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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DE GUANAMBI-BA
PROCESSO: XXXXXXXXX
FAZENDA REUNIDAS GUANAMBI, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, que move em face de João Brasileiro, por seus advogados e bastantes procuradores que esta subscrevem, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., por não se conformar coma respeitável sentença de folhas (...), com base nos arts. 893, II e 895, I ambos da CLT, interpor RECURSO ORDINÁRIO que haja a remessa das anexas razões para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho __ª Região.
Deixa de juntar comprovante de recolhimento de custas e preparo, pois beneficiário da gratuidade de justiça.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Guanambi-BA, 17 de novembro de 2021
Gercino Hermenegildo Cardoso de Castro, OAB XXXXXX
Estagiário: Adriano Sales Guimarães
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Origem: Vara do Trabalho de Guanambi-BA
Processo nº: XXXXXXXXXXXXXXXX
Recorrente: FAZENDA REUNIDAS GUANAMBI
Recorrido: JOÃO BRASILEIRO
Egrégio Tribunal Regional
Colenda Turma
Nobres Julgadores
1- RESUMO DOS FATOS
O reclamante alega que laborou na FAZENDA REUNIDAS GUANAMBI, no período entre fevereiro de 2004 e junho de 2008, exercendo atribuições ao cargo de vaqueiro. Alegou também que o rompimento do vínculo empregatício foi por iniciativa da recorrente e que não alegou justa causa, que não gozou de férias e nem teve as mesmas indenizadas, bem como nunca recebeu o 13º.
Na inicial, requereu o conhecimento do vínculo empregatício com a respectiva anotação na carteira de trabalho, pagamento das verbas rescisórias, das férias, do 13º e a multas dos arts. 467 e 477 da CLT.
A reclamada alegou em defesa, que não poderia reconhecer o vinculo empregatício, visto que o reclamante trabalhou como diarista no período entre 01 de janeiro de 2005 e 17 de junho de 2007, apresentou também em sua defesa a escritura pública do imóvel e documentos referentes ao recolhimento do ITR, requerendo em sua defesa a total improcedência da reclamação.
Durante a audiência inaugural a reclamada requereu a oitiva de três testemunhas, na qual foi indeferido pelo Juízo. Diante disso, o patrono apresentou o seu protesto de imediato, alegando cerceamento do direito de defesa. As partes não foram ouvidas, bem como não foram inquiridas testemunhas. Os documentos apresentados no processo não possuem qualquer relevância para o reconhecimento da relação jurídica trabalhista. Portanto a sentença da vara do trabalho reconheceu a relação de emprego consoante requerido na inicial.
2- DO CABIMENTO
A decisão proferida na Vara do Trabalho trata-se de uma sentença, assim, pondo-se um fim a atividade jurisdicional do Douto Juízo de primeira instância. Nessa situação o reexame da decisão supracitada só poderá ser feita mediante Recurso Ordinário, conforme preleciona o art. 895, I da CLT, vejamos:
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:                
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e 
 Dessa forma, preenchido os pressupostos de admissibilidade requer o devido processamento do presente recurso.
3- DA TEMPESTIVIDADE
https://martamoor.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/925438430/modelo-recurso-ordinario-em-reclamatoria-trabalhista
https://renatavalera.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/1178289645/modelo-recurso-ordinario-trabalhista
https://tacianebp.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/866992253/modelo-recurso-ordinario-trabalhista-adesivo
4- DO CERCEAMENTO DE DEFESA
O reclamante alegou que trabalhou na Fazenda Reunidas Guanambi, no período entre fevereiro de 2004 e junho de 2008, exercendo função de vaqueiro, sendo que nunca gozou de férias, ou que teve as mesmas indenizadas, sendo que, de igual maneira nunca recebeu o pagamento do 13º. Diante disso, o juiz sem realizar a oitiva de testemunhas, como meio de prova pericial, deferiu o pedido do reclamante.
