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REVISÃO SOBRE DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 
Prof. Cristiano Chaves de Farias 
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia 
Professor de Direito Civil do CERS 
 
1. Momento aquisitivo dos direitos da personalidade. 
 
A concepção e a independência em relação às teorias explicativas do nascituro. 
A incidência dos direitos da personalidade a partir da concepção (STJ, REsp.399.028/SP). Proteção da 
personalidade do nascituro (relações existenciais). 
 
Direito dos pais de receber indenização por danos pessoais causados pela morte do nascituro (STJ, REsp 
1.120.676/SC). 
 
A aplicação dos direitos da personalidade ao natimorto. Enunciado 1, Jornada de Direito Civil: “A proteção que o 
Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, 
imagem e sepultura”. 
 
A tutela do embrião laboratorial. A Lei n.11.105/05, art. 5º e o Enunciado 2, Jornada de Direito Civil: “sem prejuízo 
dos direitos da personalidade nele assegurados, o art. 2º do Código Civil não é sede adequada para questões 
emergentes da reprogenética humana, que deve ser objeto de um estatuto próprio”. 
 
Possibilidade de pesquisas com células-tronco e a inaplicabilidade dos direitos da personalidade aos embriões 
congelados (STF, ADIn 3510/DF). 
 
A possibilidade de cobrar alimentos gravídicos (Lei n.11.804/08). Dificuldade em relação à legitimidade. 
 
1) (Cartório TJMS, 2014) 
 
Na hipótese de a criança vir a falecer por ocasião do parto , tendo, entretanto, respirado, serão realizados dois 
assentos, respectivamente, nascimento e óbito, com os elementos cabíveis e com remissões recíprocas. 
 
No caso de o infante ter nascido morto, será feito o registro no livro “D Auxiliar”, com os elementos que 
couberem. 
 
2. Momento extintivo dos direitos da personalidade. 
 
A morte como limite dos direitos da personalidade. O crime de vilipêndio de cadáver (CP 212). A legitimidade dos 
familiares vivos para requerer revisão criminal (CPP 623). 
 
A sucessão processual. Art. 43, CPC: “Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo seu 
espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no Art. 265”. 
 
A transmissão do direito à reparação do dano. Art. 943, CC: “O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-
la transmitem-se com a herança.” 
 
A proteção dos lesados indiretos. Art. 12, Parágrafo Único, CC: “Em se tratando de morto, terá legitimação para 
requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até 
o quarto grau”. 
 
A tutela dos direitos da personalidade da pessoa morta, em favor de seus familiares vivos (lesados indiretos). O 
caso Garrincha (STJ, REsp.521.697/RJ). 
 
Inaplicabilidade da ordem de vocação hereditária. 
 
Rol taxativo? 
 
 
 
 
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A restrição imposta pelo Art. 20, Parágrafo Único, CC: “Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas 
para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.” 
 
Jornada de Direito Civil, 5: “1) as disposições do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se, inclusive, às situações 
previstas no art. 20, excepcionados os casos expressos de legitimidade para requerer as medidas nele 
estabelecidas; 2) as disposições do art. 20 do novo Código Civil têm a finalidade específica de regrar a projeção 
dos bens personalíssimos nas situações nele enumeradas. Com exceção dos casos expressos de legitimação que 
se conformem com a tipificação preconizada nessa norma, a ela podem ser aplicadas subsidiariamente as regras 
instituídas no art. 12”. 
 
O caso Lampião e Maria Bonita (STJ, REsp.86.109). 
 
Aplicação prática: 
 
2) * (TRF-2aRegião/04) De acordo com o Código Civil, é admissível a tutela inibiitória contra a ameaça de 
lesão a direito da personalidade por divulgação de relato inverídico relacionado à biografia de pessoa já 
falecida? Em caso positivo, quem tem legitimação para postular a medida? Em caso negativo, comente a 
omissão legislativa. 
 
3) (Cartório, TJ/MG, 2016) Quanto ao morto, não se pode exigir que cesse a ameaça, ou a lesão a direito, 
haja vista que o direito da personalidade cessa com a morte da pessoa natural. 
 
