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– º Visão Objetivo 1: Descrever a anatomia das estruturas relacionadas com a visão. - Devido a luz que atinge nossas retinas após ser refletida pelos objetos ao nosso redor, nos, de certo modo, identificamos o mundo complexo que nos cerca. - A luz consiste em energia eletromagnetica emitida na forma de ondas. - Devido a natureza das ondas eletromagnéticas e as suas interações com o ambiente, o sistema visual consegue extrair informação acerca do mundo. - O sistema visual dos mamíferos começa pelo olho. - A cavidade do olho atua como uma câmera fotográfica, projetando imagens nítidas do mundo sobre a retina. Como uma câmera, o olho ajusta-se automaticamente as diferenças de iluminação e focaliza automaticamente objetos de interesse. - No fundo deste órgão, encontra-se a retina, a qual contem fotorreceptores especializados na conversão de energia luminosa em atividade neural. - As lágrimas e o mecanismo de piscar os olhos ajuda a manter a superfície transparente - A retina é uma porção do encéfalo - Cada olho tem 2 retinas, uma especializada em baixos níveis de iluminação, e outra especializada em altos níveis de iluminação e na detecção da cor, geralmente utilizada durante o dia. - A retina é especializada na detecção de diferenças na intensidade da luz que cai sobre diferentes porções dela. - O processamento de imagens começa na retina muito antes de qualquer informação visual alcançar o resto do encéfalo. - Os axônios dos neurônios retinais reunem-se em feixes, constituindo os nervos ópticos, encarregados de distribuir a informação visual (na forma de potenciais de ação) a diversas estruturas encefálicas que realizam diferentes funções. - A primeira estação sináptica na via que serve a percepção visual ocorre em um grupo de células do tálamo dorsal, o núcleo geniculado lateral ou NGL. - A partir do NGL, a informacao ascende ao cortex cerebral, onde será interpretada e lembrada. • Propriedades da luz - O sistema visual utiliza a luz para formar imagens do mundo ao nosso redor. - A luz e aquela porção da radiação eletromagnética que e visivel para os nossos olhos. – º - O conteúdo energético da radiação eletromagnética e proporcional a sua frequência. - As radiações de alta frequência (i.e., de comprimento de onda curto) tem maior conteúdo energético; são exemplos os raios gama e os raios X, - As radiações de baixa frequência (i.e., de longo comprimento de onda) possuem menor energia; sao exemplos as ondas de radio e as de radar - A luz visivel consiste em comprimentos de onda entre 400 e 700 nm - A mistura de comprimentos de onda emitida pelo sol nessa faixa de comprimentos de onda e percebida pelo olho humano como “branco”, ao passo que a luz de um unico comprimento de onda e geralmente percebida como uma das cores do arco-iris. - Cores quente como o vermelho ou a cor de laranja, consiste em luz com maiores comprimentos de onda, possuindo, de fato, menos energia que uma cor “fria”, como o azul ou o violeta. ➔ A óptica - Raios de luz viajam em linha reta, ate o ponto em que interagem com átomos e moléculas da atmosfera ou objetos no solo. Essas interações incluem a reflexão, a absorção e a refração. - A reflexão e causada pela luz que incide sobre uma superficie e retorna dentro do mesmo meio. - A maior parte do que vemos consiste em luz refletida a partir de objetos em nosso ambiente. - A absorção e a transferência de energia luminosa para uma particula ou superficie. - Superficies pretas absorvem a energia de todos os comprimentos de onda da luz visivel. - As imagens formam-se no olho por refração, isto e, o desvio na direcao de raios de luz que pode ocorrer quando viajam de um meio transparente para outro. – º - Quanto maior a diferença na velocidade da luz entre os dois meios, maior sera o angulo de refracao. - Os meios transparentes do olho promovem a refração dos raios luminosos* para, assim, formar imagens sobre a retina. • Estrutura do olho ➔ Anatomia Geral do Olho - Pupila: é a abertura que permite que a luz entre no olho e alcance a retina; ela parece escura devido aos pigmentos que absorvem luz presentes na retina. - Íris: Envolve a pupila, cuja pigmentacao origina aquilo que chamamos de a cor dos olhos. A íris contem dois musculos que podem alterar o tamanho da pupila, um a torna menor quando se contrai, e o outro a torna maior. - Córnea: Recobre a pupila e a íris, é uma superficie vitrea transparente, a superficie externa do olho - Esclera: Está em continuidade com a córnea, o “branco dos olhos”, que constitui a resistente parede do globo ocular. - Músculos Extraoculares: São 3 pares de músculo que estão inseridos na esclera, os quais movimentam o globo ocular dentro das orbitas. Esses musculos normalmente nao sao visiveis, pois localizam-se atras da conjuntiva Conjuntiva: É uma membrana que se dobra para tras desde a parte interna das palpebras, aderindo-se a esclera. – º - Nervo Óptico: Reune os axonios da retina, emerge do olho em sua parte posterior, atravessa a orbita e alcanca a base do encefalo, proxima a glandula hipofise. ➔ Aparência oftalmoscopia do olho - Oftalmoscópio – Aparelho que permite examinar o fundo do olho e dá para ver a retina - Quando vista pelo oftalmoscópio a retina tem os vasos sanguíneos na sua superfície - Esses vasos sanguineos se originam na Papila óptica, que e também o ponto pelo qual as fibras do nervo optico atravessam a retina, saindo do olho. - Na papila óptica não existem fotorreceptores. - Mácula Lútea: É uma região mais escura, com aspecto amarelada que fica no centro de cada retina, é parte da retina dedicada a visao central - Na mácula não tem vasos sanguineos.e isso é um fator que melhora a visão central, mas por ela passam as fibras do nervo óptico em direção a papila - Fóvea: É um ponto mais escuro da retina, ele define o centro da retina - Retina Nasal (Medial): A parte da retina que se situa mais próxima ao nariz com relacao a fovea - Retina Temporal (Lateral): A parte da retina que se situa mais proxima as temporas - Acima da fóvea é chamada de retina superior e abaixo da fóvea é chamada de retina inferior – º ➔ Anatomia de Secção Transversal do Olho - Humor aquoso: É um fluido que nutre a córnea já que ela não apresenta vasos sanguineos, - Cristalino: Uma estrutura transparente posicionada atras da íris(2). Se ligam aos músculos ciliares(3), os quais conectam-se a esclera e formam um anel dentro do olho. É uma lente flexível (1), e as mudancas em seu formato permitem que os nossos olhos ajustem o foco para diferentes distancias visuais (4). - Humor vítreo: Fluido mais viscoso e gelatinoso, situa-se entre o cristalino e a retina; a sua pressao mantem o globo ocular esferico. (OBJETIVO 2) • A formação da imagem pelo olho - O olho coleta raios de luz emitidos ou refletidos por objetos no ambiente e os focaliza sobre a retina, formando imagens. - A focalização dos objetos ocorre devido a refração da córnea e do cristalino. – º - A córnea é a lente responsável pela maior parte do poder de refração de seus olhos, isso porque ela é constituída de água . • Refração da córnea - Raios de luz paralelos atingem a nossa cornea de um lado a outro. - O olho utiliza a refração para focalizar a luz da estrela que chega a córnea, curvando os seus raios para que convirjam sobre um unico ponto na retina. (1) - Distância Focal: É a distancia da superficie refratora ate o ponto onde os raios de luz paralelos convergem. (2) Quanto menor a curvatura da córnea, menor a distância focal. - Dioptria: Unidade de medida para a distância focal - A cornea tem um poder refrator de cerca de 42 dioptrias, o que significa que raios de luz paralelos que atingem a superficie da cornea se focalizaraoa 0,024 m (ou 2,4 cm) atras dela, aproximadamente a distancia que separa a cornea da retina. - Córnea ajuda na focalização de objetos mais longes (3) • Acomodação pelo cristalino - O cristalino colabora para a formação de uma imagem nítida (4) de um ponto distante. - O cristalino está envolvido na formação de imagens nítidas daqueles objetos mais proximos, situados a uma distancia menor que 9 m em relacao ao olho. (5) - Cristalino ajuda na formação de imagem nítida de objetos mais próximos (6) - Um maior poder de refração é necessário para focalizar o objeto e isso é fornecido pela mudanca na curvatura do cristalino, um processo chamado de acomodação (7) - Os musculos ciliares formam um anel ao redor do cristalino. – º - Durante a acomodação, os musculos ciliares contraem-se (8) e aumentam de volume, reduzindo a area dentro do anel menor, consequentemente, o cristalino, devido a sua elasticidade natural, torna-se mais arredondado, aumentando a curvatura (9) da superficie do cristalino, aumentando seu poder de refracao.(10) - O relaxamento dos musculos ciliares (11) aumenta a tensao nos ligamentos suspensores, o que produz a distensao do cristalino (12), que assume uma forma mais achatada (13), dizemos que o olho é emétrope (14), em que o olho emétrope focaliza raios paralelos de luz sobre a retina sem a necessidade de qualquer acomodação pelo cristalino (15) - A capacidade de acomodacao do cristalino é alterada com a idade. - Uma crianca pequena pode focalizar objetos proximos ao seu nariz, ao passo que muitos adultos de meia-idade nao conseguem focalizar objetos a uma distancia menor que o comprimento de um braco. • Campo Visual - O campo visual é o campo limite que nós conseguimos vê os objetos. (1) - O campo visual esquerdo (2) tem sua imagem formada no lado direito da retina (3), e o campo visual direito tem sua imagem formada no lado esquerdo da retina. - A parte superior do campo visual tem sua imagem formada na porcao inferior da retina, (4) e a parte inferior do campo visual tem sua imagem na parte superior da retina. (5) • Acuidade visual - Acuidade visual: É a capacidade do olho de distinguir entre dois pontos proximos (6) - A acuidade visual depende principalmente do espacamento dos fotorreceptores na retina (7) e da precisao da refracao do olho. – º - A distancia atraves da retina pode ser medida em termos de graus de ângulo visual. - Podemos falar da capacidade do olho de distinguir pontos separados por um determinado numero de graus de angulo visual. - O quadro do teste de Snellen, que todos ja vimos em algum consultorio medico, testa a nossa capacidade para discriminar caracteres (letras e numeros) a uma distancia de 6 metros. A sua visao sera de 20/20 quando voce puder reconhecer uma letra que cobre um angulo de 0,083°, que equivale a 5 minutos de arco (1 minuto e 1/60 de um grau).* • Anatomia Microscópica da Retina - A via mais direta para o fluxo da informacao visual que deixa o olho parte dos fotorreceptores rumo as células bipolares e, dai, para as células ganglionares. - Os fotorreceptores respondem a luz (1) e influenciam o potencial de membrana das celulas bipolares (2) a eles conectadas. - As celulas ganglionares disparam potenciais de acao em resposta a luz (3), que vão via nervo optico, para o resto do encefalo. (4) - O processamento na retina e influenciado por dois outros tipos celulares (5) - As células horizontais recebem aferentes dos fotorreceptores (6) e projetam neuritos lateralmente para influenciar as celulas bipolares (7( vizinhas e os fotorreceptores. - Células amácrinas recebe aferentes das celulas bipolares (8), projetando-se lateralmente para influenciar celulas ganglionares vizinhas, celulas bipolares e outras celulas amacrinas. (9) Ha tres pontos importantes que devem ser lembrados aqui: 1. Com apenas uma exceção, as únicas células sensíveis à luz na retina são os fotorreceptores cones e bastonetes. (10) Todas as outras celulas sao influenciadas pela luz apenas por meio de interacoes sinapticas diretas e indiretas com os fotorreceptores. 2. As células ganglionares são a única fonte de sinais de saída da retina. Nenhum outro tipo de celula da retina projeta axonios atraves do nervo optico. 3. As células ganglionares são os únicos neurônios da retina que disparam potenciais de ação, e isso é essencial para a transmissão da informação para fora do olho.(11) Fotorreceptores (cones e bastonetes) -> Células Bipolares -> Células Ganglionares -> Potencial de Ação -> Nervo Óptico -> Encéfalo (12) OBJETIVO 1 ➔ Organização Laminar da Retina – º - As células estão organizadas em camadas. - A luz deve atravessar o humor vitreo, as células ganglionares e bipolares antes de atingir os fotorreceptores (De trás para frente) (1) - Um dos motivos para essa disposicao “invertida” das camadas celulares é a posicao do epitélio pigmentar (2), situado logo abaixo dos fotorreceptores, com seu papel critico na manutencao dos fotorreceptores e dos fotopigmentos. - O epitelio pigmentar tambem absorve qualquer luz que atravesse completamente a retina (3) minimizando a dispersao da luz no fundo do olho, o que borraria a imagem. (4) - Camada de células ganglionares: Contem os corpos celulares das celulas ganglionares. (5) - Camada nuclear interna: Contem os corpos celulares de celulas bipolares, celulas horizontais e amacrinas (6) - Camada nuclear externa: Contem os corpos celulares dos fotorreceptores. (7) - Camada plexiforme interna: Entre a camada de celulas ganglionares e a camada nuclear interna, que contem os contatos sinapticos entre celulas bipolares, celulas amacrinas e células ganglionares. (8) - Camada plexiforme externa: Entre as camadas nucleares externa e interna, onde os fotorreceptores estabelecem contatos sinápticos com celulas bipolares e horizontais. (9) - Camada dos segmentos externos dos fotorreceptores: Contem os elementos fotossensiveis da retina. Os segmentos externos estao embebidos no epitelio pigmentar. (10) – º ➔ Estrutura de um fotorreceptor - Fotorreceptores: Realizam a conversão da radiação eletromagnética em sinais neurais ocorre no na parte posterior da retina. (1) - Cada fotorreceptor apresenta quatro regioes: um segmento externo, um segmento interno, um corpo celular e um terminal sinaptico. (2) - Segmento externo: Contém uma pilha de discos membranosos, que contém fotopigmentos sensiveis a luz eles absorvem luz (3), determinando, dessa forma, alteracoes no potencial de membrana do fotorreceptor - Tipos de receptores encontrados na retina: - Fotorreceptores do tipo bastonete: Apresentam um segmento externo longo e cilindrico, contendo muitos discos.