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HAM IV ABDOME ROTEIRO PRATICA 1

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ITPAC HAM IV PED ABDOME ABRIL/2020
Roteiro para aula prática - Profa. Joyce Lisboa Freitas 
ANAMNESE 
- Escuta atenta; Não interromper quando paciente ou acompanhante falam; 
Encorajá-los a falar; Fazer contato com os olhos; Postura amistosa e polida; Fazer 
perguntas abertas (como posso ajudá-lo? Fale-me a respeito… Descreva-me o que 
aconteceu…); Interrompê-los de modo adequado quando necessário.
- Etapas da anamnese: 
1) Apresentação e identificação do paciente: chamar pelo nome o paciente e 
acompanhantes; anotar dados de idade, procedência e naturalidade.
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ITPAC HAM IV PED ABDOME ABRIL/2020
2) Queixa principal e história atual: anotar com as palavras do paciente ou 
acompanhante. Caracterizar duração, frequência, intensidade, fatores de melhora 
ou piora, se ocorre diante o sono e terapêutica já empregada.
3) Antecedentes pessoais: gestação (sofrimento fetal, liquido meconial, ruptura 
de bolsa); perinatais (peso, altura, apgar, icterícia com seus detalhes, patologia, cor 
das fezes; alimentação (amamentação, desmame, introdução de outros alimentos, 
de leite, de gluten); história médica e cirurgia prévia; vacinação; alergias em geral; 
história social (habitação, profissão dos pais, escolaridade); crescimento e desen-
volvimento; interrogatório de sistemas.
4) Antecedentes familiares: consanguinidade, saúde dos pais, avós, irmãos, 
doença do trato digestório, fígado e pâncreas; causas de morte na família.
EXAME FÍSICO 
- Lavar as mãos;
- Olhar geral para saber se o caso é grave (experiência do médico);
- Privacidade das crianças maiores; brinquedos para as menores; conexão com 
a criança e distração da mesma; demonstrar o exame nos pais antes; explicar sem-
pre o que vai fazer; responder as perguntas com vocabulário adequado; pode-se al-
terar a sequencia do exame; aquecer as mãos e estetoscópio para examinar;
- Aspecto geral: nível de consciência, fácies, fala, estado mental, mobilidade, 
posição no leito, marcha, atitude, avaliação nutricional (eutrófico, desnutrido ou obe-
so). O paciente pode estar em bom estado geral (BEG), regular estado geral (REG) 
ou mau estado geral (MEG). 
- Sinais vitais: FC, FR, PA, diurese, situação de O2, peso e altura.
- Exame físico segmentar completo: pele e anexos, linfonodos, cabeça, olhos, 
nariz, ouvidos, boca, orofaringe, pescoço, tórax, aparelho respiratório e cardiovascu-
lar, abdome, genitália, extremidades e sistema nervoso.
- Pele e mucosas: icterícia, anemia, telangectasias, eritema palmar, fragilidade 
unguel, púrpuras ou petéquias e avaliar distribuição de pêlos e gordura; Orofaringe: 
estomatites.
- Avaliar doença aguda x crônica; requer cuidados de urgência ou emergência.
- Não esquecer que muitos sintomas relativos aos órgãos abdominais se po-
dem referir ao tórax e vice-e-versa.
EXAME DO ABDOME 
- Paciência e delicadeza; se a criança chorar muito pode ser impossível naque-
le momento;
- Mantenha as mãos e o estetoscópio aquecidos e as unhas cortadas. Friccio-
ne as mãos para ajudar a aquecê-las; o paciente não deve estar com a bexiga cheia; 
antes da palpação, peça ao paciente para indicar as regiões dolorosas ou hipersen-
síveis, e deixe para examiná-las por último; monitorize seu exame, pesquisando si-
nais de desconforto na expressão do paciente.
DIVISÃO DO ABDOME
- Em 4 quadrantes: formados por duas linhas que atravessam a cicatriz umbili-
cal longitudinalmente e transversalmente, gerando assim quatro setores com dois 
andares, sendo eles denominados de andar superior (quadrante superior direito e 
quadrante superior esquerdo) e de andar inferior (quadrante inferior esquerdo e qua-
drante inferior direito). 