4)* (MP/DFT/03) Assinale a alternativa correta: c) é possível a tutela judicial dos direitos da personalidade 
de pessoa morta. 
 
5) * (MP/SP, 2011) É (são) legitimado(s) para exigir a cessação de ameaça ou lesão a direitos de 
personalidade de uma pessoa já falecida: 
 
A) apenas o cônjuge sobrevivente e descendentes em linha reta. 
B) qualquer parente colateral até o quinto grau. 
C) somente parente em linha reta até o quarto grau. 
D) todos os parentes sem limitação de grau. 
E) todos os parentes colaterais até o quarto grau. 
 
3. Características dos direitos da personalidade. Indisponibilidade relativa (intransmissibilidade e 
irrenunciabilidade). 
 
Art. 11, Código Civil: “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e 
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”. 
 
Enunciado 4, Jornada de Direito Civil: “o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, 
desde que não seja permanente nem geral.” 
 
Os limites aos atos de disposição voluntária de direitos da personalidade: i) a questão do caráter permanente; ii) a 
impossibilidade de cessão genérica de direitos da personalidade; iii) a impossibilidade de violar a dignidade do 
titular. 
 
Enunciado 139, Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não 
especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à 
boa-fé objetiva e aos bons costumes”. 
 
Outras características dos direitos da personalidade: i) absolutos (oponíveis erga omnes), ii) extrapatrimoniais, iii) 
impenhoráveis, iv) inatos, e v) imprescritíveis (a imprescritibilidade da indenização por tortura. Art. 14 da Lei 
n.9.140/95 e STJ, REsp.816.209/RJ). 
 
Aplicação prática: 
 
 
 
 
 
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6)* (MP/MA/04) Assinale a alternativa incorreta: (...) b) com exceção dos casos previstos em lei, os direitos 
da personalidade são transmissíveis e irrenunciáveis, podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 
7) * (MP/DFT/03) Assinale a alternativa correta: e) é imprescritível a pretensão de indenização decorrente de 
violação aos direitos da personalidade. 
 
4. Proteção jurídica. 
 
Art. 12, CC: “Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, 
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.” 
 
A ruptura do esquema jurídico lesão – sanção (perdas e danos como consequência única). 
 
A tutela preventiva e a tutela reparatória. 
 
Possibilidade de autotutela. 
 
Possibilidade de tutela jurídica penal e administrativa. 
 
4.1. A tutela preventiva por meio de tutela específica. 
 
A despatrimonialização da reparação civil por lesão à personalidade (caráter subsidiário do dano moral). 
As múltiplas formas de tutela específica (inibitória, remoção do ilícito, subrogatória...) e o rol exemplificativo. 
Enunciado 140, Jornada de Direito Civil: “A primeira parte do art. 12 do Código Civil refere-se às técnicas de tutela 
específica, aplicáveis de ofício, enunciadas no art. 461 do Código de Processo Civil, devendo ser interpretada com 
resultado extensivo”. 
 
Possibilidade de decretação, alteração, ampliação e redução ex officio. O caso do Pânico na TV. 
 
A permissão para o uso de mandado de distanciamento (restrição de direitos) (Lei nº11.340/06 – Lei Maria da Penha, 
art. 22). Aplicabilidade da Lei Maria da Penha em qualquer relação afetiva, como namoro (STJ, CC 103.813/MG). 
Fixação genérica, em metros, consideradas as circunstâncias, sem necessidade de especificar o lugar a ser evitado 
(STJ, RHC 23.654/AP). 
 
A discussãoquanto ao cabimento de prisão civil como meio de tutela específica. 
 
4.2. A tutela reparatória por meio de indenização por dano moral. 
 
Correlação e caracterização do dano moral como violação aos direitos da personalidade. 
A autonomia do dano à personalidade. Prova in re ipsa (STJ, REsp.506.437/SP). 
Cumulabilidade do dano moral com dano patrimonial. STJ 37: “São cumuláveis as indenizações por dano material 
e dano moral oriundos do mesmo fato”. 
 
Cumulabilidade de dano moral com dano moral. STJ 387: “É lícita a cumulação das indenizações de dano estético 
e dano moral”. 
 
