinérgicas. Podem 
ser classificados por: 
 Bronquíolos terminais: são as últimas porções da árvore brônquica. 
Têm estrutura semelhante à dos bronquíolos, tendo, porém, parede mais 
delgada. Possuem as células de Clara, que secretam proteínas para 
proteger o revestimento bronquiolar contra determinados poluentes do 
ar. 
 Bronquíolos respiratórios: constituem a transição entre a porção 
condutora e a respiratória. O epitélio é simples cúbico ciliado, com 
células de Clara, interrompido por células pavimentosas, que 
correspondem aos alvéolos e permitem as trocas gasosas. O epitélio é 
circundado por tecido conjuntivo e músculo liso. 
 
 
Corte de pulmão em aumento de 10x, corado por Azul de Toluidina. Em 1, 
observa-se um bronquíolo terminal; e em 2, alvéolos pulmonares. 
 
Corte de pulmão em aumento de 10x, corado por Azul de Toluidina. Em 1, observa-
se um bronquíolo respiratório; e em 2, alvéolos pulmonares. 
 
DUCTOS ALVEOLARES, SACOS ALVEOLARES E ALVÉOLOS 
Cada bronquíolo respiratório ramifica-se em dois a dez ductos alveolares. Eles 
são condutos constituídos por alvéolos, portanto, de epitélio simples 
pavimentoso, circundados por fibras reticulares e elásticas e por células 
musculares lisas. Os alvéolos são pequenas evaginações em forma de saco, 
encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos 
respiratórios. O ducto alveolar termina em um alvéolo simples ou em sacos 
alveolares formados por inúmeros alvéolos. 
Cada parede alveolar é comum a dois alvéolos vizinhos, por isso denomina-se 
parede ou septo interalveolar. Ele apresenta quatro tipos celulares, são eles: 
 Células endoteliais dos capilares: as mais numerosas e com núcleo 
um pouco menor e alongado que o das células epiteliais de 
revestimento, o endotélio é do tipo contínuo e não fenestrado. 
 Pneumócitos tipo I: tem núcleos achatados e distantes entre si devido 
a grande extensão do citoplasma. Essas células têm um retículo 
endoplasmático granular pouco desenvolvido e apresentam microvilos 
curtos em alguns pontos de sua superfície, existem também 
desmossomas ligando duas células epiteliais vizinhas. 
 Pneumócitos tipo II: chamados de células septais, são menos 
frequentes que as células epiteliais de revestimento. A principal 
característica dessas células é a presença de corpos lamelares na 
região basal do citoplasma, eles são responsáveis pelo aspecto 
vesiculoso do citoplasma à microscopia óptica. Produzem substância 
surfactante cuja função principal é reduzir a tensão superficial sobre os 
alvéolos impedindo o colabamento alveolar. São capazes de se dividir e 
de se diferenciar em pneumócitos do tipo I, o que é importante para 
recuperar o parênquima pulmonar em caso de dano 
 Macrófagos alveolares: são encontrados no interior dos septos 
interalveolares e na superfície dos alvéolos. Os macrófagos alveolares 
localizados na camada surfactante que limpam a superfície do epitélio 
alveolar são transportados para a faringe, onde são deglutidos. 
 
VASOS SANGUÍNEOS DO PULMÃO 
A circulação sanguínea do pulmão compreende vasos nutridores (sistêmicos) e 
vasos funcionais (vasos pulmonares). 
 Circulação funcional: é representada pelas artérias e veias 
pulmonares. As artérias pulmonares transportam sangue venoso para 
ser oxigenado nos alvéolos pulmonares. Na altura dos duetos alveolares 
os ramos arteriais originam a rede capilar dos septos interalveolares. 
Essa rede capilar entra em contato direto com o epitélio alveolar. Da 
rede capilar formam-se vênulas que correm isoladas pelo parênquima 
pulmonar, afastadas dos ductos condutores de ar e penetram os septos 
interlobulares.. Após saírem dos lóbulos, as veias contendo sangue 
oxigenado (arterial) acompanham a árvore brônquica, dirigindo-se para o 
hilo. 
 Vasos nutridores: compreendem as artérias e as veias brônquicas, que 
levam sangue com nutrientes e oxigênio para todo o parênquima 
pulmonar. Os ramos da artéria brônquica acompanham a árvore 
brônquica até os bronquíolos respiratórios, onde se anastomosam com 
pequenos ramos da artéria pulmonar. 
 
VASOS LINFÁTICOS DO PULMÃO 
Essa rede linfática é chamada de rede profunda, para ser distinguida da rede 
superficial, que compreende os linfáticos existentes na pleura visceral. Os 
vasos linfáticos da rede superficial ou acompanham a pleura em toda a sua 
extensão ou podem penetrar o parênquima pulmonar através dos septos 
interlobulares, dirigindo-se também para os linfonodos do hilo pulmonar. Nas 
porções terminais da árvore brônquica e nos alvéolos não existem vasos 
linfáticos. 
 
PLEURA 
É a serosa que envolve o pulmão, sendo formada por dois folhetos, o parietal e 
o visceral, os quais são contínuos no hilo pulmonar. Esses dois folhetos são 
capazes de delimitar, para cada pulmão, uma cavidade pleural independente e 
revestida pelo mesotélio. 
Essa cavidade pleural contém apenas uma película de líquido lubrificante, o 
qual permite o deslizamento sutil dos dois folhetos durante os movimentos 
respiratórios, impedindo o atrito entre o mesotélio visceral e o parietal. 
 
REFERÊNCIAS 
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-respiratorio/ 
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pulmao/ 
https://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/9Respirat.pdf 
JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 
 
 
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-respiratorio/
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/pulmao/https://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/9Respirat.pdf

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