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Evaporadores Profa. FERNANDA FERREIRA FREITAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: EVAPORAÇÃO • Em inúmeros processos químicos- necessidade de concentrar Soluções – EVAPORADORES – uma solução diluída recebe energia se aquece e entra em ebulição, gerando vapor que é retirado do sistema produzindo uma solução mais concentrada. • produção de açúcar – caldo de cana entra com 15% em massa e deverá ser concentrado até o teor de 65%. • Pode em princípio requerer muita energia pois envolve mudança de fase do solvente; • Utilizada quando: solução composta por solvente volátil e soluto não volátil (pressão de vapor muito baixa) É remoção do solvente de uma solução, o solvente é removido na forma de vapor. A solução entra em ebulição, apenas o solvente evapora, restando uma solução mais concentrada. • É um tipo particular de trocador de calor; • Há um fluido quente e um fluido frio; •Normalmente o fluido quente é vapor de água saturado que se condensa; Fluido frio é a solução a ser concentrada, e entrará em ebulição; Todo evaporador é composto por uma área de troca de calor e um espaço e/ou acessório para separar o líquido do vapor; • Os evaporadores normalmente operam sob vácuo, e haverá ligado ao evaporador sob vácuo, um condensador que condensará o vapor produzido. O vácuo é feito no condensador. Evaporadores 1. Objetivo: A evaporação é uma operação unitária que visa concentrar uma solução composta de um soluto não-volátil e de um solvente volátil. SOLVENTE SOLUTO SOLVENTESOLUTOSOLUÇÃO SOLUÇÃO SOLUTO VVV V m C EQUIPAMENTOS SOLUÇÃO SOLUTO V m C É possível diminuir o volume da solução através da evaporação do solvente. Na maioria das aplicações o solvente é a água. Normalmente o líquido concentrado é o produto valioso (de interesse) e o vapor eliminado da solução é condensado e descartado. EVAPORAÇÃO • Operação Unitária que envolve transferência de calor e massa; • Uma solução líquida é concentrada pela vaporização de uma parte do solvente; • Altas exigências térmicas devido ao fornecimento pelo sistema de calor latente de vaporização do solvente EVAPORADORES • Trocador de calor projetado para fornecer a um fluido seu calor latente de vaporização; • Qdo o vapor formado é o vapor de água, o evaporador é tb chamado de vaporizador; • Qdo o trocador de calor é usado para fornecer a carga térmica na base de uma coluna de destilação, é chamado de refervedor; • Os coeficientes de transmissão de calor nos evaporadores são uma função de diversas variáveis: vazões, fração do líquido evaporado, área de transferência, projeto físico. Utilizado na produção de: • Suco de laranja concentrado; • H2SO4 concentrado; • Água destilada; • Indústria de papel e celulose – concentração de resíduos; • Indústria de processos inorgânicos – hidróxido de sódio, nitrato de amônio e cloreto de cálcio; • Produção de água potável a partir da água do mar (nesse caso o principal produto é o vapor gerado e não a solução concentrada. • DIFERENÇAS ENTRE EVAPORAÇÃO x • OUTRAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS • Evaporação não é a única operação unitária que envolve ebulição; geralmente na evaporação,o produto mais valioso é o concentrado, também denominado de licor grosso. • Secagem: produto é um sólido (na evaporação o produto usualmente é uma solução líquida concentrada) • Destilação: envolve dois ou mais componentes voláteis; (evaporação tem somente um) • Cristalização: produto é uma solução com cristais precipitados; • Usualmente o produto desejado é a solução concentrada; • Ex. em que o solvente evaporado é o produto primário: dessalinização da água do mar. • Processos envolvidos: Transferência de calor do meio calefator para a solução; Transferência simultânea de calor e de massa do líquido para a fase vapor. • Na forma básica um evaporador é constituído de um trocador de calor; área do trocador de calor – e um espaço ou um acessório para que ocorra a separação entre o líquido em ebulição e o vapor gerado. • O equipamento é construído para operar continuamente, a superfície de troca térmica é muito aumentada, a ebulição é muito mais violenta e a evolução do vapor é rápida. • Problemas: Formação de incrustações; Sensibilidade ao calor; Corrosão; Limitação de espaço. A seguir, são apresentados alguns importantes fatores que influenciam a resolução e problemas envolvendo evaporadores: I – Concentração: O aumento na concentração, inerente ao fenômeno de evaporação da solução conduz a um aumento do ponto de ebulição, da viscosidade e da densidade. Esse aumento nessas propriedades tendem a reduzir U, havendo maior tendência para formação de incrustações. A evaporação deverá ser interrompida quando a solução se saturar, exatamente para evitar a formação de cristais. II – Formação de Espumas: Alguns materiais, especialmente substâncias orgânicas, formam espuma durante a vaporização. O arraste desta espuma pelo vapor é indesejado, porque ela é capaz de arrastar parte da solução, o que