Impossibilidade de condenação em danos morais de ofício e a legitimidade residual do Ministério Público para as 
ações civis ex delicto (teoria da inconstitucionalidade progressiva – CPP 68 e STF, RE 135.328/SP). 
Fixação do quantum indenizatório e caráter não punitivo do dano moral. 
 
A possibilidade de dano moral contratual (STJ, REsp.202.564). 
 
A possibilidade de recurso especial para revisão do quantum indenizatório, excepcionando a Súmula 7, STJ (STJ, 
REsp.816.577, rel. Min. Denise Arruda). 
 
Aplicação prática: 
 
 
 
 
 
 
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7) * (24o Concurso MP/DFT) Uma grande empresa de planos de saúde veiculou publicidade institucional em 
diversos jornais e revistas, na qual constava uma fotografia de Marcelo, médico famoso no área de 
neurocirurgia. No texto da mensagem publicitária, após diversas referência elogiosas à atuação do médico, 
ressaltou-se que ele era um dos profissionais conveniados aos planos de saúde da empresa. Marcelo não 
autorizou o uso da fotografia. É cabível, na hipótese, alguma espécie de indenização a Marcelo? Em caso 
positivo, indique o direito violado e os pressupostos para caracterizar o dever de indenizar? 
 
O dano moral difuso ou coletivo (Lei nº7.347/85, art. 1o e CDC, art. 6o, VI). 
 
8. Direito da personalidade à integridade física: direito ao corpo vivo. 
 
Art. 13, CC: “Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.” 
 
Tutela jurídica do corpo vivo, independentemente de sequelas permanentes (STJ, REsp.575.576/PR). 
 
Cumulabilidade do dano moral com o dano estético (STJ 387). 
 
Possibilidade de atos de disposição: a) que não gerem diminuição permanente da integridade física 
(tatuagens/piercing’s); b) que gerem diminuição permanente, quando houver exigência médica (cirurgia de 
transgenitalização – CFM, Res. 1.957/10 e STJ, SE 1058 – Itália e STJ, REsp.1.008.398/SP). 
 
Os wannabes. 
 
As partes separadas do corpo humano (STF, Rcl 2040/DF – caso Glória Trevis). 
 
8) (MP/SP, 2012) Por se tratar de direito da personalidade, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, 
quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes, salvo na 
seguinte hipótese: 
 
(A) Em vida, com objetivo científico ou altruístico e de forma gratuita. 
(B) Para se submeter, mediante exigência da família e com risco de vida, a tratamento médico ou a in-tervenção 
cirúrgica. 
(C) Mediante escritura pública irrevogável. 
(D) Independentemente de exigência médica, visando salvar a vida de ascendente, descendente, cônjuge ou irmão. 
(E) Para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
 
9. Direito da personalidade ao corpo morto(direito ao cadáver). 
 
Art. 14, CC: “É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.” 
 
O ato de disposição do corpo, no todo ou em parte, para fins altruísticos ou científicos, para depois da morte. 
 
Revogabilidade do ato a qualquer tempo. 
 
A questão da disposição do corpo para depois da morte e o testamento vital (living will). Resolução CFM 1.995/10. 
 
O ato de disposição pelo titular e a exigência de anuência dos familiares, após o óbito (Lei n.9.434/97, 4º). A solução 
do Enunciado 277, Jornada de Direito Civil: “O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita 
do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação 
expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da 
Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9) (Cartório TJMT, 2014) De acordo com a Lei de Registros Públicos, a cremação é possível: 
 
a) O procedimento somente poderá ser realizado se houver autorização do Oficial de Registro Civil que, na hipótese 
de ocorrência de morte violenta, deverá requisitar autorização ao juiz competente. 
 
b) Se o falecido não tiver externado a vontade, o Oficial de Registro Civil não poderá autorizar a cremação, ainda 
que seja a vontade da família, exceto no interesse da saúde pública, por força de moléstia infectocontagiosa, 
independentemente de autorização judicial. 
c) No interesse da saúde pública, em razão de epidemias por moléstias infectocontagiosas, desde que o atestado 
tenha sido subscrito por um médico ou por dois médicos legistas, havendo necessidade de autorização judicial. 
d) Se o falecido tiver externado a vontade, independentemente da existência de autorização judicial, desde que a 
interrupção da vida não tenha sido decorrente de morte violenta. 
 
