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ECG - conceitos e interpretação

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MODULO II 
Medicina UniFTC | 6º Semestre 
1 
INTRO AO ECG 
ECG E O CICLO CARDÍACO 
ECG normal: podemos identificar a contração 
atrial pela presença da onda P, seguida por 
pequeno intervalo e então pela despolarização 
ventricular representada pelo complexo QRS, 
notamos uma outra onda chamada T e que 
corresponde à repolarização ventricular, período 
em que o musculo cardíaco se prepara para o 
próximo batimento; 
Inicialmente, foram atribuídas letras arbitrarias 
a cada deflexão; A onda P aparece quando os 
átrios se despolarizam (a primeira metade da 
onda corresponde a despolarização do AD e a 
segunda do AE), como os átrios possuem 
paredes finas e a massa de tecido muscular é 
pequena, a onda de corrente gerada é fraca e a 
onda P é pequena. 
 
O complexo QRS, ou onda R é produzido pela 
despolarização dos ventrículos; esse complexo é 
produzido por uma grande massa muscular, 
gerando a maior deflexão ECG; durante essa 
fase os átrios se repolarizam, mas essa deflexão 
é encoberta pelo QRS. 
 
A repolarização dos ventrículos correspondente 
ao segmento ST, produz a onda T, isso ocorre 
mais lentamente, originando uma onda mais 
alargada do que as outras; Ponto J: onde acaba 
o QRS e começa o segmento ST (são comuns 
alterações nesse ponto em condições 
isquêmicas; ocorre o supra de ST e muitas vezes 
o infra de ST – que nada mais é do que uma 
imagem em espelho, ou seja, um reflexo de 
vetor por conta do supra existente) 
 
Há ainda a onda U que equivale à repolarização 
dos músculos papilares (geralmente não 
aparece, mais comum em casos de bradicardias 
exacerbadas ou hiperpotassemia). 
O REGISTRO 
Unidade de Ashman: o papel de registro do ECG 
é quadriculado e divido em quadrados pequenos 
e grandes 
Interpretação: 
• Sentido horizontal, tempo (segundo). 
• Sentido vertical, amplitude (m Volt) 
Quadrado pequeno: 
• Horizontal = 1mm= 0,4seg. 
• Vertical = 0,1m.V. 
Quadrado grande: 
• Horizontal: 5mm = 0,20seg. 
• Vertical = 5mm = 0,5mV. 
 
 
 MODULO II 
Medicina UniFTC | 6º Semestre 
2 
SISTEMA HEXA AXIAL NO PLANO 
FRONTAL 
Derivações são as posições no paciente em que 
são captadas as atividades elétricas do coração; 
ao todo são 12: 6 periféricas (membros) e 6 
precordiais. 
DERIVAÇÕES PRECORDIAIS 
As derivações unipolares precordiais (V1 a V6): 
obtidas com o eletrodo explorador sobre o 
coração em 6 lugares diferentes. 
• V1 – 4º espaço intercostal na borda direita 
do esterno 
• V2 – 4º espaço intercostal na borda 
esquerda do esterno 
• V3 – ponto médio entre V2 e V4 
• V4 – 5º EIE, na altura da LHC 
• V5 – 5º EIE na linha axilar inferior 
• V6 – 5º EIE na linha axilar média 
 
DERIVAÇÕES FRONTAIS OU PERIFÉRICAS: 
Colocação dos eletrodos em MM 
Vermelho Braço direito 
Amarelo Braço esquerdo 
Preto Perna direita 
Verde Perna esquerda 
 
