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Patologia - Inflamação aguda e crônica

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Luana Gonçalves Ferreira - UPE - Gus - 09
Patologi�
Inflamaçã�
❖ A reação inflamatória
- Como parte da imunidade inata, elimina
invasores estranhos que geram lesão tecidual para
garantir a sobrevivência do organismo
- Para isso: podem causar também danos
consideráveis, importantes em reação
muito forte e prolongada ou inapropriada
- Dilui, destrói e neutraliza agentes nocivos
- Forma de ação:
*Recruta moléculas e células de defesa
(leucócitos e proteínas plasmáticas) do sangue
para o sítio de infecção ou lesão tecidual
- Os leucócitos são ativados e tentam
remover o agente lesivo por fagocitose
*Facilita esse transporte por meio de alterações
vasculares
*Endotélio também é fonte de mediadores
importantes
- Manifestações externas = sinais cardinais da
inflamação: calor, rubor, tumor (edema), dor,
perda de função
- Consequência das alterações vasculares e
recrutamento de leucócitos
- Infecção, normalmente, controlada e
autolimitada: mediadores e células têm vida
curta, além de vários mecanismos
anti-inflamatórios serem ativados
Mecanismo da inflamação
1. Reconhecimento de micróbios, células
necróticas e substâncias estranhas
- Iniciam sinais de perigo, distinguindo de
células normais, mobilizando uma resposta
- Fagócitos, células dendríticas (DCs), células
epiteliais e outras expressam receptores-padrão
de reconhecimento de PAMPs e DAMPs
(padrões moleculares associados a patógenos e ao
dano)
- Receptores do tipo Toll (TLRs) e
inflamossoma
2. Alterações vasculares
3. Recrutamento de células inflamatórias
❖ Inflamação aguda
- Tem início rápido e curta duração (min a dias)
- Caracteriza-se pela exsudação de líquidos e
proteínas plasmáticas e pelo acúmulo de
leucócitos, especialmente, neutrófilos
- Ingere e remove os invasores
- Digere os tecidos necróticos e substâncias
estranhas
- Geralmente, causa leve lesão tecidual leve e
autolimitada
- Estimulam a inflamação aguda: infecções
(por bactérias, vírus, fungos e parasitas), traumas,
agentes físicos e químicos, necrose tecidual,
corpos estranhos e reações de hipersensibilidade
(tende a se tornar crônica)
➢ Alterações vasculares
1. Vasoconstrição transitória - por segundos
2. Vasodilatação arteriolar - aumento do fluxo
sanguíneo e abertura dos leitos capilares = rubor
(eritema) e calor
3. Aumento da permeabilidade vascular -
extravasamento de líquido rico em proteínas
plasmáticas = + exfluxo de água do sangue =
+ hemoconcentração = + viscosidade do sangue =
- vel. de circulação = estase → marginação dos
leucócitos
Edema: acúmulo de líquidos nos espaços
extravasculares, pode ser:
- Exsudato - líquido rico em proteínas
- Transudato - líquido intersticial (~plasma)
Mecanismos para aumentar a permeabilidade
- Contração da célula endotelial em resposta à
histamina, bradicinina, leucotrienos e outros
mediadores (de curta duração: 15-30 min) ou a
citocinas (início em 4-6h, por 24h) - TNF/IL-1 =
lacunas intercelulares (vênulas*)
- Lesão endotelial → extravasamento vascular→
necrose e desprendimento da cél. endotelial
(lesões térmicas, toxinas bacterianas, raios-x,
acúmulo de leucócitos ativados nas paredes)
- Aumento da transcitose de proteínas
- Na angiogênese (no reparo tecidual): os brotos
vasculares ficam permeáveis até a proliferação e
diferenciação completa das células endoteliais
com junções, além das células novas serem mais
sensíveis aos fatores vasoativos
- Vasos linfáticos - aumento do fluxo linfático:
auxílio na drenagem do edema/leucócitos/restos