produz um vapor contaminado e possibilita a perda de soluto. III – Sensibilidade Térmica: Muitos produtos químicos como medicamentos e alimentos degradam-se quando expostos a temperaturas mais elevadas. Para isso é necessário utilizar baixas T e reduzir o tempo de exposição ao calor. IV – Formação de Crostas: Algumas soluções depositam crostas sobre a superfície de troca térmica. Logo, o coeficiente global de troca térmica (UD) diminui com o equipamento em operação, exigindo, portanto, manutenção e limpeza, periodicamente. V – Material de Construção: Sempre que possível os evaporadores devem ser construídos em aço. Entretanto, muitas soluções atacam materiais ferrosos ou são contaminados por ele. Nestes casos, recomendam-se materiais especiais não ferrosos (Cu, Ni, Al) ou aço inox. Em tais hipóteses, deve-se obter elevadas taxas de transferência de calor para compensar o alto custo inicial. VI – Incrustações Materiais que se desenvolvem na superfície do evaporador; material depositado devido a corrosão diminuição da taxa de transferência de calor e parada para limpeza. Tipos de evaporadores • Os evaporadores normalmente operam continuamente e devem ser capazes de concentrar soluções com diferentes características. • Todos os evaporadores possuem uma superfície de aquecimento para a troca de calor e um espaço e/ou acessório para que o vapor gerado seja separado da solução em ebulição, evitando que o vapor arraste a solução; • A maneira como essa troca e separação são realizadas permite a classificação dos evaporadores. Tipos de evaporadores • Os evaporadores normalmente operam continuamente e devem ser capazes de concentrar soluções com diferentes características. Há diferentes tipos de evaporadores: • Evaporadores de circulação natural (tipo Calandra); • Evaporadores de circulação forçada; • Evaporadores de película. Evaporador de Simples Efeito VAPOR GERADO ALIMENTAÇÃO VAPOR ALIMENTADO SOLUÇÃO CONCENTRADA VAPOR CONDENSADO VAPOR ALIMENTADO SOLUÇÃO CONCENTRADA VAPOR GERADO ALIMENTAÇÃO SENTIDO DE CIRCULAÇÃO DO LÍQUIDO VAPOR CONDENSADO Tipos de Evaporadores Evaporadores de circulação natural • A movimentação da solução é realizada por variação da densidade, ocasionada pelo aquecimento e ebulição; • O principal tipo é o Calandra e/ou Roberts ou de tubos curtos; • Atualmente a grande utilização deste tipo é na produção de açúcar de cana; • Sua superfície de aquecimento é chamada de calandra; • O vapor de aquecimento escoa por fora dos tubos e a solução a ser concentrada, geralmente incrustante, escoa por dentrodos tubos. Evaporador tipo Calandra Evaporador Calandra Genérico. Antes de ver como opera vamos entender sua geometria A movimentação da solução é feita por circulação natural, que é eficiente com líquidos poucos viscosos. Nos casos de suspensão viscosas, pode haver um rotor para que ocorra a circulação forçada. Evaporador tipo Calandra • A área de troca de calor é semelhante ao feixe de um trocador de calor casco e tubo, mas no centro do feixe é como se alguns tubos fossem substituídos por um tubo com diâmetro bem maior. Evaporador tipo Calandra • A solução a ser concentrada ocupa o interior dos tubos e o tubo central. O vapor de aquecimento ocupa o lado casco Feixe de tubos Retire vários tubos do centro e coloque um tubo com diâmetro bem maior Foto de um espelho superior da calandra do Evaporador do laboratório do DEQ-UFSCar Espelho Alguns dos tubos por onde sobe a solução Duto central por onde desce a solução Flange com junta de vedação Evaporador tipo Calandra Há 2 ambientes distintos, com pressões diferentes (onde ficam os fluidos quente e frio) Em um fica o vapor de aquecimento. Ocupa o lado casco da calandra, por fora dos tubos; No outro fica a solução e o vapor gerado, ocupando várias regiões: 2- interior dos tubos e duto central 3- o espaço vapor 1- parte inferior do evaporador Evaporador tipo Calandra Alimentação do Vapor de Aquecimento (steam) Saída do Condensado Alimentação da Solução a ser concentrada http://www.swensontechnology.com/calandria.html Saída da solução concentrada (produto) Saída do vapor gerado pela ebulição da solução (vapor) Portanto durante operação contínua, teremos: E a solução se movimentando, por circulação natural, dentro do evaporador Evaporador tipo Calandra A solução que está no interior dos tubos tenderá a subir devido ao aquecimento e ebulição O vapor fornece energia através da parede dos tubos Se uma parte sobe, outra parte desce. Descerá pelo duto central A circulação natural ocorre com a solução subindo pelos tubos e descendo pelo duto central Duto central Tubos Espelho superior da calandra – Evaporador de uma usina Evaporador tipo Calandra O calandra utilizado na produção de açúcar difere um pouco na entrada e saída das correntes. Todo evaporador é composto por uma região de troca de calor E um espaço e/ou acessório para que ocorra a separação entre a solução e o vapor (não haja arraste da solução com o vapor) Evaporador tipo Calandra • Tubos: dimensões utilizadas na produção