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Processo Civil-Resumos

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Tramitação  é o ato de seguir os procedimentos nas vias adequadas. Isto é, percorrer os caminhos formais até alcançar o resultado final.
No âmbito judicial ou administrativo, a tramitação de um processo representa que este ainda não foi encerrado, mas está seguindo seu curso ou fases normais pelas vias legais e, instâncias competentes e pontos de tramitação (setores) até o resultado final.
Tramitação do processo judicial 
As fases gerais relativas à tramitação de um processo judicial:[3]
Petição 
A petição é o documento inicial de todo processo, onde o autor - quem ajuizou a ação - expõe os fatos e os direitos violados que levaram a entrar com a ação. Também o autor formula os pedidos ao juiz: se deseja uma indenização, ou se deseja que o réu faça ou se abstenha de fazer algo.
Se a questão do processo for urgente, é possível formular um pedido especial ao juiz na petição. Onde o juiz analisará para assim decidir; que não é definitiva, podendo ser modificada a depender das provas produzidas no processo.
Citação 
Quando o juiz recebe a petição inicial, este verifica se os requisitos formais estão de acordo com a lei. Passando-o à fase da citação do réu, quando toma conhecimento da ação, através de um oficial de justiça indo à residência do réu (ou à sede da pessoa jurídica) para realizar a entrega de um mandado de citação, ou seja, uma ordem do juiz para que ele compareça a uma audiência de conciliação.
Na audiência, as partes tentarão chegar a um acordo, com a ajuda de um conciliador. Caso não cheguem, começa o prazo para que o réu apresente a sua versão dos fatos por meio de um documento de contestação.
Réplica 
Depois que o réu apresenta a sua defesa, o próximo passo do processo é a réplica. Onde o autor contrapõe os argumentos que o réu afirmou na contestação.
Probatório 
Uma das fases mais importantes de um processo, etapa que as partes apresentaram os argumentos. Nesse momento, o juiz convoca as partes para que indiquem as provas que pretendem usar para corroborar a versão dos fatos.
Assim, se há testemunhas dos fatos, as partes (o autor ou o réu) devem indicá-las para depoimento, caso necessário fazer perícias.
Como regra, quem alega é quem deve comprovar (autor), enquanto ao réu cabe apenas comprovar algum fato que tire o crédito do autor.
Em casos especiais, a responsabilidade pode ser invertida: o réu é quem deverá provar que o autor está errado. Por exemplo, em processos de direito do consumidor.
Depois das provas serem devidamente autorizadas e juntadas no processo, o juiz chamará as partes para, em última chance antes da sentença, argumentarem sobre elas.
Sentença 
É a parte mais importante do processo, a sentença, que depois de analisar todos os argumentos e provas, o juiz toma a decisão final. Além de decidir sobre os pedidos da petição inicial, o juiz também condena a parte perdedora ao pagamento das verbas sucumbenciais. Isto é, todos os gastos no processo (tanto com honorários de advogado, quanto com taxas cobradas) deverão ser arcadas pela parte perdedora.
Recursos 
Mesmo a sentença sendo a decisão final do juiz, ainda é possível reverter essa decisão. Assim, a parte perdedora poderá apresentar um recurso de apelação. Esse não será julgado pelo mesmo juiz, mas por desembargadores de um Tribunal. Eles terão poderes para rever o processo e, se for o caso, modificar a decisão do juiz.
Também é possível recorrer da decisão desses desembargadores, nos casos em que ela contrariar a Constituição. Assim, os recursos são direcionados ao Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça.
Cumprimento[editar | editar código-fonte]
Após todos os recursos julgados, diz-se que a decisão transitou em julgado,ou seja, ela é definitiva e deve ser aplicada.
Em alguns casos, é permitido aplicar a sentença antes do trânsito julgado: nos casos em que há urgência.
O credor deve exigir do devedor que cumpra a sentença. Assim, em um caso em que o juiz ordenou que o réu pagasse uma quantia ao autor, por exemplo, é nessa fase que são apresentados os cálculos e o devedor é intimado à depositar a dívida. O processo tem seu fim quando a sentença é definitivamente cumprida.
IMP.CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES*Nova matéria
1- Quanto ao objeto
2- Quanto á forma
3- Quanto aos interesses em discussão 
1-CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES QUANTO AO OBJETO
As ações são Declarativas(AçD) ou Executivas(AçE)
Visam obter uma declaração sobre a titularidade de um direito ou a existência de um facto por parte do tribunal, dito de outro modo visam obter a solução – existência ou inexistência de um direito subjetivo- da situação concreta que serve de base ao pedido.
Através dela o autor visa que o tribunal profira uma declaração que será( um direito ou um facto). O que o autor pretende é a declaração de Direito.
 2- CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES QUANTO Á FORMA
Isto é quanto á tramitação técnica e processual a que têm de submeter-se.
Quando tiver de me pronunciar sobre classificação das Ações quanto á forma tenho de dizer se é:
 -Processo comum
 -Processo especial 
3-CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES QUANTO AOS INTERESSES EM DISCUSSÃO 
· Processos de Jurisdição Litigiosa
· Processos de Jurisdição Volúntária
Classificação das Ações Quanto ao Objeto -art10
Este artigo distingue os vários tipos de pedidos que o autor formula na instauração do processo, tendo em conta o seu fim.
Art.10nº1- Distinção entre Ações Declarativas e Executivas
Na Ação Declarativa (AÇD): 
 - O autor pretende que o tribuna profira uma Declaração Final de Direito, ou seja que profira uma senteça que ponha fim ao conflito que o separa do réu e que dessa forma resolva o litigio.
Na Ação Executiva(AÇE): art.10 nº4
 - Nestas ações o credor requer a reparação efetiva do direito violado, isto é, a reintegração do direito violado mediante a realização coerciva de uma prestação, uma coisa ou um facto que lhe é devida.
 - Nestas quer-se que sejam tomadas as providencias adequadas á reparação efetiva do seu direito.
Art.10 nº6- Indica os fins da ação executiva:
-Pagamento de quantia certa
-Entrega de coisa certa ou prestação de um facto.
HIPÓTESE:
A é credor de B pela importância de 1000euros, contudo B recusa-se a pagar. A intenta uma AçD contra B e assim obtem sentença declarando a ação procedente e condenando B a pagar a A os 1000euros.
Mas isso quer dizer que B vai cumprir?
Não pois AçD esgota-se com essa sentença – com a declaração decisória. Esgota-se com a decisão não há mais nada a ser feito.
Se B não cumprir voluntariamente, o credor A terá de intentar
Ação executiva- requerendo as providencias necessárias á realização coativa da obrigação devida- serão desencadeados mecanismos processuais destinados a assegurar ao credor o efetivo recebimento da quantia.
NOTA: se A quiser a reinserção do seu direito vai ter de intentar a ação executiva, assim já consegue fazer valer a vontade da lei. Se B tivesse pago não tinha de se itentar a ação executiva.
A distinção entre AçD e AçE equivale á diferença entre o simples declarar e executar, e entre “dizer” e o “fazer”.
No processo declarativo é declarada a vontade concreta da lei, já o processo executivo visa a execução dessa vontade.
CONTUDO: Nem sempre à AçD se segue a AçE, exemplo:
 -Se o Réu cumprir voluntariamente a obrigação
 - AçE pode ser instaurada sem precedência da AçD – pois a lei reconhece a determinados documentos força bastantepara por si só desencadearem a AçE, são os chamados Titulos Executivos- art.703 nº1 b) c) d)
Nas ações declarativas- art 10 nº2/3
A lei distingue consoante a finalidade da pretensão entre ações :
1- De simples apreciação
2- De condenação
3- Constitutivas
1- Ações declarativas de simples apreciação
 -Esta ação destina-se a obter o reconhecimento da existência (Simples apreciação positiva) ou inexistência (simples apreciação negativa) de um direito ou de um facto jurídico, por meio de uma decisão judicial vinculativa- art10 nº3 a)
O pressuposto desta espécie de ações é a afirmação de uma situação de incerteza que exija classificação.
O que justifica este tipo de açãoé a necessidade de reagir conta uma situação de incerteza acerca da existência ou inexistência de um direito ou de um facto.
O autor apenas solicita que o tribunal aprecie essa situação de incerteza jurídica e ponha cobro a tal insegurança - declarando se tal direito(ou facto) existe ou não, conforme o que peticiona.
Esta ação visa assim obter unicamente a declaração da existência ou inexistência de um direito ou de um facto – o autor satisfaz-se com essa declaração, não pretende que o tribunal vá além dela.
Logo as decisões proferidas no seu âmbito não são executáveis - na verdade Nada Há que possa ser executado.
Podem ser positivas ou negativas.
“O Tribunal ou declara que existe um Direito ou que não existe”.
São positivas – quando o autor pretende que o tribunal declare a existência de um direito ou de um facto.
São negativas – quando se pretende obter a declaração de inexistência de um direito ou de um facto – neste caso, não é o autor que se arroga determinado direito mas sim o réu.
Exemplo de simples apreciação negativa: - A maria vem dizer para a escola que eu lhe devo 50euros mas isso não é verdade então eu vou a tribunal e intento uma ação de simples apreciação negativa contra Maria para que o tribunal declare a inexistência desse direito.
Exemplo de simples apreciação positiva: - Para ter acesso á via publica António passa num terreno que é propriedade de Benjamin, este começa a afirmar publicamente que aquela travessia é feita por sua mera tolerância e favor.
Antonio diz que aquele prédio esta na verdade onerado com um direito de servidão de passagem a favor do seu prédio. 
Ora nesta situação de duvida jurídica acerca do titulo a que se processa aquela passagem é suscetível de causar prejuízo a Antonio e isso leva-o a propor uma ação tendente a por cobro ao diferendo.