celulares, transporte do agente lesivo →
inflamação dos vasos linfáticos e linfonodos
(linfangite e linfadenite)
4. Ativação do endotélio: citocinas/mediadores
locais - expressão de moléculas de adesão: adesão
e migração de leucócitos
➢ Eventos celulares
1. Recrutamento de leucócitos
Fluxo rápido e laminar do sangue → inflamação:
lentificação do fluxo e estase = leucócitos → fora
da coluna axial = marginação - interação com as
células endoteliais
1- marginação e rolagem -
selectina
2-aderência firme-integrina
3- transmigração
4- migração para espaço
extravascular: quimiotaxia
E-selectina¹: endotélio
P-selectina²: endotélio e
plaquetas
L-selectina¹: leucócitos
*Interações rápidas e
transitórias*
*Selectinas são expressas
em níveis baixos ou não expressas:
hiper-reguladas por citocinas (IL-1, TNF)¹ ou
mediadores (histamina, trombina)² = adesão só
ocorre em caso de infecção/lesão
*Integrinas: ICAM-1 <-> LFA-1 e Mac-1 =
firme adesão
*Transmigração - leucócitos (neutrófilos*,
depois, monócitos) se espremem entre as junções
intercelulares por diapedese, especialmente,nas
vênulas e capilares pulmonares
*Abundância inicial de neutrófilos: mais
numerosos no sangue, respondem mais rápido às
citocinas, se aderem mais firme pela selectina,
tem vida breve de 24-48h
*Também há secreção de colagenase para
degradar focalmente a membrana basal dos vasos
*Quimiotaxia por produtos bacterianos,
quimiocinas, componentes do sistema
complemento (C5), eicosanoides (LTB4) →
receptores = montagem de elementos contráteis
do citoesqueleto → movimentação por
pseudópodes que se ancoram na MEC
- Ativação dos leucócitos
° Por meio de microrganismos, produtos de
células necróticas e mediadores químicos
° Tem suas funções ampliadas:
1. Fagocitose e destruição intracelular:
1.1 Reconhecimento e fixação
- Por receptores específicos que reconhecem:
componentes microbianos, necróticos ou
opsoninas (IgG, C3 e lectinas - colectinas)
- Receptores específicos: FcyRI (-IgG), CR1 e
CR3 (-C1 e -C3), C1q (-colectinas)
- Receptor-ligante → engolfamento→
pseudópodes = vacúolo fagocítico + lisossoma =
fagolisossoma → ativação celular
1.2 Destruição do material ingerido
- Aumento das substâncias microbicidas nos
lisossomas → fagolisossoma
- Radicais livres (EROs/NO) e enzimas
lisossômicas
*A produção de ERO*
- Fagocitose e ativação de receptores celulares =
surto oxidativo (burst respiratório) + ativação da
oxidase de fagócito nas vesículas (lisossomos)
O2º → dismutação espontânea = H2O2 -
insuficiente → MPO dos grânulos azurófilos =
HOClº = mata microrganismo
Microrganismos mortos → hidrolases ácidas
lisossômicas digere
Liberação de EROs por neutrófilos e macrófagos:
em baixos níveis → + expressão de moléculas de
adesão, citocinas e quimiocinas = + inflamação;
em altos níveis = lesão endotelial (trombose e +
permeabilidade vascular), inativação das
antiproteases, ativação das proteases, +
degradação da MEC, lesão direta a várias células
Macrófagos (iNOS) → NO = metabólito
citotóxico para destruir micróbios e células
tumorais
*MPO = enzima mieloperoxidase, grânulos
azurófilos dos neutrófilos; iNOS = NO sintase
induzível por IL-1, TNF, IFN-y e endotoxina
bacterianas
- Outras substâncias microbicidas dos
grânulos leucocitários: fosfolipase - aumenta a
permeabilidade da bactéria; lisozima - degrada o
revestimento da bactéria; proteína básica
principal - eosinofílica, citotóxica para parasitas;
defensinas - cria poros nas membranas
2. Destruição de microrganismos no LEC
2.2 Liberação de enzimas (elastase) e peptídeos
antimicrobicidas dos grânulos
° Por meio da regurgitação durante o
engolfamento: escapa o conteúdo do fagolissoma