(4) Devido essa maior quantidade de discos, o torna mais sensíveis a luz (5) - Fotorreceptores do tipo cone: Apresentam um segmento externo mais curto e que gradualmente diminui de espessura, contendo um menor número de discos membranosos. (6) - Presente de bastonetes e cones na nossa retina faz ela se tornar uma retina duplex (7) - Condições Escotópicas (Ambientes com iluminação noturna): Apenas os bastonetes contribuem para a visao. (8) - Condições Fototópicas (Iluminação diurna): Os cones e que realizam a maior parte do trabalho. (9) - Condições mesópicas (Iluminacao de ambientes internos ou a iluminacao do transito a noite): Bastonetes quanto os cones sao responsaveis pela visão. (10) - Os bastonetes contem o mesmo fotopigmento - Mas ha tres tipos de cones, cada qual com um pigmento diferente, fazendo com que os cones serem sensiveis a diferentes comprimentos de onda da luz. - Apenas os cones são responsáveis pela nossa capacidade de ver cores. (11) ➔ Diferenças regionais na estrutura da retina e suas consequências na visão - A maior parte dos cones está na região central daretina (na fóvea) e menor quantidade na periferia (12) - - Não somos bons para discriminar cores em nossa retina periférica devido ao menor numero de cones. (13) - Não tem bastonetes na fóvea, e eles se concentram na periferia (14) - A visão central é cega em condições escotópicas de luz (baixa luminosidade) porque tem pouca quantidade de bastonetes - RESUMINDO: Noite (bastonetes estão ativos) Dia (Cones estão ativos) – º - Somos incapazes de determinar cor no escuro, uma que os cones, que realizam essa tarefa estão desativados OBJETIVO 4 • Fototransdução – º ➔ Fototransdução nos Bastonetes 1- Esse processo de fototransdução dos bastonetes acontece no escuro, que é chamado de corrente no escuro 2- GMPc é produzido no fotorreceptor pela enzima guanilato-ciclase 3- No escuro o GMPc, que é um segundo mensageiro intracelular abrem os canais de sódio 4- Vai entrar uma corrente de sódio na célula levando a sua despolarização 5- A luz reduz a quantidade de GMPc, o que determina o fechamento dos canais de Na+ 6- Com esse fechamento, o potencial de membrana torna-se mais negativo e assim os fotorreceptores são hiperpolarizados em resposta à luz 7- A energia luminosa faz ativar a rodopsina 8- Essa rodopsina, faz a proteína G substituir difosfato de guanosina por trifosfato de guanosia 9- A trifosfato de guanosina vai ativar a enzima fosfodiesterase (PDE) 10- A PDE hidroliza o GMPc 11- A redução de GMPc fecha os canais de sódio, hiperpolarizando a membrana da célula e cancelando a corrente de escuro - Os fotorreceptores estao despolarizados no escuro e sao hiperpolarizados pela luz. – º ➔ Fototransdução nos cones 1- Na luz, há uma queda nos níveis de GMPc nos bastonetes 2- Por isso que a visão durante o dia depende dos cones 3- O processo é o mesmo que nos bastonetes 4- O que muda é o tipo de opsinas 5- Cada cone contém 3 tipos de opsinas que conferem diferentes sensibilidades espectrais 6- Cones para a cor azul são ativados por grandes comprimento de onda, tem uma ativação máxima por ondas de comprimento de aproximadamente 430 nm; (1) 7- Cones para o verde, são ativados por medio comprimento de onda, tem ativacao maxima por ondas de comprimento de aproximadamente 560 nm (2) 8- Cones para o vermelho são ativados por curtos comprimentos de onda (3) - Os fotorreceptores estao despolarizados no escuro e sao hiperpolarizados pela luz. ->Percepção de Cores – º - As cores que percebemos sao determinadas principalmente pelas contribuicoes relativas de cada tipo de cone (para comprimentos de onda curtos, medios e longos) para o sinal na retina. - Thomas Young. Young mostrou que cada cor do arco-iris (1), incluindo o branco, poderia ser criada pela mistura de uma proporcao adequada de luz vermelha, verde e azul (2) - Ele propôs que na retina existe um conjunto de tres tipos de receptores, cada tipo apresentando sensibilidade maxima a um diferente espectro de comprimentos de onda. - Teoria tricromática de Young-Helmholtz. (3) - De acordo com essa teoria, o encefalo atribui cores com base em uma comparacao da leitura (fotometrica) dos tres tipos de cones.(4) Quando todos os tipos de cones sao igualmente ativos, como no caso da luz de amplo espectro, percebemos o “branco”. (5) - Novas cores surgem de outras misturas. - Luzes coloridas geralmente contem um amplo e complexo espectro de comprimentos de onda, que podem ativar parcialmente todos os tres tipos de cones. As razoes entre as ativacoes determinam a cor. – º OBJETIVO 2 • O campo receptivo - Campo Receptivo: Uma pequena porção da retina que muda a taxa de disparo do neurônio (1) - A luz que incide em qualquer outro lugar da retina, fora desse campo receptivo, nao teria efeito na taxa de disparos. (2) - O campo receptivo e especificado pelo padrao de luz sobre a retina, que determina uma resposta neural. (3) - O campo receptivo é utilizado para a descrição da especificidade de neuronios ao estimulo ao longo dos sistemas sensoriais. - Por exemplo, veremos no Capitulo 12 que os campos receptivos de neuronios no sistema somatossensorial sao pequenas areas da pele que, quando tocadas, produzem uma resposta em um neuronio (Figura 9.25c). – º – º • O campo receptivo das células bipolares - Células bipolares e campos receptivos podem ser divididas em duas classes, ON e OFF com base em suas respostas ao glutamato liberado pelos fotorreceptores. (1) - Os circuitos que originam os campos receptivos das celulas bipolares consistem em sinais de entrada diretos, que chegam dos fotorreceptores, e sinais de entrada indiretos, retransmitidos por celulas horizontais Interação entre cones e células bipolares na via direita - Uma luz incidindo sobre um cone vai hiperpolarizar células bipolares do tipo OFF pois a luz efetivamente as inibe. (2), - A luz incidindo sobre um cone pode tambem despolarizar outras celulas bipolares, que são chamadas de células bipolares do tipo ON, pois a luz a ativa. (3), - A sinapse cone-celula bipolar inverte o sinal que chega do cone: o cone hiperpolariza em resposta a luz, porem a celula bipolar do tipo ON despolariza. Interação entre cones e células bipolares na via indireta - O efeito dessa via indireta leva a despolarizacao do fotorreceptor central, contrapondo-se a hiperpolarizacao causada pela luz que incide diretamente sobre ele. Resumiremos esta discussao: - O campo receptivo de uma celula bipolar constituido por duas porcoes: - Área circular de retina, que proporciona aferencias diretas do fotorreceptor, chamada de centro do campo receptivo (4) - Área retina adjacente, que proporciona aferencias via celulas horizontais, chamada de periferia do campo receptivo. (5) - A resposta do potencial de membrana de uma celula bipolar a luz no centro do campo receptivo e oposta aquela produzida pela luz na periferia. (7), - Assim, diz-se que essas celulas possuem campos receptivos centro-periferia, com centro e periferia antagonicos entre si. (8) - A organizacao dos campos receptivos no centro-periferia passa das células bipolares para as ganglionares atraves das sinapses na camada plexiforme interna. • O campo receptivo das Células Ganglionares - A maior parte das celulas ganglionares da retina apresenta a mesma organizacao concentrica de seus campos receptivos em centro-periferia (1), conforme discutimos para as celulas bipolares. - As celulas ganglionares centro-ON e centro-OFF recebem aferencias dos tipos correspondentes de celulas bipolares. (2) - Uma diferença importante e que, as celulas ganglionares disparam potenciais de acao. (3) – º - As celulas ganglionares disparam potenciais de acao quer estejam ou nao expostas a luz, e a incidencia de luz no centro ou na periferia do campo receptivo aumenta ou diminui a taxa de disparos. - Celula ganglionar centro-ON sera despolarizada e respondera com uma rajada de potenciais de acao quanto um pequeno ponto de luz for projetado sobre o centro de seu campo receptivo. (4) - Uma celula centro-OFF disparara menos potenciais de acao quando um pequeno ponto de luz for projetado no centro de seu campo receptivo; ela respondera com maior taxa de potenciais de acao para um ponto escuro projetado sobre o centro de seu campo