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RESUMO SLIDE PRESERVAÇÃO DOS BENS CULTURAIS

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Chegando ao país, ela se encanta com a natureza do Rio de Janeiro, mas se instala em São Paulo, onde o empresário Assis Chateaubriand abre as portas para um novo desafio: o MASP, uma das maiores realizações da arquiteta.
Com o objetivo de aproveitar os galpões da fábrica de tambores em sua forma original e, ao mesmo tempo, conseguir entregar à população o máximo de beleza e cultura possível, Lina Bo Bardi praticamente se mudou para o local da obra, transferindo seu escritório para lá.
"Preservar a fábrica é preservar um pedaço da história da cidade,
mas um pedaço da história como ela é mesmo, sem disfarces. Nada
daquele conceito de que só deve permanecer o que é belo. O que é
típico deve ser valorizado. Mesmo que seja simples, como seria
obrigatoriamente uma fábrica de tambores" (BARDI, 1977).
A intenção projetual da arquiteta é que a obra fosse voltada para humanidade, por consequência, o cunho social da obra foi de imensa significância para a realidade da iniciativa. A intenção de Lina Bo Bardi, era que as pessoas se aproximassem da obra, sentindo-se acolhidas, e em busca disto, as etapas da obra ocorreram de forma a manter a utilização, enquanto se desenvolviam, com isto, durante o período em que as paredes internas e o reboco das paredes externas eram removidos, revelando a coloração avermelha dos tijolos, mantinham-se as atividades esportivas e culturais, ratificando a afirmação da arquiteta quando de sua afirmação que, o trabalho a ser feito, deveria apenas expandir o que já era presenciado na localidade.(FERRAZ, 2008).
O Sesc Pompeia parte do princípio de ser um lugar totalmente popular, e a arquiteta buscou amplificar este movimento. Em 1986, o complexo foi inaugurado por completo, com mais dois novos prédios, um em cada margem do corrégo da Água Preta. Com janelas irregulares, possuem grandes espaços abertos, permitindo a entrada de luz natural e a ventilação cruzada, evitando o uso de ar-condicionado.
Dois grandes blocos de concreto armado foram usados para preencher os fundos do terreno, local destinado as atividades esportivas do complexo. Entre as torres há oito passarelas, também de concreto, que ligam o bloco esportivo.
Quanto aos espaços de convivência, a arquiteta criou um riacho e uma lareira, com o intuito de dar mais aconchego ao ambiente, além de salientar sua idade, visto que a construção já era antiga quando iniciada as obras.
Nos galpões funcionam hoje a choperia e os ateliês da unidade. Esses foram espaços adequados para agregar as atividades do Sesc, porém, como mencionado, a estrutura foi mantida bem próxima do original.
Mas o que chama atenção é o mobiliário, que foi desenvolvido dentro do complexo pela própria Lina e sua equipe. Na época essa atitude foi considerada revolucionária e inédita por muitos.
A decisão, de manter estas edificações, fez com restasse uma pequena porção passível de receber a construção de edificações, pois, grande parte da área que se destinava a comportar o complexo esportivo, classificava-se como região não edificável, resultado da existência do córrego das Águas Pretas. A solução encontrada foi a verticalização por meio de duas torres ligadas entre si por passarelas de até 25 metros de comprimento.
Para criar uma ventilação cruzada, foram abertos nos volumes das novas edificações “buracos” pré-históricos, conforme denominação da própria arquiteta, buscando com isso evitar a utilização de ventilação mecânica no local para refrigerar o ambiente, e ainda, buscando referenciar a antiga chaminé, Lina Bo Bardi cria a “torre-chaminé-caixa d’água” que acaba se tornando a marca do lugar, SESC – Pompéia (SANTO, 2013).
As edificações fabris eram vistas como conjuntos de forma retangular e características lógicas e uniformes, seguiam a linha das calçadas, e era perceptível a sua interação com a vizinhança a qual não sofreu alteração. A composição se dava como em uma vila operária: uma rua central maior dava acesso as demais construções. 
São preservados os aspectos fundamentais do local, tais como a sua implantação e a sua volumetria. Lina mantém inúmeras características do projeto inicial realizado em 1938 e também aceita várias de suas modificações posteriores. 
Quanto aos espaços de convivência, a arquiteta criou um riacho e uma lareira, com o intuito de dar mais aconchego ao ambiente, além de salientar sua idade, visto que a construção já era antiga quando iniciada as obras.
Nos galpões funcionam hoje a choperia e os ateliês da unidade. Esses foram espaços adequados para agregar as atividades do Sesc, porém, como mencionado, a estrutura foi mantida bem próxima do original.
Mas o que chama atenção é o mobiliário, que foi desenvolvido dentro do complexo pela própria Lina e sua equipe. Na época essa atitude foi considerada revolucionária e inédita por muitos.
Mas o que chama atenção é o mobiliário, que foi desenvolvido dentro do complexo pela própria Lina e sua equipe. Na época essa atitude foi considerada revolucionária e inédita por muitos.

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