° Lesão à membrana do fagolissoma quando
fagocitadas substâncias nocivas
° Forte ativação leucocitária = desgranulação
(quando não é capaz de fagocitar)
2.2 Armadilhas extracelulares dos Neutrófilos
(NETs)
° Redes fibrilares - trama de cromatina nuclear +
proteínas granulares - extracelulares em resposta
à patógenos e mediadores químicos
° Impedem a disseminação de micróbios
° Neutrófilos perdem os núcleos: morte
°Cessa emigração de
leucócitos: morte de
neutrófilos extravasados
°Mediadores
anti-inflamatórios
°Drenagem linfática +
ingestão de restos necróticos
(macrófagos)
°Cicatrização: ocorre após
destruição tecidual
substancial ou de tecidos
que não se regeneram:
substituição por TC
➢ Lesão tecidual pelos leucócitos
- Enzimas, EROs… são prejudiciais ao
microrganismos E ao organismo
- Lesa os tecidos adjacentes na defesa normal, em
infecções difíceis (TB), na tentativa de remover
tecidos lesados/mortos(necrose por reperfusão),
na doença autoimune e alérgica
- Enorme secreção de citocinas: estímulo
adicional à inflamação
- Grânulos dos lisossomas → proteases neutras
ativadas na MEC (elastase, colagenase e
catepsina) → destrói ptn da MEC, clivam C3 e
C5 em C3a e C5a, geram peptídeos ~ bradicinina
- Antiproteases no soro controla
*Defeitos da função Leucocitária*
- Inflamações defeituosas por: supressão da
medula óssea (tumores, quimioterapia ou
radiação) e doenças metabólicas (diabetes
*Leucócitos → citocinas de reparo: angiogênese
para fornecimento de nutrientes; fatores de
crescimento: proliferação de fibroblastos (→
colágeno: preenchimento de defeitos) e de células
teciduais residentes = integridade estrutural
❖ Padrões morfológicos da inflamação
➢ Serosa
Caracterizada pelo extravasamento de fluido
aquoso - transudato - originado do plasma
sanguíneo ou das células mesoteliais
Em cavidade serosa: efusão
Ex: bolha de queimadura ou infecção viral
➢ Fibrinosa
Após lesões mais graves: maior permeabilidade
vascular, com passagem de moléculas grandes
(exsudato fibrinoso) → “coágulo amorfo”
Resolução: pode ser degradado por fibrinólise e
removido por macrófagos
Cicatrização: fibrina não removida por
completo: crescimento de fibroblastos e vasos
sanguíneos = perda funcional
Característico de inflamação em cavidades
corporais: pericardite, pleurite e meningite
➢ Purulenta ou supurativa
Caracterizado pela presença de exsudato
purulento com neutrófilos (piócitos), células
necróticas e líquidos induzidos pelos
microrganismos piogênicos
➢ Formação de abscesso
Abscesso - coleção localizada de pus: células
necróticas centrais + neutrófilos preservados ao
redor + vasos dilatados e fibroblastos em
proliferação, causado por microrganismos
piogênicos ou secundário a um foco necrótico
Após encerrado: substituição por TC = cicatriz
➢ Úlcera
É uma escavação da superfície de um
tecido/órgão produzida por uma necrose e
esfacelamento do tecido inflamatório necrótico
Comum na necrose inflamatória da mucosa da
boca, estômago, intestinos ou trato geniturinário,
tecido necrótico/inflamação subcutânea em MMII
de pessoas com distúrbios circulatória
❖ Mediadores químicos da inflamação
- Tem ações estritamente reguladas e de curta
duração: decomposição rápida (eicosanoides),
inativação por enzimas (cininase → bradicinina
inativa), remoção ou inibição (complemento)
- Principais citocinas que medeiam a inflamação
aguda: TNF, IL-1¹, IL-6 e quimiocinas. IL-17:
importante no recrutamento de neutrófilos
¹ citocina induzida pelo inflamossoma
TNF e IL-1: + expressão de moléculas de adesão;
efeitos sistêmicos: febre, letargia, síntese hepática
de proteínas de fase aguda, caquexia, liberação de