Nessa ação António vai pedir que o tribunal aprecie simplesmente a questão e declare que o prédio de benjamin esta na verdade onerado com o direito de servidão de passagem, isto é, vai pedir que se declare a existência de determinado direito. 
Para o efeito, António vai instaurar uma Ação Declarativa de Simples Apreciação Positiva.
Pois benjamin na violou nenhuma obrigação a cujo cumprimento estivesse adstrito, nem António pede em tribunal que ele seja condenado a cumprir seja o que for.
António apensas solicita que o tribunal ponha cobro áquele estado de duvida acerca do pretenso direito de servidão de passagem e declare por sentença que ele existe.
Outra hipótese de simples apreciação negativa:
Carlota diz ser titular de um direito de credito sobre David que no entender deste não existe. Perante essa afirmação pública, David pode propor uma ação pedindo simplesmente que se declare a inexistência desse direito de crédito invocado por Carlota.
Neste caso, David lançaria mão a uma Ação declarativa de simples apreciação negativa.
O que justifica as ações de simples apreciação negativa é a chamada arrogância extrajudicial por parte do réu, expressa na afirmação da titularidade de um direito ou da existência de um facto, arrogância que prejudica o autor, ainda que esse prejuízo possa não ser imediato ou material.
No ultimo exemplo, David sente-se prejudicado por constar publicamente que deve determinada quantia a Carlota.
É esta arrogância extrajudicial por parte do Réu(Carlota) que introduz nas ações de simples apreciação negativa uma especialidade na repartição do ónus da prova.
ÓNUS DA PROVA (só acontece em tribunal)
Nestas ações não cabe ao autor alegar e provar (pela negativa) que o direito ou o facto não existe, competindo antes ao réu, que vinha alardeando extrajudicialmente a existência desse direito ou desse facto, alegar e provar(pela positiva) a sua existência.
EX: Eu digo que o gamboa num determinado dia estava no sitio X, mas ele diz que estava no sitio y então cabe-lhe e ele provar que estava no sitio y e não a mim que estava no sitio x.
Este particular regime da ação declarativa de simples apreciação negativa justifica-se pela circunstância de ser muito difícil, se não impossível, fazer a prova(negativa) da inexistência de um direito ou de um facto.
Daí que retomando o último exemplo apresentado - não recaia sobre David(autor) a prova de que nada deve a Carlota(Ré), sendo exatamente sobre esta que impende o ónus da alegação e prova dos factos constitutivos do direito de crédito, do qual, extrajudicialmente, se arroga titular.
Nos outros tipos de ação, a alegação e prova dos factos constitutivos do direito que se pretende fazer valer em juízo compete precisamente áquele que o invoca, ou seja o autor- art 342 nº1
2-Ações De Condenação
O autor pretende uma decisão que , reconhecendo a existência de um direito, ordene ao réu a realização de uma prestação destinada á reintegração do mesmo – art 10 nº2 e 3 b)
Nota: nesta ação condenatória o autor não pede só a declaração de direito, sendo que solicita a declaração de direito, e ainda pretende que o tribunal condene o réu á prestação de uma coisa ou de um facto.
Art10 nº 3 b)- as ações de condenação exigem a prestação de uma coisa ou de um facto, pressupondo ou prevendo a violação de um direito.
Nestas ações o autor do pedido, na sequencia do juízo declarativo, pretende que em sua consequência, o Tribunal condene o réu á prestação de uma coisa ou de um facto.
Há um comando destinado ao réu para que este cumpra algo.
O pedido pode ser cumulativo, declaração e condenação; 
ou limitar-se ao pedido de condenação do réu pelo que o juízo de apreciação da violação de um direito é um pressuposto lógico do juízo condenatório pretendido.
A sentença de condenação pressupõe uma prévia declaração da existência do direito – mas o tribunal não se fica por aqui como sucede nas ações declarativas de simples apreciação pois emite ainda uma ordem destinada a reintegrar o direito violado.
O autor pretende mais do que a declaração do seu direito e por isso pede também a condenação do réu.
EXEMPLO de ação de condenação: A emprestou a B determinada quantia em que o mutario se obrigou a restituir em data convencionada.
Se B não cumprir a obrigação assumida, o credor pode instaurar uma ação alegando os factos constitutivos do seu direito e pedindo que o tribunal – reconhecida que seja a existência do seu direito de crédito – condene o réu na restituição de quantia devida.
Outro Exemplo: C e D ocupam determinado prédio urbano, sem autorização e contra a vontade de E, seu legitimo dono. 
Perante esta atuação ilícita E, pode instaurar uma ação (de reivindicação do seu direito de propriedade art.1311 CC contra C e D abusivos ocupantes, invocando a titularidade do seu direito de propriedade e a violação do mesmo, cometida pelos réus e pedindo que reconhecido que seja esse seu direito e essa alegada violação – os réus sejam condenados a entregar- lhe o prédio.
3-AÇOES CONSTITUTIVAS
O autor pretende obter através do tribunal um efeito jurídico novo que terá origem na decisão e vai alterar a esfera jurídica do réu, independentemente da sua vontade.
São as ações que criam a nova relação jurídica. O que o autor quer é através do tribunal obter um efeito jurídico novo.
· O Novo efeito Jurídico nasce diretamente por via da decisão judicial (se verificados os pressupostos que o condicionam).
Por outras palavras, a sentença cria um novo estado jurídico que pode consistir na criação, modificação ou extinção de uma relação ou situação jurídica.
Em função disso pudemos falar em ações:
· Constitutivas Propiamente Ditas – visam a criação de uma nova relação ou situação jurídica.
· Modificativas – através dos quais o autor pede a modificação de uma relação jurídica existente.
· Extintivas - através dos quais o autor pede a extinção de uma relação jurídica existente.
Ações Constitutivas Propriamente Ditas 
Exemplos:
· Ação destinada a constituir uma servidão de passagem – art.1550 CC
· Ação de preferência – art.1410CC
· Ação de investigação de paternidade ou maternidade
 Ações Constitutivas Modificativas
Exemplos:
· Ação tendente á mudança de uma servidão- art.1568 CC
· Açãode simples separação judicial de bens – art.1767 CC – há uma modificação na relação matrimonial.
Ações Constitutivas Extintivas
Exemplos:
· Ação de divorcio proposta por um dos cônjuges contra o outro – art.1773 CC – o autor pede a extinção da relação matrimonial.
· Ação de resolução do contrato de arrendamento pelo senhorio – art.1083 nº2 CC
Estas ações (constitutivas) – são o instrumento processual adequado ao exercício de certos direitos potestativos, precisamente aqueles cuja realização apenas se consegue através de uma decisão judicial.
Nestas ações o juiz, pela sentença constitui, modifica ou extingue direitos e deveres que apesar de fundados em direitos e deveres anteriores, só nascem com a sentença.
(Direito Potestativo é o poder conferido a uma pessoa de introduzir uma alteração na esfera jurídica de outra pessoa – criando, modificando ou extinguindo direitos – sem a cooperação desta).
Salienta-se:
· A divisão das ações declarativas em 3 espécies não implica que estas devam ser estudadas como “compartimentos estanques” na medida em que na mesma ação podem cumular-se diversas pretensões (ato de natureza diferente) desde que observados determinados requisitos – os previstos no art.555 e 37
Podem assim existir ações declarativas com natureza mista, como sucede no caso do despejo que tem por finalidade resolver um contrato de arrendamento (constitutiva extintiva) e despejar alguém (condenatória). 
Com efeito é possível cumular na mesma ação 2 ou mais pedidos de condenação:
 Pedir que o Réu seja condenado a pagar determinada quantia e a entregar certo objeto, como também é possível cumular um pedido constitutivo com um pedido de condenação.
 Pedir na mesma ação o despejo do réu e a condenação deste no pagamento de rendas em divida.
Sintese:
Todas as ações declarativas visam o reconhecimento da existência ou inexistência de um direito.
>Traço diferenciador
No que vem a seguir a esse reconhecimento (ou não reconhecimento) do direito, 8comum em principio a todas elas) – é o que reside o traço diferenciador.
Se alem do reconhecimento da existência do seu direito , o autor pretender que o tribunal condene o réu á reintegração do direito violado, pela prestação de uma coisa ou de um facto, a ação diz-se de CONDENAÇÃO.
Se além do reconhecimento da existência do direito invocado, o autor pretende a produção dos efeitos jurídicos correspondentes (isto é, a constituição de uma nova relação, a modificação, ou extinção de uma relação anterior) a ação é CONSTITUTIVA
Se o autor não pretende mais do que uma declaração formal de existência ou inexistencia do direito a ação é de SIMPLES APRECIAÇÃO.
CLASSIFICAÇÃO das AÇÕES quanto á FORMA -art 546
O art.546 nº1 – diz-nos que o processo pode ser comum ou especial.
546 nº2 – dá-nos a indicação direta da aplicação do processo especial – este aplica-se apenas aos processos que a lei designa e trata como tal.
O âmbito de aplicação do processo comum é definido a contrário sensu.
Todavia não pudemos olvidar o estatuído no art.547, pelo qual o juiz devera adotar a tramitação processual adequada ás especificidades da causa e adotar o conteúdo e a forma dos atos processuais ao fim que visam atingir.
Do que decorre que em lugar de uma forma única do processo, poderemos ter uma multiplicidade delas, passando a tramitação processual a depender em ultima análise do que o juiz entender.
· OS PE(PROCESSO ESPECIAL) são os processos- exceção e o PC(PROCESO comum) é o processo regra.
· A existência de um PC e de vários PE decorre do entendimento do legislador no sentido de que a discussão em juízo de determinadas matérias, pela natureza ou especificidade destas, exige uma tramitação processual própria e distinta da consagrada no PC.
Os PE estão entre os artigos 878º a 1081º.
Os PE não são apenas os insertos no CPC mas todos os previstos como tal em diploma.
