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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO
Lei n. 7.210/1984 - Lei de Execução Penal
Livro Eletrônico
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 4
Lei n. 7.210/1984 –Lei de Execução Penal .................................................................................. 5
Conceitos Iniciais ............................................................................................................................ 5
Individualização .............................................................................................................................. 6
Exame Criminológico ...................................................................................................................... 8
Banco de Dados Genético .............................................................................................................. 9
Assistência ..................................................................................................................................... 10
Trabalho do Preso .......................................................................................................................... 11
Trabalho Interno .............................................................................................................................13
Trabalho Externo ........................................................................................................................... 14
Deveres e Direitos ..........................................................................................................................15
Disciplina ......................................................................................................................................... 17
Faltas Disciplinares ...................................................................................................................... 18
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) ....................................................................................20
Sanções e Recompensas ............................................................................................................. 22
Do Procedimento ...........................................................................................................................24
Dos Órgãos da Execução Penal ..................................................................................................24
Estabelecimentos Penais ............................................................................................................ 29
Das Penas Privativas de Liberdade ........................................................................................... 32
Dos Regimes ................................................................................................................................... 33
Progressão Per Saltum ................................................................................................................ 33
Regressão ....................................................................................................................................... 36
Permissão de Saída e Saída Temporária .................................................................................. 37
Da Remição .....................................................................................................................................38
Livramento Condicional ............................................................................................................... 39
Do Monitoramento Eletrônico .................................................................................................... 39
Prestação de Serviços à Comunidade .......................................................................................40
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
Execução das Medidas de Segurança .......................................................................................43
Dos Incidentes de Execução .......................................................................................................44
Excesso ou Desvio ........................................................................................................................ 45
Questões de Concurso .................................................................................................................48
Gabarito ........................................................................................................................................... 63
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
ApresentAção
Meu(minha) querido(a), vamos estudar agora a Lei de Execução Penal, a LEP, ou ainda, 
como vem em seu edital, Lei n. 7.210/1984. Esta é uma lei que sofreu algumas alterações 
após a publicação da Lei n. 13.964/2019, o conhecido “Pacote Anticrime”, e iremos estudá-la 
conforme a sua atualização.
O Pacote Anticrime trouxe diversas mudanças nas legislações penais (Código Penal, Pro-
cesso Penal e Leis Extravagantes), alterando, na LEP, nosso objeto de estudo, principalmente a 
forma de progressão de regime, conforme veremos em nossa aula.
Como digo sempre no curso de legislação especial, é muito importante a leitura da letra da 
lei, da “lei seca”, e não seria diferente aqui.
Essa é uma lei muito ampla e, portanto, abordaremos a lei inteira, mas daremos prioridade 
para os pontos principais para que você consiga fazer a sua prova.
O examinador não tem muita criatividade quando cobra a LEP nas provas e costuma, na 
maioria das vezes, se valer da letra da lei.
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
LEI N. 7.210/1984 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL
ConCeitos iniCiAis
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal 
e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.
O artigo 1º da nossa lei traz o objetivo do legislador. Veja que a intenção é de proporcionar 
condições harmônicas de integração social.
O que seria isso, professor?
Quando o legislador fala sobre as condições harmônicas, está falando sobre a ressocia-
lização: a intenção do nosso sistema penal não é simplesmente punir, mas sim evitar que o 
sujeito volte a delinquir.
Já te adianto logo que encontraremos alguns dispositivos da Lei n. 7.210/84 que são per-
feitos na teoria, porém, na prática, nem tanto.
Como você imagina que uma pessoa seja ressocializada num presídio superlotado?
Obs.: � os agentes penitenciários, ou melhor, policiais penais, com péssimas condições de tra-
balho… Enfim, isso é apenas um comentário pessoal que não cairá em sua prova, então 
voltemosa comentar sobre a nossa lei, rsrsrs.
Fique atento(a), porque a LEP deverá ser aplicada tanto para os condenados, que são os 
imputáveis, como para os internados, que são aqueles inimputáveis que estão cumprindo me-
dida de segurança.
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacio-
nal, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo 
Penal.
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça 
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.
Outro detalhe que temos que ficar atentos é sobre os presos provisórios: como o artigo 
anterior fala em “condenado”, algumas pessoas, erroneamente, entendem que a LEP não se 
aplicaria a esta “modalidade” de cumprimento de pena:
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sen-
tença ou pela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.
Esses direitos não atingidos pela sentença ou pela lei estão previstos no artigo 41 da lei, 
que traz os direitos assegurados ao preso.
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
Além dos direitos trazidos pela LEP, o preso tem assegurado os seus direitos constitucio-
nais, mas devemos lembrar que não existem direitos absolutos.
Por exemplo, o preso tem direito à inviolabilidade do sigilo da correspondência, profes-
sor?
Sim, porém, existe uma ressalva, em que:
[...] a administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública, de 
disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode sempre excepcionalmente, 
e desde que respeitada a norma inscrita no artigo 41, parágrafo único, da lei 7.210/84, 
proceder a interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a 
cláusula tutelar da inviolabilidade no sigilo epistolar não pode constituir instrumento de 
salvaguarda de práticas ilícitas. (HC 70814/SP)
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena 
e da medida de segurança.