neutrófilos e ACTH no sangue, queda da PA
TNF: +trombogenicidade; IL-1: + fibroblastos =
proliferação e MEC
- Citocinas mais importantes na inflamação
crônica: IFN-y e IL-12
- Neuropeptídeos (substância P) - transmitem
sinais dolorosos e é vasoativo
❖ Mediadores derivados de proteínas
plasmáticas
- Sistema complemento: opsonização para
fagocitose e destruição, aumento da
permeabilidade vascular, quimiotaxia
leucocitária, gera, ao fim, o complexo de ataque
à membrana (MAC)
- Vias clássica, alternativa e das lectinas → C3-
convertase: C3 = C3a + C3b; C3b → membrana
ou + C3-convertase = C5-convertase: C5 = C5a
+ C5b
- Anafilatoxinas C3a e C5a: vasodilatação e +
permeabilidade, induz mastócitos → histamina
- C5a → + LOX nos neutrófilos e macrófagos
- C3a e C4a → + leucócitos = + adesão e
quimiotaxia
- C3b e iC3b <-> superfície bacteriana =
opsonização → fagocitose
- C9 → polimeriza → MAC
- Sistemas da coagulação e cininas:
*Bradicinina ~ histamina, ação curta: degradada
pelas cininases
*Trombina: fibrinogênio → coágulo de fibrina
insolúvel + fibrinopeptídeos (+ permeabilidade,
quimiotaxia); trombina: C5 → C5a
*Fator Xa → + permeabilidade vascular e
emigração dos leucócitos
*Trombina → inflamação
Mecanismos anti-inflamatórios
Mediadores de curta duração
Mecanismos que neutralizam: lipoxinas e
proteínas reguladoras do complemento
Macrófagos → IL-10 = menos respostas de
macrófagos ativados (feedback negativo)
TGF-B - medeia a fibrose tecidual na reparação
❖ Inflamação crônica
- Tem duração mais longa, de dias a anos:
evolução de aguda para crônica após não
resolução/cura, persistência do agente lesivo
- Inflamação ativa + destruição tecidual
(acentuada e progressiva) + reparação por fibrose
= simultâneos
- Tem sinais locais/sistêmicos menos
proeminentes, mais sutis
- Caracteriza-se por:
°Influxo linfomonocitário/células mononucleares
°Destruição tecidual + reparo, com
angiogênese + fibrose (cicatrização), embora
possa ter restauração estrutural e funcional a
depender do tecido e da lesão
- Cronificação da inflamação
°Infecção persistente por micobactérias, vírus e
fungos (hipersensibilidade tardia)
°Distúrbios de hipersensibilidade: doenças
autoimunes e alérgicas (autoantígenos ou
antígenos ambientais)
°Exposição prolongada a agentes tóxicos (sílica
ou cristais de colesterol)
°Distúrbios inflamatórios, como Doença de
Alzheimer, DM2, aterosclerose
➢ Células e mediadores
- Macrófagos
- Dominantes na inflamação crônica, derivados
de monócitos¹ do sangue
- Precursores na MO → monócitos no
sangue por 1 dia: moléculas de adesão e
quimiocinas → migram para a lesão em
24-48h após início da inflamação aguda
→macrófagos maiores, +T1/2, + fagocitose
- Fagócitos mononucleares¹ dispersos em muitos
TC e em órgãos como: fígado - cél de Kupffer;
baço e linfonodos - histiócitos sinusais; SNC -
microglia; pulmões - macrófagos alveolares
- Macrófagos → funções → cessa inflamação:
morrem ou linfáticos
- Macrófagos → inflamação crônica: acúmulo
pelo recrutamento contínuo: IFN-y → fusão de
macrófagos = células multinucleadas gigantes
- Linfócitos
- Mobilizados em estímulos imunes e em
inflamações imunológicas ou não (principais
mediadores nas doenças autoimunes e
inflamações crônicas)
- LB → plasmócitos → AC; LT CD4+ → TH1 (→
IFN-y), TH2 (→IL-4, IL-5 e IL-13), TH17 (→
IL-17
- Eosinófilos
Encontrados em inflamações de infecções
parasitárias ou em reações mediadas por IgE
Grânulos com a proteína básica principal
- Mastócitos
Sentinelas distribuídas nos TC
Revestidos por IgE específico para antígenos
ambientais em indivíduos atópicos: IgE-antígeno
= desgranulação → histamina e eicosanoides
