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reflexoes sobre interatividade social

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Reflexões sobre Interatividade Social 
Aprendizagem de psicologia e a profissionalização do 
comunicador 
 
 
Lívia Fonseca Nunes 
Renata de Oliveira Bugliani 
Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação 
 
 
Resumo: Com base na aprendizagem cognitiva, iremos analisar e relacionar os 
conteúdos aprendidos na disciplina Psicologia da Comunicação a exemplos 
práticos ou aplicações da teoria. A análise pode ser entendida em relação ao 
trabalho do Comunicador em geral, e especificamente, ao do Jornalista e do 
Relações Públicas. 
Palavras-chave: aprendizagem, ancoragem, criatividade. 
 
 
Pontos de Ancoragem do estudo da Psicologia da Comunicação 
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise dos conteúdos de 
aprendizagem que tivemos antes de adentrar o ensino superior, na graduação de 
Comunicação Social. Tais conteúdos servem de base aos atuais, tornando 
possível a construção de relações e produção de conhecimento para o futuro 
campo profissional em que vamos atuar. Os conceitos aprendidos no ensino 
fundamental e médio nos deram de forma geral uma visão e conhecimento para 
que hoje pudéssemos aprofundar e estudar de maneira mais específica conteúdos 
profissionalizantes. 
No próprio percurso do curso de Comunicação identificamos um processo 
de afunilamento dos conteúdos apresentados. As primeiras disciplinas dos 
primeiros semestres dão suporte às atuais. 
Tomamos como ponto de partida o conceito de Aprendizagem do ponto de 
vista do Cognitivismo. Segundo esta teoria, a aprendizagem se dá através do 
processo de compreensão, transformação, armazenamento e aplicação das 
informações no plano cognitivo, ou seja, o plano da percepção e produção de 
significados que, em última instância, gera conhecimento. 
Os primeiros significados apreendidos servirão de âncora para os futuros. 
Dessa forma, tudo que é novo se integra à estrutura cognitiva e fica atrelado aos 
conceitos já existentes. A aprendizagem e o conhecimento são então, frutos do 
processo de relacionar e assimilar conceitos a partir do que David Ausubel 
chamou de “Ponto de Ancoragem”. 
Aplicando este conceito em Psicologia, identificamos diversos pontos de 
ancoragem para a compreensão da mesma. Ao escolhermos Comunicação Social, 
não tínhamos a consciência de que trouxemos conosco uma bagagem, à qual 
utilizamos e nos ajuda a compreender novas disciplinas estudadas. 
Segundo a teoria do ensino de Jerome Bruner, o conteúdo deve ser 
apresentado primeiro pelos conceitos gerais, e em seguida vai se ramificando de 
acordo com a complexidade e especificação das informações. É exatamente este 
o processo que segue o nosso aprendizado. 
Identificamos já no ensino fundamental e médio o suporte de matérias 
como: História, Geografia, Língua Portuguesa e Educação Artística. Todas 
pertencem ao campo das Ciências Humanas, o mesmo do curso escolhido. 
Em História aprendemos as primeiras noções de sociedade, das grandes 
realizações do homem e transformações na concepção de mundo, nas idéias e 
ações. Esta disciplina refere-se ao estudo do homem e sua ação no tempo e no 
espaço, justamente o objeto de estudo da Psicologia: o homem. 
Foram-nos apresentadas em seqüência os períodos da evolução da 
sociedade: Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade 
Contemporânea. Na Idade Antiga, conhecemos a Filosofia e importantes teóricos 
como Sócrates, Aristóteles e Platão. Tais filósofos impulsionaram as primeiras 
tentativas de um estudo da Psicologia, tanto que a própria raiz etimológica da 
palavra vem do grego “psiché” que significa alma; e de “Logus” que significa 
razão, sendo então o “estudo da alma”. Já no primeiro semestre do curso, 
revemos esses conteúdos na disciplina de Filosofia, aprofundando o 
conhecimento desses filósofos e sua contribuição para a sociedade atual. 
Para compreender o avanço da Psicologia como ciência foi necessário que 
soubéssemos as transformações da sociedade durante as idades separadas pela 
História. Assim, na Idade Média houve as contribuições do cristianismo, visto que 
a sociedade era Teocêntrica, de filósofos como Santo Agostinho e São Tomás de 
Aquino. Em seguida, com a ascensão do Renascimento e o Antropocentrismo, o 
estudo do homem torna-se primordial. O conhecimento da Anatomia e Fisiologia 
sustenta o futuro desenvolvimento do estudo da mente e da alma, da subjetividade 
humana. 
A partir daí temos um processo de evolução e aprofundamento de conceitos 
e do conhecimento científico. No século XX, as principais teorias da Psicologia são 
elaboradas, desvinculando-a da Filosofia. 
No Renascimento identificamos as principais contribuições culturais do 
homem, no campo das artes, literatura, arquitetura, etc. É no primeiro semestre do 
curso de Comunicação que também aprofundamos o conceito de Cultura, na 
disciplina de Cultura Brasileira. Entendemos que ela é inerente ao ser humano e 
nos desvencilhamos do senso comum de algo que pertence ao erudito, ou de algo 
que esteja ligado apenas à arte. De acordo com as correntes teóricas de vários 
lugares do mundo, compreendemos as produções nacionais, influenciadas por 
aquelas. Através desta disciplina conseguimos entender que o homem é sócio-
histórico e está inserido em um amplo contexto de relação com o ambiente, ou 
seja, é resultado de um conjunto de relações sociais. Outra matéria será a de 
Sociologia, fornecendo as principais concepções de organização da sociedade e a 
inserção do homem na mesma. 
A diferença dos tipos de conhecimento em que vimos a existência do saber 
filosófico, do teológico, do artístico, do científico e do senso comum propiciou a 
compreensão da estrutura da Psicologia no conhecimento científico, já que ela é 
também utilizada pelo senso comum a todo momento. 
Desenhando o Curso de Comunicação temos então a trajetória espiral da 
rede de informações, da qual fala Bruner sobre o ensino. Só assim é que a 
compreensão da Psicologia se faz de maneira completa. 
 