10. Direito da personalidade ao livre consentimento informado (autonomia do paciente) 
 
Art. 15, CC: “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a 
intervenção cirúrgica.” 
 
A questão da internação compulsória. 
 
A possibilidade de responsabilidade civil por violação do dever de informação. 
 
O Testemunha de Jeová. 
 
* Aplicação prática: 
 
10) (MP/CE/01) O respeito às crenças religiosas é exigência tanto legal, quanto social. Assim, lembrando 
que, aos que professam a fé das Testemunhas de Jeová, receber sangue, próprio ou de terceiros, fere 
preceito religioso e implica desonra, na medida em que viola mandamento divino, é legítima a decisão dos 
pais ao impedirem terapêuticas em que transfundir seja imperativo? A declaração de que preferem a morte 
a essas terapêuticas é válida? Justifique. 
 
11. Direito ao nome civil. Noções gerais. 
 
O nome civil como um direito da personalidade. A recusa em registrar o nome e as possibilidades decorrentes. O 
procedimento administrativo de dúvida (LRP, 198 e 203). 
 
O prazo decadencial de 1 ano para a mudança imotivada do nome civil (LRP 57): somente para mudança imotivada. 
 
Elementos componentes (CC 16): o prenome, o sobrenome e o agnome. 
 
O pseudônimo (heterônimo) e a sua proteção. Art. 19, CC: “O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da 
proteção que se dá ao nome”. 
 
Distinção entre pseudônimo e hipocorístico. 
 
A possibilidade de mudança (a inalterabilidade relativa, Lei nº6.015/73, art. 58). Depois do prazo, admite-se 
mudança em casos justificados, previstos em lei (STJ, REsp.538.187/RJ). Acréscimo de sobrenome de padrasto 
(Lei nº11.924/09 – Lei Clodovil) e mudança em virtude de danos psicológicos (STJ, REsp.66.643). 
 
Aplicação prática: 
 
11) (Cartório, TJ/PA, 2016) Um dos direitos personalíssimos de toda pessoa é o direito ao nome, nele 
compreendidos o prenome e o sobrenome, ou nome de família. Com relação ao registro do nome, assinale 
a alternativa correta: 
 
a) Efetuado o registro, a alteração do nome ocorrerá mediante ordem judicial ou requerimento administrativo do 
interessado que o fará quando o nome o expuser ao ridículo. 
 
 
 
 
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b) Quando o declarante não informar o nome completo, o oficial de registro acrescerá, ao prenome escolhido, 
apenas o sobrenome do pai. 
c) A análise do prenome será feita pelo oficial de registro que buscará atender à grafia correta do nome, de acordo 
com a línguaportuguesa, ressalvada a possibilidade do nome de origem estrangeira e desde que respeitada sua 
grafia de origem. 
d) Na composição do nome não poderão ser utilizados sobrenomes de ascendentes que não constem dos nomes 
dos pais, mesmo que comprovada a relação de parentesco. 
 
12) (Cartório TJDFT, 2014) Em razão do princípio da inalterabilidade do nome, o parentesco por afinidade 
em linha reta não autoriza a averbação, no registro de nascimento de enteado ou enteada, do nome da 
família de seu padrasto ou madrasta, ainda que haja a concordância destes. 
 
13) (Cartório TJMS, 2014) Com relação ao prenome e aos apelidos de família: 
 
I. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por meio de 
procurador, alternar o nome e o patronímico. 
 
II. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, 
será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a 
alteração pela imprensa. 
 
III. É possível a averbação, também, do nome abreviado, usado como firma comercial registrada ou em qualquer 
atividade comercial. 
 
IV. O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de 
nascimento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que estes concordem 
expressa mente, sem prejuízo de seus apelidos de família. 
 
a) Todas as alternativas estão corretas. 
b) Somente as alternativas I e III estão corretas. 
c) Somente as alternativas II e IV estão corretas. 
d) Somente as alternativas II, III e IV estão corretas. 
 
