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Fernanda F. Ferreira - TXI AIDS HIV: · Retrovírus: RNA fita simples, mas tem enzimas replicativas e tem envelope lipoproteico, com a mesma composição da membr. Cel., o que facilita a invasão no organismo quando ele é apresentado ao linfócito TCD4, maestro da resposta imune que organiza imunização, e o principal alvo do HIV é linfócito TCD4, que é sequestrado, assim passamos a ter infecções e neoplasias mais facilmente · HIV1: Brasil/ pandemia – grupo M (major) · HIV2: África · Principal alvo: linfócito TCD4 · AIDS: infecções e neoplasias oportunistas Ciclo viral: HIV toca seu envoltório na membr. Da cel. vírus é puxado para dentro da cél. libera o RNA e enzimas replicativas transcriptase reversa – tem baixa fidelidade (AZT inibe essa enzima) transf. RNA em DNA integrase integra o DNA viral ao DNA da cél. protease monta as partículas virais milhões partículas virais saem e carregam consigo um pedaço da membr. · Aumento da carga viral diminui contagem de CD4 · Ativação imune: infl. Crônica · Envelhecimento precoce: aterosclerose/ neoplasias Fluido genital pode pegar carona com linfócitos que ficam na mucosa genital (não precisa de lesão) ou mucosas lesionada entra direto na submucosa vírus encontra na submucosa céls. CD4+ e inicia os primeiros ciclos replicativos e as céls. São drenadas para os linfonodos regionais lá encontram mais céls. CD4 mais replicação viral ainda pico virêmico controle parcial da replicação viral 6-12m. após = set-point (carga viral basal que é quem vai ditar melhor o prognóstico) GALT – tec. Linfoide assoc. a mucosa gastrointestinal – é rico em céls. TCD4+, por isso ele é um dos mais destruídos pelo HIV queda de barreira intestinal maior translocação de bactérias, fungos, toxinas estruturais de microorganismo hiperestimulação do braço inato da imunidade Excesso de citocinas pró-infl. Acaba ativando o corpo todo mesmo sem ter sido atingido pelo HIV, então antes mesmo de chegar o HIV “acaba ativando” e favorecendo a invasão 1. Transativação heteróloga do HIV: é um fenômeno de estímulo da replicação do HIV por um agente infeccioso que não o HIV – por isso qualquer coinfecção no HIV é ruim 2. Resist. Genética à infecção: mutações no gene do CCR5, receptor de citocinas pró-infl., História natural: HIV se replica muito rapidamente e contagem de CD4 que é normalmente, freq. De 1000, na fase aguda da doença cai para 300. Ai inicia-se uma guerra imunológica fase aguda = mononucleose-like (febre, rash, linfonodomegalia e faringite) e a soroconversão leva cerca de 30d. e carga viral já positiva com 10d. A resposta imune é parcial e a contagem de CD4 se recupera um pouco, e carga viral e a imunológica se “equiparam” e atingem uma espécie de platô e a carga viral que surgem no momento em que atinge esse “equilíbrio” chama-se set-point. E quanto maior for esse set-point viral, mais rápida será a evol. Da doença, então quanto menor esse set point viral melhor o prognóstico. A partir do set-point a carga de CD4 vai caindo em média de 50 céls./ano e quando atinge-se esse set-point entramos na fase assintomática/latência e uma das únicas que pode acontecer é a linfadenopatia generalizada persistente (2 ou + cadeias extrainguinais >3m.). A LATÊNCIA É CLÍNICA E NÃO DO VÍRUS! Passados alguns anos, quando a contagem de CD4 aprox. de 400+/- a guarda imune do organismo vai se abrindo começam a surgir doenças infecciosas como candidíase oral, leucoplasia pilosa (EBV – bordos da língua), diarreia e febre persistente . E quando a contagem chega em 200 inicia-se a fase sintomática do HIV = fase AIDS, leva em média de 10anos para chegar nessa fase e após, aprox.,11a. E 4m. a pessoa vai a óbito. Sd. Retroviral aguda: · Cerca de 4 semanas após contágio · 50-90% dos pacientes · Quadro “flu-like” · Período de ALTA INFECTIVIDADE Para uma pessoa ter AIDS por definição ela precisa estar infectada pelo