 
Aplicações do estudo de Psicologia da Comunicação no exercício 
do Comunicador social 
É fundamental que se compreenda a sociedade e o papel da comunicação 
na mesma, para identificarmos o posicionamento das metas de nossa ambição 
profissional. 
Uma matéria apresentada em paralelo com conteúdos de fundamentos da 
organização social foi a Teoria da Comunicação. Nela, vimos diversas visões 
teóricas sobre a recepção de mensagens através dos processos comunicacionais. 
Uma delas chama-se Teoria Hipodérmica. No tempo em que este conteúdo nos foi 
apresentado, vimos que a teoria não mais cabia na atual formação da sociedade, 
e é na Psicologia que entendemos de maneira mais aprofundada o porquê disso, 
e desconstruímos a antiga teoria. 
O conceito da Teoria Hipodérmica baseia-se em premissas do 
Behaviorismo “estímulo-resposta”. Toma o homem como sujeito passivo, que 
recebe as mensagens sem resistência. É como se todas as pessoas agissem da 
mesma forma sobre um estímulo, como se a sociedade fosse homogênea, não 
levando em consideração a hetereogenidade de que somos investidos. É 
exatamente neste ponto que consideramos o estudo da Psicologia da 
comunicação essencial. Ao longo da disciplina aprendemos que o homem é sócio-
historico, fortemente movido pela sua vida afetiva, tanto que é esta fator um ponto 
importantíssimo para a construção de sua subjetividade. 
Consideramos essencial para o comunicador contemporâneo, admitir a 
complexidade do publico que irá receber/ouvir as suas informações. Por isso a 
desconstrução da Teoria Hipodérmica. 
Se o homem é um ser “sócio-histórico”, ele não pode ser tido com um ser 
isolado, independente do meio que o cerca. O desenvolvimento se dá a partir da 
apropriação das relações sociais inseridas em um processo histórico, e cada 
indivíduo vai se apropriar de acordo com a sua subjetividade, ou seja, vai reunir 
consciência, sentimentos, emoções e o seu inconsciente; relacionando-os ao 
desenvolvimento de instrumentos, da linguagem e do trabalho social. 
O estudo da Psicologia éimportante para todas as habilitações da 
Comunicação Social, visto que todas visam comunicar algo, relacionando-se com 
a sociedade através de diversos meios. Levando em consideração o ponto que 
levantamos: compreender que o individuo é formado por uma subjetividade, que é 
construída nas relações sociais, isso quer dizer que se ele utiliza os veículos de 
comunicação não significa que haja a eficácia desta comunicaçãdo; é preciso 
refletir de forma mais ampla as informações a serem divulgadas. 
Na construção deste trabalho, discutimos qual seria especificamente a 
contribuição da Psicologia nas áreas de Jornalismo e Relações Publicas. 
Acreditamos que há sim fatores específicos, mas consideramos mais profundo e 
mais válido a compreensão das diferenças humanas, tanto em uma pauta 
jornalística ou em um projeto de gerenciamento de crises de um Relações 
Publicas, é necessário estudar a fundo o público que se quer atingir, identificando 
os seus formadores de opinião. 
Citamos aqui outra disciplina fundamental que se relaciona com a 
Psicologia para que possamos atuar da melhor maneira profissionalmente: Ética. 
É de fundamental importância ao Comunicador que, entendendo a diversidade de 
opiniões e identidades presentes na sociedade, ter consciência de seu papel 