Exemplos de PE: 
 - Ação declarativa especial; 
 -Ação destinada a regular o exercício das responsabilidades parentais;
 - Processo de Insolvência
 -Processo de Inventário
CASO PRÁTICO 1:
A celebrou um contrato de compra e venda a C e B, o qual prometeu vender a B, um prédio rustico pelo preço de 4000euros, contudo A pretende obter uma anulação do contrato alegando para o efeito que foi fisicamente coagido a assinar o mesmo.
Resposta:
Foi celebrado um contrato de promessa de compra e venda(O contrato-promessa de compra e venda é um documento escrito, assinado por quem promete vender (promitente-vendedor) e por quem promete comprar (promitente-comprador) art.410 nº1.
Com a celebração do contrato constitui-se uma relação jurídica em que o vendedor (D) quer vender e o comprador(A) comprar.
Neste caso estamos perante um caso de uma ação declarativa constitutiva extintiva. Art 10 nº2.
 >Em termos genéricos, todas as acções declarativas importam um juízo valorativo face à existência ou não de um determinado direito, distinguindo-se pela amplitude da pretensão do agente: (i) se nada mais pretender que o juízo, é de simples apreciação; (ii) se além do juízo pretender que o Tribunal condene o réu à reintegração do direito violado, pela prestação de uma coisa ou de um facto, é de condenação; (iii) se o interesse do autor for, essencialmente, o da produção dos efeitos jurídicos correspondentes, é constitutiva. 
E neste caso o interesse do autor é exatamente esse pelo que ele pretende do tribunal a declaração da anulação do contrato de promessa de compra e venda com o fundamento da coação moral, a sentença produziu assim efeitos constitutivos extintivos art.10 nº3 c).
Neste caso a ação quanto á forma é processo comum art.546 porque não cabe em nenhum dos processos especiais.
Nota: Em casos de anulação ou nulidade é sempre uma ação declarativa de ação constitutiva.
CASO PRÁTICO 2: A por escritura pública de compra e venda vendeu a B uma fração autonoma designada pela letra D. Quer integrar o prédio urbano em regime de propriedade horizontal, cto em cascasi pelo preço de 220mil euros. Todavia decorridos que se encontram 6 meses de celebração do dito contrato B. Ainda não procedeu á entrega da referida fração ao A. Solicitou os seus préstimos no sentido que o informe de qual ação deveria intentar para que B lhe entregue a fração .
Resposta: Estamos perante um contrato de compra e venda de um imóvel art 874( o contrato de compra e venda é o contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa, ou outro direito, mediante um preço), que dele decorre a transferência da propriedade de uma coisa, a fração autonoma em questão, art 879º C.C. Nesta ação condenatória o autor não pede só a declaração de direito, sendo que solicita a declaração de direito, e ainda pretende que o tribunal condene o réu á prestação de uma coisa ou de um facto.
 A teria de intentar uma ação declarativa de condenação, art 10nº2 pois o autor pede ao tribunal o reconhecimnto do direito de propriedade e a respetiva restituição da fração por parte de B.
Classificação das Ações quanto aos Interesses em Discussão 
· Processo de Jurisdição Litigiosa
· Processo de Jurisdição Voluntaria
Processo de Jurisdição Litigiosa
A ação judicial supõe em regra a existência de um conflito de interesse privado, um litigio entre as partes – e é a necessidade de resolver esse litigio que justifica o recurso á vida judicial.
Conflito que as partes “trouxeram” a juízo e que será solucionado pela respetiva sentença
EX: ação de divida, ação de reinvidicação da propriedade, ação de despejo..
São os chamados processos de jurisdição litigiosa ou contenciosa.
Estes processos têm por base um litigio, um conflito. O tribunal tem de meter fim ao conflito.
Processo de Jurisdição Voluntária
 Contudo existem ações que não visam resolver um conflito de interesses, mas sim regular judicialmente um interesse comum a ambas as partes.
Existem pela circunstância de esse interesse (embora comum) ser perspetivado de modo diverso pelas partes. 
EX: ação de regulação das responsabilidades parentais e ação de fixação judicial de prazo.
São os chamados processosde jurisdição voluntária ou graciosa.
Têm em vista regular um interesse comum de ambas as partes 
Ex: na fixação judicial de prazo, quanto á demolição de um muro, o interesse é comum( apenas tem perspetivas diferentes).
Art 986º a 1081º - são processos especiais e processos de jurisdição voluntária
Art 878º a 985º - são processos especiais e processos de jurisdição litigiosa
Dos processos de Jurisdição Contenciosa, os processos de jurisdição Voluntária caraterizam-se pela ausência do litígio e do conflito.
No exemplo dado das responsabilidades parentais o que está em causa é o superior interesse do menor, interesse que ambos os progenitores querem ver tutelado( e por isso, lhes é comum) , mas sobre o qual têm perspetivas e posições distintas – exemplo de jurisdição voluntaria.
Os processo de Jurisdição voluntária atendendo às suas características implicam uma tramitação especial, pelo que são classificados quanto á forma como processos especiais. Art 986º a 1081º.
3 Caracteristicas dos Processos de Jurisdição Voluntária:
1- Vigora o principio da Livre Atividade Investigatória do Tribunal
>Ou seja o juiz pode investigar para alem do que as partes aportam ao processo -art 986º. 
>Mas isto só acontece no processo voluntário
> São passiveis de alteração 
2 - Impera o Principio da Equidade
3 - Decisões que lhe ponham termo não são soluções Jurídica e Futuramente indiscutíveis.
>Ou seja por mais que se tome uma decisão por exemplo daqui a dois meses se se achar que a decisão é inaceitável vai-se a tribunal e pede-se para alterar a decisão ou seja pode ser sempre sujeita a discussão.
Impera o principio da equidade:
O juiz pode decidir como lhe parecer mais adequado e oportuno art.987.
Decisões não são soluções jurídica e futuramente indiscutíveis
As resoluções proferidas nos PJL podem ser alteradas com fundamento em circunstancias supervenientes. Art 988 nº1. 
 Isto é não possuem o caracter da irrevogabilidade e inalterabilidade que encontramos nas sentenças dos PJL.
Nestes processos não é obrigatório a constituição de advogado, exceto na fase de recurso. Art.986 nº4.
*acabou-se a matéria das ações
PROCEDIMENTOS CAUTELARES
O art 2 nº2 parte final refere a pretensão destnada a requerer 
“os procedimentos necessários para cautelar o efeito útil da ação”
A lei processual designa-os como Providências Cautelares e acham-se regulados nos art 362º a 409º
Pode ser caracterizado como sendo um processo judicial , semelhante e complementar a uma ação judicial (embora a sua função não seja a de composição definitiva do litigio), visando obter uma decisão provisória que acautele um determinado direito de feição a que a demora normal do processo principal não o torne inútil.
A sua função é a de assegurar o resultado prático de uma ação, suspendendo a eficácia de um ato jurídico sempre que o seu prosseguimento possa colocar em causa os direitos de um sujeito, evitando prejuízos graves ou antecipando a realização do direito de forma a garantir, na medida possível, a celeridade do processo e o principio da segurança jurídica.
Notas: é uma decisão provisoria, visa assegurar o resultado pratico da ação, é no fundo garantir um direito. 
EX:
 Encerramento de maternidade em Mirandela , antes que encerre intenta-se uma providencia cautelar provisória para que se possa impedir o encerramento , pq se tivermos á espera da ação principal para resolver a situação pode demorar tempo suficiente para que não se conseguisse impedir o encerramento da maternidade(se a ação principal tiver sido intentada em abril e demorar 1 ano e o encerramento da maternidade esteja previsto para junho já ao se consegue impedir nada.
Outro EX. de Providência Cautelar:
Arresto de bens
Ao devedor que deve 300000euros ao credor, começa a tentar vender tudo para que quando for a tribunal e o tribunal o obrigar a pagar a divida, ele se justifique como não tendo dinheiro nem bens sendo que assim esse direito nunca iria ser assegurado, por isso o credor pede uma providencia cautelar para que o devedor seja impedido de cometer tal ato e para o dano não se tornar irreparável art.362
Procedimentos Cautelares
Assentam numa justificação de ordem temporal, pois o proferimento de uma decisão final é algo que pode demorar algum tempo, mesmo que todos os prazos sejam respeitados e esse tempo de demora pode acarretar consequências tais que a decisão que vier a ser proferida já não tenha qualquer efeito útil. 
Esta demora do julgamento pode criar um estado de perigo “periculum in mora”, porque pode expor o titular do direito a danos irreparáveis, suscetiveis de comprometer o beneficio e a eficácia da sentença.
As providências cautelares que são decretadas realizam uma função preventiva, pois destinam-se a prevenir a lesão de um direito.
Exemplo: suponha que atendendo à delapidação dos bens do devedor, o credor esta em risco de perder a sua garantia patrimonial.
O arresto de bens do devedor(art391 nº1 e art619 C.C.) visa assegurar que a ação condenatória proposta pelo credor contra o devedor ainda seja útil, pois os bens arrestados podem ser penhorados e vendidos.
Assim acautela-se não é a violação de um direito mas a utilidade da decisão da tutela definitiva.
O Procedimento Cautelar é um instrumento relativamente á ação principal, porque é nela que está o fundamento, o direito que se esta a tentar acautelar.
Procedimentos Cautelares Especiais: art 377º a 409º
· Restituição Provisória da Posse – art 377 a 379
· Suspensão de Deliberações Sociais – art 380 a 383
· Alimentos Provisórios – art 384 a 387
· Arresto – art 391 a 396
· Embargo de Obra Nova – art 397 a 402
· Arrolamento – art 403 a 409
Caracteristicas do Procedimento Cautelar
Notas: - O procedimento cautelar é instrumental relativamente a uma ação principal e por isso mesmo, dependente dessa mesma ação - art364 (exceto mas situações em que seja decretada a inversão do contencioso) ;
Ou seja, exceto se for decretada a inversão do contencioso, eu tenho sempre de intentar a ação principal.Isto é será sempre dependente da causa que tenha como fundamento, o direito acautelado ou o acautelar. 