O plano frontal é um corte elétrico do coração 
no sentido vertical. Consta de 3 derivações 
bipolares (D1-D2-D3) e 3 derivações unipolares 
(aVR-aVL-aVF) sendo então identificável a 
direção do vetor cardíaco, para a direita ou para 
a esquerda e para cima ou para baixo. 
DERIVAÇÕES BIPOLARES: 
Obtidas pela aplicação de eletrodos ao braço 
direito (RA), braço esquerdo (LA) e perna 
esquerda (LL). Registram as diferenças de 
potencial entre dois locais, sem qualquer rede 
de resistência. 
• Derivação I: registrada do braço direito- 
para o esquerdo + (BD e BE). 
• Derivação II: registrada do braço direito- 
para perna esquerda+ (BD e PE). 
• Derivação III: registrada do braço esquerdo- 
para a perna esquerda+ (BE e PE). 
DERIVAÇÕES UNIPOLARES 
AVR, AVL, AVF: obtidas pela aplicação de 
eletrodos a três extremidades (BD, BE, PE) 
designadas como eletrodo explorador. 
Teoricamente, uma derivação unipolar registra 
o potencial elétrico de somente um local. 
• AVR: eletrodo do braço direito é o 
explorador e os demais são indiferentes 
(BD). 
• AVL: eletrodo do braço esquerdo é o 
explorador e os demais são indiferentes 
(BE). 
• AVF: eletrodo da perna esquerda é o 
explorador e os demais são indiferentes 
(PE). 
 
 
 MODULO II 
Medicina UniFTC | 6º Semestre 
3 
R= righ (direito) 
L= left (esquerdo) 
F= foot (pé) 
INTERPRETAÇÃO 
Relação paredes x derivações x artérias acometidas 
Parede Derivações Provável artéria 
Inferior D2, aVF e D3 Coronária D 
Anterior V1-V4 Desc. Anterior 
Anterior Extensa V1-V6 Desc. Anterior 
Lateral V5, V6, D1 e aVL Circunflexa 
Lateral alta D1 e aVL Circunflexa 
Septal V1 e V2 Desc. Anterior 
VD V3R ou V4R Coronária D 
Reg dorsal do VE V7-V9 
Coronária D ou 
Circunflexa 
 
O tronco da coronária esquerda se bifurca em 
descendente anterior e circunflexa e no lado 
direito partindo do seio coronário direito, nasce 
a coronária direita. 
Quando surge a necessidade de avaliar 
ventrículo direito com as derivações precordiais, 
os eletrodos em posição de V3 e V4 serão 
realocados diametralmente opostos a posição 
em que se encontravam (convencional – 5º EIE 
na LMC) e chamar de V3R e V4R (derivação 
especial). 
Quando avaliado a região dorsal do VE, existem 
outras derivações especiais V7, V8 e V9, que 
nada mais são do que alguns eletrodos 
reposicionados ainda na altura do 5º EIE, porém 
em direção ao dorso do paciente. OBS: é 
necessário modificar no laudo os eletrodos que 
você usou para substituir essas derivações 
especiais; 
 
ALGUNS ACHADOS: 
Supra ST – indicativo de SCA isquêmica – 
IAMCSSST; Infra de ST – se isolado, realizar 
investigação com V7, V8 e V9; se em conjunto 
ao supra, nada mais é do que uma imagem em 
espelho, ou seja, um reflexo do vetor devido ao 
supra existente; 
Bloqueio de ramo - é um atraso na 
despolarização dos ventrículos, se VD há BRD, se 
VE há BRE. São critérios clássicos estabelecidos 
para diagnóstico de BRE: 
• Aumento na duração do QRS >0,120s (QRS 
alargado); 
• Onda R monofásica nas derivações 
esquerdas (V5, V6, D1 e aVL) alargadas e 
empastadas; 
• Pode existir o padrão RS em V5 e V6; 
• Ausência de Q em D1, V5 e V6; 
• Ondas R pequenas ou ausentes (QS) em 
precordiais direitas, com S profundas e 
alargadas com espessamento ou entalhes. 
• SAQRS -30 a 60. 
• Na derivação (D ou E) que o QRS é positivo, 
a onda T vai ser negativa e vice-versa. 
• Eixo desviado – aVR positivo (já que o 
normal é sempre negativo) e aVF negativo 
ANÁLISE DO ECG 
Cada registro deve ser analisado 
sistematicamente, considerando-se: ritmo; 
frequência e amplitude das ondas; mensuração e 
duração das ondas e dos intervalos; regularidade 
nos intervalos e complexos; 
Onda P normal: 
→ Presente; 
→ Morfologia: arredondada e pequena; 
→ Frequência: 60 a 100/minuto; 
→ Duração: até 0,12s (3 quadradinhos) 
→ Amplitude de 2,5mm aprox. (2 quadradinhos 
e meio); 
→ Positiva (para cima) em D1, D2, aVF, V5 e 
V6; Invertida em aVR; 
 MODULO II 
Medicina UniFTC | 6º Semestre 
4 
 