HIV e: · CD4<200 E/OU: 1. Fungos: candida em esôfago/via aérea PCR, histoplasmose disseminada 2. TB extrapulmonar 3. Vírus: CMV (exceto fígado, baço, linfo.), JC (LEMP) 4. Neoplasia: CA cervical invasivo, Kaposi (HHV8) e linfoma não-Hodgkin 5. Parasitos: neurotoxo, chagas agudo Formas de transm.: - Sexual: · Forma mais comum no mundo – heterossexual · Baixa eficiência (anal (mucosa anal mais final e propicia ao traumatismo)>vaginal>oral) · Maior risco homem mulher · Meninas jovens + vulneráveis MAIOR RISCO MENOR RISCO DSTs (pp ulcerativas) TARV CV alta Circuncisão Uso de ACO – causa alt. tróficas na mucosa vaginal e favorece a invasão do HIV - Contato sangue/tec.: · Drogas ilícitas injetáveis · Acid. (percutâneo > mucosa> pelo não íntegra) · Hemotransfusão – raro: múltiplas barreiras screening lab – 2 testes - Vertical · Gestação 3°tri mais provável · Parto – momento mais comum · Amamentação · Cuidado CV materna e TARV · Compatibilidade HLA favorece · Tempo de rotura de membr. Epidemiologia: · HIV é de notificação compulsória · Estável no Brasil – equilíbrio dinâmico entre as regiões Diag.: · 18 meses – vírus: 2 carga viral (HIV-RNA) – e tem diferença se com ou sem profilaxia ARV SMX-TMP profilático da 4ª semana até a conclusão diag. · >18m.: · Anticorpo: imunoensaio (IE) ou teste rápido Tradicional: 2IEs – janela diag. bem curta, bem sensível Situações especiais: 2 TR Confirmação: HIV-RNA carga viral Se testes discordantes western blot ou imunoblot Aval. risco cardiovasc. E neurocognição Rastreio de neoplasias: · CA de mama: mamografia bianual mulheres 50-69anos · CA de colo uterino: preventivo 6/6m (1° ano ou CD4<200) ou anual · CA canal anal: toque + preventivo anual (sexo anal, HPV, preventivo, vagina, colo alterado) · CA de fígado: USG +AFP semestral se HBsAg+ ou cirrose Trat.: terapia antirretroviral Conceitos gerais: · TARV não é emergência exceções: estupro, acid. Ocupacional... · Iniciou, não para mais.. · Mínimo 3 drogas – interromper o ciclo em pelo menos 3 momentos Indicação: Toda pessoa vivendo com HIV, independente de uma pessoa com uma ótima contagem de CD4 Zerar transm. sexual (i=i) – casal soro discordante, e a pessoa com HIV e contagem indetectável e trat. Sendo feito não transmite para o parceiro Grupos prioritários: · Sintomáticos · CD4<350 · Gestantes · TB · Hepatite B ou C · Risco CV elevado Fazer genotipagem pré-trat., mas sem atrasar o início dele Objetivo: manter a carga viral indetectável (melhora o prognostico) em 6m. de trat., se não conseguir atingir isso, provavelmente é pessoa é resistente ao trat. Escolhido considerar inibidores de fusão e antagonista CCR (maraviroque) Drogas: - Inibidores da transcriptase reversa: · Tenofovir (TDF) · Lamivudina (3TC) · Efavirenz (EFV) · Zidovudina (AZT) - Inibidores de integrase (gravir): · Dolutergravir (DTG) – não pode se estiver usando: fenitoína, fenobarbital, oxicarbamazepina, carbamazepina e dofetilida – defeito no tubo neural · Raltegravir (RAL) – excelente para gestante - Inibidores de protease (navir): Atazanavir/ritonavir(potencializa) (ATV/r) Esquemas de trat.: · Pop. Geral: 3TC, TDF + DTG TDF: nefrotoxicidade (sd. De fanconi), perda de massa óssea DTG: cefaleia · TB: 3TC + TDF + EFV EFV: efeito neuropsiquiátrico, rash · GRALVIDA: 3TC + TDF + RAL Profilaxia pós-exposição (PEP): - Aval. acid.: · Tempo: até 72h (ideal = 2h) · Material infectante: sangue, fluido genital, líquidos (serosa, liquor...) · Acid. De risco: percutâneos, mucosos, em pelo não íntegra Aval. fonte e exposto (teste rápido): · Exposto + ou fonte - : não fazer profilaxia · Exposto – e fonte + ou desconhecida: profilaxia por 28d. Esquemas: os mesmo para trat., se intolerância ao DTG: 3TC + TDF + atazanavir Profilaxia pré-exposição (PrEP): - indicações: · Homens que fazem sexo com homens mucosa anal tem muitos receptores para HIV · Transexuais · Profissionais do sexo · Casais sorodiscordantes · Nefropata