de açúcar Diâmetro externo de 32 a 50 mm (espessura 1,5 a 2,5 mm) Comprimento de 2,25 a 4 m • Altura do espaço vapor cerca 2,5 vezes a da calandra O nível do caldo dentro do evaporador • Textos gerais de Operações Unitárias citam que o nível da solução dentro do evaporador deve ser no espelho superior. • Há trabalhos que mostram que operando com níveis mais baixos (metade ou menos) há um aumento significativo no h. • Não há consenso, algumas usinas operam com calandra cheia, pois com nível baixo dizem que aumenta a incrustação. • O coeficiente global U pode variar de 1100 a 2800 W/(m2K); • devido aos altos tempos de residência, não é adequado operar com substâncias termossensíveis Evaporador de Circulação Forçada • O aumento da velocidade de escoamento da solução no interior dos tubos aumenta o h, por isso quando as soluções são viscosas ou quando apresenta tendências a incrustações, instala-se uma bomba para que ocorra a movimentação da solução por circulação forçada; • Com altas viscosidades a circulação natural não é capaz de fornecer elevados coeficientes de troca de calor. Evaporador de Circulação Forçada • Nestes equipamentos a superfície de troca de calor pode ser interna ou externa, horizontal ou vertical; •Pela ação da bomba a solução passará por dentro dos tubos, receberá calor e será expandida no espaço vapor. Evaporador de circulação forçada Superfície de aquecimento externa. Pela ação da bomba a solução passará por dentro dos tubos, receberá calor e será expandida no espaço vapor. vertical Horizontal Evaporador de circulação forçada É chamado também de tubos submersos, pois a superfície de aquecimento fica abaixo do nível do líquido. Mesmo com líquidos viscosos consegue elevados coeficientes de troca de calor. Com a superfície externa, a manutenção e a limpeza são mais fáceis. Os U podem variar de 1100 a 6800 W/m2K mesmo com soluções viscosas, sendo assim um evaporador mais versátil. Evaporador de Circulação Forçada Superfície externa horizontal Superfície interna vertical Evaporador de película Uso tem crescido nos últimos anos. Os principais tipos são: Película ascendente (ou de tubos longos) e os de Película descendente. Há outras configurações como película agitada e película ascendente-descendente. • Pode operar com líquidos viscosos e ser adaptado á evaporação de uma solução ou de uma lama até a secura. Evaporador de película • Nos outros tipos de evaporadores, a solução permanece um tempo considerável dentro do evaporador, o que pode causar modificações térmicas em algumas substâncias, como por exemplo o suco de laranja. • Uma alternativa é a utilização de trocadores de calor com tempo de residência reduzido, que o a utilização destes tipos de evaporadores. Película Ascendente ou Kestner ou de tubos longos •Características: - Alguns autores o classificam de circulação natural; -pode operar com passagem única; --valores de h elevados e os tubos mais finos que os outros evaporadores; - Operam como um filme delgado de solução, permitindo um rápida evaporação com pequeno tempo de residência e baixo superaquecimento da solução, sendo sua principal aplicação substâncias termosensíveis. - Não é adequado para líquidos viscosos. Película Ascendente ou Kestner ou de tubos longos A solução é alimentada por baixo, entra em ebulição dentro dos tubos formando uma mistura líquido vapor, com o líquido formando uma película próxima à parede dos tubos. Uma mistura líquido-vapor vai subindo com alta velocidade. Película Ascendente ou Kestner ou de tubos longos A superfície de aquecimento pode ser interna ou externa. Como a ebulição é violenta há placa de impacto para fazer a separação líquido vapor, além da câmara de separação. • A solução entra pelo fundo, saindo por cima uma mistura de vapor e líquido que penetra em uma câmara de separação de vapor. Antes desse separador, pode ter uma chicana ou uma placa de impacto que, com o choque separa o líquido e o vapor. • Pode ser utilizado em soluções que forma espumas. Película Ascendente ou Kestner ou de tubos longos Película Descendente •A solução é alimentada no topo e deverá escoar como uma película (o tubo não fica cheio). •Precisa de um distribuidor para a alimentação, para garantir que todos os tubos recebam a alimentação homogeneamente. •Consegue operar com fluidos mais viscosos do que o de película ascendente. •Nos últimos anos vem sendo muito empregado, também na produção de açúcar de cana. Película Descendente • O principal problema é a distribuição da alimentação. • Os tubos não podem secar, pois causariam incrustação, nem ficar cheios pois reduziriam o h. • Há vários tipos de distribuidores para a alimentação Película descendente Alimentação entra por cima em um distribuidor. Escoa como uma película, por dentro dos tubos, recebendo calor pela parede e gerando vapor. Embaixo sairá uma mistura do produtoconcentrado e vapor. A separação principal ocorre em uma câmara que pode ter algum acessório para melhorar a separação Como em todos os evaporadores o vapor