receptivo. (5) Em ambos os tipos de celula a resposta a estimulacao do centro e cancelada pela resposta a estimulação da periferia de cada campo receptivo - As celulas ganglionares sao responsivas principalmente a diferenças na iluminacao que ocorram dentro de seus campos receptivos. Relações de Estrutura-Função - 2 tipos principais de células ganglionares: - Células ganglionares do tipo M: São grandes, tem maiores campos receptivos, conduzem potenciaisde ação mais rapidamente no nervo óptico e são mais sensíveis a estímulos com baixo contraste (1) - Células ganglionares do tipo P: São pequenas, sensíveis a estímulo de alto contraste (2) • Processamento em paralelo - O processamento em paralelo significa que diferentes atributos visuais sao processados simultaneamente utilizando vias distintas. (3) - No sistema visual central, os fluxos dos dois olhos sao comparados para se obter informações acerca da profundidade (4), isto e, a distancia entre um objeto e o observador. - Um segundo exemplo de processamento em paralelo sao os fluxos independentes de informacao sobre os niveis de claro e escuro originarios de celulas ganglionares com centro-ON e centro-OFF em cada retina. - As celulas M podem detectar contrastes sutis (5) sobre os seus grandes campos receptivos e, provavelmente, contribuem para a visao de baixa resolucao. (6) - As celulas P apresentam campos receptivos pequenos, adequados para a discriminacao de detalhes finos. (7) – º Células Ganglionares de Oposição de Cores. – º - Células de Oposição de Cores: Neurônio sensíveis a cor. A resposta a uma cor no centro do campo receptivo é cancelada por uma outra cor incidindo na periferia do campo receptivo. (1) - Dois tipos de oposicao sao observados, vermelho versus verde, e azul versus amarelo. (2) - Centro-ON vermelho e Periferia-OFF verde, o vermelho vai ser cancelado pelo verde e ele vai dominar (3) - Considere, por exemplo, uma celula com um centro-ON vermelho e uma periferia-OFF verde - O centro do campo receptivo e alimentado principalmente por cones para o vermelho, e a periferia por cones para o verde, via circuito inibitorio - Se uma luz vermelha banhar o centro do campo receptivo, o neuronio responde com uma forte rajada de potenciais de acao. Se a luz vermelha banhar o centro e a periferia do campo receptivo, o neuronio ainda sera excitado, porem muito menos - Isso porque comprimentos de onda da luz para o vermelho sao parcialmente absorvidos por cones para o verde, e a sua ativacao inibe a resposta do neuronio. - Para ativar completamente a periferia inibitoria do campo receptivo, e necessaria a incidencia de luz verde. • Fotorreceptores em Células Ganglionares - Células ganglionares da retina intrinsicamente fotossensíveis (CGRif): (1) Utilizam Melanopsina (tipo de opsina) como um fotopigmento. - CGRif: Funcionam como celulas ganglionares normais, que recebem sinais de entrada de cones e bastonetes e enviam seus axonios para fora da retina (2), via nervo optico; alem disso, elas tambem sao fotorreceptoras. (3) - As CGRif despolarizam a luz. (4) – º - Uma função importante das CGRif é fornecer informacao a areas visuais subcorticais que possibilite sincronizar o comportamento as mudancas diarias no nivel de luz (ritmos circadianos). OBJETIVO 1 SISTEMA VISUAL • Projeção Retinofugal - Projeção Retinofugal: É a via neural que sai do olho e começa no nervo óptico (1) - Fugal remete para fora da estrutura, no caso o olho - Projeção Centro-Fugal: Parte do centro. Projeção Corticofugal parte do córtex. Projeção Retinofugal parte da retina • Nervo Óptico, Quiasma Óptico e Tracto Óptico IPC - Os componentes dessa projecao retinofugal são: Nervo optico, quiasma optico e o tracto optico (2) - Nervo Óptico: Eles deixam tanto o olho direito quanto o esquerdo (3), a partir da papila do nervo optico, viajam por tras dos olhos, passam através dos forames na base do cranio. (4) - Os olhos tem um Campo Visual Nasal e um Campo Visual Temporal (5) - Retina Temporal (6) enxerga o Campo Nasal - Retina Nasal (7) enxerga o Campo Temporal *As fibras esquerda e direita desse nervo se unem para formar o Quiasma óptico (que tem o cruzamento das fibras) (8) Quiasma Óptico: Se localiza na base do encéfalo, os axônios da retina nasal cruzam de um lado para outro (9) *Apenas as fibras da retina nasal vão cruzar para o lado oposto - Decussação parcial da projecao retinofugal ocorre no quiasma optico. (10) - Após a decussação parcial no quiasma optico, os axônios da retina nasal e da retina temporal formam os tractos ópticos (11), que cursam logo abaixo da pia-mater, ao longo das superfícies laterais do diencefalo. – º • Hemicampo viasuais direito e esquerdo - Campo visual: O campo que conseguimos ver olhando com ambos os olhos para frente - Os objetos que aparecem a esquerda da linha media (1) estao no Hemicampo Visual Esquerdo (2), e os objetos que aparecem a direita da linha media (3), no Hemicampo Visual Direito (4) - Campo visual Binocular: Se olhar diretamente a frente com ambos os olhos abertos e então fechar aprimeiro um olho e depois o outro, verá que a porção central de ambos os hemicampos visuais e percebida por ambas as retinas. (5) - Os objetos visto no Hemicampo Esquerdo (6) > Serão visualizados na retina nasal do olho esquerdo e na retina temporal direito. (7) - Porque as fibras da porcao nasal da retina esquerda vira a retina temporal e elas cruzam para o lado direito no quiasma optico - Toda a informacao acerca do hemicampo visual esquerdo e dirigida para o lado direito do encefalo. (8) – º OBJETIVO 3 • Alvos do Tracto Óptico - Um pequeno numero de axonios do tracto optico separam-se do conjunto para estabelecer conexoes sinapticas com celulas no hipotalamo, - E o resto das fibras continuam apos atravessarem o talamo, indo inervar o mesencéfalo, principalmente o Núcleo geniculado lateral (NGL) do talamo dorsal. - Radiações Ópticas: Axônios dos neurônios do NGL que se projetam para o cortex visual primario. - Lesões em qualquer parte da projecao retinofugal, do olho ao NGL e ao cortex visual em seres humanos, causam cegueira em parte ou em todo o campo visual. - Lesão das fibras da retina nasal e da retina temporal (A) > Cegueira total homolateral a lesão - Lesão na parte medial do quiasma óptico (B) > Como as fibras nasais cruza no quiasma > E elas formam o campo temporal > vão ser lesadas > Hemianopsia Heterônima Bitemporal *Heterônima: 2 lados *Bitemporal: Lesa o campo temporal dos dois lados - Lesão da fibra temporal do nervo óptico (C) > Hemianopsia nasal do olho direito (homolateral a lesão) – º - Lesão do Trato Óptico do olho direito (D)> formado pela fibra temporal do olho direito e pela fibra nasal do olho esquerdo (porque ela cruza) > Hemianopsia Homônima Esquerdo (homolateral a lesão) Homônima: 1 lado - Lesão da parte superior das radiações ópticas (E) > Lesa parte dessas radiações > Quadranotopsia Superior quando lesa as radiações superiores e inferior quando lesa as radiações superiores - Lesa todas as radiações (F) > Hemianopsia Homônima a Esquerda – º OBJETIVO 2 Alvos Não Talâmicos do Tracto Óptico - Os axônios que saem do trato vão inervar parte do hipocampo e isso vai ter um papel importante na sincronia de uma variedade de ritmos biologicos – incluindo sono e vigilia – com o ciclo diario de claro-escuro (1) – º - Projeções diretas a parte do mesencefalo chamada de pretecto controlam o tamanho da pupila e certos tipos de movimentos oculares. - Uma parte das celulas ganglionares na retina projetam-se para o colículo superior no