Intervalo PR – início da onda P ao início do QRS: 
→ Duração 0,12 a 0,20s (de 3 a 5 quadradinhos) 
– variável de acordo com a frequência 
cardíaca; 
→ Segmento PR – final da onda P ao começo 
do QRS: as suas alterações são avaliadas 
junto ao intervalo PR; 
 
 
Complexo QRS, conjunto de ondas: Q – primeira 
deflexão negativa – corresponde ao vetor de 
despolarização septal; R – primeira deflexão 
positiva – vetor resultante da despolarização 
das paredes livres dos ventrículos; S – deflexão 
negativa após a onda R – despolarização das 
regiões basais dos ventrículos. 
→ Avaliar a progressão da onda R nas 
derivações precordiais; 
→ Morfologia variável de acordo com a 
derivação – o R tende a começar menor em 
V1 e vai crescendo até V6; o inverso 
acontece com o S, que se comporta de 
forma decrescente (V1-V6); 
→ Duração 0,06 a 0,10 segundos; na prática se 
estiver maior do que 0,12s (3 quadradinhos) 
está alterado. 
→ Amplitude: 5-20mm (plano frontal) e 10-
30mm (plano horizontal), sem desvio doeixo; 
→ Orientação: para a esquerda e para trás; 
→ Eixo normal: plano frontal entre -30 e +90; 
plano horizontal para trás; 
→ Possível avaliar os bloqueios de ramo; 
Segmento ST: 
→ Geralmente isoelétrica, podendo ter 
variações de 0,5mm e com leve concavidade 
para cima; 
→ OBS: SCA CSSST necessidade de reperfusão 
por condição isquêmica; pode sugerir lesão 
de órgão-alvo quando associado a 
sobrecarga ventricular importante em casos 
crônicos; 
 
Onda T: 
→ Morfologia: começa com ascendente lento e 
descendente rápido; lembra uma pequena 
montanha; tem duração menor do que a 
voltagem; 
→ Deve ter a mesma direção (positiva ou 
negativa) que a onda de maior amplitude do 
complexo QRS; 
→ Pode sugerir distúrbios eletrolíticos, ex: 
hipercalemia; condições isquêmicas; 
 
Intervalo QT – começa no complexo QRS e vai 
até o final da onda T: 
→ Muito variável de acordo com a frequência 
cardíaca; vai de 350 a 440ms (9 a 11 
quadradinhos) 
→ O Cálculo obedece a fórmula de Bazzet 
QTc = QT(s)√𝑅𝑅(𝑠) 
→ Valor normal QTc: Homens <0,45s; mulheres 
<0,46s; 
→ Associado a síndromes de QT longo e QT 
curto; 
 MODULO II 
Medicina UniFTC | 6º Semestre 
5 
 
CÁLCULO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA 
Se o paciente tem ritmo regular consideramos: 
Que cada segundo corresponde a 25mm, 
portanto, em 1 minuto, teremos 1500 
quadradinhos. 
Entre 2 contrações ventriculares - ondas R, que 
vão representar o ciclo cardíaco - contamos a 
quantidade de quadradinhos (distância, ou seja, 
o intervalo de tempo). 
Ex: intervalo de 20 quadradinhos entre 2 ondas 
R; 1500/20 = 75 bpm; 
Se o paciente não tem ritmo regular: 
Contar o número de QRS na derivação D2 longo 
(derivação que percorre um tempo maior de 
registro) e multiplicar por 6. 
Ex: D2 longo correspondente 16 batimentos; FC: 
16 x 6 = 96

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