gerado vai para um condensador. O vácuo é feito no condensador. Nesta figura há um condensador de contato (mistura a água e o vapor) Veremos posteriormente. http://www.spray.com.br/ Alguns tipos de distribuidores Tipo spray GEA Evaporation Technology Montz Falling film evaportaion Elevação do ponto de ebulição (epe) • Considere um solvente puro (água) à pressão p com ponto de ebulição tsolv. • Adicionar um soluto a este solvente. Na mesma pressão p o ponto de ebulição da solução será te. • Elevação do ponto de ebulição da solução é a diferença entre os pontos de ebulição da solução e do solvente puro na mesma pressão. epe = te – tsolv epe • Quando um líquido entra em ebulição? Pressão de vapor do líquido = pressão do ambiente • Se a um líquido puro, com temperatura de ebulição t, acrescentar-se um soluto, o que ocorrerá com a temperatura de ebulição? • A temperatura de ebulição aumentará. epe Temos água em ebulição, o que acontece se adicionarmos uma quantidade considerável de sal (NaCl)? A ebulição cessa. • Por quê? Vejamos o seguinte: epe • Qual a pressão de vapor da água a 40°C? • Vejam as tabelas de pressão de vapor de água (ou tabelas de prop. de vapor). 55,324 mm Hg= 0,0752 kgf/cm2 epe • Qual a pressão de vapor da água em uma solução de NaOH com concentração de 30 (g NaOH/100 g água) a 40°C? epe • Qual a pressão de vapor da água em uma solução de NaOH com concentração de 30 (g NaOH/100 g água) a 40°C? 36,6 mm Hg epe • Água pura a 40°C: pv = 55,324 mm Hg • Água em solução de NaOH (30g/100g H2O) também a 40°C: pv = 36,6 mm Hg • Quando se adiciona um soluto a um solvente a pressão de vapor do solvente (na solução) diminui, por isso o ponto de ebulição da solução aumenta. epe • Considerem que água esteja fervendo em uma panela, ao nível do mar (P = 1atm). A pressão de vapor da água a 100°C é 760 mm Hg. • Quando se adiciona uma quantidade de sal a pressão de vapor da água se reduz, por exemplo, para 740 mm Hg. Nesta nova condição já não se tem a igualdade entre pressão de vapor e pressão do ambiente, portanto a ebulição cessa. epe • Qual a epe de uma solução de NaOH com 50% em massa de soluto em um ambiente a 100 mm de Hg? • Precisamos do ponto de ebulição do solvente puro e da solução. • Começando pelo solvente puro: qual o ponto de ebulição da água em um ambiente a 100 mmHg (0,136 kgf/cm2)? Ver tabela de pressão de vapor da H2O ou propriedades de vapor saturado - t está entre 51 e 52°C, t ≈ 51,6°C Qual a temperatura na qual a pressão de vapor é 100 mm Hg? epe • Tabela pressão de vapor de H2O em solução de NaOH • Qual a temperatura que uma solução com 50% em massa de NaOH deve estar para que a pressão de vapor da água seja 100 mmHg? epe • Precisa interpolar: a 80°C pv= 38,5 mm Hg a 100°C pv= 105 mm Hg Dará aproximadamente 98°C epe • Respondendo à questão: A epe será 98 – 51,6 = 46,4°C • Continuemos com esta solução de NaOH com a mesma concentração e no mesmo ambiente a 100 mm Hg. • Respondam às questões: epe • O vapor gerado pela ebulição da solução de NaOH 50% está saturado ou superaquecido? • E qual a temperatura de condensação desse vapor? • Vejam a figura a seguir. epe Qual a temperatura de condensação do vapor? O vapor gerado pela ebulição da solução está a que temperatura? 100 mm Hg NaOH 50% ebulição Vapor água Condensado (líquido saturado) Condensador Ambiente a 100 mm Hg com a solução em ebulição Suponha que a concentração não se altere Ele está saturado ou superaquecido? Este vapor deverá ser condensado epe • O Vapor gerado está a 98°C. • A 100 mm Hg vapor de água saturado estaria a 51,6°C. • Portanto o vapor está superaquecido. • O vapor superaquecido se condensará na sua temperatura de saturação a 100 mm Hg que é 51,6°C. epe • Este vapor está superaquecido quantos °C? 98 - 51,6 = 46,4 ° C Que é a epe Elevação do Ponto de Ebulição (BPR – Boiling Point Raise) A pressão de vapor da solução aquosa é menor que da água na mesma T. Consequentemente, para uma dada pressão o ponto de ebulição da solução é mais alto que da água pura. água da solução da VAPORVAPOR pp Para soluções concentradas BPR é melhor estimado por uma regra empírica chamada Regra de Duhring, a qual afirma que o ponto de ebulição de uma dada solução é uma função linear do ponto de ebulição da água pura na mesma pressão. A pressão de vapor para a maioria das soluções aquosas é menor que à da água pura à mesma temperatura. Isso implica que à mesma pressão, a temperatura de ebulição das soluções é maior do que aquela verificada para a água pura. O aumento no ponto de ebulição, em relação ao da água pura, é chamado de elevação do ponto de ebulição (E.P.E.). O E.P.E para soluções diluídas ou soluções orgânicas é pequeno, porém para soluções concentradas de compostos inorgânicos ele passa a ser significativo. A diferença entre o ponto de ebulição da solução e água pura, numa mesma pressão de operação, vem representada por regras empíricas, conhecidas como Linhas Duhring. Diagrama de Dühring • As e.p.e. podem ser encontradas a partir de uma lei