Essa cooperação da comunidade foi ressaltada na exposição de motivos da LEP. Vejamos:
Muito além da passividade ou da ausência de reação quanto às vítimas mortas ou traumatizadas, 
a comunidade participa ativamente do procedimento da execução, quer através de um Conselho, 
quer através das pessoas jurídicas ou naturais que assistem ou fiscalizam não somente as reações 
penais em meios fechados (penas privativas da liberdade e medida de segurança detentiva) como 
também em meio livre (pena de multa e penas restritivas de direitos).
individuAlizAção
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para 
orientar a individualização da execução penal
Como bem sabemos, o nosso sistema penal não busca somente a punição do agente, 
como também a sua ressocialização, a sua recolocação na sociedade.
Quando o legislador fala em classificação e individualização, ele está buscando, de certa 
forma, ressocializar o indivíduo.
Na prática, seria uma classificação dos presos, de acordo com os seus antecedentes, o 
crime que praticou e a sua personalidade.
Essa classificação será realizada por uma comissão técnica, que será responsável por ela-
borar um programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado. É 
o que preceitua o artigo 6º da lei em comento:
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa 
individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório.
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida 
pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólo-
go e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada 
por fiscais do serviço social.
Essa comissão técnica tem o objetivo de orientar a individualização da execução penal, 
classificando os condenados conforme alguns critérios preestabelecidos.
Complementando essa ideia de individualização, temos o artigo 84 da LEP, que traz algu-
mas classificações:
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado.
§ 1º Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I – acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II – acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa;
III – acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos inci-
sos I e II.
§ 2º O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará em 
dependência separada.
§ 3º Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
I – condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II – reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à 
pessoa;
III – primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à 
pessoa;
IV – demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das 
previstas nos incisos I, II e III.
§ 4º O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com 
os demais presos ficará segregado em local próprio.
De uma maneira geral, temos que os presos provisórios ficam separados dos presos con-
denados, ou presos definitivos. Logo depois, o legislador faz uma separação ainda dentro dos 
presos provisórios.
Podemos observar que ele basicamente dividiu os presos conforme a gravidade do delito. 
Veja que os que cometeram crimes hediondos não se misturarão com aqueles que praticaram 
crimes com violência ou grave ameaça à pessoa, que, por óbvio, estão separados também da-
queles que cometeram outros tipos de delitos menos graves.
O legislador tomou cuidado ao separar os funcionários da administração da justiça crimi-
nal, como por exemplo um policial. Caso um policial cometa um crime e seja preso, ele deverá 
cumprir sua pena em estabelecimento separado dos demais.
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Logo em seguida, ele faz outra separação, só que agora dentre os presos condenados, se-
guindo a mesma lógica utilizada com os presos temporários.
Por fim, ocorre a separação daqueles presos que correm algum tipo de perigo. Na lingua-
gem dos presos, seria o que eles chamam de “seguro”.
exAme CriminológiCo
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será sub-
metido a exame criminológicopara a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classi-
ficação e com vistas à individualização da execução.
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumpri-
mento da pena privativa de liberdade em regime semiaberto.
O artigo 6º que acabamos de ver traz a previsão do exame de classificação, que não é a 
mesma coisa prevista no artigo 8º, sobre o exame criminológico.
No exame criminológico, temos uma avaliação psicológica e psiquiátrica do condenado, 
com o objetivo de avaliar a agressividade, a periculosidade e, ainda, a maturidade do agente e 
seus vínculos afetivos.
A intenção é avaliar a probabilidade de que esse indivíduo, ao sair do presídio, voltará a 
delinquir.
Somente ao ler o artigo podemos entender que o exame criminológico é obrigatório para 
os presos em regime fechado, e esse era o entendimento doutrinário anteriormente.
Porém, o entendimento que prevalece nos tribunais superiores é o de que se trata de um 
estudo facultativo, independente do regime de cumprimento da pena, devendo o magistrado 
fundamentar a sua necessidade ao caso concreto.
Sobre esse assunto, temos posicionamento sumulado tanto do STJ quanto do STF. Vejamos:
Súmula n. 439, STJ
Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão 
motivada.
Súmula Vinculante n. 26, STF
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou 
equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2o da Lei n° 
8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, 
os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de 
modo fundamentado, a realização de exame criminológico
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando 
a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá:
I – entrevistar pessoas;
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II – requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito 
do condenado;
III – realizar outras diligências e exames necessários
Para uma melhor classificação da personalidade do preso, o legislador trouxe o artigo 9º, 
possibilitando “outras diligências e exames necessários”, ou seja, temos uma forma ampla 
para realizar essa classificação.
BAnCo de dAdos genétiCo
Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra 
pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990 (cri-
mes hediondos), serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante 
extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor.
§1º A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regu-
lamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, 
observando as melhores práticas da genética forense.
§2º A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inqué-
rito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético.
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos 
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou 
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa.
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à 
identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser 
submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena.
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação 
do perfil genético.
Obs.: � é nessa hora que você pensa que já evoluímos e estamos fazendo o mesmo que no 
CSI, rsrsrs.
Não chegamos a esse ponto, meu (minha) querido (a), porém eu acredito que essa previ-
são é muito importante para o combate ao crime, principalmente aqueles praticados contra a 
dignidade sexual.