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ITPAC HAM IV PED ABDOME ABRIL/2020
- Em 9 quadrantes: utiliza como referência dois planos que atravessam os pon-
tos medioclaviculares (ponto médio da clavícula – linhas hemiclaviculares) de cada 
lado e dois planos transversos, sendo que um deles é denominado plano subcostal 
(uma linha horizantal abaixo da 10o costela) e o outro de plano intertubercular (uma 
linha que liga os tubérculos ilíacos – o topo do osso da bacia). Isso permite a divisão 
em três andares com três regiões cada, sendo elas: abdômen superior (hipocôndrio 
direito, epigástrio e hipocôndrio esquerdo), abdômen médio (flanco direito, meso-
gástrio e flanco esquerdo) e abdômen inferior (fossa ilíaca esquerda, hipogástrio, 
fossa ilíaca direita). Essa divisão é importante para localizar a anormalidade e corre-
laciona-la com o possível órgão acometido. 
1) INSPEÇÃO:
- Paciente em decúbito dorsal horizontal, relaxado, com braços ao longo do 
corpo ou no colo da mãe.
- Detectar distensão, deformidade, circulação colateral venosa, movimentos 
peristálticos, lesões, distribuição anormal de pêlos, estrias, cicatrizes, cicatriz umbili-
cal que pode estar revertida em caso de ascite ou hérnias, etc.
- Na presença de irritação peritoneal, a criança tende a ficar imóvel e muitas 
vezes a respiração é restringida pela dor;
- Parede abdominal: gastrosquise e onfalocele; Síndrome de prune belly ou Ea-
gle-Barret (ausência de musculatura abdominal), equimoses resultante de hemorra-
gia interna; mancha periumbilical - pancreatite; estrias - após gestação, síndrome de 
Cushing ou rápido ganho de peso; hérnias (umbilical, inguinais, incisionais); diastase 
de reto abdominal (normal); cicatriz umbilical: hérnia, granuloma, onfalite e persis-
tência do úraco (saída de secreção).
- Inspeção estática x dinâmica (pulsos e herniações - manobra de Valsalva);
- Formato do abdome: 
• Plano: formato normal do abdômen; 
• Globoso: abdômen aumentado de maneira uniforme com predomínio na 
região anterior. 
• Batráquio: abdômen aumentado com predomínio transversal (parece barri-
ga de sapo). Ocorre nos pacientes que tem ascite (presença de líquido na 
cavidade abdominal). 
• Avental: parede abdominal cai sobre as pernas do paciente, comum em 
obesos. 
• Escavado ou escafóide: aspecto visto nas pessoas muito emagrecidas ou 
nos recém-nascidos com hérnia diafragmática.
2) AUSCULTA:
- Ausculte o abdome antes de percutí-lo e palpá-lo, pois essas manobras po-
dem alterar a frequência dos ruídos abdominais ao estimular o peristaltismo.
- Na ausculta, deseja-se avaliar a motilidade intestinal principalmente e identifi-
car sopros vasculares na aorta. Os sons intestinais normais são denominados de 
ruídos hidroaéreos e são caracterizados por estalidos e gorgolejos (sons de água) e, 
para a sua averiguação, deve ser feita a ausculta em ambos os hemiabdomes (qua-
tro quadrantes) por 1-3 minutos em cada região. Os sons intestinais podem ser alte-
rados quando há mudanças na motilidade intestinal. 
- 1 RHA a cada 10-30 segundos; 
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ITPAC HAM IV PED ABDOME ABRIL/2020
- Descrição da peristalse: normal; diminuída ou hipoperistalse (íleo paralítico, 
abd agudo inflamatório), aumentada ou hiperperistalse (diarreia, abd agudo obstru-
tivo); abolida ou aperistalse (peritonite, hemorragia); RHA metálicos: obstrução in-
testinal.
- Os sopros abdominais podem ser pesquisados seguindo-se a trajetória da 
aorta, lembrando-se que ela gera transversalmente as duas renais na altura do um-
bigo e se bifurca um centímetro abaixo da cicatriz umbilical, gerando as ilíacas ex-
ternas. Esses sopros são similares aos cardíacos e predominam na sístole. 