E caducará se a ação não vier a ser proposta dentro de 30 dias ou se for julgado improcedente – art373.
O PROCEDIMENTO CAUTELAR PODE SER PRELIMINAR OU INCIDENTE DA AÇÃO
· Quando requerido antes (como preliminar da ação principal), o procedimento será apensado ao da ação principal logo que esta seja proposta – artigo 364º nº2.
· Quando o requerido na pendência da ação principal (como incidente desta) corre como apenso desta ação principal – artigo 364º nº3.
Requisitos legais para o decretamento do procedimento cautelar comum:
1. A aparência de existência de um direito
2. Existência de um fundado receio de que outrem cause uma lesão nesse direito durante a natural demora na resolução definitiva do litigio( periculum in mora).
3. A gravidade dessa lesão 
4. A natureza dificilmente reparável dessa mesma lesão.
5. A concreta adequação da providencia cautelar para assegurar a efetividade do direito em causa.
6. A não abrangência por qualquer processo cautelar nominado, da providência que se visa obter
7. Que o prejuízo resultante para o requerido da providencia cautelar em causa não exceda consideravelmente o dano que com ela o requerente pretende evitar.
Ínstrumentalidade e Provisoriedade das Providências Cautelares
Em regra providência é dependente de uma ação , proposta ou a propor pelo requerente, que tenha por fundamento o direito acautelado.
Pelo que a medida decretada é instrumental e provisória, e que caducará se a ação principal não for proposta ou se vier a ser julgada improcedente.
Mas esta ínstrumentalidade e provisoriedade envolve, em bastantes casos uma duplicação desnecessária de atos e meios destinados á resolução do litigio.
- O que conduziu á consagração do regime da Inversão do Contencioso
Que permite que a providência decretada se possa considerar como composição definitiva do litigio.
Notas: inversão do contencioso -art 369
Deixa de ser instrumental e provisória e passa aser uma composição definitiva do direito. Já não temos de intentar a ação principal já não é necessário.
Através deste regime basta-nos intentar uma providencia cautelar.
Antes da inversão do contencioso tínhamos dois meios para consumar o litigio:
 -providencia cautelar;
 - ação principal.
Através da inversão do contencioso, a providencia cautelar tem a hipótese de não depender da ação principal(mas isto só acontece na inversão do contencioso.
A inversão do contencioso tem de ser requerida é dispensar o requerente de intentar a ação principal.
NOTA:
· O requerente solicita ao Juiz que o dispense do ónus da propositura da ação principal. Este tem interesse em ver decretada a inversão do contencioso para não ser ele a intentar a ação principal.
· O requerido da providência cautelar se quiser vai ser o autor da ação principal.
· Se o Juiz determinar a inversão do contencioso, a consequência é que o requerido fica onerado com o ónus de propor a ação principal.
· Há-de ser o requerido a intentar uma ação para que se declare a inexistência do direito a cautelar. 
Inversão do contencioso e consolidação da decisão 
Antes a decisão proferida no procedimento cautelar era sempre provisória, porque estava destinada a durar somente enquanto não fosse proferida a decisão definitiva na ação principal já proposta ou a propor posteriormente.
Atualmente os procedimentos cautelares podem deixar de depender da ação principal que teria por fundamento o direito acautelado, se for decretada a inversão do contencioso.
Este mecanismo permite que o juiz tenha a possibilidade de, a pedido do requerente da providencia cautelar, decidir sobre a existência do direito acautelado, o que dispensa o requerente da instauração de uma ação principal declarativa, para o reconhecimento do mesmo.
Quer dizer que a providencia cautelar decretada pode consolidar-se como composição definitiva do litigio e portanto o requerente fica dispensado de propor a ação respetiva.
 Art 369, essa dispensa só é possível se se verificarem 3 requisitos:
1. Que a matéria de facto provada no procedimento cautelar permita ao juiz formar a convicção segura acerca da existência do direito acautelado;
2. Que a natureza da providencia decretada seja adequada a realizar a composição definitiva do litigio.
3. A inversão do contencioso seja requerida.
O 1º resulta que o requerente não se ter limitado a apresentar prova sumária do direito e da ameaça que sobre este direito impende.
O requerente tem de ir alem do mínimo exigido pelo art 365 nº1 para uma decisão provisória – tem de se preocupar em fazer prova suficiente para formar a convicção do juiz acerca do direito a acautelar.
O 2º é necessário ter em conta que nem sempre a providência é de molde á composição definitiva do litigio
Art376 nº4
Estão excluídos os PC de cariz conservatório, o arresto e o arrolamento.
O 3º - a dispensa do Ónus de propor a ação principal não depende da iniciativa do juiz.
>Deve ser solicitada pelo requerente através de requerimento apresentado ate ao encerramento da audiência final – art369 nº2.
O requerimento está sujeito ao contraditório do requerido.
Invertido o contencioso é ao requerido que imcumbe, em certo prazo, intentar a ação principal, se não quiser que a decisão cautelar se transforme em decisão definitiva, resolvendo definitivamente o litigio em questão.
Quer isto dizer que se o requerido não intentar a ação principal, a providencia cautelar decretada resolverá definitivamente o litigio.
Assim é ao requerido que cabe deixar a providencia cautelar tornar-se definitiva, eliminando a sua instrumentalidade.
Assim importa salientar que a decisão de inversão do contencioso não converte os efeitos da providencia cautelar em definitivos, apenas dispensa , o requerente, da propositura da ação principal e, coloca do lado do requerido o ónus de intentar a ação principal.
Sendo assim o efeito da consolidação da providencia cautelar decretada em composição definitiva do litigio , só sucederá se:
 - O requerido não intentar a ação principal;
 - Se intentada a ação principal, o processo estiver parado por mais de 30 dias por negligência do autor (requerido no procedimento cautelar);
 - O réu for absolvido da instância (requerente do PC).
Art371 nº2
Já se o requerido propuser a ação e esta for julgada procedente – a providencia decretada caducará depois de a decisão transitar em julgado – art371 nº3.
 Ação de impugnação do direito acautelado
O requerido (na providencia cautelar) irá impugnar o direito sobre cuja existência o juiz considerou haver convicção segura, aquando da inversão do contencioso.
NOTAS SOBRE ESTA MATÉRIA:
Inversão do contencioso art369 >
 Deixa de ser instrumental e provisória e passa ser uma composição definitiva do direito (já não temos de intentar a ação principal, não é necessário.
Através deste regime basta-nos intentar uma providencia cautelar.
Antes da inversão do contencioso tínhamos 2 meios8 (providencia cautelar) e (ação principal) para consumar o litígio.
Agora a providencia cautelar tem a possibilidade de não depender da ação principal, mas só com a inversão do contencioso.
A inversão do contencioso tem de ser requerida (é dispensar o requerente de intentar a ação principal.
Ação principal
Procedimento Cautelar
Antes era o requerente a intentar a ação principal. Com a inversao o requerente fica dispensado , e fica o requerido(autor) a intentar a ação principal.
A inversao do contencioso é criada porque o legislador acha desnecessária a duplicação de atos. 
IMP O requerente da providencia tem todo o interessen na inversão do contencioso para não ter de intentar a ação principal. Há-de ser o requerido se quiser a intentar a ação para que se declare a inexistência do Direito acautelado. 
O requerente pede ao juiz que o dispense do ónus da propositura da ação principal -art369 nº1. Se o juiz dispensar o requerente , o requerido é que tem de intentar a ação, o ónus passa a ser o requerido da providência.
Art 371 nº1 - se o requerido não propuser a ação, a providencia decretada consolida-se como composição definitiva do litigio.
Inversão do Contencioso
Este regime permite que a Ono vidência decretada se possa consolidar como composição definitiva do litigio, quebrou-se assim a regras da instrumentalidade e provisoriedade dos procedimentos cautelares.
Uma vez decretado o procedimento cautelar e tendo havido pedido de inversão do contencioso e uma vez deferido este o requerente da providencia cautelar fica dispensado do ónus da propositura da ação principal – art369 nº1/2
A consequência sera ficar o requerido onerado com ónus de propositura da ação principal, prazo 30 dias – art 371 nº1
 Se o requerido não propuser a ação destinada a impugnar a existência do direito acautelado, a providência decretada consolida-se como composição definitiva do litigio.
 Caso pratico: Qual é a ação desta providencia?
Ação declarativa de simples apreciação negativa porque quer a inexistência do direito.
Comente a Afirmação: Uma vez determinada a inversão do contencioso, passa a caber ao requerido do procedimento cautelar, a possibilidade de a providencia cautelar se tornar ou não definitiva.
Se o tribunal declarar a inexistência do direito na inversão do contencioso,a providencia caduca -art 371 nº3
Se o requerido não propõe a ação - composição definitiva do litigio 
O requerido requer a inexistência do direito, e sendo assim se a ação for julgada procedente caduca.
Pressupostos PROCESSUAIS
Introdução:
Intentamos uma ação para quê? Temos um problema qualquer que queremos que seja solucionado.
Nós autor vamos a tribunal para lhe mostrar o objeto do litigio e solucionar com uma sentença.
O autor deduz um pedido, o tribunal conhece tudo que tinha para conhecer, ou seja quer dizer que apreciou materialmente a pretensão(meteu a mão na massa).
Ao conhecer materialmente , ele vai poder por fim ao litigio porque já conhece o objeto da questão.
Apreciação Material da Pretensão
Há condições que têm de existirpara o juiz poder conhecer o tal fundo da questão(mérito da causa). Antes disto temos de cumprir vários requisitos, só depois o juiz pode conhecer o mérito da causa.
Se isto não acontecer fica impedido de conhecer a historia a fundo do autor.