mesencéfalo - No coliculo superior, um determinado conjunto de neuronios ativados por um ponto de luz comanda, via conexoes indiretas com neuronios motores do tronco encefalico, movimentos do olho e da cabeca para trazer a imagem desse ponto no espaco para a fóvea, para que assim sejam interpretadas OBJETIVO 1 • Núcleo Geniculado Lateral - Os núcleos geniculados laterais direito e esquerdo são os principais alvos dos dois tractos opticos. (1) - NGL são organizados em camadas de 1 a 6 (2), que estão arranjadas como uma pilhade seis panquecas (3), uma sobre a outra. - As panquecas estão curvadas ao redor do tracto optico, como a articulacao de um joelho. - O NGL e a porta de entrada para o cortex visual e, assim, para a percepção visual consciente. – º • A segregação dos sinais de entrada de acordo com o olho e com o tipo de célula ganglionar - Os neuronios do NGL recebem impulsos sinapticos de celulas ganglionares da retina, (1) e a maior parte dos neuronios do geniculado projeta um axonio para o cortex visual primario via radiacao optica. (2) -A segregacao dos neuronios do NGL (3) em camadas sugere que diferentes tipos de informacao proveniente da retina seja mantidas separadas (4) - As celulas ganglionares do tipo M, do tipo P e do tipo nao M-e-nao P das duas retinas, estabelecem sinapses em celulas de diferentes camadas do NGL. -O NGL direito recebe informacao do campo visual esquerdo. (5) - O campo visual esquerdo e visto tanto pela retina nasal esquerda quanto pela retina temporal direita. -No NGL, sinais oriundos dos dois olhos sao mantidos separados. -No NGL direito, os axonios do olho direito (ipsilateral) fazem sinapses em celulas do NGL nas camadas 2, 3 e 5. Os axonios do olho esquerdo (contralateral) fazem sinapses em celulas nas camadas 1, 4 e 6. - As camadas ventrais do NGL sao, entao, chamadas de camadas magnocelulares do NGL (contem neurônios maiores) (6), e as camadas dorsais sao chamadas de camadas parvocelulares do NGL (contem neuronios menores). (7) – º - As celulas ganglionares do tipo P na retina projetam-se exclusivamente para o NGL parvocelular, ao passo que as celulas ganglionares do tipo M na retina se projetam inteiramente para o NGL magnocelular. -Tem tambem as camadas coniocelulares do NGL, que tem neuronios minusculos, recebem aferencias de celulas ganglionares da retina do tipo nao M-e-nao P e tambem se projetam para o cortex visual. Recebe a gerência do olho contralateral • Sinais de entrada não retinais ao NGL -A retina nao e a principal fonte das entradas sinapticas para o NGL - Alem de receber aferencias da retina, o NGL recebe sinais de entrada de outras partes do talamo e do tronco encefalico, principalmente do cortex visual primario. - O NGL tambem recebe entradas sinapticas de neuronios do tronco encefalico, cuja atividade esta relacionada com o alerta e com a atencao (1) • Anatomia do córtex estriado O NGL tem um unico alvo sinaptico principal: o cortex visual primario. (2) - O córtex visual primário (córtex estriado) e a área 17 de Brodmann e esta localizado no lobo occipital do encefalo. (3) - Se localiza- ao redor do sulco calcarino (4) • Retinotopia - Retina > NGL > Córtex visual primário – º - Retinotopia: É uma organização na qual células emitem sinais para células vizinhas como acontece com as células da retina que mandam informação para o NGL (1) - O mapeamento do campo visual em uma estrutura organizada de forma retinotópia é frequentemente distorcido, uma vez que esse campo não tem células na retina - Então a representação do campo visual no córtex é distorcida - Há muito mais neuronios no cortex estriado recebendo aferencias da retina central (2) do que neuronios recebendo sinais da retina periferica. - Um ponto de luz pode ativa muitas células na retina e ativa uma grande quantidade de neurônios corticais - Nossa percepcao baseia-se na interpretação que o encefalo faz de padrões distribuidos de atividade, e nao literalmente a partir de fotografias do mundo. • Laminação do Córtex Estriado - O córtex estriado é dividido em camadas (1) - Substância Branca; Possui fibras aferentes e eferentes do córtex - Tem VI camadas, sendo que a IV é subdividida (2) - A camada I, logo abaixo da pia-mater, e largamente desprovida de neurônios e consiste quase que inteiramente em axonios e dendritos de celulas de outras camadas - A separacao anatomica dos neuronios em camadas sugere que ha uma divisao de tarefas no cortex (3) As Células das Diferentes Camadas. - As camadas tem células estreladas espinhosas (4) e muitas células piramidais (5) - Apenas células piramidais enviam axônios para fora do córtex estriado para formar conexoes com outras partes do encefalo. (6) - Os axonios de celulas estreladas estabelecem conexoes locais apenas dentro do cortex. (7) – º • Aferências e Eferências do Córtex Estriado - No cortex visual, apenas um subconjunto de camadas recebe sinais do NGL ou envia eferencias para outra area cortical ou subcortical. - Os axonios oriundos do NGL vão para a camada IVC. (1) - Os fluxos de informações das camadas magnocelulares e parvocelulares que servem os olhos direito e esquerdo permanecem separados na camada IVC - Os neuronios do NGL magnocelular > IVCα, (2) - Os neuronios do NGL parvocelular > IVCβ. (3) Inervação de Outras Camadas Corticais a Partir da Camada IVC. - A maior parte das conexoes intracorticais ocorre ao longo de linhas radiais - Esse padrao de conexões radiais mantem a organização retinotopica estabelecida na camada IV. - Uma celula na camada VI, por exemplo, recebe informacao da mesma parte da retina que uma celula acima dela na camada IV - Os axonios de algumas celulas piramidais da camada III apresentam ramificacoes colaterais que estabelecem conexões horizontais dentro da camada III Colunas de Dominância Ocular. - Como sao organizadas as aferencias originarias dos olhos direito e esquerdo para o NGL quando esses sinais alcancam o cortex estriado? Elas se intermesclam ao acaso ou sao mantidas segregadas? Células ganglionares > NGL > Camada IVC no córtex estriado - Os sinais do olho direito e esquerdo entram na camada IV como um conjunto de estrias alternadas, os neurônios do olho direito e esquerdo são distintos na camada IV como o sao no NGL. – º - As celulas estreladas da camada IVC projetam axonios radialmente para cima, principalmente para as camadas IVB e III, onde, pela primeira vez, a informacao vinda dos olhos esquerdo e direito comeca a se misturar - Enquanto todos os neuronios da camada IVC recebem sinais de entrada de apenas um olho, (4) a maior parte dos neuronios nas camadas II, III, V e VI recebe sinais de entrada de cada um dos olhos. (5) - Em funcao dos segmentos alternados para os sinais de entrada referentes aos olhos direito e esquerdo que alcancam a camada IV e todas as projecoes radiais, os neuronios fora da camada IV estao organizados em bandas alternadas dominadas pelos olhos esquerdo e direito. Essas bandas são chamadas de dominância ocular (6) Eferências do Córtex Estriado - As células piramidais enviam axônios para fora do cortex estriado, para a substancia branca. - As celulas piramidais das camadas II, III e IVB enviam axônios para outras areas corticais. - As celulas piramidais da camada V enviam axônios para o coliculo superior e para a ponte. - As celulas piramidais da camada VI enviam uma projecao para o NGL OBJETIVO 2 • Fisiologia do córtex estriado ➔ Campos Receptivos - Os campos receptivos dos neuronios na camada IVC sao muito semelhantes aos dos neuronios magnocelulares e