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Intervenção Psicopedagógica Clínica

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AULA 6 
A AVALIAÇÃO E A 
INTERVENÇÃO 
PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA 
Profª Tania Mara Grassi 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Vamos conhecer a intervenção psicopedagógica clínica na visão da 
Epistemologia Convergente, que a denomina processo corretor. 
Apresentaremos, também, instrumentos de intervenção psicopedagógica 
utilizados no processo corretor: a Caixa de Trabalho, o Projeto de Aprender, a 
Caixa de Areia e as Miniaturas, o Material Disparador, Jogos e Brincadeiras e 
as Oficinas Psicopedagógicas. 
O objetivo é apresentar os mecanismos de intervenção que compõem o 
processo corretor na Epistemologia Convergente, de modo a oferecer ao aluno 
em formação conhecimentos sobre o trabalho psicopedagógico, fundamentado 
em uma teoria específica, preparando-o para o exercício de uma práxis. 
Feito isso, encerram-se os nossos estudos sobre avaliação e 
intervenção psicopedagógica clínica. 
CONTEXTUALIZANDO 
No processo corretor, a relação vincular entre o sujeito, o profissional e o 
conhecimento é de extrema relevância, mais importante, inclusive, do que os 
recursos materiais ou os instrumentos de intervenção, haja vista tal relação 
possibilitar as intervenções e as aprendizagens. 
Durante o processo, é comum o sujeito resistir à tarefa que requer o que 
lhe falta, que lhe causa ansiedade ou que mobiliza sua dificuldade. 
Renato, um menino de sete anos, aluno do segundo ano do ensino 
fundamental, iniciou o atendimento psicopedagógico após o diagnóstico que 
apontou a desatenção, ansiedade e a impulsividade como elementos que 
dificultavam sua aprendizagem. Além disso, recebia atendimento 
fonoaudiológico, haja vista o diagnóstico também apontar alteração no 
processamento auditivo central. 
A criança chegava ao consultório trinta minutos antes da sessão e ficava 
brincando com jogos de encaixe na sala de espera. Era preciso terminar sua 
brincadeira para, então, entrar na sessão, o que atrasava seu início e a 
execução da tarefa que compunha o tratamento do garoto. Entrava falante e 
agitado, demorava para abrir sua caixa de trabalho e retirar o que iria utilizar. 
Colocava o material sobre a mesa e conversava mais um pouco com o 
 
 
3 
psicopedagogo, o que adiava o início da tarefa – prática comum por parte de 
Renato. 
Ao final da sessão, o menino sempre dizia que não concluíra a tarefa, 
pois o tempo era curto. Guardava na caixa a atividade incompleta e não a 
finalizava na sessão seguinte. 
Quais intervenções você acha que o psicopedagogo fez? Quais você 
faria? Como conduziria o processo corretor? O que faria para quebrar o padrão 
de comportamento de Renato? O que esse comportamento revela? Reflita e 
registre suas ideias. 
TEMA 1 – O PROCESSO CORRETOR E A CAIXA DE TRABALHO 
A intervenção psicopedagógica é denominada por Visca (2010) como 
Epistemologia Convergente de Processo Corretor. Segundo o autor, o 
Processo Corretor é “um conjunto de operações clínicas por meio do qual se 
facilita o aparecimento e a estabilização de condutas” (Visca, 2010, p. 115). 
O intuito desse processo é trilhar um caminho em que o psicopedagogo 
e o sujeito (aprendiz) estabeleçam uma relação cooperativa que possibilite a 
superação de dificuldades. 
No processo corretor, são utilizados instrumentos materiais, bem como 
recursos de intervenção verbais e/ou corporais para que o sujeito tome 
consciência da pertinência ou não de suas ações — o que, se por um lado, 
provoca desequilíbrio em um primeiro momento, por outro, mobiliza o paciente 
a procurar o alcance de equilíbrio e a consequente aprendizagem. 
Os recursos de intervenção utilizados por Visca (2010) são a mudança 
de situação, a informação com redundância ou não, a mostra, o modelo de 
alternativas múltiplas, o acréscimo de modelo, o assinalamento, a explicação 
intrapsíquica, a interpretação e o desempenho de papéis. Barbosa (2006) 
acrescenta outras três possibilidades de intervenção, que denominou destaque 
do comportamento, vivência do conflito e problematização. 
Tais recursos interventivos podem ser utilizados pelo psicopedagogo em 
qualquer proposta e com qualquer instrumento. 
Você deve estar se perguntando o que são esses recursos de 
intervenção. São formas de o psicopedagogo operar durante as sessões e a 
realização das atividades ou tarefas pelo sujeito (aprendente/aprendiz), que 
 