A estes requisitos ou condições necessárias damos o nome de Pressupostos Processuais.
*pretensão=pedido
Quando se intenta uma ação em tribunal o que o autor pretende é que a questão seja objeto de uma sentença. 
 Isto é que aprecie materialmente a pretensão deduzida e ponha termo ao litigio subjacente á ação. 
Mas que para essa função seja realmente cumprida é forçoso que se verifiquem determinadas condições que valem como condição prévia ao conhecimento do Mérito da Causa 
 São os Pressupostos Processuais (PP)
 
Apreciação de mérito de causa
 É a função natural e expectável das decisões judicias – pois os tribunais existem para resolver litígios.
 A função do processo só se alcança verdadeiramente quando o tribunal profere decisão que responda ao pedido formulado pelo autor, o mesmo é dizer, uma decisão de mérito.
 Noção (PP) – condições necessárias para que se possa apreciar o mérito da ação.
Notas:
 Quando se fala de apreciação de mérito da causa é o que nós estamos À espera (o que eu quero é que o tribunal resolva o problema). 
 O que eu quero (autor) é que o tribuna tenha conhecimento a fundo da minha situação, e através da minha ação que o tribunal responda ao meu pedido e tome uma decisão. 
 Eu preciso destes pressupostos processuais para que haja o regular funcionamento da instância.
Pressupostos processuais 
 São requisitos de ordem técnica necessários ao regular desenvolvimento da instância, deixando que esta culmine numa sentença que resolva efetivamente o litígio colocado À apreciação do tribunal, 
 Julgando a ação procedente ou improcedente, consoante assista ou não razão ao autor, em face do direito material ou substantivo.
 Quando assim sucede, o juiz conhece do Mérito da Causa, ou seja, do fundo da questão.
 Mas, se algum desses pressupostos processuais não se verificar e a sua falta não for sanada, o juiz deverá reconhecer a existência de uma exceção dilatória e proferir uma sentença de absolvição da instância – art. 278 e 577.
 Nestes casos, não se realiza a função do processo, pois impede o Juiz de se pronunciar sobre o Juiz de se pronunciar sobre o Mérito da Causa, sendo proferida uma decisão que ao invés, se limita a um julgamento formal da lide que põe termo ao processo.
 A violação dos Pressupostos Processuais (PP) tem por efeito, em regra a ocorrência de Exceções Dilatórias, as quais constituem, antes do mais, argumentos de defesa ao dispor do réu – art. 576/2 e 577
 As contínuas alterações ao CPC, são no sentido de privilegiar as decisões que realizem a função do processo (decisão de mérito), eliminando os impedimento à sua realização, daí que a maioria dos PP é de conhecimento oficioso e a sua falta é, em regra, sanável.
NOTAS:
 Art 278 nº1 – ele já não vai conhecer do mérito da causa, nestas situações que o juiz não conhece o pedido fica impedido de se pronunciar sobre o mérito da causa.
 Exceções dilatórias Art 578
As exceções podem ser dilatórias ou perentórias – ART 576 nº1
 Quando se verifica a violação de um pressuposto processual estamos perante uma exceção dilatória.
 Art 577 c) estamos a falar de um PP relativo às partes.
a) Estamos perante um PP relativo aos tribunais.
 A função do processo é resolver definitivamente o litígio. 
 Argumentos de defesa ao dispor do réu – Art 576 nº2 e 577 
 - se o réu pretende ser absolvido da instância usará as exceções dilatórias para isso acontecer 
 A violação dos PP é sanável.
 Vamos estudar os PP(pressupostos processuais) exigidos para que se possa realizar a função do processo, mas também aqueles cuja verificação tem a ver com a constituição da relação processual 
1. Relativos às partes
2. Relativos ao tribunal
3. Relativos ao objeto da causa
1- Relativos às partes
i. A personalidade judiciária
ii. A capacidade judiciária
iii. A legitimidade 
iv. O patrocínio judiciário obrigatório
v. O interesse me agir
 *iv – só é pressuposto quando é obrigatório se não for já não é pressuposto processual 
2- Relativos ao tribunal
i. A competência internacional e competência interna
3- Relativos ao objeto da causa
i. Aptidão da petição inicial
ii. Não verificação de litispendência e de caso julgado
*ii. – Os únicos PP de índole negativa, estes têm de não se verificar para que não haja exceção dilatória. É a sua não verificação que tem que existir para que não haja violação do pressuposto processual 
· Em termos de dinâmica processual, o autor perspetiva estas questões como preenchimento de PP, o réu como argumentos de defesa e o tribunal como cumprimento de deveres de verificação dos requisitos exigidos para a decisão de mérito e, além disso, de providenciar pelo seu suprimento.
 Uma vez finda a fase de articulados, o juiz começa por verificar se os PP foram, ou não, respeitados.
· Constatando o seu desrespeito, ou seja, a falta de algum dos PP, o juiz providenciará pela sua sanação, se passível de.
Nota: 
 Em termos de dinâmica processual o autor olha para os PP como requisitos que tem que preencher. Eu autora vou perspetivar os PP como requisitos que eu vou ter que cumprir.
 O réu quando recebe petição inicial, vai logo ver os PP para ver se são cumpridos (visto que para o réu, os PP são argumentos de defesa para ele) utilizando-os na contestação para requerer o absolvimento da instância.
 O Juiz olha para os PP como deveres que o autor ou o réu têm de cumprir visto que sem isso cumprido o juiz não pode conhecer do mérito da causa, impedindo de por fim ao litígio, absolvendo a instância (terminando o processo). 
O juiz só tem acesso ao processo quando findam os articulados, só aí pode ver se foram respeitados os PP. ART 6 nº2 importante
1) Pressupostos processuais relativos às partes
i. Personalidade judiciária(pressuposto processual)
- Art 11 consiste na suscetibilidade de ser parte processual.
 Ser parte processual significa ser demandante ou demandado em juízo – autor ou réu; exequente ou executado; requerente ou requerido, consoante a natureza do processo ou do procedimento em causa.
*Art 11 – mesmo os menores têm personalidade jurídica – art 66 nº1 cc, e por força do principio da coincidência também têm personalidade judiciária – art 11 nº2.
 Art 12 – são exceções
 Estas entidades à partida não teriam personalidade judiciária mas com este artigo têm.
 Pode dizer-se que a personalidade judiciária consiste na possibilidade de requerer ou de contra si ser requerida qualquer das providências de tutela jurisdicional reconhecidas na lei.
 A personalidade judiciária é o pressuposto dos pressupostos processuais relativos às partes, na medida em que faltando, não há sequer parte no processo.
 Acrescenta ainda, que essa é reconhecida a todos aqueles que tenham personalidade judiciária.
CRITÉRIOS ATRIBUTIVOS
1) Art 11/2 – Critério da Coincidência – quem tem personalidade jurídica, em princípio, personalidade judiciária.
Art 66/1 CC.
 Nos termos do qual a personalidade jurídica adquire-se no momento do nascimento completo e com vida.
Adquira a personalidade jurídica (corresponde à capacidade civil de gozo de direitos), qualquer pessoa, maior o menor, capaz ou incapaz, pode ser parte numa causa.
2) Diferenciação patrimonial – previsto no art 12
 A lei atribui personalidade judiciária a certas “entidades” que não têm (ou ainda não têm) personalidade jurídica – art 12
 São exceções à equiparação prevista no art 11/2 – são casos de “extensão da personalidade judiciária”.
3) Afetação do ato – acha-seprevisto no art 13
Prevê a atribuição de personalidade judiciária às sucursais, agências, filiais, delegações ou representações (de determinada pessoa coletiva), em dois casos:
· Se ação derivar de facto praticado por elas (nº1)
Ex: quando um cliente de uma agência bancária propõe uma ação contra esta para dirimir um litígio emergente de um contrato de concessão de crédito celebrado entre ambos.
· Se a ação respeitar a facto praticado pela pessoa jurídica estrangeira, esteja em causa uma obrigação contraída com um português ou com um estrangeiro domiciliado em Portugal (nº2) 
 Nestes casos, as sucursais, agências, filiais, delegações ou representações, embora destituídas de personalidade jurídica, por serem órgãos de mera administração local de uma pessoa coletiva (esta, sim, pessoa jurídica), podem demandar e demandadas.
 Estas entidades a que é reconhecida personalidade judiciária (art 12 e 13), são representadas em juízo nos termos determinados no artigo 26.
Nota: À partida a falta de personalidade judiciária é insanável mas o artigo 14 permite que constatando-se a parte da personalidade jurídica pode ser sanada. Este artigo já saiu no exame, também é uma exceção dilatória.
 Art 278 c, 577 c, 578 – formular respostas com estes artigos.
· A personalidade judiciária, como salienta Lebre de Freitas,
“ não constitui apenas um pressuposto processual geral, a verificar, quanto ao autor, à data da propositura da ação e, quanto ao réu, à data da citação … É também pressuposto de cada ato processual que deva ser praticado pela parte ou perante ela.
· A falta deste PP é, como se disse, em princípio insanável.
 Exceto os casos previstos nos art 12º a 14º, a inexistência de personalidade jurídica de qualquer entidade impede a sua constituição como parte.
 A ser o caso, tratar-se-á de uma exceção dilatória, de conhecimento oficioso, que gera a absolvição da instância – art 278 nº 1 C), 577 C), e 578.
ii. Capacidade judiciária(pressuposto processual)
-art15, art67 cc
 Aptidão que temos de adquirir direitos e de os poder exercer.
 Acha-se regulada no art 15/1, que estatui “A capacidade judiciária consiste na suscetibilidade de estar, por si, em juízo”
 Nº2 – “A capacidade judiciária tem por base e por medida a capacidade do exercícios de direitos”. 