- A presença de sopro: tumores hepáticos, coarctação de aorta ou estenose da 
artéria renal.
3) PERCUSSÃO:
- Em geral é timpânico; e o timpanismo aumenta na obstrução, no íleo e na ae-
rofagia. Pode-se avaliar: massas abdominais, bexigoma, ascite, tamanho do fígado.
- Quatro tipos de sons podem ser encontrados na percussão abdominal: tim-
pânico, hipertimpânico, maciço e submaciço.
- A percussão também auxilia na definição dos limites do fígado e do baço, ao 
se verificar a extensão da região na qual há predomínio do som maciço no hipocôn-
drio/flanco direito, sendo o tamanho do fígado (hepatimetria) normalmente entre 6 e 
12 cm(em média, começa a partir do 5o espaço intercostal direito e termina no re-
bordo costal).
- O baço, devido à sua localização (na porção posterior do abdome, protegido 
pelo gradeado costal), normalmente não é percutível. Quando ele aumenta de tama-
nho (crescendo da esquerda para a direita e de cima para baixo), porém, ele se torna 
percutível e ocupa uma região designada espaço de Traube, área de formato semilu-
nar, abaixo do diafragma, entre o lobo esquerdo do fígado e a linha axilar anterior 
esquerda e acima do rebordo costal esquerdo. Esse espaço é normalmente livre, ou 
seja, seu som é timpânico, e o achado de submacicez/macicez à percussão deste 
espaço é indicativo de esplenomegalia (aumento das dimensões do baço). 
- O som hipertimpânico é obtido quando o conteúdo aéreo do aparelho gas-
trointestinal está aumentado (meteorismo, obstrução intestinal, pneumoperitônio, 
etc.). A submacicez é encontrada em áreas de menor conteúdo gasoso ou na pre-
sença de um órgão maciço, como ocorre na zona do hipocôndrio direito onde se lo-
caliza o fígado. A percussão sobre área sólida nos mostra um som tipicamente ma-
ciço.
- Observe regiões de macicez que possam indicar aumento do órgão. Esta ob-
servação orientará sua palpação.
- Percuta suscintamente a borda ântero – inferior do tórax, entre os pulmões e 
o rebordo costal. À direita, em geral é detectada a macicez hepática e, à esquerda, o 
timpanismo sobre a câmara de ar do estômago e a flexura esplênica do cólon.
4) PALPAÇÃO:
- A palpação tem como objetivos determinar se há alguma resistência na pare-
de abdominal, determinar as condições físicas das vísceras abdominais e explorar a 
sensibilidade dolorosa do abdômen. Dividida em duas: superficial ou profunda.
- Converse um pouco com a criança para ganhar sua confiança; distração é 
fundamental; a flexão das pernas e a colocação de um travesseiro fino sob a cabeça 
podem ajudar a relaxar o abdome; antes de realizar deve sempre explicar ao pacien-
te como será feito o exame e perguntar se sente dor em algum ponto. Em caso de 
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dor, pede-se ao paciente para que aponte o local e então o examinador realiza a 
palpação primeiramente em zonas não dolorosas e por última na zona dolorosa. A 
expressão facial da criança indica áreas mais dolorosas, e o paciente com dor pode 
parar de falar, fazer caretas ou chorar abruptamente.
- A fim de que o exame seja realizado de forma completa, orienta-se que o 
examinador realize a palpação superficial e profunda pela divisão do abdome em 
zonas, pela maior precisão da localização de um achado clínico, seguindo o sentido 
horário: fossa ilíaca direita, seguida do flanco direito, hipocôndrio direito, epigástrio, 
hipocôndrio esquerdo, flanco esquerdo, fossa ilíaca esquerda, hipogástrio e por fim 
o mesogástrio.
PALPAÇÃO SUPERFICIAL 
- Muito útil para identificar pontos dolorosos, consistência da parede abdomi-
nal, massas superficiais palpáveis, a presença de lesões de continuidade da parede 
abdominal e a temperatura local. 
- Antes de iniciar a palpação, verifica a temperatura local com o dorso da mão 
nos quatro quadrantes abdominais; 
- Na superficial há pouca pressão exercida e é realizado empurrando suave-
mente, com uma mão apenas, a parede abdominal em movimentos circulares ou di-
gitiformes ao longo de todos os quadrantes. 