 
4 
podem ser verbais e/ou corporais: fala, expressão facial, expressão corporal, 
gestos. São recursos subjetivos utilizados para provocar desequilíbrio, 
estimulando ou desafiando o sujeito a alcançar um novo estado. 
Vamos conhecer melhor tais recursos pelas explicações feitas por seu 
autor, Visca (2010), que destaca que eles promovem transformações na 
organização da personalidade do aprendiz por meio de uma mudança em seu 
entorno. 
1.1 Os recursos de intervenção 
A mudança de situação é a modificação de uma constante do 
enquadramento, que pode ser em relação ao tempo, ao horário, à frequência 
etc., de modo a quebrar uma rotina já instalada e alterar hábitos ou 
comportamentos manifestados automaticamente. A percepção da mudança 
pode levar o aprendiz à reflexão e ao encontro de alternativas que superem as 
dificuldades, além de modificar seus comportamentos. 
Uma criança ansiosa, que costuma chegar ao consultório antes do 
horário e tocar insistentemente a campainha, foi surpreendida pela abertura da 
porta, pelo psicopedagogo, antes de ter tempo de tocá-la. Algumas sessões 
depois, a criança comenta que tocar a campainha poderia atrapalhar e que a 
abertura da porta antes, pelo psicopedagogo, a fez perceber que ela fazia isso 
para incomodar o profissional. 
Quanto à informação, podemos dizer que é um recurso verbal que 
indica ao aprendiz onde ele pode encontrar auxílio para resolver tarefas ou 
questões, mas não lhe apresenta respostas, estimula-o a procurá-las. 
Uma menina conta ao psicopedagogo que está estudando, em História, 
a vinda da família real portuguesa ao Brasil; diz que não sabe onde fica 
Portugal e pergunta: “onde fica?”. O psicopedagogo responde: “você pode 
pesquisar na internet, olhar no mapa ou consultar o livro de geografia ou o de 
história, que fica no armário, aqui na sala”. 
Outro recurso de intervenção é a informação com redundância, que 
nada mais é do que acompanhar a informação com gestos incisivos, uma 
entonação especial e repetição de palavras que reforcem e facilitem a 
compreensão. 
 
 
5 
No caso exposto, o psicopedagogo aponta para o mapa, no fundo da 
sala, e se levanta, aproxima-se do armário onde estão os livros, reforçando 
suas palavras. 
Há também a mostra: uma intervenção não verbal, por meio de gestos e 
de ações, mostradas pelo psicopedagogo sem falar. 
 Eduardo faz uma pintura com tinta guache, colocando o pincel no pote 
de tinta amarela, depois no de preta e, em seguida, no de branca. O 
psicopedagogo pega um pincel, coloca-o na tinta amarela, limpa-o no pote de 
água, enxuga-o com uma toalha de papel e o insere na tinta preta, repetindo a 
ação, de modo que o aprendiz perceba que o pincel limpo não suja as outras 
cores de tinta. 
O modelo de alternativas múltiplas, por sua vez, é uma forma de 
intervenção que oferece ao sujeito alternativas diferentes, em situações de 
dependência ou de paralização. Consiste em uma enumeração de alternativas 
de ações que o sujeito pode executar. Funciona como um desencadeador para 
as ações do aprendiz diante dos momentos em que se encontra sem saber o 
que fazer, ampliando possibilidades operativas e de se fazerem escolhas, 
desenvolvendo progressivamente a sua autonomia. 
Paula está parada diante de sua caixa de trabalho, olhando para seu 
interior, mas sem retirar nenhum material. Diz ao psicopedagogo: “não sei o 
que fazer”. Ele responde: “você pode escrever, desenhar, jogar, pintar, ler ou 
fazer o que desejar com os seus materiais”. 
Já o acréscimo de modelo tem por objetivo ampliar as formas de ação 
que o sujeitojá utiliza, acrescentando elementos novos, por meio dos 
elementos já conhecidos. Com base em Visca (2010), citamos como exemplo a 
situação em que uma criança faz um desenho incompleto, um carro sem rodas, 
e é questionado pelo psicopedagogo: “como seu carro se move?”. O aprendiz 
pode desenhar as rodas, responder ou não ao psicopedagogo, o que 
dependerá da estrutura da criança no momento. 
 O assinalamento e a interpretação se relacionam à comunicação 
incompleta e à completa sobre uma conduta. No assinalamento, há a 
verbalização por meio de uma parte dos elementos de um segmento da 
conduta. Na interpretação há a verbalização de um segmento da conduta 
mediante análise de todos os seus elementos. 
 