Essa identificação não serve para subsidiar qualquer investigação criminal em curso, e 
nem para sanar alguma dúvida sobre a identidade civil. A ideia principal é abastecer esse ban-
co de dados sigiloso, que terá a sua regulamentação feita pelo Poder Executivo.
O Pacote Anticrime promoveu algumas mudanças neste artigo, sendo algumas delas veta-
das. O parágrafo terceiro garante ao titular dos dados genéticos o acesso ao banco de dados, 
garantindo assim direitos constitucionais, como o contraditório.
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LEGISLAÇÃO
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O parágrafo seguinte afirma que o condenado por um dos crimes previstos no caput que 
não tiver seus dados coletados da entrada no sistema prisional, o fará durante o cumprimen-
to da pena, terminando, no parágrafo 8º, afirmando que a recusa constituirá falta grave ao 
condenado.
AssistênCiA
Os artigos de 10 a 27 tratam sobre a assistência ao preso, que é um dever do Estado, e busca 
a ressocialização do indivíduo, sempre buscando o seu retorno e convivência em sociedade.
Essa assistência será:
• Material (consiste no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas);
• À saúde (compreende o atendimento médico, farmacêutico e odontológico);
• Jurídica (destinada aos presos sem recursos financeiros);
• Educacional (compreende a instrução escolar e a formação profissional do preso);
• Social (essa é a assistência responsável por preparar o condenado para o retorno à li-
berdade);
• Religiosa (é garantido ao preso o culto religioso e a posse de livros de instrução religiosa).
Essa assistência é estendida ao egresso, que é aquele liberado definitivo, pelo prazo de um ano 
a contar da saída do estabelecimento, e ao liberado condicional, durante o período de prova.
001. (VUNESP/SEJUS-ES/AGENTE DE ESCOLTA/2013) Incumbe ao serviço de assistên-
cia social:
a) estabelecer que o ensino profissional seja ministrado em nível de especialização ou de for-
mação técnica.
b) acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias
c) proporcionar nos estabelecimentos penais locais apropriados destinados ao atendimento 
pelo Defensor Público.
d) cuidar para que nenhum preso ou internado deixe de participar de atividade religiosa
e) tratar da saúde do preso e do internado em caráter terapêutico e ressocializador.
Veja aí, meu (minha) querido (a): essa questão reforça a nossa ideia da leitura da legislação.
O artigo 23 da LEP traz as atribuições do serviço de assistência social:
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social:
I – conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II – relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas 
pelo assistido;
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
III – acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias;
IV – promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação;
V – promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de 
modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI – providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por 
acidente no trabalho;
VII – orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima.
Das opções trazidas pelo examinador, a única que se encontra no rol do artigo 23 é a letra b.
Letra b.
002. (CESPE/DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/2015) De acordo com a LEP, são 
considerados egressos tanto o liberado definitivo, pelo prazo de um ano a contar da data de 
saída do estabelecimento prisional, quanto o liberado condicional, durante o período de prova.
Exatamente como acabamos de ver, né?
A assistência é estendida ao egresso, que é aquele liberado definitivo, pelo prazo de um ano 
a contar da saída do estabelecimento, e ao liberado condicional, durante o período de prova.
Certo.
trABAlho do preso
Como vimos durante toda nossa aula, a LEP busca sempre ressocializar o preso, e é com 
essa intenção que trouxe a previsão do trabalho na Lei n. 7.210/84.
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalida-
de educativa e produtiva.
O trabalho do preso é encarado na LEP como um dever social e condição de dignidade hu-
mana, com a finalidade educativa e produtiva, como acabamos de ver.
Conforme leciona Rogério Sanches, o trabalho do preso é uma das mais importantes “ar-
mas” na reinserção do preso ao convívio social.
Seria um misto de dever (art. 39, V) e direito (art. 41, II) do preso.
O preso não se sujeita ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (art. 28, § 2º, 
da LEP), e seu trabalho possui finalidades educativa e produtiva, não podendo ser comparado 
com o trabalho das pessoas que não cumprem pena.
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LEGISLAÇÃO
Péricles Mendonça
Existem algumas regras mínimas trazidas pela ONU que consistem em:
• que o trabalho penitenciário não deve ter natureza estressante (preceito 97.1);
• na medida do possível, deverá contribuir, por sua natureza, para manter ou aumentar a 
capacidade do preso para ganhar honradamente sua vida depois da liberação (preceito 
98.1);
• sua organização e métodos devem assemelhar-se o mais possível à dos que realizam 
um trabalho similar fora do estabelecimento, a fim de preparar o preso para as condi-
ções normais do trabalho (preceito 99.1);
• devem ser tomadas nos estabelecimentos penitenciários as mesmas precauções pres-
critas para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores livres (preceito 101.1);
• devem ser tomadas as providências necessárias para indenizar os presos pelos aciden-
tes do trabalho e enfermidades profissionais em condições similares àquelas que a lei 
dispõe para os trabalhadores livres (preceito 101.2).
O presidiário será remunerado pelo seu trabalho, exceto quando na prestação de servi-
ços à comunidade, e, a esta remuneração, a LEP já deu uma vinculação, com uma ordem de 
preferência:
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 
(três quartos) do salário mínimo.