PALPAÇÃO PROFUNDA 
- Já a profunda, é muito similar à primeira, mas deve ser realizada com as duas 
mãos sobrepostas e com uma maior pressão sobre a parede do abdome.
- Verifique a presença de massas e registre localização, tamanho, formato, con-
sistência, sensibilidade, pulsatilidade e mobilidade.
- Não se deve esquecer de palpar as regiões inguinais e femorais a procura de 
hérnias (sinal da seda de Gross), linfonodos e avaliar o pulso femoral.
- Não esquecer que excepcionalmente pode-se estar diante de um paciente 
com situs inversos ou má rotação. 
MANOBRAS ESPECIAIS 
1) Exame do fígado:
- Inclui inspeção de sinais periféricos de hepatopatia
- Dimensão do fígado pela percussão.
Dimensão do fígado: 
- Através da percussão podemos avaliar as dimensões hepáticas (hepatimetria). 
Percute-se na linha hemiclavicular direita, iniciando-se do segundo espaço intercos-
tal direito em sentido podálico até que se delimite a borda superior do lobo hepático 
direito, percebida na percussão pela mudança do som claro pulmonar para maciço, 
delimitando assim, a localização desta borda. Depois, faz-se a percussão desde a 
crista ilíaca direita em sentido cefálico até que se delimite a borda inferior do lobo 
hepático direito, percebida na percussão pela mudança do som timpânico para o 
som maciço. 
- Em crianças: 5 cm por volta dos 6 meses; 7cm aos 3 anos; 8 a 10cm aos 10 
anos; 9 a 12cm no adolescente.
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- Faz-se, da mesma forma, a delimitação do lobo hepático esquerdo, percutin-
do-se desde a cicatriz umbilical, na linha média esternal, em sentido cefálico até que 
se delimite a borda inferior do lobo hepático esquerdo, percebida na percussão pela 
mudança do som timpânico para o som maciço. A borda superior do lobo hepático 
direito está localizada logo abaixo do apêndice xifóide.
Palpação Hepática 
- Manobra de Lemos – Torres: Pretende- se com esta manobra determinar as 
características da borda hepática, quanto a sua consistência, regularidade de sua 
parede e forma de sua borda, presença de pontos dolorosos e determinação de 
massas palpáveis. Com o paciente em decúbito dorsal e o examinador à direita do 
mesmo, este, coloca sua mão esquerda na região dorsal direita do paciente e faz 
uma tração anterior desta, a mão direita é colocada sobre o abdome, iniciando-se a 
palpação com movimentos ondulantes, desde a crista ilíaca direita até a borda infe-
rior hepática direita. Fisiologicamente, a borda hepática é lisa, de consistência fibro-
elástica e fina.
- Manobra de Mathiew: Outra técnica utilizada para palpação do fígado. Nesta, 
o examinador posiciona-se para à direita e de frente para os pés do paciente, estan-
do este em decúbito dorsal. Com as mãos em garra faz-se a busca da borda hepáti-
ca desde a crista ilíaca direita em direção ao rebordo costal direito, os dedos tentam 
entrar por baixo do rebordo costal (Imagem 27). Também nesta manobra, procura-se 
determinar as características da borda hepática citadas anteriormente.
2) Exame do baço:
- Fisiologicamente, o baço não é palpável. Em alguns Rn e lactentes, o baço 
pode ser palpável 1 a 2cm do rebordo costal esquerdo.
- Palpação bimanual do baço bimanual: com o paciente em decúbito dorsal, o 
examinador localizado a direita do paciente, posiciona sua mão esquerda na região 
lombar esquerda do paciente, de modo a promover um rechaço do baço para frente, 
em direção à parede abdominal e, com a sua mão direita palpa-se da crista ilíaca 
esquerda até o rebordo costal esquerdo em busca do baço. Pode-se solicitar ao pa-
ciente que respire profundamente.
- Palpação do baço na posição de Shuster: Posiciona-se o paciente em decú-
bito lateral direito, com a perna direita estendida e a esquerda flexionada sobre a 
perna direita estando o joelho encostado na maca, e a mão esquerda sobre a ca-
beça. O examinador posiciona-se à esquerda do paciente. Inicia-se a palpação, com 
as mãos em garra, da crista ilíaca direita em direção ao rebordo costal esquerdo em 
encontro ao baço.