 
6 
O exemplo de Visca (2010) ilustra a diferença sutil entre assinalamento e 
a interpretação: uma paciente adia a realização da tarefa de escrever durante 
as sessões, conversando ou fazendo outra coisa. O psicopedagogo promove o 
assinalamento ao perguntar se ela percebe seu atraso em relação à realização 
da tarefa e o quanto evita fazê-la. Ela se propõe a prestar atenção nisso. Após 
várias sessões e tarefas, o psicopedagogo faz a interpretação: menciona para 
a criança o provável medo que ela tem de não conseguir escrever bem, que é 
exigente, e que possivelmente se esquiva da tarefa por receio de possíveis 
críticas, razão pela qual não a desenvolve. 
A explicação intrapsíquica é uma descrição que busca a compreensão 
dos sentimentos do sujeito, objetiva evidenciá-los diante das tarefas propostas, 
por meio da fala. 
Mariana rasgou a folha em que havia feito um desenho. O 
psicopedagogo disse à menina que ela estava brava, pois não tinha gostado do 
que havia feito. 
Outra modalidade de intervenção é o chamado desempenho de papéis. 
Como o próprio nome evidencia, mudam-se os papéis, isto é, o aprendiz vai se 
colocar no lugar de outrem, representando um objeto, uma pessoa, um animal, 
uma situação. Durante as atividades, a criança transporta para o momento 
presente situações vivenciadas no passado ou que são pensadas para o futuro. 
Cabe ao psicopedagogo fazer as intervenções durante a atividade. 
Essa modalidade possibilita revisão, preparação, elaboração, exercício, 
construção, expressão de sentimentos e ampliação da identidade. 
Barbosa (2006) completa a lista de recursos desse modelo interventivo 
com o destaque do comportamento, a vivência do conflito, sua proposição e 
problematização. 
No destaque do comportamento, o psicopedagogo aborda o 
comportamento atual como resultante de um processo evolutivo do aprendiz. 
Vejamos mais um exemplo: no início do processo de intervenção, Júlia 
era irrequieta, incomodava todos na sala de espera enquanto aguardava seu 
atendimento. Após algumas sessões, a garota passou a esperar sentada, 
desenhando ou montando quebra-cabeças, fato destacado verbalmente pelo 
psicopedagogo, que recordou com ela como agia antes e o quanto evoluiu 
positivamente. 
 
 
7 
Na proposição do conflito, o psicopedagogo propõe ao sujeito a 
responsabilidade pela resolução, isto é, o profissional diz para o aprendiz fazer 
como quiser, para tentar, para experimentar. 
Há, também, a chamada vivência do conflito, em que o psicopedagogo 
deixa o aprendiz vivenciar situações sem que haja intervenções imediatas, de 
modo que a criança procure sozinha as soluções. 
Por fim, mediante a problematização o psicopedagogo formula uma 
questão relacionada às ações e às situações vivenciadas no processo corretor, 
apresentadas ao sujeito, levando-o a pensar sobre elas. Pode também lhe 
devolver uma pergunta, para que ele pense sobre e responda. Exemplos: “o 
que você faria?”, “por que você perdeu?”, “o que poderia fazer para ganhar?”. 
1.2 A Caixa de Trabalho 
A Caixa de Trabalho, desenvolvida por Visca (2010), é uma das 
constantes do enquadramento, cujo conteúdo possibilita ao sujeito vivenciar o 
processo de aprendizagem. É um continente em que o aprendiz coloca seus 
conteúdos que dizem respeito ao “saber” e ao “não saber”. Os objetos nela 
contidos são utilizados para o desenvolvimento do processo corretor, ou seja, 
da intervenção psicopedagógica. 
Ela é única, pois, além de ser utilizada por um aprendiz (ou por um 
grupo), seus componentes — escolhidos previamente — são específicos para 
esse sujeito. São selecionados com base no diagnóstico e têm por base as 
dificuldades de aprendizagem, a faixa etária, o sexo, o nível sociocultural, os 
interesses, as necessidades, o prognóstico, bem como o nível de pensamento 
e os vínculos afetivos. 
Por ser a representação do mundo interno do sujeito, deve ser 
manipulada apenas por ele, que precisa ter a certeza de que ela não será 
invadida ou manejada por outras pessoas, e de que nada será acrescentado ou 
retirado dela, inclusive pelo psicopedagogo. 
No interior da caixa estão depositados os conhecimentos do aprendiz, 
seus medos, suas habilidades, suas dificuldades, seus sentimentos, suas 
angústias, entre outros aspectos, por meio de objetos. 
Há na caixa instrumentos (tesoura, lápis grafite, lápis de cor, borracha, 
apontador, régua etc.), material estruturado (jogos, livros, revistas etc.), 
 