 Ou seja, a capacidade judiciária decorre da capacidade jurídica prevista no art 67 CC
Para pleitear(contestar) em processo, não chega ter personalidade judiciária
 É necessário que a parte possa estar, por si própria, em juízo, isto é, que não careça de qualquer representação.
Ou a parte pode, por si, estar em juízo ou não pode.
 A sua intervenção judicial deverá fazer-se através de representante legal, nos termos do art 16, assim ficando suprida a incapacidade, sob pena de violação do pressuposto processual.
 Os casos de incapacidade previstos na lei são os da menoridade e dos maiores acompanhados.
Menoridade 
 Menor – quem não tiver ainda completado dezoito anos de idade.
 Art. 122 do CC…
 Da conjugação do art 123 do CC com art 15/2 resulta que o menor não tem capacidade judiciária.
 Então, para ser suprida a sua incapacidade, o menor deve estar judicialmente representado pelos seus progenitores ou, subsidiariamente, por um tutor.
Art 127 CC
 Excecionalmente, reconhece validade a certos atos e negócios jurídicos praticados pelo menor.
 Tendo capacidade jurídica para a prática destes atos e negócios, pode então o menor litigar por si próprio em ações que os tenham por objeto.
Art 138 e seguintes – Maiores acompanhados
Art 19 – capacidade judiciária dos maiores acompanhados.
Se eles não estiverem sujeitos a representação podem intervir nas ações e têm de ser citados. 
 A falta deste PP é sanável nos termos do art 27 a 29
 Assim, logo que o juiz se aperceba da incapacidade judiciária tem o dever de oficiosamente providenciar pelo seu suprimento – art 6 e 28.
 A incapacidade judiciária é suprível através de representação (responsabilidades parentais ou tutela) ou da autorização – art 16
 Se a incapacidade judiciaria respeitar ao autor – o juiz ordena a notificação do seu representante legal, que poderá:
· Ratificar o processado ou renová-lo – dessa forma regulariza a instância;
· Ou nada fazer – neste caso o juiz absolve o réu da instância.
 Se a incapacidade respeitar ao réu, o juiz ordenará a citação de representante legal, que poderá:
· Ratificar o processado ou renová-lo – assim regularizando instância; 
· Ou nada fazer – neste caso o ação prosseguirá, cabendo ou Ministério Público a defesa do incapaz – art 21/1.
Se a incapacidade jurídica for da parte do autor, o juiz ordena a notificação do representante. O juiz ou notifica o processado ou retifica e regula a instância. O Réu é absolvido da instância neste caso.
Se a incapacidade jurídica for da parte do réu juiz ordena a notificação do seu representante (representante do réu) se este representante nada fizer a ação vai prosseguir e é ao ministério público que incumbe defender o incapaz.
A nossa lei processual prevê também a representação judiciária pelo MP de pessoas juridicamente capazes:
· Do ausente – art 21 e 23
· De incertos – art 22
· Do Estado – art 24
Representação das pessoas coletivas e das sociedades
As pessoas coletivas e as sociedades são representadas em juízo por quem a lei, os estatutos ou o controlo social designarem – art 25
 Aula 21/10/19 iii. Legitimidade(pressuposto processual)
· Singular
· Plural
 
 Legitimidade
*Relação que a parte tem (seja autor ou réu) com o objeto do litigio.
 O PP da legitimidade respeita à relação das partes com a concreta pretensão deduzida.
· Ser parte legitima é ter uma relação direta com o objeto do litígio.
 Legitimidade Singular – art 30/1
 Define o alcance do “interesse” de que resulta a legitimidade.
 O interesse de que fala este artigo: Será jurídico Interesse que tem de ser jurídico (protegido pelo direito), pessoal e direto;
 será direto – quando tem repercussão imediata no interessado, 
será pessoal – se a repercussão se projetar na sua própria esfera jurídica(na esfera do próprio interessado.
*art30 nº1 – temos um autor quando ele tem interesse em intentar a ação; temos um réu quando ele tem interesse em contradizer a pretensão 
 Legitimidade Singular – art 30/2
 O autor é parte legitima sempre que a procedência da ação (previsivelmente) lhe venha a conferir (a si) uma vantagem/utilidade.
 O réu é parte legitima sempre que se vislumbre que tal procedência lhe venha a causar (a si) uma desvantagem.
*O autor é parte legitima, quando á partida se consiga antever que a procedência daquela ação, trás vantagem ao autor. O réu é parte legitima, quando a procedência da ação lhe venha a trazer desvantagem ou prejuízo.
 O interesse significa utilidade para o autor e prejuízo para o réu.
IMP
Assim contrariamente à Personalidade Jurídica e À Capacidade Judiciária – que são requisitos que assistem ou faltam À parte em todos os processos ou, pelo menos, num grande número de processos, sendo, portanto, qualidades processuais do sujeito em si – a Legitimidade consiste numa posição concreta da parte perante uma causa.
 A legitimidade processual é assim apreciada por uma relação da parte com o objeto da ação, relação que é estabelecida através do interesse da parte perante esse objeto.
· Para que o juiz de possa pronunciar sobre o mérito da causa é preciso saber se a parte identificada como autor é aquela que pode fazer valer juridicamente a pretensão e se a parte identificada como réu é aquela contra quem a pretensão pode ser deduzida.
Casos de Legitimidade previstos no código civil 
 Em muitas situações é a própria lei que explicitamente declara quem tem legitimidade para intentar determinada ação:
· Art 73 CC – ação relativa À defesa do nome
· Art 125 CC – arguição de anulabilidade de atosdos menores
· Art 141 CC – requerimento de interdição 
· Art 242 e 243 CC – arguição de simulação
· Art 610 CC – impugnação pauliana
· Art 1785 CC – ação de divórcio
· …
*a própria lei nestas situações diz quem é a parte legitima mas nem sempre
*Na falta de indicação da lei, formulação da legitimidade, assenta na titularidade da relação material controvertida. 
 Porém, quando ela não indica deverá recorrer-se ao regime subsidiário que se acha fixado no nº3 do art 30, que prevê que neste caso, a legitimidade dos sujeitos se apure pela relação controvertida tal como é configurada pelo autor, na petição inicial, ou por ele descrita.
 A relação material que interessa para se aferir da legitimidade é a descrita pelo autor na petição inicial.
 O critério da legitimidade oferecido pelo nº3 do art 30 na sua redação atual, superou definitivamente a velha querela doutrinária entre o Prof Barbosa de Magalhães e o Prof José Alberto dos Reis a propósito da legitimidade e que também dividiu a jurisprudência durante décadas, mas que se encontra totalmente ultrapassada desde a alteração do CPC introduzida pelo Dec. Lei nº 329-A/95 de 12/12 e principalmente pelo Dec. Lei nº 180/96 de 25/9, com o aditamento na parte final do referido normativo da expressão “tal como é configurada pelo autor”.
 *tb já saiu no exame para falar sobre a querela doutrinaria.
 A mencionada querela doutrinária levantava a dúvida que consistia em procurar saber qual era a relação material controvertida que se devia tomar em consideração 
– se a apresentada pelo autor na petição inicial, ou a que viesse a resultar da própria causa. 
*já saiu no exame para compararmos estas duas teorias.
 
 O mesmo é dizer, o que se procurava saber era se a legitimidade decorria da relação jurídico processual, tal como era descrita pelo autor na petição inicial, ou da relação material controvertida que se viesse a apurar como autêntica e verdadeira no decurso da ação.
 O que ficou solucionado, como ficou dito, em resultado da alteração introduzida no artigo.
Nota: tese barbosa de guimaraes- acontece a configuração que o autor vier a dar á relação controvertida, o réu irá ser aquele que o autor quer demandar.
* Antonio fez um negocio com emanuel vendendo ferro ao emanuel, mas há um intermediário Davide. Antonio intenta uma ação contra davide(intermediário) por causa do pagamento desse ferro que não chegou a acontecer, veio invocar a legitimidade.
*Na nova tese importa saber só o que o autor descreve, mas antes não era assim.
*A legitimidade é tal como é configurada pelo autor na petição inicial, é a historia que o autor conta que importa, se antonio diz que o réu é davide então o davide é parte legitima.
*normalmente nestas ações se a coisas não for como antonio(autor) disse e na verdade quem tivesse de pagar a divida era emanuel então a ação contra davide é julgada improcedente.
 
 O interesse direto relevante para ajuizar da legitimidade das partes, seja para demandar, seja pra contradizer, afere-se pela titularidade da relação material controvertida, tal como é configurada pelo autor.
· O que importa é que, no “conto” que o autor descreve na petição inicial, as partes representam o “papel” de titulares da relação material controvertida.
 E já não pela relação material controvertida tal como ela realmente existe.
E se assim não fosse, confundia-se com o mérito da causa (sentença final) para se conhecer da legitimidade.
 -A relação controvertida é definida por Miguel Teixeira de Sousa, como a “fundamentação da diversidade de posições das partes quanto a um ponto com relevância jurídica substantiva”, portanto como a relação jurídica que constitui o objeto do processo.
 - Assim, a legitimidade afere-se através da comparação dos sujeitos da relação jurídica subjacente com os sujeitos da relação jurídica processual (partes).
 
 A consequência prática da alteração introduzida ao nº3 do art 30, é a de atualmente serem diminutas as situações de ilegitimidade singular.
 O processo, por norma, revela uma dualidade de partes (autor e réu), mas, nem sempre assim é, muitas vezes, o processo apresenta uma pluralidade de partes (de autores e/ou réus).
 Quando assim é, falamos em
 PLURALIDADE DE PARTES
 
 Pluralidade de partes
 A pluralidade pode ser:
· Ativa (Vários AA.)
· Passiva (vários RR.)
· Dupla (vários AA. e vários RR)
· Inicial (se verificada no inicio da ação)
· Subsequente (se tem lugar na pendência da ação)
Pluralidade de partes – Legitimidade Plural
· Legitimidade plural
 Há legitimidade plural de compartes quando a situação material atinge diferentes pessoas que compõem uma só parte. (art 1691 CC- dívidas que responsabilizam ambos os cônjuges)
 O direito processual civil olha para o direito material e configura a legitimidade processual.