parvocelulares que lhes fornecem inervacao. - Os campos receptivos do córtex são pequenos, monoculares, organizados como centro-periferia. (1) - Na camada IVCa, os neurônios sao insensiveis aos comprimentos de onda da luz,(2) ao passo que, na camada IVCβ, os neuronios exibem oposicao de cores centro- periferia. (3) Binocularidade - Os neurônios das camadas IVCa e IVCβ recebe aferencias do olho esquerdo ou o olho direito, eles respondem a luz apenas em um dos olhos. (4) - Os neurônios superficiais na camada IVC sao binoculares, respondendo a luz em qualquer dos olhos. (5) – º - As camadas II e III são dominadas por um olho embora sejam binoculares - Diz-se que essas celulastem campos receptivos binoculares, ou seja, que elas apresentam dois campos receptivos, um no olho ipsilateral e um no olho contralateral. - Esses campos receptivos binoculares são importantes porque sem ele seriamos incapazes de utilizar os sinais de entrada de ambos os olhos para construir uma imagem unica do mundo (6) ao nosso redor e realizar tarefas envolvendo motricidade fina que requerem visão estereoscopica, como passar um fio no buraco de uma agulha. Seletividade de Orientação - A camada IVC apresenta-se circular e responde mais intensamente a um ponto de luz do tamanho do centro do campo receptivo. (1) - Fora da camada IVC, encontramos celulas que nao mais seguem esse padrao. Enquanto pequenos pontos podem determinar uma resposta de muitos neuronios corticais, (2) - Muitos neurônios em V1 respondem melhor a uma barra de luz alongada que cruza seus campos receptivos. (3) - Barras perpendiculares geralmente determinam respostas muito mais fracas - Os neurônios que respondem a essa barra tem uma resposta conhecida como seletividade de orientação. (4) - A maior parte dos neuronios em V1, fora da camada IVC (e alguns dentro dela), apresenta essa seletividade. (5) - Acredita-se que neuronios com seletividade de orientacao sejam especializados na análise da forma dos objetos. (6) Seletividade de Sentido - Seletividade de sentido: Neurônios respondem a uma barra de luz (1) na orientacao ótima se move perpendicularmente a orientacao em um sentido (2), mas nao no sentido oposto. - Acredita-se que neuronios com seletividade de sentido sejam especializados na análise do movimento de objetos. (3) Campos Receptivos Simples e Complexos - Os neuronios corticais recebem aferencias (2) convergentes das celulas do NGL com campos receptivos alinhados ao longo de um eixo. Esse tipo de neurônio é conhecido como células simples (1). Distintas das células ON e OFF (3) - Os neurônios de VI que não apresentam regiões ON e OFF distintas são células complexas, - Celulas simples e complexas sao geralmente binoculares e sensiveis a orientacao do estimulo. Campos Receptivos das Bolhas – º - Tem uma área do córtex que tem bolhas de oxidase - A área interbolhas apresenta: binocularidade, seletividade de orientacao e seletividade de sentido. Eles incluem ambas as celulas, simples e complexas; - As células da bolha recebem sinais da camada coniocelular do NGL e essas células são sensíveis a certo comprimentos de onda e não apresentam seletividade de orientação ou sentido - As células da interbolha não são sensíveis a comprimento de ondas - Os campos receptivos das celulas das bolhas apresentam oposicao de cores vermelho- verde ou azul-amarelo nos centros de seus campos receptivos, sem quaisquer regioes perifericas. - Os neuronios das bolhas e interbolhas sao similares, mostrando seletividade para ambas as caracteristicas, orientacao e cor. - Acredita-se que neuronios sensiveis a comprimentos de onda sejam importantes para a análise da cor de objetos, mas nao sabemos se seriamos cegos para cores sem as bolhas funcionais de citocromo oxidase. – º • Vias paralelas e módulos corticais Vias Paralelas - Há 3 vias dentro de V1 (1) - Essas vias realizam diferentes funções em paralelo - Essas vias são: Via magnocelular, via parvo-interbolhas e via das bolhas - Via Magnocelular: Células ganglionares do tipo M na retina > Camadas Magnocelular do NGL > Camada IVCalfa do cortex estriado > Camada IVB do córtex. Essa via pode estar envolvida na análise do movimento de objetos e na orientação de ações motoras. - Via Parvo-Interbolhas: Células ganglionares do tipo P (retina) > Camada Parvocelulares do NGL > Camada IVC beta (córtex) > Camadas II e III das regiões interbolhas (córtex). Esses neurônios estão envolvidos na análise da forma fina de objetos. - Via das bolhas: Células ganglionares não M e Não P > Camadas Coniocelulares do NGL > Bolhas de Citocromo Oxidase. Esses neurônios são seletivos para cor, de modo que podem estar envolvidos na análise da cor dos objetos. . Módulos Corticais - A imagem de um ponto no campo visual cai em um segmento de tecido no córtex com uma área de de 2 × 2 mm (1) - Esse segmento de 2 x 2 mm é suficiente para analisar a imagem de um ponto de espaço, pois contém tudo que pe necessário para avaliar a forma e a cor dos objetos e necessário pois a sua remoção levaria a um ponto cego (2) - Essa unidade de tecido cerebral de 2 x 2 nm é chamada de módulo cortical. – º • Para além do córtex estriado – º - Depois de V1 tem o córtex extraestriatal (1) - Os neurônios desse córtex estriatal vão em direção ao lobos parietal (Fluxo Dorsal) e temporal (Fluxo Ventral) (2) - Os neurônios que vão em direção do Lobo Parietal compõem o Fluxo Dorsal (3) e estão relacionados a análise do movimento visual e controle visual da ação - Os neurônios que vão em direção do Lobo Frontal compõem o Fluxo Ventral e estão relacionados a percepção do mundo visual e no reconhecimento de objetos Fluxo Dorsal - Tem representações visuais mais complexas ou especializadas se desenvolvem. - Projeções a partir de V1 estendem-se para as areas designadas V2 e V3 A Área MT - V5 (1) - Relacionada a processamento especializado do movimento de objetos. (2) - Mt recebe sinais de V2, V3 (3) - Quase todas as células dessa área apresentam seletividade de sentido, - Os neurônios dessa área respondem a deslocamento de pontos de luz, deslocamento de objetos, movimentos ilusórios em figuras (3) - Essa área é organizada em coluna segundo o sentido do movimento, senso análoga as colunas de V1 Áreas Dorsais e Processamento do Movimento - Área temporal superior medial (MST): É outra área além de MT, que fica no lobo temporal e tem uma especialização adicional a sensibilidade do movimento - Na MST tem uma especificidade para movimentos lineares, radial e circular - MST vai realizar Navegação: Os objetos vão passando por nossos olhos a medida que nos movemos. Orientação dos movimentos dos olhos: Utilizada para seguir os objetos. Percepção do movimento – º O Fluxo Ventral A Área V4 - A área V4 recebe sinais das regiões das bolhas e interbolhas no córtex (1) - Os neurônios de V4 apresentam seletividade de orientação e cor - Essa área é importante na percepcao tanto da forma quanto da cor. (2) - Acromatopsia: Perda parcial ou completa da visao de cores, apesar da presenca de cones funcionais normais na retina, que é acompanhada de déficit de percepção de formas. Pode acontecer se a área V4 for lesada. As pessoas com essa síndrome veem o mundo apenas em escala de cinza – º A Área IT IPC - Os axônios de V4 vão em direção a Área IT (1) - É a ultima área de processamento visual (2) - Identificam variedades de cores e formas (3) - Os sinais da área IT vão para o lobo temporal e estão envolvidos na memoria - Essa área é importante tanto na percepção visual (4), quanto na memória visual (5) (Ex: memória