empírica, conhecida como regra de Dühring: o ponto de ebulição de determinada solução é uma função linear do ponto de ebulição do solvente puro. • Encontram-se na literatura para algumas soluções o Diagrama de Dühring. Veja a seguir estes diagramas para soluções de NaOH e NaCl. 74 Figura 13 – Linhas de Duhring para o sistema H2O-NaOH Diagrama de Dühring NaOH NaCl Diagrama de Dühring • Utilize o Diagrama de Dühring do NaOH para determinar o ponto de ebulição de uma solução de NaOH com 50% de sólidos num ambiente a 100 mm Hg. • Entre na abscissa com o valor do ponto de ebulição do solvente puro = 51,6° C (escala superior é °C). • Siga na vertical até cruzar a reta correspondente a 50% de NaOH. • Leia na ordenada o valor do ponto de ebulição da solução (à esquerda é °F à direita °C) Diagrama de Dühring • Este valor já foi obtido através das tabelas de pressão de vapor. • Com este Diagrama a obtenção é mais direta. FUNCIONAMENTO DE EVAPORADORES Neste aspecto dois parâmetros são importantes: I - Capacidade do evaporador: definida como a taxa mássica de líquido evaporada; II – Economia: definida como a razão entre a massa de líquido evaporado pela massa de vapor vivo utilizado. Fenomenologicamente, o calor envolvido na evaporação obedece a Lei de Resfriamento de Newton: Q = UD A ( TS -T) Em que: Q é o calor fornecido do vapor de aquecimento à solução a ser evaporada; UD é o coeficiente global de troca térmica; A é a área disponível de troca térmica; TS - é a temperatura do vapor saturado; T é a temperatura de ebulição da solução; A temperatura de alimentação da solução em cada estágio é importante. Alimentação fria requer calor para aquecê-la até o ponto de ebulição; Se a alimentação estiver à temperatura de ebulição todo o calor transmitido através da superfície é utilizado para a vaporização; Se a temperatura da corrente de alimentação estiver acima da temperatura de ebulição da suspensão, ocorre a evaporação do tipo flash (elevada capacidade) Vapor Alimentado Vapor Gerado Evaporador de Simples Efeito ALIMENTAÇÃO CONCENTRADO VAPOR VAPOR (STEAM) Evaporador de Simples Efeito CONDENSADO 1 2 ALIMENTAÇÃO 1 CONCENTRADO 1 CONCENTRADO 2 VAPOR STEAM VAPOR VAPOR CONDENSADO CONDENSADO Evaporador de Duplo Efeito Equaçõespara Evaporadores de Simples Efeito É realizado um balanço de massa e de energia em um volume de controle que envolve o Evaporador. VAPOR VAPOR F L V Sm ALIMENTAÇÃO CONCENTRADO STEAM condensado do entalpia vapordo entalpia ocondensaçã de latentecalor C S CV H H HH kJ/kg : vapordo entalpiaH kJ/kg :oconcentrad do entalpia kJ/kg:oalimentaçã da entalpia % :oconcentrad no soluto do mássica fração %:oalimentaçã na soluto do mássica fração kg/s :oconcentrad de vazão kg/s :gerado vapor do vazão)( kg/s :oalimentaçã da vazão kg/s :(steam) vapor de vazão V H H x x m mmf m m f m f f S 86 5- BALANÇO ENTÁLPICO PARA UM EVAPORADOR DE SIMPLES EFEITO Hipótese- A perda de calor no evaporador é desprezível!!! S S C S S S S Balanço de Entalpia para o lado do vapor condensante: Q m H H m o negativo indica calor perdido é o calor latente de condensação de vapor d'água. Observe que neste caso a entalpia que aparec f V f f entradasaída f V f f e na equção é a entalpia específica(kcal/kg). Balanço de Entalpia para a solução que se concentra: Q H H m m H mH m H Q m m H mH m H Considerando que não existe perda de calo S S S f V f f S S f V f f r, o calor perdido pelo vapor é recebido pelo líquido: Q Q m m m H mH m H m m m H mH m H *** 87 5- BALANÇO ENTÁLPICO PARA UM EVAPORADOR DE SIMPLES EFEITO f V f f entradasaída S S S f V Q H H m m H mH m H Tinhamos que : Q Q m m m H mH 0 f f S S f V f f S S f f f V m H m m m H m H Considere =Calor latente da água na pressão do espaço do vapor, teremos: m m m m H H CASO 1 – DESPREZANDO A EPE 89 Diagrama Entalpia-Concentração para o sistema H2O-NaOH Além das linhas de Duhring para projeto, operação e otimização de evaporadores é necessário ter à disposição diagramas de entalpia e concentração a fim de auxiliar nos cálculos energéticos. Na Figura em anexo é apresentado um diagrama entálpico para o sistema H2O-NaOH SEGUNDO CASO: CONSIDERANDO EPE Exemplo 1: Uma solução de colóides orgânicos em água deve ser concentrada de 10 a 50% de sólidos em um evaporador de simples efeito. Para esta operação se dispõe de vapor de água saturado a 120°C. A pressão absoluta no evaporador e de 100 mmHg que corresponde a uma temperatura de ebulição de 51,6°C. A taxa de alimentação e 25.000 kg/h. O coeficiente global de transmissão de calor e igual a 2.400 kcal/(m2.h.°C) e a E.P.E pode ser considerada desprezível. Calcule o consumo e a economia de vapor e a superfície de troca térmica necessária se a temperatura de alimentação for: a) 51,6°C b) 21°C c) 93°C Exemplo 2: Um evaporador de simples efeito será utilizado para concentrar 10.000 kg/h de uma solução de NaOH de 20% a 50% em peso de sólidos. A pressão de vapor de água da alimentação é 2,44kgf/(cm2) (absoluta) e a temperatura é de 126°C e a pressão absoluta no espaço do vapor é 100mmHg. O valor estimado do coeficiente global é de 1.250 kcal/(h.m2°C). A temperatura de alimentação é 40°C. Calcular o consumo de vapor, a economia de vapor e a superfície de troca térmica necessária. 