- Quando ocorre o aumento do baço, deve-se determinar o grau de espleno-
megalia. Para isso usa-se a classificação de Boyd:
- I – Baço palpável sob o rebordo costal,
- II – Baço palpável logo abaixo do rebordo costal, entre o rebordo costal e a 
cicatriz umbilical;
- III – Baço palpável até o plano horizontal ao nível da cicatriz umbilical;
- IV – Baço palpável abaixo do plano horizontal ao nível da cicatriz umbilical.
3) Espaço de Traube
- Espaço semilunar que vai do sexto ao décimo primeiro espaço intercostal es-
querdo. Seus limites são: gradil costal,baço, pâncreas, parte do cólon descendente, 
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rim esquerdo e estômago. Normalmente apresenta timpanismo à percussão. A pre-
sença de som maciço neste local é indicativo de esplenomegalia.
3) Sinal de Jobert: 
O sinal de Jobert é positivo na presença de timpanismo à percussão na região 
da linha axilar anterior direita até a linha mediana, abaixo apêndice xifóide, onde nor-
malmente encontramos macicez hepática, sendo sugestivo de pneumoperitônio.
MANOBRAS DOLOROSAS DO ABDOME 
FÍGADO
- Sinal de Torres-Homem
Realiza-se percussão plexor-plexímetro na região da loja hepática, entre o quinto 
espaço intercostal direito na linha hemiclavicular até o rebordo costal direito; e entre a 
cicatriz umbilical e o apêndice xifoide. Qualquer sinal de dor relatado pelo paciente ca-
racteriza a presença de abscesso inflamatório hepático.
VESÍCULA BILIAR
- Sinal de Murphy
O examinador posiciona-se a direita do paciente, com este em decúbito dorsal, 
e coloca os dedos indicador e médio da mão direita sob o ponto cístico (entre a junção 
do rebordo costal direito com a borda lateral do músculo reto abdominal). Pede-se ao 
paciente que inspire e expire, posicionado os dedos “abaixo do rebordo costal direito” 
durante a expiração. Pede-se novamente que o paciente faça uma inspiração profunda 
comprimindo- se o ponto, na qual a vesícula descerá impelida pelo diafragma. Se esti-
ver inflamada, a pressão exercida provocará dor aguda, levando o paciente a interrom-
per a inspiração ou relatar dor intensa, sendo indicativo de Colecistite aguda. O Sinal 
de Murphy é considerado positivo neste caso.
APÊNDICE CECAL
- Em casos suspeitos de apendicite aguda, a dor provocada nos pontos apendi-
culares ou mediante a execução de manobras apendiculares, é útil como contribuição 
diagnóstica. A dor da apendicite classicamente começa perto do umbigo e, em segui-
da, desloca-se para o quadrante inferior direito, onde aumenta com a tosse.
- A positividade das manobras apendiculares sugere comprometimento infla-
matório circunscrito do peritônio.
- Geralmente não se pesquisa descompressão brusca em crianças pois a mai-
oria será positiva já que esse exame assusta as crianças. Procura-se por área de 
DEFESA ABDOMINAL INVOLUNTÁRIA.
- Sinal de Rovising
Consiste em forçar movimento antiperistáltico de camada gasosa dos cólons, 
desde o sigmóide até a região ileocecal, com a finalidade do ar, sob pressão, distender 
o ceco, acarretando a dor no apêndice inflamado. A mão executa forte e contínua 
pressão, movimentando em sentido retrógrado, acompanhando o trajeto dos cólons.
O sinal pode ser pesquisado usando-se como técnica os punhos cerrados, e 
por último pressionando-se inicialmente a fossa ilíaca esquerda, depois flanco esquer-
do e por o o epigástrio, promovendo o deslocamento de ar em direção ao ceco, dis-
tendendo-o, o que irá ser doloroso se houver inflamação do apêndice. Sendo sugesti-
vo de Peritonite (irritação peritoneal).