fotográfica) - A gente vai ser capaz de reconhecer os objetos através de comparações que essa área faz com memória do mesmo que já estão armazenadas (6) - Uma pequena porcentagem de neurônios da área AIT responde a figuras de face (7), as faces produzem uma reposta vigorosa nesses neurônios - Área Fusiforme de Faces: Uma área localizada no giro fusiforme que e responsiva a faces (8) - Prosopagnosia: Dificuldade de reconhecer faces mesmo a visão estando normal. Essa síndrome geralmente é resultado de um AVE, sendo causada por lesão do córtex visual extraestriatal, incluindo a área Fusiforme das Faces • Dos neurônios a percepção Hierarquia dos Campos Receptivos e Percepção - O sistema visual, incluindo desde os campos visuais, células ganglionares, córtex estriado, áreas corticaisextraestriatais, faz com que percebemos que ele consiste em hierarquia de áreas - A cada etapa os campos receptivos se tornam mais progressivos e complexos - A percepção de objetos especificos se baseie na excitacao de um pequeno numero de neurônios especializados em alguma ultima area perceptiva adicional, que ainda nao foi identificada. - Ex.: A capacidade da pessoa reconhecer a sua avó se baseia na resposta de 5 a 10 células que estão presentes na Área IT (que está após V1, no lobo frontal). Mas as células da Área IT, não respondem a apenas uma face *A área IT reconhece várias faces, mas pela memória visual da Área IT, em que compara uma informação que está armazenada com a pessoa permite o reconhecimento de tal pessoa - As 5 células principais são: Fotorreceptores (respondem a comprimentos de ondas) Células Simples (respondem a orientação), Células MT (respondem ao movimento em um certo número de sentidos) e as Células que respondem a face normalmente respondem a muitas faces – º • Processamento em paralelo e percepção - Processamento em paralelo atingem V1 - Além de V1 estão os fluxos de processamento ventral e dorsal - O encéfalo utiliza o princípio de divisão de tarefas para a percepção - Dentro de uma determinada área cortical, muitas células podem servir para representar as características dos objetos - Algumas dessas áreas são mais específicas para cor ou forma e outras mais específicas para movimento Objetivo 2: Explicar a neurofisiologia da visão. Objetivo 3: Relacionar a via óptica e suas lesões. (principais patologias) Disfunções da Visão Estrabismo - Desequilíbrio entre os músculos extraoculares dos dois olhos - Os olhos serão apontados para direções diferentes. - Esotropia (olho para dentro) - Exotropia (olho para fora). – º - O olho dominante consegue enxergar normal, mas o olho suprimido tem uma pequena acuidade Hipermetropia, Hiperopia e Presbitia - O globo ocular apresenta um diâmetro antero posterior muito longo - assim olho tem acomodação o suficiente para focalizar objetos distantes, mas o poder de acomodação do cristalino não é suficiente para a visualização de pontos próximos. - A hipermetropia pode ser corrigida pela colocação de lentes convexas de vidro ou de plástico na frente do olho. Miopia - O globo ocular apresentar um diâmetro anteroposterior muito longo - Os raios paralelos convergem para um ponto antes da retina, atravessam e são novamente projetados sobre a retina, formando um círculo borrado. - Não vê objetos distantes com clareza. - Assim, para o olho míope ver objetos distantes com clareza, lentes artificiais côncavas devem ser empregadas para trazer a imagem focada do ponto em questão de volta à superfície da retina Astigmatismo: - Irregularidades na curvatura da córnea ou do cristalino - Levam a diferentes graus de refração nos planos horizontal e vertical. - Pode ser corrigida pelo uso de lentes artificiais que são mais curvas ao longo de um eixo do que do outro. Presbiopia: - Olho envelhecido. - É um enrijecimento do cristalino que acompanha o processo de envelhecimento - Prejudica a elasticidade do cristalino, tornando- o incapaz de mudar suficientemente de forma durante a acomodação. - A correção é com uso de lentes bifocais. (côncavas na parte superior, a fim de auxiliar na visão à distância, e convexas na parte inferior, a fim de auxiliar na visão próxima) Catarata: - Opacificação do cristalino. - Acomete pessoas + 65 anos. – º - Causas: Trauma, tabagismo, álcool, diabetes, fármacos, mas a causa mais comum da catarata é o envelhecimento do cristalino que ocorre pela idade, denominada de catarata senil. - Cataratas Unilateral: Causas secundárias a doenças oculares ou trauma Catarata Bilateral e assimétrica: Doenças sistêmicas, corticoides, idade - Quadro Clínico: Tem perda de contraste, brilho intenso (círculo ao redor das luzes e explosão de estrelas, não fotofobia), necessidade de mais luz para ver bem, problemas para distinguir azul escuro de preto, embaçamento indolor, perda lenta, gradual e indolor da visão. - As cataratas reduzem mais a acuidade visual quando a pupila se contrai - Tratamento cirúrgico em que o cristalino é removido e substituído por lentes plásticas artificiais, que permitem uma imagem clara e pode-se adotar o uso de óculos para a visão de perto ou de longe Glaucoma: - O glaucoma é causado por uma elevação da pressão intraocular - É uma das principais causas de cegueira - Vai ter o aumento da pressão intraocular, consequentemente tem aumento da pressão do humor aquoso, que tem papel crucial na manutenção no formato do olho. A medida que essa pressão aumenta o olho se deforma e atinge a retina, assim os axônios do nervo óptico são comprimidos e a visão é gradualmente perdida a partir da periferia. - Perda de visão central é mais grave e a visão será perdida naquela parte permanentemente - Fatores de risco: Idade avançada, História Familiar Positiva, Etnia Africana, Hipertensão, Diabetes, Miopia - Tem o glaucoma por pressão elevada (PIO >21mmHg) - Tem o glaucoma de pressão intraocular normal, esses pacientes normalmente tem distúrbios vasculares que comprometem a irrigação do nervo óptico (mais comum em asiáticos) Retinite Pigmentosa: - Degeneração progressiva dos fotorreceptores. - Quadro Clínico: Perda de visão periférica e da visão noturna, que pode avançar até a cegueira total. - Apresenta um forte componente genético - A administração de vitamina A pode retardar a sua progressão. – º Papiledema - É uma doença em que a pressão elevada no cérebro faz com que a papila óptica (nervo óptico) fique edemaciado - Quase sempre afecta ambos os olhos - Normalmente surge devido a um tumor cerebral ou a um abcesso, a lesões traumáticas na cabeça, a hemorragias no cérebro, a uma infecção do cérebro ou das suas membranas (meninges). As doenças pulmonares graves também podem aumentar a pressão no cérebro, provocando o papiledema. - Quadro Clínico: Inicialmente pode causar dor de cabeça sem afectar a visão. - Se a tensão alta não baixa rapidamente, o nervo óptico e o cérebro podem ficar lesados de forma permanente. Hemianoscopia - Visão é parcialmente perdida em metade do campo visual - Pode afetar 1 olho ou os 2 - Podem ser causada por danos nas vias nervosas, ao até mesmo no córtex (por AVE ou tumores) - A diferença entre hemianopsia e cegueira total é a percepção da luz, na medida em que a primeira ainda permite que o cérebro reconheça a luz, e as imagens são vistas de maneira obscura. - Se a perda de visão é experimentada no olho esquerdo, então o dano está no hemisfério direito, porque as fibras ópticas viajam através do cérebro de maneira interseptada. - Danos no hemisfério esquerdo podem causar perda de visão no olho direito. - Existem também casos