 
8 
material não estruturado (argila, massa de modelar, tinta etc.) e material 
semiestruturado (sucata, cubos de encaixe, miniaturas). 
Considerando-se as características do sujeito em relação ao 
funcionamento de seu aprender, os materiais são selecionados. 
Quando há o predomínio da assimilação, o psicopedagogo deverá 
escolher um material semiestruturado e vários estruturados. Nesses casos, se 
forem colocados muitos materiais semiestruturados, tais objetos funcionarão 
como recursos que dificultam a concentração, pois causam distração e 
acomodação. 
Por outro lado, quando há o predomínio da acomodação, como ponto de 
partida é indicada a escolha de materiais semiestruturados em maior 
quantidade e apenas um estruturado com regras. 
Quanto aos critérios para a escolha do material, é interessante colocar 
na caixa um jogo, um livro e outros materiais que observem tanto a faixa etária 
do aprendiz quanto o seu nível de desenvolvimento. 
A seleção deverá ser feita pelo profissional com cuidado, porém, haverá 
escolhas feitas pelo aprendiz, por meio de seus desejos, necessidades e 
interesses. 
Na primeira sessão, o aprendiz recebe a caixa vazia, sem decoração, 
com o material escolhido e colocado em sacolas, indicando que são novos e, 
portanto, sem história. É convidado a organizá-la e personalizá-la livremente. 
Poderá desenhar, pintar, enfim, decorá-la como quiser. 
Da segunda sessão em diante, a caixa estará no mesmo lugar, conforme 
deixada pelo aprendiz. Ela poderá estar sobre a mesa, no chão ou dentro do 
armário. Serão oferecidos os mesmos materiais, mas poderão ser usados de 
formas diferentes. Assim, passará a fazer parte da história do aprendiz. 
Durante o processo de encerramento da intervenção, ambos discutem o 
que será feito com ela. 
Mudanças, como retiradas ou acréscimos, só podem se efetivar após 
acordos, considerando os objetivos do trabalho psicopedagógico. Caso 
acabem, os materiais podem ser repostos. 
Há a possibilidade de a caixa ser fechada com um cadeado para garantir 
que ninguém irá utilizá-la além do próprio sujeito. Contudo, a confiança deve 
ser conquistada pela palavra empenhada nos acordos feitos. 
 
 
9 
Com a Caixa de Trabalho, a atuação psicopedagógica do profissional é 
efetiva na utilização dos recursos de intervenção, mais do que na escolha das 
atividades. 
TEMA 2 – O PROJETO DE APRENDER 
O outrora chamado Projeto de Trabalho foi desenvolvido por Barbosa 
(1998) ao longo de sua atuação psicopedagógica. Em 2006, ela mudou sua 
denominação para Projeto de Aprender. Trata-se de um instrumento de 
intervenção que parte dos interesses do aprendiz, propiciando conhecimentos 
sobre como ele aprende e sobre as mudanças necessárias para aprender. 
O desenvolvimentodo Projeto de Aprender tem seu início com o 
enquadramento, momento em que acordos são feitos e o sujeito recebe 
informações sobre o que é o projeto, sobre a importância de partir de seus 
interesses e de satisfazer seus desejos, o que requer organização e 
planejamento. 
A autora organiza o desenvolvimento do Projeto de Aprender em etapas. 
A primeira é a confecção de um painel sobre o que já foi aprendido, o que se 
gostou de aprender e o que se deseja aprender. O aprendiz recebe uma folha 
grande – de cartolina ou de papel bobina –, revistas, canetas hidrográficas, 
lápis de cor, giz de cera, lápis grafite, caneta esferográfica, cola e tesoura. O 
psicopedagogo, por sua vez, também faz o seu painel. Depois de prontos, 
haverá uma conversação sobre eles, sobre as aprendizagens, os gostos, 
interesses e desejos, elementos em comum e diferenças entre eles. 
A segunda etapa é a descoberta do que é um projeto, momento em 
que o aprendiz verá fotos de alguns exemplos desenvolvidos por outras 
pessoas. O psicopedagogo irá conversar sobre eles, levantará informações 
sobre suas experiências com o tema, ressaltando a importância do desejo e do 
processo de aprendizagem, sempre com um vocabulário adequado ao nível de 
compreensão do aprendiz. 
Em seguida, é feita a escolha do tema do projeto, ambos conversando 
e discutindo sobre os gostos, os interesses e os desejos em comum. 
Parte-se, então, para o planejamento: discutem como o projeto será 
organizado, qual será o tema, quais materiais serão utilizados, quanto tempo 
 