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Mantendo-se a pressão sobre o epigástrio, pergunta-se ao paciente onde está 
doendo, se a resposta for na fossa ilíaca direita, o sinal é positivo, caso a dor for referi-
da onde a mão está pressionando, é negativa. A pressão deve ser contínua para que 
se evite o refluxo dos gases mobilizados.
- Sinal do Psoas
Com o paciente em decúbito lateral esquerdo faz-se a extensão forçada da coxa 
direita do paciente, provocando assim, o estiramento do músculo psoas. Quando o 
paciente relata dor durante a manobra, o Sinal do Psoas é considerado positivo, e su-
gere processo inflamatório adjacente ao músculo psoas. Sendo, então, sugestivo de 
Peritonite (irritação peritoneal).
- Sinal do Obturador
Com o paciente em decúbito dorsal, estende-se a perna esquerda e flexiona-se 
a coxa direita do paciente na altura do quadril, com o joelho fletido, fazendo-se uma 
rotação interna do quadril. Essa manobra estira o músculo obturador interno. Caso o 
paciente refira dor no hipogástrio, a pesquisa do sinal é considerada positiva. Sugerin-
do processo inflamatório adjacente ao músculo obturador. Sendo sugestivo de Perito-
nite (irritação peritoneal).
- Sinal de Lapinsky
 Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador pressiona profundamente a 
fossa ilíaca direita do paciente, elevando a perna direita estendida. Caso o paciente re-
late dor durante a manobra ou se o paciente responder flexionando a perna para mini-
mizar a dor, o sinal será considerado positivo. Sendo sugestivo de Peritonite (irritação 
peritoneal).
MANOBRAS DE ASCITE 
Ascite é o nome dado ao derrame de líquido livre na cavidade abdominal. Esse 
acúmulo pode ter muitas causas, as quais podem fazer variar o volume, a aparência, a 
natureza e a composição do líquido. A presença de hérnia umbilical é um dos achados 
frequentes nas grandes ascites. Os principais sinais que diagnosticam a presença de 
ascite por meio da percussão do abdômen são:
- Semicírculo de Skoda
Com o paciente em decúbito dorsal ou em pé, o líquido ascístico coleta-se nas 
partes mais declives, ou seja, flancos e andar inferior do abdômen. Sendo assim, a 
percussão, feita desde o andar superior, delimitará uma linha semicircular na transição 
entre o timpanismo e a macicez ou submacicez das áreas correspondentes às porções 
mais declives. A concavidade da linha semicircular estará voltada para a região epigás-
trica. Esse sinal poderá fazer o diagnóstico diferencial entre ascite e cisto gigante de 
ovário.
- Macicez móvel
O líquido livre se acumula nas porções mais declives na cavidade peritoneal, 
quando o paciente se coloca em um dos decúbitos laterais, para aquele lado o líquido 
se dirigirá. Uma primeira percussão será feita no flanco direito em direção ao esquerdo, 
com o paciente em decúbito lateral esquerdo, o líquido ascítico ali acumulado propicia-
rá a mudança do som timpânico para o som maciço ou submaciço.
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 O paciente, então, vira-se e coloca-se em decúbito lateral direito, mantido o 
dedo de percussão no mesmo local em que se verificou a macicez. A segunda percus-
são, efetuada no mesmo ponto em que foi feita a primeira, vai produzir som timpânico. 
O líquido e a sua correspondente macicez sempre se movem para as partes mais de-
clives da cavidade abdominal.
- Sinal do Piparote
A face palmar de uma das mãos é posicionada em um dos flancos; a seguir, a 
ponta do dedo médio, dobrado, apoiado e em estado de tensão contra a face palmar 
do polegar é disparada contra o outro flanco. O abalo produzido pelo piparote produz 
pequenas ondas de choque no líquido ascítico, perceptíveis na palma da mão, coloca-
do no flanco oposto. O choque pode ser percebido em caso de edema na parede ab-
dominal. Nesse caso, um assistente coloca a borda cubital de sua mão sobre a linha 
mediana, no abdômen central, exercendo um pouco de pressão, a fim de interceptar 
ondas de transmitidas pela parede, mas não impedindo a passagem da onda de cho-
que do líquido ascítico. Esse sinal é próprio das grandes ascites, não sendo efetivo 
para ascites de médio ou pequeno volume.