14) * (Cartório TJMS, 2014) Pai comparece ao Registro Civil para iniciar o processo de registro de nascimento 
de seu filho. Ao ser indagado pelo Oficial Registrador a respeito do nome completo da criança, o genitor 
afirma que o nome será “Último de Souza e Silva”. Diante dessa situação, o registrador: 
 
a) Deverá proceder ao registro em conformidade com a vontade manifestada pelo pai. 
b) Poderá proceder ao registro em conformidade com a vontade manifestada pelo pai, desde que o genitor assuma 
a responsabilidade pelo prenome escolhido ao infante, por escrito e na presença de duas testemunhas, hipótese 
em que será impossível a recusa pelo Registrador. 
c) O registrador não procederá ao registro, porquanto a Lei Federal no6.015/73 veda o registro de prenome 
suscetível de expor o portador ao ridículo, sendo facultado aos pais, caso discordem,a suscitação de dúvida perante 
o juiz competente, a ser encaminhada pelo Oficial Registrador, independentemente da cobrança de quaisquer 
emolumentos. 
d) O registrador não procederá ao registro, porquanto a Lei Federal no6.015/73 veda o registro de prenome que 
exponha o portador ao ridículo, sendo facultado aos pais, caso discordem, a suscitação de dúvida perante o juiz 
competente,a ser encaminhada pelo Oficial Registrador, mediante o pagamento de emolumentos. 
 
15) (Cartório TJSE, 2014). De acordo com o regramento e a jurisprudência pertinente, assinale a opção 
correta a respeito da proteção ao nome civil. 
 
a) Não se admite a averbação de nome abreviado utilizado pelo interessado na sua atividade profissional. 
b) Exige-se a prévia declaração judicial da existência de união estável para que se possa requerer o acréscimo do 
patronímico do companheiro. 
c) Admite-se a averbação do nome alterado em razão de ameaça decorrente de colaboração com a apuração de 
crime, independentemente da cessação da ameaça. 
 
 
 
 
 
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d) A alteração do nome poderá ocorrer até o primeiro ano após o interessado ter atingido a maioridade civil, 
podendo, inclusive, atingir os apelidos de família. 
e) Conforme entendimento do STJ, na hipótese de alteração de prenome em razão de mudança de sexo aprovada 
judicialmente, deve ficar averbado no livro cartorário pertinente que as modificações procedidas decorreram de 
decisão judicial. 
 
16) (MP/SP) Os elementos distintivos secundários que integram o nome com função de distinguir pessoas 
de uma mesma família com nome iguais denominam-se: a) apelidos de família; b) honorífico; c) 
hipocorísticos; d) cognomes; e) agnomes. 
 
17) (MP/MA/04) Assinale a incorreta: (...) e) toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome 
e o sobrenome. 
 
18) (MP/SP, 2013) Assinale a assertiva que expressa INCORREÇÃO. 
 
A) O nome ou apelido de família, em regra, é imutável, mas admite-se alteração somente por exceção e desde que 
se justifique motivadamente sua necessidade. 
B) A alteração do nome completo da pessoa poderá ser concedida pelo juiz competente em razão de fundada 
coação ou ameaça decorrente de colaboração com a apuração de crime. 
C) A correção de erros que não exijam qualquer indagação poderá ser feita de ofício pelo oficial do registro civil no 
próprio cartório onde se encontra o assento, dispensada nesse caso a oitiva do Ministério Público. 
D) O prenome é definitivo, todavia a lei admite expressamente a sua substituição por apelidos públicos notórios, e 
prevê que em caso de adoção possa ser substituído por aquele que o adotante indicar. 
E) O prenome pode ser alterado, a pedido do interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil 
 
12. Direito à imagem. Noções gerais sobre a imagem. 
 
A tridimensionalidade do direito à imagem: imagem-retrato, imagem-atributo e imagem-voz (CF 5o, V, X e 
XXVIII, a, e CC 20). 
 