Nota-se que, o indeferimento da oitiva de testemunhas implica o cerceamento do direito de defesa da reclamada, e, portanto, a violação do art. 5, LV da CF, vejamos:
  Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Nesse sentido, entende-se o Tribunal:
POCESSO CIVIL. CONSTITUCIONAL. VERSÕES ANTAGÔNICAS SUSTENTADAS PELAS PARTES. INDEFERIMENTO DA OITIVA DE TESTEMUNHA QUE VISA SUSTENTAR A VERSÃO DE UMA DAS PARTES. CERCEAMENTO DE DEFESA CARACTERIZADO. PROCESSO ANULADO. SENTENÇA CASSADA. 1. Constitui cerceamento de defesa, capaz de anular o feito, por infringir o mandamento constitucional do inciso LV do art. 5 da CF, o indeferimento da oitiva de testemunha que visa demonstrar e elucidar fato controvertido nos autos, exposto mediante versões antagônicas das partes. 2. Recurso conhecido, com o acolhimento da preliminar de nulidade do processo, devido ao reconhecimento da ocorrência de cerceamento de defesa, ficando o processo anulado e a sentença casada.
(TJ-DF- ACJ: 20030110820166 DF, Relator: BENITO TIEZZI, Data de Julgamento: 28/04/2004, Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do D.F., Data de Publicação: DJU 07/05/2004 Pág.: 156).
Diante do exposto, requer a nulidade da sentença e o retorno dos autos para o juízo a quo, com a finalidade de reabrir a instrução processual e realizar a oitiva das testemunhas.
5- Ausência da Relação de Trabalho
O juízo a quo entendeu não ser cabível a tese do reclamado que afirmou que a função de vaqueiro não se ajusta ao trabalho esporádico do diarista, aceitando assim, a tese do reclamante que desde a inicial alegou que foi contratado como vaqueiro. Conforme o Juízo ainda, essas alegações não foram contraditadas, sendo assim, a função de vaqueiro, ora alegada pelo reclamante e a função de diarista alegada pelo reclamado são proposições incompatíveis e incongruentes, sendo que, o disposto no art. 333, II do CPC, o reclamado atraiu para si o ônus da prova, mas dele não se desincumbiu. Desse modo, ao ser indicado outra data de admissão e dispensa do reclamante, a defesa teria mencionado fato modificativo do direito do autor.
Por fim, reconheceu o vínculo empregatício do reclamante, ante uma suposta ausência de controvérsia quanto a dispensa imotivada acolhendo os pedidos de anotação na CTPS, imposição de multa diária em caso de descumprimento, aviso prévio, férias, 13º, indenização correspondente ao FGTS e ao seguro desemprego, multa do art. 477, §8 e aplicação do 467, ambos da CLT.
Contudo, Ex. magistrado, o ônus da prova não cabe a reclamada e sim ao reclamante, conforme o art. 818, I da CLT, vejamos:
Art. 818.  O ônus da prova incumbe:                
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
§ 1o  Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
 
Nesse sentido, entende-se o Tribunal:
DIARISTA- RECONHECIMENTO DE VÍNCULODE EMPREGO- ÔNUS DA PROVA. No caso dos autos, a Corte de origem assentou que a reclamante admitiu trabalhar para o reclamado três vezes por semana, além de laborar em várias residências. Por esse motivo, não reconheceu o liame empregatício entre as partes, em virtude de não restar configurada a continuidade na prestação dos serviços, à luz do art. 1 Lei nº 5859/72. Assim, a Corte regional, com base nas provas produzidas, principalmente no depoimento pessoal da reclamante, não reconheceu a existência da relação de emprego alegada pela autora.(TST – AIRR 23755020105020031- Pub. Em 12/09/2014).
6- Pedidos
Ante o exposto, requer:
a) Requer a nulidade da decisão e dos atos já praticados, inclusive do indeferimento da oitiva de testemunhas do reclamado;
b) Reabertura da instrução e uma nova oitiva das testemunhas, visto que, houve o cerceamento de defesa do reclamado;
c) Seja intimada a reclamante para, querendo, apresentar contrarrazões no prazo legal;
d) Que o presente recurso seja conhecido e provido totalmente, reformando-se a sentença da primeira instância;
Guanambi-Ba, 17 de novembro de 2021.
Gercino Hermenegildo Cardoso de Castro
Oab:
Adriano Sales Guimarães
Estagiário

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