 As figuras de pluralidade de partes são:
· O Litisconsórcio
· A Coligação
 O Litisconsórcio(sai sempre em exame)
 Ocorre quando se discute em juízo uma determinada Relação Jurídica que envolve diversos sujeitos, os quais, em virtude de serem titulares da mesma relação material controvertida (RMC) são partes na ação.
 Quer dizer que, À unidade da RMC corresponde uma pluralidade de partes.
 Na Litisconsórcio, o mesmo pedido é formulado por várias partes e/ou contra várias partes.
 Nota: o litisconsórcio é quando se esta a discutir uma determinada situação que se esta a discutir em juízo, envolve mais que um sujeito, todos os sujeitos envolvidos são partes na ação. Se a relação que esta a ser discutida envolve a maria, joao, diana, e cris são todos titulares da ação. 
*relação jurídica que envolve vários sujeitos temos um único pedido intentado por várias partes(ativo) ou contra várias partes(passivo).
 O Litisconsórcio pode ser:
· Voluntário (facultativo)
· Necessário (forçoso)
 Litisconsórcio voluntário-art 32
– existe quando a pluralidade de partes resulta da vontade do ou dos interessados.
 Quer dizer que, embora a questão (RJ) diga respeito a vários interessados – a presença de todos na ação – só sucede porque o autor optou (vontade) propor a ação contra todos os interessados – ou – porque vários interessados a decidiram instaurar em coautoria.
Nota: so há pluralidade das partes, se a parte tiver interesse. A presença de todos naquela ação só sucede se o autor quiser. Ele é que sabe se intenta a ação contra todos ou não. 
 Art 32/1 – trata deste tipo de Litisconsórcio
*32 nº1 2parte - se á +interessados o que vai acontecer é que o tribunal só vai conhecer respetiva quota parte de cada um deles.
 
Se a relação respeitar a vários interessados (do lado ativo/passivo/de ambos) e estando todos em juízo,
 A decisão a proferir na causa resolverá, em simultâneo e quanto a todos, o diferendo submetido à consideração do tribunal.
 
 Mas, porque em presença de todos não é obrigatória, mas voluntária, caso a RMC respeite a vários interessados e não se encontrem todos na lide,
 A decisão a proferir fica circunscrita às partes presentes, isto é, só vincula estas (32/1 2ª p) o tribunal, nesse caso, só conhece da respetiva quota parte do interesse ou da responsabilidade.
 No caso de Obrigações Divisíveis (534 CC)
 São obrigações plurais cuja prestação é fixada globalmente, competindo, porém, a cada um dos sujeitos apenas uma parte do débito ou crédito comum – e isto será assim “ ainda que o pedido abranja a totalidade”.
 Exemplo: A. tem um crédito de 6000€ sobre B, C e D, competindo a cada um dos devedores pagar a quantia de 2000€.
 Como a obrigação é divisível A. pode demandar ao mesmo tempo B, C e D, pedindo a sua condenação no pagamento de 6000€ - 1ª parte do nº1 do art 32 Ou demandar só um dos dois devedores, nesse caso, o tribunal condenará cada um dos seus demandados na respetiva quota parte, aindaque o pedido tenha abrangido (indevidamente) a totalidade – 2ª parte do nº1 do citado artigo.
 nota: o autor pode demandar os 3, a questão fica devidamente resolvida. O autor tb pode demandar ½, mas a questão não fica totalmente resolvida, o tribunal não pode obrigar nenhum deles a pagar a totalidade. O autor não pode pedir a totalidade a uma so pessoa visto que uma pessoa só tem de pagar 1/3( a sua quota parte).
Já o art 32/2 – prevê a hipótese de a lei ou o negócio permitir que o direito comum seja exercido por um só ou que a obrigação comum seja exigida de um só dos interessados.
(Aqui é possível pedir a totalidade a um deles).
 Quando assim for “basta que um deles intervenha para assegurar a legitimidade” – é o caso típico das obrigações solidárias (512 CC) …
 O litisconsórcio Necessário – art33
 *pode surgir por imposição legal, contratual, ou pela própria natureza da relação jurídica.
Refere-se a situações em que a lei, ou o contrato, fonte da relação controvertida o impõe, ou da própria natureza da relação.
 Corresponde a uma pluralidade de partes obrigatórias (não depende da simples vontade da parte), quer dizer que devem estar em juízo todos os interessados na relação controvertida, sob pena de legitimidade – art 33/1.
*ou estão lá todos os interessados na relação controvertida ou estamos perante – ilegitimidade- art33nº1
 O litisconsórcio necessário corresponde a uma ideia de pluralidade de partes obrigatória.
 
 Do que sobressai que o litisconsórcio necessário pode ser legal, porque resulta da imposição legal, convencional ou contratual e natural – art 33/1.
- litisconsórcio necessário convencional se a pluralidade das partes resultar do negócio.
- litisconsórcio necessário natural se a pluralidade das partes resultar da natureza jurídica controvertida.
Assim, a obrigatoriedade da presença simultânea de todos os interessados pode resultar:
· Da Lei
· Do Negócio
· Da natureza da Relação Controvertida 
Assim podemos ter os seguintes tipos de Litisconsórcio Necessário:
· Legal
· Convencional
· Natural
Litisconsórcio Necessário Legal (LNL)
 Quando deriva de exigência da lei – art.33/1 – a razão da justificação da sua existência deverá ser encontrada no direito substantivo.
*art33 – determinadas ações em que o exercício do direito tem de ser exercido por todos.
 Exemplos em que a lei o impõe:
· Obrigações indivisíveis com pluralidade de devedores, que só de todos eles podem ser exigidas – art. 535/1 CC (LNL passivo);
· Direito de preferência com pluralidade de titulares – art. 419/1 CC (LNL ativo);
· Direito de indemnização por danos não patrimoniais em caso de morte da vítima – art. 496/2 CC.
litisconsórcio necessário legal conjugal 
Litisconsórcio entre cônjuges 
*o legislador regulou de forma autonóma casos do casamento(matrimonio)
 Esta matéria acha-se regulada no art.34/1 e 3, que estatui autonomamente diversos casos de litisconsórcio necessário legal(LNL) resultantes de casamento.
 Diferenciando os cônjuges enquanto autores – o que origina litisconsórcio ativo; 
e os cônjuges enquanto réus – o que origina litisconsórcio passivo.
Litisconsórcio ativo entre cônjuges 
 Do lado ativo – exige-se o litisconsórcio nas ações de que possa resultar a perda ou oneração de bens que só por ambos possam ser alienados ou a perda de direitos que só por ambos possam ser exercidos (art. 1682-A e 1682-B CC), e nas ações que tenham por objeto a casa de morada de família (art. 1682-A/2 CC).
Litisconsórcio entre cônjuges 
Móveis – art. 1682 CC
Imóveis – art. 1682-A/1, al. a) CC
Estabelecimento comercial – art. 1682-A/1, al. b) CC
Casa de morada de família – art 1682-A/2 CC
Pode haver consentimento:
· Verificada a falta de consentimento, o juiz fixa prazo para a sua obtenção – art. 34/2, sob pena de absolvição do réu da instância.
Litisconsórcio passivo entre cônjuges 
 Do lado passivo – art.34/3 …
 Trata de ações emergentes de factos praticados por ambos cônjuges (art. 1691 CC).
 E das ações emergentes de facto praticado por um dos cônjuges quando se pretenda obter decisão suscetível de se executada sobre bens próprios do outro (art. 1691/1 e 2 CC).* art 34 nº1 – cônjuges enquanto autores( litisconsórcio ativo)
34 nº2 - cônjuges enquanto réus (litisconsórcio passivo) 
34 nº1 ambos os cônjuges têm de intentar a ação se for só um é parte ilegítima
34 nº2 quando um deles não dá consentimento, vamos ter o tribunal a decidir sobre o suprimento do consentimento -art 1000
Litisconsórcio passivo os cônjuges a serem réus art 34 nº3
Ex Está em causa uma ação de despejo entre um casal
-têm de la estar os 2 art 34 nº3 e ainda 34 nº1 mas por força do nº3 porque se complementam os 2 artigos.
Sempre que Falamos em litisconsórcio necessário legal conjugal nº1 – ativo
Nº3 – passivo
Litisconsórcio Necessário Convencional (LNC)
 Quando a pluralidade das partes é determinada por estipulação dos interessados – art. 33/1
 Ex: várias pessoas celebram determinado negócio e, ao mesmo tempo, combinam que devem estar presentes todos os interessados/outorgantes em eventual discussão judicial relativa a esse negócio.
*- quando são as próprias partes que convencionam que caso houver algum litigio sobre isto, todos deviam de estar presentes.
Litisconsórcio Necessário Natural
 Quando a intervenção de todos os interessados se mostre necessária para que a decisão a obter produza o seu efeito útil normal, atenta a natureza da Relação Jurídica em discussão.
 A decisão produz o seu efeito útil normal – art. 33/3 … quando regula definitivamente a situação concreta das partes.
Exemplos:
 Ação destinada a obter a declaração de Nulidade de um Negócio Jurídico – tal negócio, a ser nulo (ou válido) – há-se sê-lo para todos os contraentes – é obrigatório a presença de todos eles, sob pena de os contraentes ausentes não ficarem vinculados à decisão a proferir, a qual, por isso, não teria a virtualidade de regular de modo definitivo a questão submetida a juízo.
 Ação destinada à anulação de uma escritura de partilha exige a intervenção de todos os sucessores outorgantes na mesma.
 A violação do LN implica a ilegitimidade da parte que litigue desacompanhada – art. 33/1 p. final.