§ 1º O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não re-
parados por outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em pro-
porção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas
O preso poderá trabalhar dentro ou fora do estabelecimento prisional, e este trabalho cons-
titui uma obrigação do preso.
Professor, como é que o salário do preso poderá ser inferior ao salário mínimo nacional? 
Essa previsão não é inconstitucional?
Esse seu questionamento chegou até o Supremo, que afirmou que não é inconstitucional 
essa previsão. Vejamos:
O patamar mínimo diferenciado de remuneração aos presos previsto no art. 29, caput, 
da Lei n. 7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP) não representa violação aos princípios 
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da dignidade humana e da isonomia, sendo inaplicável à hipótese a garantia de salário-
-mínimo prevista no art. 7º, IV, da Constituição Federal. STF. Plenário. ADPF 336/DF, Rel. 
Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2021 (Info 1007).
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas 
aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no 
interior do estabelecimento.
Como assim, professor? Obrigação? Quando estudei Direito Constitucional, eu vi um dis-
positivo que proibia o trabalho forçado.
Exatamente, meu (minha) querido (a): o trabalho forçado realmente é proibido no nosso 
ordenamento pátrio. Porém, esta não é a obrigação trazida pelo legislador na LEP.
Esse “trabalho forçado” seria, por exemplo, por meio de castigos físicos ou mesmo sem 
o recebimento de algum tipo de benefício, como a remuneração, o que não é o caso do tra-
balho do preso. Inclusive, a recusa injustificada ao trabalho constitui falta grave, como vere-
mos a seguir.
Vamos conferir o disposto no artigo 6º, 3, “a” da Convenção Americana de Direitos Humanos:
Art. 6º, 3. Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos deste artigo:
a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de senten-
ça ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços 
devem ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os 
executarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas 
de caráter privado;
O preso provisório não está obrigado a trabalhar, e ainda, conforme previsão do artigo 200 da 
LEP, o condenado por crime político não será obrigado ao trabalho.
trABAlho interno
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e 
as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado.
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas 
regiões de turismo.
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com 
descanso nos domingos e feriados.
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Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os 
serviços de conservação e manutenção do estabelecimento penal.
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia admi-
nistrativa, e terá por objetivo a formação profissional do condenado.
§ 1º Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e supervisionar a produção, com 
critérios e métodos empresariais, encarregar-se de sua comercialização, bem como suportar despe-
sas, inclusive pagamento de remuneração adequada.
§ 2º Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a iniciativa privada, 
para implantação de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos presídios.
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados, Territórios, Distrito Federal 
e dos Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência pública, os bens ou produtos do traba-
lho prisional, sempre que não for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares.
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão em favor da fun-
dação ou empresa pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do estabelecimento penal.
Deverá ser levado em consideração a habilitação, a condição pessoal e as necessidades 
futuras do preso, aptidões identificadas no início da execução penal através do exame de 
classificação.
Inclusive, é garantido ao maior de 60 anos uma ocupação adequada as suas condições.
A jornada de trabalho não deverá ser inferior a 6 horas e nem superior a 8, com a previsão 
de descansos aos domingos e feriados.
Como veremos mais adiante, o trabalhador tem direito a remissão da pena. Então, quanto 
mais trabalha, menos o indivíduo fica preso.
Surge então o questionamento sobre o presidiário trabalhar menos que 6 horas ou mais 
que 8 horas.
O STJ entende que, nesse caso, as horas trabalhadas além da jornada, quando somarem 
oito horas, contarão como um dia para fins de remição.
Esse trabalho poderá ser feito por fundação ou empresa pública, tendo como objetivo a 
formação profissional do condenado.
trABAlho externo
O legislador trouxe no trabalho uma das formas de ressocialização do preso, e, por isso 
mesmo, permite que ocorra o trabalho externo, já que não tem condições de fornecer trabalho 
interno para todos.
A autorização para o trabalho externo não se insere no rol de atos jurisdicionais do juiz da 
execução, cabendo ao diretor do estabelecimento autorizar essa forma de labor.
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço 
ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, 
desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
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§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados 
na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração des-
se trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá 
de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato 
definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos 
estabelecidos neste artigo.
O Supremo entendeu que a exigência objetiva de prévio cumprimento do mínimo de 1/6 da 
pena, para fins de trabalho externo, não se aplica aos condenados que se encontrarem em 
regime semiaberto. (Informativo 752 do STF)
deveres e direitos
Nos artigos de 38 a 43, temos elencados os deveres e os direitos (rol exemplificativo) dos 
presos, visando sempre uma boa convivência entre as partes processuais, bem como entre os 
integrantes do sistema prisional.
Ao ingressar no sistema prisional, o recluso terá que tomar ciência das normas e regula-
mentos para que possa cumpri-las da melhor forma possível.
O artigo 39 traz, de forma exaustiva (conforme a doutrina), os deveres dos presos, dentre 
os quais temos a obediência ao servidor e a qualquer pessoa.
A não obediência pode, inclusive, caracterizar crime ou falta grave. Ainda no viés da boa 
convivência, o preso deverá tratar com urbanidade e respeito os demais condenados.
Higiene pessoal e asseio da cela e conservação dos objetos de uso pessoal são outros 
deveres dos presos.
Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto no artigo 39:
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se 
às normas de execução da pena.