92 Figura 13 – Linhas de Duhring para o sistema H2O-NaOH 96 Note que na leitura adotou-se a concentração de saída do concentrado. 93 Figura 14 – Diagrama Entalpia-Concentração para o sistema H2O-NaOH 34 127 Exemplo 3 • Uma solução de colóides orgânicos deve ser concentrada de 15 a 50% em um evaporador de simples efeito. O calor específico da solução de alimentação é de 3894J/Kg°C. Vapor saturado a 0,8atm (93,7°C) é utilizado para concentrar a solução. A pressão no espaço do vapor (vazio do evaporador) é de 100mmHg (51,1°C). A alimentação entra a 15°C e U = 1700W/m2°C). A vazão de água evaporada deve ser de 25000Kg/h. Desprezando a elevação do ponto de ebulição, calcule a área e o consumo de vapor. • Dados: Hv = 2379,5KJ/Kg • Hs = (93,7°C) = 2273,9Kj/Kg EFEITOS Os evaporadores podem ser de simples ou múltiplo efeito. 1. Na modalidade de simples efeito há apenas um evaporador. Alimenta- se vapor vivo para prover o aquecimento, enquanto que o vapor gerado pela evaporação é retirado pelo topo e a solução concentrada pelo fundo do equipamento. São exemplos, quaisquer das configurações anteriores 2. Na modalidade de múltiplo efeito há mais de um evaporador, postos em série. O vapor vivo é alimentado num estágio. O vapor gerado em um evaporador é aproveitado como fluido de aquecimento para o próximo evaporador e assim, sucessivamente. No múltiplo efeito há um aumento da evaporação por unidade de massa de vapor vivo utilizado. Vale ressaltar que à medida que se caminha pelos efeitos, o vapor então gerado, sob o ponto de vista entálpico, é mais pobre do que o efeito anterior. • Evaporação em múltiplos efeitos é considerada uma das grandes invenções referente à recuperação e economia de energia. A invenção é atribuída a Norbert Rillieux na indústria açucareira da Louisiania, nos Estados Unidos e a patente é de 1846. • A idéia: utilizar o vapor gerado na evaporação como fonte de energia para novas evaporações 100 Figura– Múltiplo efeito em correntes paralelas 101 Figura– Múltiplos Efeitos contracorrente 102 Múltiplos Efeitos BALANCO ENTALPICO PARA EVAPORADORES DE MÚLTIPLOS EFEITOS Hipótese- A perda de calor no evaporador e desprezível!!! Calor Transmitido no Primeiro Efeito: Q1 =A1 U1T1 Negligenciando, no momento, o calor necessário para aquecer a alimentação até a temperatura de ebulição. No estado estacionário: "Praticamente todo o calor consumido na geração do vapor no primeiro efeito é cedido no segundo efeito durante a condensação do mesmo vapor". Calor transmitido no segundo efeito: Q2 =A2 U2T2 Q2 Q1 então A1 U1T1 = A2 U2T2 Da mesma forma tem-se: A1U1T1 = A2U2T2= A3 U3T3 Na prática as áreas de troca térmica dos evaporadores são iguais (Redução dos Custos de Fabricação) Capacidade: a capacidade total é proporcional a velocidade total de transferência de calor q, que se obtém somando estas 3 equações. Diferença de temperatura em um evaporador a três efeitos A quantidade de calor transferido por hora no primeiro efeito pode ser dada pela seguinte expressão: q1 = U1A1T1 q1 = U1A1(TS – T1) ou T1 - diferença entre a temperatura do vapor de aquecimento e a temperatura de ebulição do líquido na câmara de evaporação no 1º efeito. o vapor que condensa no segundo efeito fornece aproximadamente a mesma quantidade de calor q1. Diferença de temperatura em um evaporador a três efeitos A quantidade de calor transferido por hora no segundo efeito pode ser dada pela seguinte expressão: q2 = U2A2T2 q2 = U2A2(T1 – T2) ou T2 - diferença entre a temperatura do vapor de produzido no 1º efeito e a temperatura de ebulição do líquido na câmara de evaporação no 2º efeito. Do mesmo modo... q3 = U3A3T3 q3 = U3A3(T2 – T3) ou T3 - diferença entre a temperatura do vapor de produzido no 2º efeito e a temperatura de ebulição do líquido na câmara de evaporação no 3º efeito. Diferença de temperatura em um evaporador a três efeitos 332211 TUTUTU A q q A T U 3 3 1 q A T U 1 1 1 Visto que q1 ~ q2 ~ q3: U1A1T1 = U2A2T2 = U3A3T3 Geralmente, na prática as áreas em cada efeito são iguais: q A T U 2 2 1 T é inversamente proporcional aos valores de U Admitindo que os evaporadores são iguais A(m2 ), e que o coeficiente global para cada efeitoseja o mesmo teremos: Q=UA (T1+T2+T3) Logo, T representa a diferença entre a temperatura do vapor "vivo" do Primeiro Efeito e a Temperatura do vapor que sai no último efeito. Obs: A capacidade de um evaporador do múltiplo efeito é quase sempre menor que a correspondente a um simples efeito Consideremos, por exemplo, um evaporador de triplo efeito: Equações que descrevem o processo: •Balanço de entalpia para cada efeito (3 Equações) •Equações da capacidade para cada efeito (3 Equações) •Conhecimento da evaporação total (Economia 1 Equação) •Admitindo que todos os efeitos tem a mesma área de troca térmica as equações ficam com 7 incognitas. Podemos