 
10 
demandará, o que será desenvolvido, para que vai servir, o que será 
aprendido. Tudo será registrado. 
Para Barbosa (2012), é nessa etapa que são mobilizados sentimentos e 
o desejo de agir, em que são promovidos os conflitos cognitivos e os conflitos 
vinculares, todos fundamentais para a aprendizagem. 
Executa-se o projeto interdisciplinar, em um número suficiente de 
sessões, previstas no planejamento. Será uma construção cujo processo se 
mostra mais importante do que o produto. Há um investimento de tempo, de 
desejo e de energia. 
Encerra-se o projeto com a avaliação, em que se verificam os 
resultados, o processo de construção e as aprendizagens. Há um diálogo, uma 
reflexão crítica, uma análise e uma reelaboração. 
A mediação, por parte do psicopedagogo, é que fará do projeto de 
aprender um instrumento de intervenção. 
Por meio desse instrumento é possível levar o sujeito a superar suas 
dificuldades de aprendizagem, conquistar autonomia e integrar pensamento, 
movimento e sentimento. Criam-se desequilíbrios, mas se estimula o sujeito a 
buscar o alcance do equilíbrio, que o faz se desenvolver e aprender. 
O que você acha de desenvolver um projeto de aprender com seus 
alunos? Experimente e registre os resultados de sua ação. 
TEMA 3 – JOGOS E BRINCADEIRAS 
Ao longo do curso, com certeza você teve contato com os brinquedos e 
com os jogos como recursos psicopedagógicos. Destacamos, agora, sua 
importância no processo de intervenção psicopedagógica, no espaço da 
clínica. 
A ludicidade, linguagem componente de brinquedos e jogos, contribui 
significativamente para a aprendizagem e para o desenvolvimento do aprendiz 
que enfrenta dificuldades. 
As atividades lúdicas têm cinco características estruturantes: prazer 
funcional, desafio, criação de possibilidades, simbolização e expressão 
construtiva, segundo Macedo, Petty e Passos (2005). Essas características as 
tornam instrumentos de intervenção ricos em possibilidades. 
 
 
11 
Para Grassi (2008), o brincar e o jogar, no espaço psicopedagógico, 
possibilitam um movimento de significação e de ressignificação dos 
conhecimentos, propiciados pelas intervenções e pela mediação. 
Vislumbram-se a expressão e a elaboração tanto de pensamentos 
quanto de sentimentos, o estabelecimento de vínculos positivos com a 
aprendizagem, bem como o resgate do prazer de aprender, de construir, de 
desconstruir, de criar, de explorar, de descobrir, de fazer e de interagir. 
De acordo com Barbosa e Barbosa (2012), durante o processo corretor, 
podem ser utilizadas as brincadeiras espontâneas que favorecem a 
apropriação de conhecimentos, a integração de ações e de pensamentos, a 
expressão de sentimentos, o aumento da autoestima, a vivência da autoria e 
da autonomia. Além disso, há as brincadeiras disparadoras, escolhidas pelo 
psicopedagogo, que provocam, no aprendiz, um desequilíbrio que o estimula a 
agir de modo a alcançar o equilíbrio, a desenvolver funções e habilidades, 
assim como perceber seus interesses. 
A escolha do tipo de brincadeira e dos brinquedos é feita pelo 
profissional, baseada nos resultados da avaliação diagnóstica, da faixa etária, 
das necessidades do aprendiz, de seus interesses, de suas dificuldades e, 
também, das mudanças que ocorrem ao longo do processo de intervenção. 
Por meio do brincar, o sujeito se desenvolve, aprende, organiza seu 
mundo interno e externo, expressa seus desejos, suas necessidades, seus 
pensamentos e sentimentos, desenvolve funções psicomotoras e psicológicas 
superiores, além da atenção e da concentração, conquista segurança, 
independência e autonomia, e estabelece vínculos, relações, interações 
competitivas, mas, principalmente, as cooperativas. 
A brincadeira é mediada pelo profissional, que acompanha o processo 
interventivo, observa as ações e interações (a dinâmica e a temática), de modo 
a compreender seu significado simbólico, procedendo às intervenções 
necessárias. 
Os jogos oferecem infinitas possibilidades de intervenção durante o 
processo corretor. Podem ser utilizados com diferentes objetivos e de 
diferentes maneiras, considerando o nível de pensamento do sujeito e os 
conhecimentos que ele tem sobre o jogo. 
O aprendiz pode escolher o jogo, embora o profissional possa selecionar 
alguns que mobilizem a mesma função, o que direcionará a escolha. 
 