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
I – comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II – obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
III – urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV – conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou 
à disciplina;
V – execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
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VI – submissão à sanção disciplinar imposta;
VII – indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII – indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, 
mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX – higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X – conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
Já quanto aos direitos, temos na doutrina que o rol trazido pela LEP é meramente exem-
plificativo.
O legislador já inicia falando que é garantido ao preso a sua integridade física e moral.
Sobre esse aspecto, temos que lembrar que a violação à integridade do preso poderá inclu-
sive constituir o crime de tortura.
Agora, iniciando o rol dos direitos, o primeiro deles é a garantia à alimentação suficiente e 
ao vestuário. Essa alimentação é o que os presos chamam de “xepa”.
A remuneração do trabalho é também um direito do preso, como vimos anteriormente.
Algumas pessoas questionam a entrevista pessoal e reservada com o advogado, porém, 
mesmo que não concordemos com isso, temos que entender que se trata de uma garantia do 
preso, e deverá ser respeitada.
O direito à visitação é tido como fundamental para a ressocialização dos presos, já que ele 
terá contato com a família.
Pode reparar que, na maioria das vezes em que os agentes penitenciários querem reivindi-
car alguma melhoria, a primeira coisa que eles fazem é cancelar a visita dos parentes.
Pode não parecer tão importante, mas o preso tem o direito de ser chamado pelo nome, 
não sendo tratado de forma pejorativa e desumana:
Art. 40. Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e 
dos presos provisórios.Art. 41. Constituem direitos do preso:
I – alimentação suficiente e vestuário;
II – atribuição de trabalho e sua remuneração;
III – Previdência Social;
IV – constituição de pecúlio;
V – proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI – exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde 
que compatíveis com a execução da pena;
VII – assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII – proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX – entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X – visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI – chamamento nominal;
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XII – igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII – audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV – representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV – contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros 
meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade 
judiciária competente.
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos 
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
Art. 42. Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que couber, o dis-
posto nesta Seção.
Art. 43. É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do sub-
metido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompa-
nhar o tratamento.
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas pelo Juiz 
da execução.
disCiplinA
Todo agrupamento humano necessita de disciplina para que a ordem seja estabelecida, 
para que seja possível a convivência harmônica entre os integrantes desse agrupamento.
Portanto, os presos devem colaborar com a disciplina e com a ordem, obedecendo as de-
terminações emanadas das autoridades e seus agentes.
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das 
autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva 
de direitos e o preso provisório.
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou re-
gulamentar.
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado.
§ 2º É vedado o emprego de cela escura.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
Veja que a LEP trouxe, no artigo 45, a garantia da legalidade e da anterioridade, já que 
o preso só poderá ser punido se a falta ou sanção estiver prevista anteriormente à prática 
da conduta.
Mais uma vez, temos que reforçar que a integridade física e moral do preso deverá ser 
mantida, sob pena de o agente responder até mesmo por tortura:
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será cientificado 
das normas disciplinares.
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela autorida-
de administrativa conforme as disposições regulamentares.
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Como vimos anteriormente, ao ingressar no sistema penitenciário, o custodiado será cien-
tificado das regras do estabelecimento.
Esse poder disciplinar será exercido pelo diretor do presídio, conforme prevê o artigo 47.
FAltAs disCiplinAres
As faltas disciplinares podem ser leves, médias ou graves, e o legislador somente trouxe a 
previsão das graves, sendo que a legislação local deverá especificar as leves e médias.
O artigo 50 traz um rol taxativo de faltas graves, sendo que a criação de uma falta grave por 
outro instrumento que não a lei configura uma afronta ao princípio da legalidade.
Fique atento ao disposto na súmula 526 do STJ:
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime 
doloso no cumprimento da pena, prescinde do trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato.
O cometimento de faltas graves poderá gerar sérios prejuízos ao preso, como a regressão 
de regime e a perda de dias remidos.
Temos outras duas súmulas que tratam sobre esse assunto:
Súmula n. 535, STJ
A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto.
Súmula n. 441, STJ
A falta grave não interrompe o prazo para a obtenção de livramento condicional.
Sobre as faltas graves, eu queria ter uma notícia diferente para te dar, mas infelizmente 
não tenho.
É importante que você saiba quais são essas faltas, porque elas podem ser objeto de pro-
va. O Pacote Anticrime, como já vimos no estudo do artigo 9º-A, trouxe como falta grave a recu-
sa ao procedimento de identificação do perfil genético, portanto fique atento a essa novidade 
legislativa:
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especifi-
cará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I – incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
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II – fugir;
III – possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
IV – provocar acidente de trabalho;
V – descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI – inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a 
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório.
VIII – recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético
Sobre essas faltas graves: fique atento a prevista no inciso VII, já que, para a sua configu-
ração, não é necessário que o detento esteja com o celular propriamente dito – pode estar, por 
exemplo, com um chip:
A posse de chip de telefone celular pelo preso, dentro de estabelecimento prisional, con-
figura falta disciplinar de natureza grave, ainda que ele não esteja portando o aparelho. 
(STJ. 5ª Turma. HC 260122-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 21/3/2013).