em que esta condição visual afeta ambos os olhos, que pode ser classificada em: (1) Homônima: Problemas visuais nos mesmos lados dos olhos. Ex: Apenas os lados esquerdos de cada olho foram afetados (2) Heterônima: Problemas visuais que alteram lados opostos. Ex: O lado esquerdo de um olho e o lado direito do outro olho foi afetado - Hemianopsia Heterônima Bitemporal: Os lados externos dos olhos têm perda de visão (Lesão no quiasma) - Hemianopsia Heterônima Binasal: Os lados internos dos olhos têm problema visual (Hidrocefalia ou lesão no SN Central) – º Quadrantopsia - Perda da visão em um quarto do campo visual - Geralmente causada por lesão nas radiações ópticas - Lesões em qualquer parte da projecao retinofugal, do olho ao NGL e ao cortex visual em seres humanos, causam cegueira em parte ou em todo o campo visual. - Lesão das fibras da retina nasal e da retina temporal (A) > Cegueira totalhomolateral a lesão - Lesão na parte medial do quiasma óptico (B) > Como as fibras nasais cruza no quiasma > E elas formam o campo temporal > vão ser lesadas > Hemianopsia Heterônima Bitemporal - Lesão da fibra temporal do nervo óptico (C) > Hemianopsia nasal do olho direito (homolateral a lesão) - Lesão do Trato Óptico do olho direito (D)> formado pela fibra temporal do olho direito e pela fibra nasal do olho esquerdo (porque ela cruza) > Hemianopsia Homônima Esquerdo (homolateral a lesão) - Lesão parte superior das radiações ópticas (E) > Lesa parte dessas radiações > Quadranotopsia Superior quando lesa as radiações superiores e inferior quando lesa as radiações superiores - Lesa todas as radiações (F) > Hemianopsia Homônima a Esquerda – º Conjuntivite: - Inflamação da conjuntiva, membrana que reveste a parte anterior do olho. - Pode ser infecciosa, alérgica e química. - Quadro Clínico: Vermelhidão, secreção, edema das pálpebras e sensação de corpo estranho. Retinopatia diabética - É considerada uma doença ocular vascular que atinge a retina de pacientes diabéticos. - Quadro Clínico: Diminuição da visão de forma progressiva ou subitamente. Quando o nível de glicose do diabético fica elevado por muito tempo, acaba causando uma lesão nos vasos sanguíneos da retina, o que leva ao extravasamento de plasma e sangue para o interior da membrana e eventualmente do globo ocular. - O diagnóstico é feito através de exame de fundo de olho - Tratamento dessa doença ocular, é o controle rigoroso da diabetes, por meio da alimentação, atividades físicas e o uso correto dos medicamentos. Mas a maioria dos casos necessitará também de tratamento para os olhos, que pode ser feito com droga intraoculares, laser ou cirurgia para os casos mais graves. Deslocamento da Retina: - Causado por trauma. - A retina desprende-se da parede sobre a qual se situa no olho, devido a um golpe aplicado à cabeça, ou devido ao encolhimento do humor vítreo. - O fluido do humor vítreo escorre por trás das pequenas lacerações resultantes do trauma na retina, ajudando-a a separar-se ainda mais. - Quadro Clínico: Percepção anormal de sombras e clarões de luz. Objetivo 4: Explicar de adaptação ao claro e escuro. • Reflexo Pupilar a luz - A pupila também contribui para a qualidade das imagens, ajustando a intensidade da luz que vai entrar no olho - Reflexo Pupilar a Luz: Midríase no escuro e miose no claro – º - O reflexo pupilar envolve conexões entre a retina e os neurônios do tronco encefálico que controlam os músculos que constrigem a pupila - O reflexo pupilar é consensual, mesmo a luz atingindo apenas um dos olhos, ela provocara a constricao pupilar de ambos os olhos. - Ausência do reflexo consensual a luz é indicativo de grave distúrbio no tronco encefálico - A diminuição da abertura da pupila, promovida pela constrição pupilar permite que enxergamos objetos distantes menos desfocados, quando um outro objeto está perto Adaptação à Escuridão e à Claridade - Cone é responsável pela visão diurna e os bastonetes pela visão noturna - Só que essa transição da visão diurna para a visão noturna, não e instantanea. - Dependendo da intensidade da luz, pode levar minutos ou até mesmo horas para alcançar a sensibilidade da luz no escuro - Esse fenômeno de adaptação é chamado de: adaptação ao escuro. - A adaptação ao escuro é explicada pela dilatação das pupilas, que permite que mais luz entre no olho e consequentemente conseguimos adaptar a visão para um ambiente escuro - O principal componente da adaptacao ao escuro envolve a regeneracao da rodopsina e o ajuste funcional da retina, de modo que informações vindas de mais bastonetes estejam disponiveis para cada celula ganglionar. - Devido a esse grande aumento na sensibilidade, quando o olho adaptado ao escuro retorna para um ambiente com luz brilhante, torna-se temporariamente saturado (fotofobia) Isso explica o que ocorre logo que voce sai para fora de casa em um dia bonito. Durante os proximos 5 a 10 minutos, os olhos sofrem uma adaptação à claridade, revertendo as alteracoes na retina que ocorreram durante a adaptacao ao escuro. - Essa adaptacao ao escuro ou a claridade na retina duplex confere ao nosso sistema visual a capacidade de operar em intensidades de luz que variam desde uma noite sem luar ate um brilhante meio-dia. O Papel do Cálcio na Adaptação à Claridade - A capacidade do olho de adaptar-se a mudancas na intensidade da luz depende de alteracoes na concentracao de calcio dentro dos cones. 1- Quando voce sai de um cinema escuro para um dia luminoso, os cones estao inicialmente hiperpolarizados, – º 2- Se os cones permanecessem nesse estado, seriamos incapazes de perceber as mudancas nos niveis de luz. 3- No momento que você sai para o claro vai ter a constrição da pupila que ajuda reduzir a luz que entra no olho 4- Entretanto, a mudança mais importante é a despolarizacao gradual da membrana, que retorna a um potencial de aproximadamente 5- Essa despolarização acontece porque os canais de sódio tambem recebem calcio 6- No escuro, o Ca2+ entra nos cones e promove um efeito inibitorio sobre a enzima (guanilato-ciclase) que sintetiza o GMPc. 7- Quando os canais dependentes de GMPc se fecham, o fluxo de Ca2+ para dentro dos fotorreceptores e reduzido, juntamente com o fluxo de Na+; como resultado, mais GMPc é sintetizado, fazendo com que os canais dependentes de GMPc se abram novamente. 8- O calcio tambem parece afetar os fotopigmentos e a fosfodiesterase, diminuindo as suas respostas a luz. 9- Esses mecanismos baseados no calcio asseguram que os fotorreceptores sejam sempre capazes de registrar mudancas relativas no nivel de luz, embora informações sobre seu nivel absoluto possam ser perdidas. Adaptação Local à Escuridão, à Claridade e às Cores - O efeito que o tamanho da pupila tem sobre a adaptacao a claridade ou a escuridao e o mesmo para todos os fotorreceptores. - O desbotamento do fotorreceptor e de outros mecanismos adaptativos, como a influencia do cálcio, podem ocorrer apenas em determinados cones. - AS projeções no cone de pontos escuros vão se adaptar ao escuro - As projeções no cone de pontos claros vão se adaptar a luz - Os cones também vão se adaptar as cores - Em que se vê azul se estiver adaptado ao amarelo e vermelho se estiver adaptado ao verde Objetivo 5: Explicar o mecanismo de reconhecimento das cores, formas e fisionomia. Referências: Neurociências Desvendando o Sistema Nervoso – Mark Bear – 4ª ed. Diagnóstico Diferencial do Olho Vermelho – Centro de Inovação da Unimed – Bh 2015 Semiologia Neurológica Unicamp
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