Art. 20, CC: “Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, 
a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma 
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a 
honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.” 
A autonomia constitucional da proteção do direito à imagem e a relevante crítica ao CC 20. O caso Maitê Proença: 
“Fosse a autora uma mulher feia, gorda, cheia de estrias, de celulite, de culote e de pelancas, a publicação de sua 
fotografia desnuda – ou quase – em jornal de grande circulação, certamente lhe acarretaria um grande vexame, 
muita humilhação, constrangimento enorme, sofrimentos sem conta, a justificar – aí sim – o seu pedido de 
indenização de dano moral, a lhe servir de lenitivo para o mal sofrido. Tratando-se, porém, de uma das mulheres 
mais lindas do Brasil, nada justifica pedido dessa natureza, exatamente pela inexistência, aqui ,de dano moral a ser 
indenizado” (TJ/RJ Revista de Direito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, n.41, p.184-7). 
 
Relativizações do direito à imagem: 
 
A função social da imagem: relativização dos valores previstos no CC 20 como justificadores da relativização da 
imagem (administração da Justiça, manutenção da ordem pública). 
Cessão expressa e tácita e o uso em local público. O uso de foto em contexto genérico (STJ, REsp.85.905). O top 
less na Praia de Camboriu (STJ, REsp.595.600/SC). O desvio de finalidade e o uso de imagem de artista conhecido 
com fins econômicos (STJ, REsp.74.473). 
 
Imagem de pessoas públicas (celebridades) 
 
A tutela jurídica da imagem de pessoa morta e a restrição à legitimidade dos lesados indiretos: CC 20 + 12 
(Enunciado 5, Jornada de Direito Civil). 
 
A imagem como um direito de arena (imagem como direito autoral, art. 7o, Lei nº9.610/98). (STJ, REsp.46.420/RJ, 
rel. Ruy Rosado de Aguiar Jr.). 
 
 
 
 
 
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Aplicação prática: 
 
19) (24o MP/DFT) Uma grande empresa de planos de saúde veiculou publicidade institucional em diversos 
jornais e revistas, na qual constava uma fotografia de Marcelo, médico famoso no área de neurocirurgia. No 
texto da mensagem publicitária, após diversas referência elogiosas à atuação do médico, ressaltou-se que 
ele era um dos profissionais conveniados aos planos de saúde da empresa. Marcelo não autorizouo uso da 
fotografia. É cabível, na hipótese, alguma espécie de indenização a Marcelo? Em caso positivo, indique o 
direito violado e os pressupostos para caracterizar o dever de indenizar? 
 
20) (MPF/04) Assinale a alternativa correta: (...) o direito à própria imagem é inato e bem jurídico autônomo, 
não admitindo limitações em quaisquer hipóteses. 
 
13. Direito à vida privada. 
 
Noções gerais sobre a vida privada. Privatus: o que pertence à pessoa, estando fora do alcance de terceiros e do 
Estado. Alcance da privacidade: estado de saúde, defeitos físicos, tratamentos médicos, intervenções cirúrgicas, 
opiniões pessoais, sexuais, filosóficas, religiosas, histórias sentimentais e afetivas etc. 
Estruturação: intimidade e segredo. Teoria dos círculos concêntricos. 
 
Exceções à proteção da vida privada: comportamentos públicos e consentimento tácito (ex: entrevistas 
espontâneas). 
 
Pessoas públicas e relativização, mas não perda. Impossibilidade de desvio de finalidade ou exploração comercial. 
 
Autonomia da proteção jurídica da privacidade. O caso de Garrincha (STJ, REsp.521.697/RJ). 
 
Desnecessidade de discussão acerca da veracidade, ou não, do fato (STJ, REsp.58.101/SP). 
 
A posição do TST com relação ao acesso do empregador aos email’s corporativos dos empregados. (TST, Ac. 7ªT., 
AIRR 1542/2005-055-02-40.4, j. 9.6.08, rel. Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho). 
 
Exemplo de aplicação da privacidade: CC 1.301 e 1.303. 
 
21) (MP/SP, 2008) O direito à intimidade é inalienável, irrenunciável e relativamente disponível. 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1) V / F 
2) ? 
3) F 
4) ? 
5) E 
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8) E 
9) D 
10) ? 
11) C 
12) F 
13) D 
14) ANULADA 
15) E 
16) C 
17) V 
18) C 
19) ? 
20) F 
21) F 
 
 
 
 
 
 
 
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1. investidur

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