Agora no ano de 2021, tivemos uma decisão importante do STJ sobre a entrada de chip de 
celular em estabelecimento prisional. É possível extrair do Informativo 693 que o interno que 
for flagrado como chip comete falta grave, mas o ingresso do chip em estabelecimento prisio-
nal não configura o crime previsto no artigo 349-A do CP:
A conduta de ingressar em estabelecimento prisional com chip de celular não se sub-
some ao tipo penal previsto no art. 349-A do Código Penal. STJ. 5ª Turma. HC 619.776/
DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/04/2021 (Info 693).
Não é só a posse de chip que vai configurar falta grave não: fique atento(a), que a posse de 
um “simples” fone de ouvido também vai configurar falta grave. Vejamos:
A posse de fones de ouvido no interior do presídio configura falta grave, ou seja, é con-
duta formal e materialmente típica, portanto, idônea para o reconhecimento da falha e a 
aplicação dos consectários. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 522425/SP, Rel. Min. Laurita 
Vaz, julgado em 10/09/2019
O legislador trouxe também a previsão das faltas graves para os condenados a penas res-
tritivas de direitos. Basicamente, o autor dessas faltas estará sujeito à sanção prevista na 
própria LEP em seu artigo 181, §1º, “d”, e §2º, que é a conversão da restritiva de direitos em 
restritiva de liberdade:
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Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que:
I – descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
II – retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta;
III – inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
regime disCiplinAr diFerenCiAdo (rdd)
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar 
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou 
estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes 
características:
I – duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave 
de mesma espécie;
II – recolhimento em cela individual;
III – visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas 
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, 
autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas;
IV – direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 
4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso;
V – entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipa-
das para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial 
em contrário;
VI – fiscalização do conteúdo da correspondência;
VII – participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a 
participação do defensor no mesmo ambiente do preso.
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, 
nacionais ou estrangeiros:
I – que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade;
II – sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em 
organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de 
falta grave.
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação crimi-
nosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, 
o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional 
federal.
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado 
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso:
I – continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de ori-
gem ou da sociedade;
II – mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, con-
siderados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a opera-
ção duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do trata-
mento penitenciário.
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§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com 
alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar 
contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia 
privada, ou de grupos rivais.
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de 
áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário.
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber 
a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato 
telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) 
minutos.
Esse artigo trata sobre as hipóteses em que o preso será submetido ao RDD, e como será 
esse regime. Tivemos uma grande alteração neste artigo. Por isso, recomendo que fique aten-
to(a), já que o examinador poderá cobrá-lo exatamente por causa das suas inovações.
Perceba que esse é um regime mais severo, que traz duras medidas aos presos, e, por isso, 
só poderá ser aplicado caso ocorra alguma das situações trazidas pelo legislador no artigo 
52, ou seja:
• A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione 
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, 
nacionais ou estrangeiros;
• Presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco 
para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade, ou que recaiam 
fundadas suspeitas de participação em organizações criminosas, associação criminosa 
ou milícia privada.
Dentre outras mudanças promovidas pela Lei n. 13.964/19, perceba que temos uma gran-
de reprimenda a membros de organizações criminosas, associações criminosas e milícias 
privadas, bastando, por exemplo, que existam fundadas suspeitas de sua participação para o 
seu ingresso no RDD.
Tivemos uma grande alteração neste artigo, que foi o cumprimento do RDD em presídio 
federal, no caso daqueles que exercem liderança em grupos criminosos.
Antes mesmo da publicação dessa lei, o atual ministro da justiça e segurança pública já 
tinha transferido diversos presos considerados “influências negativas” para presídios federais, 
como no caso do “Marcola”, que cumpre pena atualmente no Presídio Federal em Brasília.
Esse é um regime em que existe um grande debate doutrinário sobre a sua constitucionali-
dade, principalmente após a entrada em vigor do “Pacote Anticrime”, mas, para a nossa prova, 
esse debate não possui muita relevância.
Você já ouviu falar nas Regras de Mandela? Ou ainda Regras Mínimas das Nações Unidas 
para o Tratamento de Presos?
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Esse é um assunto que eu ainda não vi em questões objetivas, mas já vi em questões 
subjetivas, como foi o caso de uma das questões subjetivas para a prova de delegado da PF 
agora em 2021.
Esse documento traz diversas regras mínimas, ou ainda condições mínimas, com as quais 
um interno deverá ser tratado. Quando lemos o documento, percebemos que, na prática, es-
tamos um pouco longe do que o documento estabelece, mas um ponto que chama atenção e 
que inclusive é motivo de questionamento no Supremo é sobre o RDD.
Você acabou de ver que o preso pode ficar por muito tempo em Regime Disciplinar Dife-
renciado, né? Antes do Pacote Anticrime, tínhamos um máximo de trezentos e sessenta dias e, 
atualmente, a previsão é de dois anos.
Sabe qual o prazo estabelecido por este documento para que o preso fique em “isolamen-
to”? No máximo 15 dias. Nitidamente, a nossa legislação viola essa previsão, mas, para nossa 
prova, vamos levar o disposto na lei, ok? Esse conhecimento você poderá utilizar quando esti-
ver em uma questão discursiva, por exemplo.
003. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) A Lei n. 7.210/84, ao tratar da disci-
plina do preso, previu a existência do regime disciplinar diferenciado, caracterizando-o. Dispôs 
que estarão sujeitos a tal regime tanto os presos provisórios como os condenados, nacionais 
ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e para a segurança do estabelecimen-
to penal ou da sociedade.
O legislador trouxe o que está previsto no §1º do artigo 52 da LEP. Portanto, temos o item 
como correto.
Certo.
sAnções e reCompensAs
Art. 53. Constituem sanções disciplinares:
I – advertência verbal;
II – repreensão;
III – suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único);
IV – isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam aloja-
mento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei.
V – inclusão no regime disciplinar diferenciado.
Essas sanções também estão previstas em um rol taxativo, não sendo admitida a sua 
ampliação.
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
LEGISLAÇÃO
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Perceba que as sanções se dão em ordem crescente, vindo da mais branda para uma mais 
severa, que é a inclusão no RDD.
Conforme prevê o artigo 54, as sanções de I a IV poderão ser aplicadas por um ato motiva-
dor do diretor do presídio. Porém, quando for necessária a inclusão no RDD, é necessário um 
prévio e fundamentado despacho do juiz competente:
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do diretor do esta-
belecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
§ 1º A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento cir-
cunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa.
§ 2º A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifesta-
ção do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias.
Quando o legislador trouxe a palavra “regalias”, ele não estava se referindo às regalias que 
temos visto todos os dias nos presídios do Brasil.
Infelizmente, é comum vermos celas com cafeteiras, aparelhos de televisão, geladeiras e 
demais eletrodomésticos.
Não vou entrar no debate se o custodiado merece ou não ter esses itens. O problema é que 
só existe a concessão para um grupo específico de presos, enquanto os outros dormem no 
chão – por isso ela é chamada de regalia:
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do condenado, 
de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho.
Art. 56. São recompensas:
I – o elogio;
II – a concessão de regalias.
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de con-
cessão de regalias.
Visando a individualização da pena, o legislador definiu que, quando da aplicação das san-
ções, levar-se-á em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências do 
fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão:
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as 
circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão.
Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do artigo 53 desta lei.
Salvo Regime Disciplinar Diferenciado, o isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não 
poderão exceder trinta dias.
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
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do proCedimento
Praticada a falta grave, a aplicação da sanção não é a bel prazer do agente público. É 
necessário que seja instaurado um procedimento de apuração e garantido o direito de defe-
sa do preso:
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, con-
forme regulamento, assegurado o direito de defesa.
Parágrafo único. A decisão será motivada.
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo 
de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e 
da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente.
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado 
será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar.
dos órgãos dA exeCução penAl
O artigo 61 prevê diversos órgãos que integram a execução penal. São eles:
• o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
• o Juízo da Execução;
• o Ministério Público;
• o Conselho Penitenciário;
• os Departamentos Penitenciários;
• o Patronato;
• o Conselho da Comunidade;
• a Defensoria Pública.
Os artigos seguintes vêm descrevendo a composição e competência de cada um des-
ses órgãos:
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com sede na Capital da República, 
é subordinado ao Ministério da Justiça.
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária será integrado por 13 (treze) mem-
bros designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre professores e profissionais da área 
do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representan-
tes da comunidade e dos Ministérios da área social.
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho terá duração de 2 (dois) anos, renovado 1/3 
(um terço) em cada ano.
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, no exercício de suas atividades, 
em âmbito federal ou estadual, incumbe:
I – propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Cri-
minal e execução das penas e das medidas de segurança;
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II – contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e priori-
dades da política criminal e penitenciária;
III – promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às necessidades 
do País;
IV – estimular e promover a pesquisa criminológica;
V – elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor;
VI – estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de 
albergados;
VII – estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal;
VIII – inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relató-
rios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da 
execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida 
as medidas necessárias ao seu aprimoramento;
IX – representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância 
ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal;
X – representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de estabeleci-
mento penal.
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua 
ausência, ao da sentença.
Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
I – aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado;
II – declarar extinta a punibilidade;
III – decidir sobre:
a) soma ou unificação de penas;
b) progressão ou regressão nos regimes;
c) detração e remição da pena;
d) suspensão condicional da pena;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
IV – autorizar saídas temporárias;
V – determinar:
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução;
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade;
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança;
e) a revogação da medida de segurança;
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior;
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca;
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei.
i) (VETADO); (Incluído pela Lei n. 12.258, de 2010)
VI – zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança;
VII – inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequa-
do funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade;
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
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VIII – interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições 
inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei;
IX – compor e instalar o Conselho da Comunidade.
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir.
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena e da medida de segurança, oficiando no 
processo executivo e nos incidentes da execução.
Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público:
I – fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento;
II – requerer:
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo;
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução;
c) a aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança;
d) a revogação da medida de segurança;
e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação da suspensão con-
dicional da pena e do livramento condicional;
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior.
III – interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução.
Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará mensalmente os estabelecimentos penais, 
registrando a sua presença em livro próprio.
Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena.
§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito 
Federal e dos Territórios, dentre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Pe-
nal, Penitenciário e ciências correlatas, bem como por representantes da comunidade. A legislação 
federal e estadual regulará o seu funcionamento.
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário terá a duração de 4 (quatro) anos.