seguir as seguintes etapas na solução do problema. Etapa 1: Admitem-se valores para a temperatura de ebulição no Primeiro e Segundo efeito. Etapa 2: Mediante o balanço entálpico obtém-se as taxas mássicas de vapor e solução em cada efeito. Etapa 3: Calcular a área de troca térmica para cada efeito, a partir das equações de capacidade. Etapa 4: Se as áreas de troca térmicas encontradas não forem aproximadamente iguais, estimar novas temperaturas de ebulição nos efeitos 1 e 2 e repetir as etapas 2 e 3, ate que as áreas sejam iguais. Exercicio 4: Deseja-se concentrar num evaporador de triplo efeito uma solução de 10 ate 50% de sólidos. Dispõe-se para esta operação vapor de agua saturado a pressão absoluta de 2kgf/cm2 (119,6°C). A pressão no terceiro efeito e de 100mmHg que corresponde a uma temperatura de ebulição de 51,6°C. A alimentação é de 25.000 kg/h a temperatura de 21°C. A área de T.C. e a mesma para todas os efeitos. Desprezar efeitos da E.P.E e do calor de diluição. Calcular: A)A área de troca térmica de cada evaporador. B) O consumo de vapor. C) A distribuição de temperatura D) A economia de vapor em cada efeito. E) Economia Global LOGO: T/3=68/3=22,7 Primeiramente iremos fazer um balanço de massa: Para o sólido temos: CHUTE 1 568 568 T3 T é inversamente proporcional aos valores de U Métodos de Operação: Múltiplo Efeito 1º efeito Alimentação direta (fluxo dos fluidos em paralelo) 2º efeito 3º efeito Para o condensador e sistema de vácuo Alimentação (TF, hF, xF) Vapor de água sat. (TS, HS) Concentrado 1º efeito (T1, hL, xL) Vapor (T1, HV1) Concentrado 2º efeito (T2, hL2, xL2) Produto concentrado (T3, hL3, xL3) Vapor (T2, HV2) Vapor (T3, HV3) T1 P1 T2 P2 T3 P3 Métodos de Operação: Múltiplo Efeito Alimentação direta Vantagens: Não necessita de bombas para deslocar a solução de um estágio para outro. Desvantagens: Efetua todo aquecimento de carga no primeiro efeito. A solução mais concentrada esta sujeita à temperatura mais baixa. Recomendado: Alimentação quente e solutos termosensíveis Métodos de Operação: Múltiplo Efeito 1º efeito Alimentação inversa (fluxo dos fluidos contra corrente) 2º efeito 3º efeito Para o condensador e sistema de vácuo Alimentação (TF, hF, xF) Vapor de água sat. (TS, HS) Produto concentrado (T1, hL, xL) Vapor (T1, HV1) Concentrado 2º efeito (T2, hL2, xL2) Concentrado 3º efeito (T3, hL3, xL3) Vapor (T2, HV2) Vapor (T3, HV3) T1 P1 T2 P2 T3 P3 Métodos de Operação: Múltiplo Efeito Alimentação inversa Vantagens: A solução mais concentrada esta sujeita à temperatura mais elevada. Desvantagens: É necessário o uso de bombas para transportar a solução entre os efeitos. Menor quantidade de vapor é utilizada para aquecer a alimentação. Recomendado: alimentação fria e produtos viscosos CONDENSADORES CONDENSADORES • Sempre acoplado ao evaporador haverá um condensador. O vácuo é feito no condensador que é ligado ao espaço vapor do evaporador. • A pressão no condensador é menor que a pressão atmosférica. O condensado deverá ser retirado de um ambiente que está a uma pressão menor que a atmosfera. • Pretende-se estimar a vazão de água necessária no condensador. • Para condensar um vapor puro ???? REMOVER SEU CALOR LATENTE DE VAPORIZAÇÃO NORMALMENTE ESTA REMOÇÃO EFETUA-SE SOBRE UMA SUPERFÍCIE SÓLIDA RESFRIADA CONDENSAÇÃO CONDENSAÇÃO • Ocorre quando a temperatura de um vapor é reduzida a valores inferiores ao de sua temperatura de saturação (temperatura na qual se dá a vaporização de uma substância pura a uma dada pressão); Tsuperficie <Tsat •Em equipamentos industriais, o processo resulta do contato entre o vapor e uma superfície fria; • A energia latente do vapor é liberada, calor é transferido para a superfície e o condensado é formado; CONDENSAÇÃO •A condensação pode ocorrer de duas formas dependendo da condição da superfície: # A forma dominante é a condensação em filme, onde uma película de líquido cobre toda a superfície de condensação e, sob a ação da gravidade, escoa continuamente deixando a superfície. Geralmente se apresenta em superfícies limpas e isentas de contaminação. #Se a superfície for revestida com uma substância que induza a uma baixa molhabilidade, é possível ocorrer a condensação em gotas. As gotas se formam em irregularidades na superfície e podem crescer e coalescer através da condensação continuada; Normalmente,mais de 90% da superfície é coberta pelas gotas que variam de poucos micrômetros até gotas visíveis a olho nu. As gotas deixam a superfície devido à ação da gravidade. Na figura ao lado,uma fina camada de oleato cúprico foi aplicada no lado esquerdo da superfície para promover a condensação em gotas.Vê-se uma sonda de termopar com 1mm de diâmetro para dar idéia das dimensões apresentadas • Trocador de calor- objetivo: provocar mudança de fase de um vapor para um líquido mediante um fluido resfriador ; • Os condensadores são usados para liquefazer vapores por meio da retirada de calor latente. Esse calor é removido pela absorção do mesmo por um líquido mais frio chamado