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@veterinariando_ Sempre lembra que ... Animais chocados é caso de emergência É complexo e desafiador Alta morbidade e mortalidade Transporte reduzido de oxigênio e de nutrientes a tecidos periféricos → Morte celular → Falência de órgão → Óbito Definição • “É o estado clínico resultante de um suprimento inadequado de oxigênio aos tecidos ou uma inabilidade dos tecidos em utilizar adequadamente o oxigênio” – Tobias e Schertel 1922 • “o estado em que ocorre uma redução profunda e disseminada na perfusão tecidual efetiva, levando à lesão celular, inicialmente reversível, mas tornando-se irreversível quando prolongada” – Kumar e Parillo 2001 → O choque pode ser caracterizado como um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de O2 e nutrientes, resultando em distúrbios metabólicos celulares e morte Fisiopatologia → Detecção de redução da perfusão tecidual → Ativam mecanismo neuro-humorais → Esses mecanismos iram reduzir a resistência periférica → Há vasodilatação, reduzindo a volemia, pressão arterial e pós carga → O organismo detecta essa redução, aumentando o tônus simpático e inibindo o parassimpático, liberando noradrenalina • Aumento da frequência cardíaca, contratilidade, vasoconstrição arterial e venosa • Inervação simpática é dominante na periferia – pode ocorrer hipoperfusão de pele, trato gastrointestinal, rins • Há redução na taxa de filtração glomerular, consequentemente redução na formação de urina • Há liberação de renina (células justaglomerulares) o Angiotensina II: promove a vasoconstrição e liberação de aldosterona (adrenais) – reabsorção de sódio e água • Vasopressina (ADH) – hipófise: vasoconstrição e reabsorção de água • Cortisol: gliconeogênese a partir de aminoácidos, reduzindo a captação de glicose pelas células • Leva ao déficit microcirculatório • Há hipoperfusão tecidual • Quando há redução de oxigênio e hipoxia, começa um metabolismo anaeróbio • Depleção das reservas de ATP • A célula perda a capacidade de controlar níveis de Na e K, ocasionando edema celular com ruptura da membrana citoplasmática • Ocorre também falha no controle da bomba de Ca, causando alteração nas funções contráteis das células e com a perda de Ca há produção de mediadores inflamatórios • Reação inflamatória local de início, logo há inflamação tecidual seguindo para falência dos órgãos • Os vasos pré-capilares se dilatam, para auxiliar na entrada de oxigênio • As vênulas permanecem constritas, havendo um aumento do fluxo sanguíneo nos capilares, retenção de volume nos leitos capilares e aumento da pressão hidrostática com perda de fluídos para os tecidos • Hipotensão arterial – alterações microvasculares e celulares progressivas e podem persistir mesmo restaurando, volume, pressão arterial e débito cardíaco Classificação Choque hipovolêmico – por ocorrer por desidratação ou hemorragia Choque vasculogênico distributivo Choque vasculogênico obstrutivo Choque cardiogênico • Pode ocorrer por duas causas: → Hemorragias → Desidratação grave • Reposição volêmica → Desfio hídrico – repor o que o animal perdeu → Reposição volêmica → Transfusão • Reposição volêmica inicial → Animal de 10kg com sinais de choque → Perda estimada de 30% da volemia → Volemia = 8% peso vivo = 800ml → A reposição inicial com cristaloide = 720 a 1200ml (3 a 5x vol. de sangue) • Ocorre a disfunção da microcirculação periférica • Vasodilatação → Mediadores inflamatórios • Sepse • Trauma • Anafilaxia • Um exemplo desse choque é a síndrome de torção válvulo-gástrica ou infecções estrangulantes em TGI de equinos → Há uma obstrução do fluxo sanguíneo em grandes vasos → Ocorrendo redução do retorno venoso → Congestão passiva de órgãos afetados → Isquemia de órgãos, com isso há o aumento de permeabilidade • Ocorre em casos de enfermidades cardíacas → Há redução do débito cardíaco → Hipotensão arterial – o volume se mante normal ou se eleva devido a mecanismos compensatórios + a redução do débito cardíaco, levando a congestão e edema pulmonar Evolução clínica do choque Fase hiperdinâmica o Discreto aumento da frequência cardíaca e frequência respiratória o Mucosas congestas ou Hipocoradas o TPC menor que 1 o Normotensão arterial o Estado mental sem alteração Estado de hipermetabolismo celular = maior consumo de oxigênio Redistribuição do volume (cérebro e coração) o Acidose lática o Hipoxia celular Trato gastrointestinal o Aumento da permeabilidade = translocação bacteriana Rins o Oligúria = necrose tubular renal Pâncreas: fator depressor do miocárdio o Reduz contratilidade miocárdica o Arritmias Vasoconstrição pulmonar Taquicardia, taquipneia, mucosas Hipocoradas, hipotensão, pulso reduzido, TPC >, redução de consciência, hipotermia Tratamento • O tratamento é baseado no tipo de choque ✓ Máscara ✓ Sonda nasal ✓ Gaiola com oxigênio ✓ Reposição volêmica ✓ Drogas vasoativas e inotrópicas ✓ Antibióticos ✓ Fluído ✓ Hemocomponentes ✓ Noradrenalina ✓ Vasopressina ✓ Dobutamina
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