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
I – emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto 
com base no estado de saúde do preso; (Redação dada pela Lei n. 10.792, de 2003)
II – inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
III – apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
IV – supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.
Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão exe-
cutivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacio-
nal de Política Criminal e Penitenciária.
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional:
I – acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional;
II – inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais;
III – assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e regras esta-
belecidos nesta Lei;
IV – colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de estabelecimen-
tos e serviços penais;
V – colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pessoal 
penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado.
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VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das vagas 
existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade 
aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a regime disci-
plinar. (Incluído pela Lei n. 10.792, de 2003)
VII – acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela progressão especial de que 
trata o § 3º do art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a ocorrência de reincidência, 
específica ou não, mediante a realização de avaliações periódicas e de estatísticas criminais.
§ 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos estabelecimentos pe-
nais e de internamento federais. (Redação dada pela Lei n. 13.769, de 2018)
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e das avaliações periódicas previstas no 
inciso VII do caput deste artigo serão utilizados para, em função da efetividade da progressão espe-
cial para a ressocialização das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar eventual 
desnecessidade do regime fechadode cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de 
crimes cometidos sem violência ou grave ameaça.
Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou órgão similar, com as atribui-
ções que estabelecer.
Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão similar, tem por finalidade supervisionar e 
coordenar os estabelecimentos penais da Unidade da Federação a que pertencer.
Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deste artigo realizarão o acompanhamento de que 
trata o inciso VII do caput do art. 72 desta Lei e encaminharão ao Departamento Penitenciário Na-
cional os resultados obtidos.
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá satisfazer os seguintes requisitos:
I – ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Peda-
gogia, ou Serviços Sociais;
II – possuir experiência administrativa na área;
III – ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função.
Parágrafo único. O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo 
integral à sua função.
Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário será organizado em diferentes categorias funcionais, 
segundo as necessidades do serviço, com especificação de atribuições relativas às funções de 
direção, chefia e assessoramento do estabelecimento e às demais funções.
Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, especializado, de instrução técnica e de vigilância 
atenderá a vocação, preparação profissional e antecedentes pessoais do candidato.
§ 1º O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a progressão ou a ascensão funcional depen-
derão de cursos específicos de formação, procedendo-se à reciclagem periódica dos servidores em 
exercício.
§ 2º No estabelecimento para mulheres somente se permitirá o trabalho de pessoal do sexo femini-
no, salvo quando se tratar de pessoal técnico especializado.
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos 
egressos (artigo 26).
Art. 79. Incumbe também ao Patronato:
I – orientar os condenados à pena restritiva de direitos;
II – fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à comunidade e de limitação de fim 
de semana;
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
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III – colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento con-
dicional.
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no mínimo, por 1 (um) 
representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da Or-
dem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral e 1 
(um) assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes 
Sociais. (Redação dada pela Lei n. 12.313, de 2010).
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste artigo, ficará a critério do Juiz da execu-
ção a escolha dos integrantes do Conselho.
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade:
I – visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca;
II – entrevistar presos;
III – apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho Penitenciário;
IV – diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso ou 
internado, em harmonia com a direção do estabelecimento
Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela regular execução da pena e da medida de segurança, 
oficiando, no processo executivo e nos incidentes da execução, para a defesa dos necessitados em 
todos os graus e instâncias, de forma individual e coletiva. (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública: (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
I – requerer: (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; (Incluído pela Lei 
n. 12.313, de 2010).
b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; 
(Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
c) a declaração de extinção da punibilidade; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
d) a unificação de penas; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
e) a detração e remição da pena; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; (Incluído pela Lei n. 12.313, 
de 2010).
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem como a substituição da pena por me-
dida de segurança; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão condicional da pena, o livramento 
condicional, a comutação de pena e o indulto; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
i) a autorização de saídas temporárias; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; (Incluído pela Lei n. 
12.313, de 2010).
k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; (Incluído pela Lei n. 
12.313, de 2010).
l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º do art. 86 desta Lei; (Incluído pela Lei n. 
12.313, de 2010).
II – requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
III – interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária ou administrativa durante a 
execução; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
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Lei n. 7.210/1984 – Lei de Execução Penal
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IV – representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicân-
cia ou procedimento administrativo em caso de violação das normas referentes à execução penal; 
(Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
V – visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento, e 
requerer, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
VI – requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal. 
(Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pública visitará periodicamente os estabelecimentos pe-
nais, registrando a sua presença em livro próprio. (Incluído pela Lei n. 12.313, de 2010).
estABeleCimentos penAis
Como você já estudou no direito penal, nem todo preso cumprirá sua pena em regime fe-
chado, e, por isso, existe a previsão de outros estabelecimentos prisionais.
Os estabelecimentos penais são destinados aos condenados (regime fechado, semiaberto 
e aberto), aos submetidos à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso.
Temos algumas outras observações quanto aos idosos e às mulheres, que ficarão recolhi-
dos separadamente:
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segu-
rança, ao preso provisório e ao egresso.
§ 1º A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento pró-
prio e adequado à sua condição pessoal. (Redação dada pela Lei n. 9.460, de 1997)
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de destinação diversa des-
de que devidamente isolados.
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências com 
áreas e serviços destinados a

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