crônico não tem como fazer Esquema: TDF + entricitabina (FTC) Modo de uso: 1 cp dia leva 7d. para alcançar concentração Novo TR de 3/3m. Profilaxia da transm. vertical: - pré-natal = iniciarTARV o mais rápido possível 1°tri: TDF + 3TC + EFV 2°tri: TDF + TC + DTG O parto é o principal momento de transm., então aval. CV após 34sem. · CV>1000 ou desconhecida: AZT IV + cesária eletiva Se 38sem., bolsa íntegar e dilatação 3-4cm · CV<1000= AZT + indicação obstétrica · CV indetectável = indicação obstétrica No puerpério: · Mãe mantém TARV, aleitamento contraindicado · RN: AZT +3TC +RAL por 28d. Sd. Da Imunodef. Adquirida Manifestações: dçs comuns x oportunistas · Pneumocistose (PCP) – pneumocystis jirovecci - CD4<200, candidíase - clínica: tosse seca e dispneia arrastadas, ausculta nl - lab: gasometria (hipoexemia/ alcalose resp.), LDH>500 (sinaliza guerra imune) - rx: infiltrado bilateral que começa mais nos hilos e vai descendo para bases, pneumatoceles - sem adenopatia hilar ou derrame pleural - diag.: escarro (prata metamina/ grocott) Tto: SMX + TMP 21d.(graves: IV/ leves: VO) PaO2 70 – iniciar corticoide para melhorar troca gasosa - profilaxia 1ª SMX + TMP: CD4<200 ou candida oral ou febre >2m Diag. diferencial com TB, já que a probabilidade de contrair essa é grande qualquer CD4, lesão apical Tto: iniciar RIPE e TARV 2 sem depois Manifestações neurológicas: · Meningite: criptococose · Encefalite – lesão focal: neurotoxoplasmose, linfoma primário do SNC e LEMP · Encefalite – lesão difusa: complexo demencial de AIDS Neurocriptococo: principal causa de meningite na AIDS · Agente: crytococcus neoformans · Clínica: subaguda, febre, cefaleia, raros sinais meníngeos e paralisia do sexto par (pela HIC muito alta) · Diag.: punção lombar · Aumento da pressão liquorica · Aumento de céls. MONOnucleares · Aumento de proteínas e queda de glicose · Tinta nanquim – não consegue ultrapassar a capsula · Cultura · Antígeno critococócico · Trat.: anfotericina B, punção de alívio se p>25 (retirar 20-30ml diariamente) Neurotoxoplasmose: principal causa de lesão focal com efeito de massa e crise convulsiva · Agente: toxoplasma gondii reativ. Dele no SNC · Clínica: sinal focal (hemiparesia), convulsão, cefaleia · TC: melhor com contraste realce anelar, edema perilesional, lesões hipodensas em gânglios da base · Trat.: sulfadiazina + pirimetamina + ac. Folínico – em geral melhora em 14d. · Profilaxia 1ª SMX + TMP: CD4<100 + IgG= para toxo Linfoma primário do SNC: · Clínica: semelhante a neurotoxo, mas não melhora após 14d. de trat. · Diag.: CD4 <50, PCR+ para EBV no liquor; RM com lesão única de localização periférica e biópsia · Trat. Radioterapia paliativa LEMP (Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva): · Agente: vírus JC – quase todo mundo tem esse vírus · Clínica: múltiplos AVCs · Diag.: hiperintensidade em T2 · Trat.: TARV Lesão difusa: encefalopatia pelo HIV ou complexo demencial da AIDS · Agente: HIV · Clínica – Tríade: cognitiva (demência), comportamental e motora · Trat. TARV, mas a perda cognitiva é irreversível Coinfecção HIV-TB: principal causa infecciosa de óbito no HIV+ · TB = teste rápido para HIV · HIV+ = rastrear TB em TODAS as consultas de forma clínica procurando por 4 sinais cardinais: tosse, febre, sudorese noturna e perda ponderal · HIV + TB = Aids = TARV obrigatória · Paciente assintomático: pesquisar ILTB prova tuberculínica ( PPD), se PPD5mm = infecção latente por TB isoniazida + vit. B6 · Se paciente sintomático com CD4 próximo do nl; vai ser uma TB mais próxima do nl, se CD4 + baixo = TB mais atípica RIPE 6m., se meningoencefálica e osteoarticular RIPE 12m. · Priorizar Rifampicina · RIPE 6m. 2m. RIPE e 4m. RI TARV em até 2sem. Sarcoma de Kaposi HIV + HHV-8 + infl. Aberrante céls. Fusiformes , lesões cutâneas violáceas trat. TARV Linfoma Não Hodgkin Retinite por CMV 6
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