* Efeito útil normal - a decisão produz este efeito quando resolve a situação completa da parte. Temos de averiguar se é preciso estarem presentes todas as partes para resolver a situação.
*Isto pode sair no exame!! Exemplo de compropriedade:
Ex. Há um bem, que é propriedade de 4 pessoas, um quer por fim a isto mas só está chateado com 2 deles então so intenta a ação contra 2, 1 fica de fora.
A ação nunca se iria resolver definitivamente porque para isso era preciso intentar a ação contra todos.
Nesta situação há uma violação de um PP, violação do litisconsórcio necessário natural.
Se o homem que quer por fim a isto não intenta a ação contra todos mas só contra alguns(neste caso 2), a parte ilegítima nunca poderá ser quem fica de fora da ação , mas sim só os quais lhe foi intentada a ação.
	Só pode ser considerada parte ilegítima quem estiver em ação, só quem está no processo.
Coligação
 O que caracteriza a coligação, prevista no art. 36 e ss é a presença na ação de uma pluralidade de relações jurídicas com pluralidades de partes. 
 Na coligação, pedidos diferentes são formulados por várias partes e/ou contra várias partes.
 Alberto dos Reis fala em “multiplicidade de pedidos e coletividade de litigantes”* Coligação – art36/37 (pluralidade das partes e pluralidade quanto ao pedido)
Regra geral(art 37 nº1) - não se pode fazer um pedido de coligação quando se fala em formas de processo diferentes ex: processo comum e processo especial.
Exceção( art 37 nº2) – apesar dos processos diferentes o juiz pode autorizar desde que seja indispensável para resolver a situação( litigio) + uma norma que nos mostra o poder de gestã processual do juiz.
Pressupostos para haver Coligação
1º - art 36, a existência de uma conexão relevante entre as relações jurídicas;
2º - art 37/1, a verificação de compatibilidade formal entre a tramitaçãoprevista para as diferentes relações jurídicas;
3º - art 37/4, a não rejeição da coligação pelo tribunal.
1º Requisito
 Conexão relevante entre as relações jurídicas.
· Fatores:
 Unidade da Causa de Pedir (é integrada pelos factos concretos que servem de base à pretensão do autor).
 Se a causa de pedir for a mesma pode haver coligação.
 Ex: C. coage A. a celebrar um contrato com B. (coação de terceiro art 256 CC)
O coator é C., quanto a este será intentada uma ação de condenação, já quanto a B. será de intentar uma ação constitutiva extintiva (destruição de um determinado efeito).
Não há litisconsórcio, pois estamos perante relações jurídicas diferentes.
A causa de pedir é a mesma.
· Havendo identidade da causa de pedir pode haver coligação e pode o autor propor ação contra ambos.
 
 A coligação ocorre quando entre os pedidos formulados se verifica uma relação prejudicial ou de dependência entre os dois pedidos.
Exemplo:
A e B celebram um contrato de doação e B transmite o bem a C 
A interpõe uma ação de anulação contra B e uma ação de restituição contra V
 Neste caso, o segundo pedido está dependente do primeiro.
 Um pedido depende de outro quando daquele só se pode conhecer no caso de procedência deste (há um pedido dominante e um pedido dependente).
*No exemplo de coligação um pedido depende do outro
A coligação ainda é legitima quando a procedência dos pedidos principais depender essencialmente da apreciação dos mesmos factos.
 Exemplo: 
 Na sequência de uma acidente de viação ( a mesma causa de pedir) provocado por culpa de um dos intervenientes, vários lesados formulam na mesma ação, os respetivos (diferentes) pedidos de indemnização contra a seguradora.
 Há pluralidade de partes acompanhada de uma pluralidade de RMC ( tantas quantas os lesados).
 À pluralidade de partes corresponde uma pluralidade de relações juridicas.
*Ex de coligação: vários doentes coligam-se contra uma farmacêutica por causa de um certo medicamento.
Celebrando uma entidade contratos com teor igual com uma pluralidade de pessoas, pode haver coligação ativa dos consumidores e também coligação passiva por parte da entidade, o que tem particular relevância nas ações de massa.
O que distingue a Coligação do Litisconsórcio é:
· Na Coligação há pluralidade de partes pluralidade correspondente de RMC.
· No Litisconsórcio há pluralidade de partes, mas unicidade da RMC.
A Coligação tem caráter voluntário – ao passo que o Litisconsórcio pode ser voluntário ou necessário.
 Verifica-se uma situação de coligação quando, numa mesma demanda, vários sujeitos, unidos por uma mesma causa de pedir, sejam (à partida) titulares de relações jurídicas diferentes.
 Isto é, além da pluralidade de sujeitos, existe uma pluralidade de relações jurídicas controvertidas.
· Ex: Ações proposta contra uma farmacêutica pelas vítimas de ingestão de um medicamento.
Requisitos Processuais 
 art 37/1 (regra geral)
Tem de ser satisfeito o requisito 
· Da identidade da forma de processo (aos vários pedidos formulados deve corresponder a mesma forma) e o 
· Da identidade do juízo competente (o tribunal deve ter competência internacional, material e hierárquica para apreciar os diferentes pedidos).
art 37/2 (exceção)
 Mesmo que em relação a todos os pedidos se sigam formas diferentes pode o juiz autorizar a coligação quando as formas não sejam incompatíveis, se o fizer deve adaptar as duas tramitações.
 O que traduz o exercício do poder dever de gestão processual – art 6/1
 art 37/4 …
 O juiz deverá fundamentar o seu despacho e só há fundamento para rejeitar a coligação quando o inconveniente for grave.
 
Conclusão:Assim, para que a coligação possa ser admissível tem de respeitar os critérios estatuídos no art 36 e, para além disso, não se verificar nenhum dos obstáculos determinados no art 37.
IV Patrocínio Judiciário Obrigatório(pressuposto processual)
 -Faz com que em certas ações as partes tenham de estar representadas por Advogado.
 Advogado – é um profissional forense que tem a responsabilidade de conduzir técnica e processualmente a lide, em nome e em representação do respetivo constituinte.
Patrocínio judiciário – é a assistência técnica e profissional que o Advogado presta à parte, tendo em vista uma adequada e correta condução processual da ação.* Art 40 – casos em que é obrigatória a constituição de um advogado
40 a) remissão 629 nº1
 b)Remissão 629 nº2)
*pode sair parecido em exame
exemplo: estamos perante uma ação de despejo no valor de 3750euros. É admissível para tribunal da relação? Sim art 629 nº3 a) são as chamadas exceções.
Nesta situação não pode ser art 40 a) porque para ser recurso ordinário era preciso que o valor fosse pelo menos 5001 e não 3750. Teríamos de responder indo primeiro ao art 40 nº1 b) e depois 629 nº3 a)
Só constitui um Pressuposto Processual quando é obrigatório o que permite concluir pela existência de causas em que as partes podem litigar por si.
 Os casos de constituição obrigatória de advogado são os indicados no art 40/1
 Alínea a) …
 reporta-se a ações cujo valor exceda a alçada da Primeira Instância e por isso, admitem recurso ordinário. 5001euros no minimo
 A alçada do tribunal – é o limite até ao qual o tribunal decide sem admissibilidade de recurso.
 Os recursos ordinários são aqueles que se interpõem em prazo contado da notificação da decisão (art 638/1), antes do respetivo trânsito em julgado (art 628) e desde que o valor da ação seja superior à alçada do tribunal que proferiu a decisão (art 629/1)
 Nas ações propostas em 1ª Inst. (regra) é obrigatória a constituição de advogado sempre que ação tenha valor superior a 5000€ pois tais ações admitem recurso ordinário.
Al.b) …
 Também aqui o critério subjacente à obrigatoriedade do Patrocínio Judiciário é o da admissibilidade de recurso para os casos em que o recurso – é admitido por lei, sem depender do valor da causa, como acontece – art 629/3 al. a) 
*aqui o valor já pode ser menos de 5001 euros
Al. c) …
 Qual a razão de ser da obrigatoriedade do Patrocínio Judiciário? *já saiu em exame agora não deve sair
- Por um lado, os interesses das partes são mais acautelados por esses profissionais de foro, os quais, além de disporem de conhecimentos técnico-jurídicos atuam em juízo com uma serenidade desinteressada que é, naturalmente, vantajosa.
- Por outro lado, só uma adequada e competente condução processual das ações contribui para a boa administração da justiça.
 A intervenção em juízo do Advogado depende de um Mandato – conferido nos termos do art 43, pelo qual a parte atribui ao mandatário poderes para a representar em todos os atos e termos do processo.
 art 44/1, 45/1 e 2
V Interesse em Agir(pressuposto processual)
 - Consiste na indispensabilidade de o autor recorrer a juízo para a satisfação da sua pretensão.
*Autor tenta todos os meios extrajudiciais para resolver o seu problema, se não tiver arranjado a solução , ele tem interesse em agir(interessa recorrer á via judicial)
Se uma pessoa não tiver interesse em agir então não tem logica intentar a ação.
 Apesar de reconhecer a falta de referencia expressa da lei a esta figura enquanto pressuposto processual, Manuel de Andrade sustentou que o interesse em agir devia ser considerado como tal, por duas razões:
· Em primeiro lugar, porque a instauração de uma ação inútil sempre causa ao réu prejuízos e incómodos injustificados.
· Em segundo lugar, porque a justiça, sendo um serviço estadual, só deve funcionar quando houver motivo para tal, ou seja, quando o autor demonstre um verdadeiro interesse em agir.
Consequências da falta dos Pressupostos Processuais Relativos Às Partes
 O respeito pelos Pressupostos Processuais (PP) é condição necessária para a obtenção de uma decisão material sobre a questão submetida à apreciação do tribunal, sob pena do juiz se abster de conhecer o mérito da causa, com a consequente absolvição do réu da instância – art 278/1
Em regra, há um nexo entre
 a violação dos

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