 
12 
Além disso, o psicopedagogo pode escolher um jogo específico para 
mobilizar determinada função, ação ou sentimento, além de propor a 
construção de alguns (conhecidos ou novos pelo aprendiz), bem como a 
modificação de regras de sua estrutura e organização. 
Fundamental é acompanhar o processo, observando, analisando, 
mediando e intervindo. 
Há os jogos de exercício, os jogos simbólicos e os de regras, sendo 
estes últimos os mais utilizados no processo corretor. Eles desenvolvem no 
aprendiz as funções necessárias ao processo de aprendizagem, mas é 
essencial que se mantenha seu caráter lúdico. 
Para Arceno e Crespo (s. d., citados por Barbosa, 1998), há três 
momentos em um processo de intervenção psicopedagógica: uma etapa lúdica, 
cujo objetivo é o estabelecimento de vínculos sem que haja aproximação direta 
com as dificuldades do aprendiz; uma etapa semirreal, em que se trabalham 
questões relacionadas às suas dificuldades; e uma etapa real, momento em 
que o sujeito enfrenta suas dificuldades. Tais etapas podem acontecer na 
sessão de intervenção ou durante o processo de intervenção. 
É possível utilizar os brinquedos e os jogos como instrumentos principais 
de intervenção ou associados a outros como, por exemplo, material disparador 
na caixa de trabalho, nos projetos de aprender e nas Oficinas 
Psicopedagógicas. 
As Oficinas Psicopedagógicas podem compor os três momentos (ou, ao 
menos, um deles): sensibilização, desenvolvimento e fechamento, como 
proposto por Torres (2001) e por Grassi (2008), anteriormente estudados. 
O encaminhamento dado pelo psicopedagogo no trabalho 
psicopedagógico desenvolvido no processo corretor com jogos é fundamental 
para que estes se constituam efetivamente como recursos psicopedagógicos, o 
que acontece por meio da mediação em que atitudes operativas e intervenções 
subjetivas são feitas. 
Conhecer os brinquedos e os jogos disponíveis no mercado, bem como 
suas possibilidades de utilização, vai auxiliá-lo na escolha desses instrumentosde intervenção. Porém, não se esqueça de que você precisa dominar o 
material, conhecer suas regras e estratégias, saber jogá-lo e, claro, considerar 
o aprendiz quanto às suas características e necessidades. 
 
 
13 
TEMA 4 – O MATERIAL DISPARADOR 
O Material Disparador tem por objetivo mobilizar o sujeito para buscar o 
conhecimento e a aprendizagem. É uma constante do enquadramento. 
De acordo com Bosse (2012), o Material Disparador é escolhido pelo 
profissional em função de características, interesses e necessidades do 
aprendiz, embora não seja de seu uso exclusivo. 
O Material Disparador é apresentado sobre a mesa, na sessão, 
juntamente com uma caixa de uso comum que contém lápis grafite, borracha, 
cola, tesoura, lápis de cor, giz de cera, apontador, canetas hidrográficas e 
esferográficas, folhas de papel sulfite branco ou colorido, folhas de papel 
pautado e quadriculado, fita adesiva, entre outros. 
Você deve estar curioso para saber o que pode ser utilizado como 
Material Disparador. Uma infinidade de materiais: jogos, brinquedos, fantoches, 
livros, revistas, tinta, massa de modelar, argila, lã, tecido etc. 
O fundamental na escolha desse material é considerar o sujeito que vai 
utilizá-lo, de maneira que seja estimulante para seu processo de 
aprendizagem. 
O psicopedagogo apresenta ao aprendiz o material e uma consigna. A 
consigna orienta-o a utilizar o material como quiser, para que aprenda mais. O 
profissional irá acompanhar o trabalho, fazer as mediações e as intervenções 
que compõem o processo corretor. 
O Material Disparador é constante, ou seja, será colocado sobre a mesa 
a cada sessão. Quando não estiver mais mobilizando o aprendiz, o 
psicopedagogo poderá propor sua substituição, perguntando ao aprendiz se 
concorda com a troca. 
Além disso, o Material Disparador deve possibilitar a mobilização das 
estruturas mais complexas de pensamento. Parte-se do nível em que se 
encontra, colocando em movimento ações, pensamento e sentimento. 
Observar o processo atentamente orienta o profissional a fazer as 
intervenções necessárias, principalmente frente às resistências que 
eventualmente ocorrem. 
O aprendiz pode, eventualmente, solicitar ou sugerir um disparador. Se 
for pertinente, o psicopedagogo providenciará em uma próxima sessão. No 
 