refrigerante; • Esta remoção de calor efetua-se sobre uma superfície sólida resfriada na qual o vapor se condensa; • Mecanismo: pelicular ou goticular; • Pelicular – mais comum; Condensadores • Qdo o líquido condensado “molha” a superfície forma-se uma película líquida contínua através da qual há transferência de calor; • Qdo o líquido condensado “NÃO molha” a superfície forma-se GOTÍCULAS em lugar da película, a superfície não fica toda recoberta pelo fluido; • Em qq caso, o condensado escorre pela superfície sob ação da gravidade; • Projeto usual – emprega tubos - condensado é formado no interior ou no exterior dos tubos; • Para remover o calor latente, opera um fluido frio na parede oposta do tubo. Condensadores • Processo a pressão constante; • Processo é isotérmico; • Recuperação de um solvente saindo de um processo de extração ou secagem; • Destilação • Saída de evaporadores (vapor gerado) Condensadores possuem basicamente duas classes. A primeira, condensadores de tubo e carcaça, o vapor e o refrigerante são separados por uma superfície tubular de transferência de calor. Condensadores de contato Mais baratos que os de superfície. Parte da água refrigerante é pulverizada na corrente de vapor próxima à entrada de vapor e o restante é direcionado para a garganta de descarga para completar a condensação . Na segunda, chamados condensadores de contato, o vapor e o refrigerante (normalmente sendo os dois, água) são misturados fisicamente e saem do condensador com uma única corrente. • Sempre acoplado ao evaporador haverá um condensador. OBJETIVO • Pretende-se estimar a vazão de água necessária no condensador. Condensadores a) de superfície b) de contato Cálculo da vazão de água (M): Balanço de Energia •Parao condensador de superfície VHv+ Mh1= Vhv + Mh2 Pode ser utilizada diretamente ou: V(HV-hV) = M(h2-h1)→ Vamos analisar estes termos •HV –hV •Se o vapor gerado no evaporador for saturado e o condensado líquido saturado: HV -hV= λ(calor latente de condensação do vapor produzido no evaporador); •Se o vapor gerado for superaquecido e o condensado líquido saturado: HV -hV = λ+ cpv.epe Para o condensador de contato VHv+ Mh1= (V+ M)hv Agora o termo h2 -h1 h2 - h1 = cp(t2 - 0) – cp(t1 - 0) = cp(t2 - t1) h2 -h1= cp(t2 -t1) • EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Um evaporador de efeito simples deve concentrar 11 t/h de uma solução de NaOH de 20% a 50% de sólidos (massa), a alimentação está a 38°C. A pressão do vapor de aquecimento é de 2,35 atm (abs), e, no espaço vapor, deve ser mantido uma temperatura de 51,1°C. O coeficiente global de transmissão de calor, U, é 1250 kcal/(h m2 °C). Calcular o consumo de vapor, a economia e a área da superfície de aquecimento. Calcular o consumo de água no condensador de superfície se a temperatura de entrada da água de resfriamento for de 20°C e o ∆t na saída do condensador for 10°C (diferença entre a temperatura de condensação do vapor e temperatura de saída da água). Balanço de massa • mf xF = m xL; 11000x0,2 = mx0,5; m = 4400 kg/h • mf = m + (mf-m); (mf-m) = 11000 – 4400 = 6600 kg/h • Para o cálculo de S necessita-se do B.E. Balanço de energia • mf hF + ms S = (mf-m) HV + m hL • Vapor de aquecimento • S – tabela de vapor saturado, p= 2,35 atm = 2,43 kgf/cm2; • tS 126ºC e S = 523,6 kcal/kg • Entalpia do vapor gerado: Hv=640,3 kcal/kg B.E. - entalpias • Espaço vapor • Tabela de vapor saturado ou tabela de pressão de vapor de água, obtém-se tsat = 51,5ºC • Com o Diagrama de Dühring obtém-se o ponto de ebulição da solução de NaOH. • Com xL = 0,5 e t = 51,5ºC (temperatura de ebulição do solvente) determinamos pelo diagrama tL = 97ºC • Portanto o vapor gerado está superaquecido e a epe será: epe = 97 – 51,5 = 45,5ºC B.E. - entalpias • Entalpia da solução diluída • É NaOH, utilizar diagrama entalpia x concentração para NaOH • Com tF = 38°C e xF = 0,20; obtém-se hF = 33 kcal/kg • Entalpia da solução concentrada • Podemos agora obter hL pois temos a concentração e temperatura. Utilizar o mesmo procedimento feito para hF (Diagrama entalpia x concentração para o NaOH), com xL = 0,5 e tL = 97°C hL = 127 kcal/kg B.E. • Podemos agora calcular S pelo B.E. 11000x33 + msx523,6 = 6600x640,3 + 4400x127 ms = 8477 kg/h • Economia E = (mf-m)/ms = 6600/8477 = 0,78 Área de troca de calor • q = UAΔt q = SλS = 8477x523,6 = 4578358 kcal/h Δt = tS – tL = 126 – 97 =29ºC • A = 4578358 /(1250x29) = 122 m2 Condensador de superfície Vazão de água no condensador de superfície Água entra a 20°C e sai a t2. t na saída do condensador = 10°C = tsat – t2 tsat = 51,5ºC; t2 = 41,5°C h1 = 1x(20-0) = 20 kcal/kg h2 = 1x(41,5-0) = 41,5 kcal/kg Vapor Considere que o condensado saia como líquido saturado. HV = 640,3 kcal/kg e V = 6600 kg/h hV = 1x(51,5-0) = 51,5 kcal/kg ou direto da tabela de vapor saturado, entalpia do líquido saturado na pressão do espaço vapor. B.E. no condensador • VHv + Mh1 = Vhv + Mh2 • 6600x640,3 + Mx20 = 6600x51,5 + Mx41,5 • M = 180748 kg/h
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