social. O Jornalista, por exemplo, possui grande responsabilidade perante o que 
decide ou não tornar público e, principalmente, de qual maneira o irá fazer. Se 
cada notícia ou nova informação poderá ser interpretada de diversas maneiras, 
como fazer para que a sua intenção seja passada sem a abertura a concepções 
distorcidas da realidade. É claro que sempre haverá intenções por trás do desejo 
de transmitir uma informação, além da própria opinião desse Comunicador, e é 
neste ponto que entra a Ética na forma de atuação de cada profissional. O 
profissional vai dar privilégio ao desejo de sua opinião para que ela predomine ou 
vai procurar oferecer ao público uma mensagem de maneira a possibilitar as 
variadas interpretações? 
O profissional de Relações Públicas busca fundamentalmente relacionar-se 
com seu público, não somente para informar, mas construindo fidelização entre 
ele e a organização em que está inserido. Dessa forma, é necessário que ele 
compreenda quais são as necessidades de seus receptores, para que assim 
possa atendê-las construindo essa relação de credibilidade e fidelização entre 
ambos. 
O estudo da disciplina aprendida de Psicologia para o campo profissional, é 
a importância de entender as variações psicossociais, buscando a melhor maneira 
de relação com as mesmas. Da Gestalt, trazemos a consciência das diferentes 
maneiras de percepções, mesmo que possa haver certas tendências comuns. De 
Freud, sabemos que o inconsciente atua de forma essencial nas ações do 
indivíduo e que ele (motivo inconsciente) pode ser atendido ou não. 
A psicanálise é muito utilizada pelo publicitário quando oferece ao leitor 
uma propaganda de maneira a atender uma necessidade que ele nem sequer tem 
consciência de que possui, visto que a sociedade possui certas leis morais que 
nos tentam impor limites o tempo todo. Uma oferta que tenta transpor essas 
barreiras sem comprometimento é justamente através do consumo de certos 
produtos. 
Visto a complexidade social em que estamos inseridos, para atuar no 
campo profissional escolhido será necessário e essencial que utilizemos de nossa 
criatividade de maneira á atender as questões levantadas. 
Se ao falarmos que somos comunicadores costumamos ouvir que somos 
também criativos, por fim afirmamos, sim somos. Somos porque todos somos 
diferenciados pela busca ininterrupta do encontro com o “gênio” presente em todo 
indivíduo, nosso “gênio criador”. 
 
“O “Gênio”, sinônimo de ser criativo, é entendido como alguém 
extraordinário para o seu tempo e lugar. Ele extraordinariamente revela a 
potencialidade humana de ser e de fazer. Gênio é aquele que se mostra 
singular, único, que inova, renova, inaugura um novo horizonte, a partir 
da apresentação de novos objetos, pensamentos, atitudes ou fatos”. 
(SAKAMOTO, Cleusa. 2004) 
 
 A interatividade social diante deste prisma de estudo e aprendizagem, 
parece inerente ao desenvolvimento do ser humano e da sociedade; resta saber 
como estamos usando esta inter-ação nos dias de hoje. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, M. de Lourdes Trassi. 
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 
2002. 
SAKAMOTO, Cleusa. O Gênio Criador. São Paulo: Casa do Psicólogo,2004.

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