 
14 
trabalho com adolescentes, Bosse (2012) sugere como disparador a utilização 
do material escolar do próprio aprendiz, que poderá levá-lo à sessão. 
A referida autora inclui nas sessões o conteúdo escolar durante o 
processo corretor, destacando que o objetivo é ensinar o sujeito a aprender em 
vez de simplesmente lhe ensinar o conteúdo. Assim, o processo parte das 
proposições do aprendiz em relação ao conteúdo e ao desenvolvimento da 
sessão. 
Selecionar o disparador exige do profissional um vasto conhecimento 
sobre os materiais, suas possibilidades de utilização e o que mobilizam. 
É fundamental conhecer os brinquedos e os jogos disponíveis no 
mercado, dos clássicos às novidades. Além disso, o profissional tem que saber 
o que eles podem oferecer ao trabalho psicopedagógico, bem como dominar 
suas estratégias. Também é possível construir com o sujeito os jogos ou 
modificar os modos de jogar, o que contribuirá significativamente para sua 
aprendizagem. 
Trabalhar com o Material Disparador no processo corretor pressupõe 
considerar e analisar o erro como manifestação das estruturas de pensamento, 
o que é fundamental no processo de construção do conhecimento. 
Cabe ao psicopedagogo intervir e mediar, de maneira a levar o sujeito a 
tomar consciência dos objetivos das tarefas e dos erros cometidos, para que, 
assim, reveja e compreenda os procedimentos que acarretaram as falhas. Ou 
seja: por meio da compreensão, superar os reveses, tomar consciência das 
estratégias utilizadas e de seus resultados. 
TEMA 5 – A CAIXA DE AREIA E AS MINIATURAS 
A caixa de areia e as miniaturas se configuram como recursos de 
intervenção psicopedagógica utilizados no processo corretor, combinados com 
outros instrumentos. 
Küster (2012) apresenta esse material e suas possibilidades de 
utilização no trabalho psicopedagógico clínico, porém como recurso auxiliar, 
combinado com o chamado Projeto de Aprender e com os jogos. Sugiro a 
leitura do livro da autora para compreender sua origem e aprofundar seus 
conhecimentos sobre o tema. 
 
 
15 
Destacamos que não basta conhecê-lo para utilizá-lo: sua utilização 
requer estudo, pesquisa e, principalmente, uma formação complementar. 
O material utilizado é uma caixa de madeira, que mede 72 cm por 50 
cm, com 7,5 cm de profundidade. Essa caixa deve ser revestida internamente 
de fórmica impermeável (em função do uso da água) de cor azul, pois remete 
ao mar ou a um rio. Dentro da caixa há areia fina, peneirada e tratada, a uma 
profundidade de 3 cm, o que evita que transborde quando manipulada. A caixa 
é colocada na altura da cintura do aprendiz para facilitar sua utilização e 
possibilitar ampla visualização. 
 As miniaturas são organizadas em estantes abertas, na sala, 
classificadas por critérios e colocadas nas prateleiras de acordo com eles. O 
acesso a elas deve ser fácil. 
Além disso, devem representar objetos ou figuras agradáveis, bonitas, 
claras, coloridas, mas também feios, repulsivos, escuros, assustadores. 
O psicopedagogo deve providenciar uma variedade grande de 
miniaturas e de acessórios, pois isso fará com que se amplie a possibilidade de 
representação nos cenários, com riqueza de elementos que simbolizam e 
expressam os pensamentos/sentimentos do aprendiz. 
Entre as miniaturas e acessórios, é possível escolher animais, meios de 
transporte, utensílios domésticos, mobília, personagens, super-heróis, contos 
de fadas, histórias em quadrinhos, personagens do folclore, pessoas, casas, 
árvores, palitos de sorvete, bolas de gude, conchas, pedras pequenas, sucata 
etc. Você pode, progressivamente, ampliar seu acervo de objetos. 
No trabalho psicopedagógico de intervenção, o sujeito é convidado a 
brincar com as miniaturas e os acessórios, compondo cenas na caixa de areia 
para simbolizar, expressando conteúdos internos por meio dos cenários 
produzidos. É construído um espaço de criação, organização, autoria e 
autonomia – aspectos importantes para o processo de aprendizagem. 
Os cenários criados são registrados em fotografias, que são arquivadas 
em um álbum, mantidas na caixa de trabalho ou armazenadas na pasta do 
aprendiz. Essas fotos podem ser vistas por ele e pelo psicopedagogo, 
possibilitando análise, reflexão e conversação sobre as construções e o 
processo de aprendizagem. 
 