RINS 
- Inspeção: quando os rins estão aumentados é possível percebê-los na ins-
peção, principalmente se o aumento foi considerável. Nestes casos, percebe-se um 
abaulamento do flanco. É necessário realizar a inspeção do abdome, flancos e cos-
tas, estando o paciente sentado.
- Percussão: deve ser realizada a Punho-percussão de Murphy direta no ângulo 
costo-vertebral, formado pela borda inferior da 12a costela e processos transversais 
das vértebras lombares superiores; ou a Punho-percussão de Giordano nas regiões 
lombares.
- A Punho-percussão de Murphy direta é realizada com pequenos golpes com 
a face interna da mão. A indireta percute-se uma das mãos que estará espalmada no 
ângulo costo-vertebral.
- A Percussão de Giordano é realizada através da percussão das regiões lom-
bares em três pontos utilizandoa borda ulnar da mão. Todas elas podem produzir 
uma reação dolorosa, profundamente localizada, uni ou bilateral, nos casos de pie-
lonefrite aguda, obstrução urinária ou inflamação perinefrética. O aparecimento da 
dor ou de reação exuberante do paciente durante a punho-percussão (o paciente 
emite grito ou pula), denota Sinal de Giordano positivo.
- Palpação: dificilmente será palpável em crianças. Possível em casos de lac-
tentes jovens ou recém nascidos com hidronefrose volumosa. É realizada com o pa-
ciente em decúbito dorsal da seguinte maneira: com a mão não-dominante por trás 
do flanco do paciente deitado, devemos anteriorizar a loja renal; durante a inspiração 
do paciente, tentamos palpar o pólo inferior do rim com a mão dominante espalma-
da. Esta manobra é descrita como método de Guyon.
- Durante a palpação dos rins, deve-se avaliar a sensibilidade renal. Muitas ve-
zes a compressão com as pontas do dedo pode ser suficiente para despertar dor. As 
características normais do rim são: órgãos duros, superfícies lisas, borda inferior ní-
tida e não doloroso.
Outras manobras dificilmente utilizadas em crianças: manobra de Israel (decúbi-
to lateral oposto ao rim que se deseja palpar); manobra de Trousseau (decúbito dorsal); 
manobra de Glenard (decúbito dorsal); manobra de Bellington (posição ortostática). 
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REGIÃO PERIANAL E TOQUE RETAL
- Sempre explicar o que será e como será feito. Avisar que é um exame des-
confortável, mas não doloroso.
- Posição de Sims, ou lateral ou genupeitoral. Em bebês, decúbito dorsal com 
as pernas fletidas.
- Inicia-se o exame inspecionando as nádegas e o sulco interglúteo (massas, 
fístulas, abscessos, lesões e localização do ânus). Pesquisar prolapso retal ou protu-
sões tipo pólipos, hemorroidas, condilomas, oxiúris, cândida, piodermites ou evi-
dência de abuso sexual.
- Toque retal: usar luvas, lubrificação abundante; avaliar tônus do esfíncter - es-
fincter hipotônico sugere abuso sexual ou lesão da medula espinhal (mielomeningo-
cele) e esfíncter hipertônico, sugere estenose; avaliar presença de pólipo ou tumora-
ção, fístula ou imperfuração anal; além de avaliar dor a palpação no fundo de saco 
(indica processo inflamatório pélvico - apendicite?). 
REFERÊNCIAS:
- Experiência pessoal.
- Silva, Luciana Rodrigues. Diagnóstico em Pediatria / Luciana Rodrigues Silva. 
- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
- Gill, Denis. Simplificando a semiologia pediátrica - Dicas práticas / Denis Gill & 
Niall O`Brien; tradução de Viviane Lanzelotte - 6. Ed. - Rio de Janeiro - RJ: Thieme 
Revinter Publicações, 2019.
- Apostila de propedêutica, Extensão Médica Acadêmica da FMUSP, 2014.
- Manual Teórico de Semiotécnica Médica. Trabalho desenvolvido no Programa 
de Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental como um dos produ-
tos da tese da pós-graduanda Dr.a Ana Paula Santos Oliveira Brito, sob orientação 
do Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito. 2016. Universidade do Estado do Pará.
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