 
16 
O cenário criado simboliza questões específicas do aprendiz, e seus 
elementos se tornam compreensíveis para o psicopedagogo à medida que 
forem estabelecidas relações com a história de vida daquele. 
O aprendiz produz uma história sobre o cenário criado, que pode ser 
registrada por ele ou pelo psicopedagogo, e que será arquivada para utilização 
posterior e para análise. 
O psicopedagogo direciona seu olhar e sua escuta para a dinâmica e 
para a temática durante a construção do cenário e da história, analisando-os. 
A construção feita pelo sujeito não é desmontada em sua presença. 
Küster (2012) afirma que isso romperia o vínculo e desvalorizaria o processo 
de criação. 
Ao longo do processo corretor com a caixa de areia e as miniaturas, o 
aprendiz evolui em termos de organização, planejamento, criação, produção, 
estruturação e aprendizagem, o que é possível pela expressão simbólica que 
esse recurso possibilita. 
FINALIZANDO 
Vimos, nesta aula, o Processo Corretor, modalidade de intervenção da 
Epistemologia Convergente, de Visca (2010). Conhecemos os recursos de 
intervenção utilizados pelo psicopedagogo ao longo do referido processo, que 
se configuram em formas operativas de intervir. 
Apresentamos os instrumentos de intervenção psicopedagógica clínicaque podem ser utilizados de modo combinado durante o processo de 
intervenção. 
Conhecemos a Caixa de Trabalho e sua importância no processo 
corretor; o Projeto de Aprender, que requer planejamento e organização, 
contribuindo para a aprendizagem e autonomia; sobre os brinquedos e jogos 
nas sessões e nas Oficinas Psicopedagógicas, fomentadores da apropriação 
de conhecimentos, expressão de pensamentos e sentimentos, resgate do 
prazer de aprender. 
 Estudamos o Material Disparador, cujo objetivo é mobilizar o aprendiz a 
buscar o conhecimento e a aprendizagem, e a caixa de areia e as miniaturas, 
com as quais o aprendiz brinca, constrói cenários e elabora histórias sobre 
 
 
17 
eles, o que permite expressar simbolicamente conteúdos internos e estruturas 
de pensamento. 
LEITURA OBRIGATÓRIA 
Texto de abordagem teórica 
Artigo “Componentes Materiais do Jogo de Areia: Revisão Crítica”, de Rodrigo 
Manoel Giovanetti e Paulo Afrânio Sant’Anna. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v30n1/11.pdf>. Acesso em: 18 set. 2018. 
Os autores abordam o jogo de areia, apresentando sua origem, materiais e 
utilização na clínica psicológica junguiana. Leitura interessante para o 
psicopedagogo, pois a psicopedagogia se fundamenta nesse jogo para 
desenvolver a intervenção com a caixa de areia. 
Texto de abordagem prática 
Artigo “Diagnóstico psicopedagógico: uma experiência vivida no espaço de 
formação do curso de psicopedagogia”, de Anete Maria Busin Fernandes. 
Disponível em: 
<http://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/140/diagnostico-
psicopedagogico--uma-experiencia-vivida-no-espaco-de-formacao-do-curso-de-
psicopedagogia>. Acesso em: 18 set. 2018. 
A autora aborda a utilização do jogo de areia no curso de psicopedagogia, 
enquanto instrumento de diagnóstico e de intervenção. Leitura importante para 
o aluno do curso de psicopedagogia. 
Saiba mais 
Entrevista sobre “Sandplay – Jogo de areia na infância, adolescência e fase 
adulta”, com Edna Levy. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=I1oOp7PlF3g>. Acesso em: 18 set. 2018. 
Edna Levy apresenta o jogo de areia, bem como sua utilidade nas diferentes 
fases do desenvolvimento. 
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v30n1/11.pdf
 
 
18 
Vídeo que apresenta imagens da caixa de areia/jogo de areia. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=mQ-60COUNAM>. Acesso em: 18 set. 
2018. 
 
 
 
 
19 
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, H. M. S.; BARBOSA, L. M. S. Atenção psicopedagógica por meio 
do jogo e da brincadeira. In: BARBOSA, L. M. S. (Org.). Intervenção 
psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: InterSaberes, 2012. 
BARBOSA, L. M. S. Projeto de trabalho: uma forma de atuação 
psicopedagógica. Curitiba: L. M. S. Barbosa, 1998. 
_____. A psicopedagogia e o momento de aprender. São José dos Campos: 
Pulso, 2006. 
_____. (Org.). Intervenção psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. 
BOSSE, V. R. P. O material disparador. In: BARBOSA, L. M. S. (Org.). 
Intervenção psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: InterSaberes, 
2012. 
CARLBERG, S. Caixa de trabalho. In: BARBOSA, L. M. S. (Org.). Intervenção 
psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: InterSaberes, 2012. 
GRASSI, T. M. Oficinas psicopedagógicas. Curitiba: Ibpex, 2008. 
KÜSTER, S. A caixa de areia e as miniaturas como recurso de intervenção 
psicopedagógica. In: BARBOSA, L. M. S. (Org.). Intervenção 
psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: InterSaberes, 2012. 
LOPES, S. V. de A. O processo de avaliação e intervenção em 
psicopedagogia. Curitiba: Ibpex, 2004. 
MACEDO, L. de; PETTY, A. L. S; PASSOS, N. C. Os jogos e o lúdico na 
aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005. 
VISCA, J. Clínica psicopedagógica: epistemologia convergente. São José 
dos Campos: Pulso, 2010.

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