*Reações alérgicas e choque anafilático
- Neutrófilos podem permanecer: lesão
inflamatória aguda em crônica
❖ Inflamação Granulomatosa
- Um padrão de uma inflamação crônica
- Caracterizada por centros necróticos com o
agente ofensor rodeados por agregados de
macrófagos ativados + linfócitos
- Fibrose subsequente com perda de função
- Formado em: respostas persistentes de células T
(em tuberculose - TB), doenças inflamatórias
imunomediadas (doença de Crohn), resposta a
corpos estranhos inertes (sutura ou farpa),
resposta a materiais endógenos (cristais de urato)
- Fusão de macrófagos ativados = células
gigantes multinucleadas
- tipo corpo estranho - núcleos
desorganizados - aleatórios (mais presente
em granulomas contra substâncias inertes)
- tipo Langerhan - núcleos organizados na
periferia da célula - forma de ferradura
(mais presente em granulomas contra
agentes vivos)
❖ Efeitos sistêmicos da inflamação
*Reação de fase aguda*
TNF, IL-1 (inúmeras reações inflamatórias) e
IL-6 (estimula a síntese hepática de proteínas
plasmáticas)
Febre é induzida por pirogênios que estimulam a
síntese de prostaglandinas na vasculatura do
hipotálamo. Pirogênios exógenos (produtos
bacterianos) e endógenos (IL-1 e TNF) → + COX
→ + PGs (no hipotálamo: PGE2 → NT →
reajuste da temperatura em nível mais alto)
Níveis plasmáticos elevados de proteínas de
fase aguda sintetizadas no fígado, sob estímulo
de citocinas (IL-6), como a PCR, fibrinogênio e
ptn amiloide A sérica → opsoninas
Leucocitose é comum em reações inflamatórias,
principalmente induzidas por bactérias. Isso
ocorre pela liberação acelerada das células de
reserva pós-mitótico pelo estímulo de TNF e
IL-1, geralmente,associada à presença de
neutrófilos imaturos. Infecção prolongada: CSFs
Bactérias: neutrofilia, vírus: linfocitose, asma e
parasitas: eosinofilia, algumas infecções:
leucopenia (sequestro de linfócito nos linfonodos)
Outras manifestações: + FC e PA, - sudorese,
tremores, calafrios, anorexia,sonolência,mal-estar
Infecções bacterianas graves → sepse → muitas
citocinas: +TNF → coagulação intravascular
disseminada, acidose e choque hipotensivo →
choque séptico
Reparo tecidual
É a restauração da arquitetura e função do tecido
após a lesão, pode ocorrer por regeneração ou
formação de cicatriz por deposição de TC
❖ Regeneração
- Ocorre quando o tecido é capaz de substituir as
células lesadas pela proliferação das células
residuais ou por células-tronco teciduais,
retornando ao estado normal
- Tipo de reparo em epitélios que se dividem
rapidamente, como pele e intestinos e em alguns
órgãos, especialmente o fígado
❖ Cicatrização
- Ocorre quando o tecido lesado é incapaz de
regenerar-se ou se as estruturas de suporte foram
lesadas gravemente, promovendo a deposição de
tecido conjuntivo (TC) → cicatriz fibrosa: não
realiza funções do parênquima, só fornece
estabilidade estrutural
- Fibrose pode ser resultado de inflamação
crônica nos pulmões, fígado, rins, ou de extensa
necrose isquêmica (infarto) do miocárdio
❖ Controle da proliferação celular
- Fatores de crescimento → proliferação de
células do parênquima (reparo), células
endoteliais (angiogênese) e fibroblastos (fibrose)
- Células que não se dividem: fase G1 ou G0
-fatores de crescimento→ G1 → S → G2 → M
❖ Capacidades proliferativas dos tecidos
Tecidos lábeis - perda contínua das células com
substituição pelas células-tronco e proliferação de
células maduras (tecido hematopoiético, epitélios
de superfície, epitélio de transição)
Tecidos estáveis - são células quiescentes: em
estado normal, baixa atividade replicativa; em
lesão ou perda de tecidos,capacidade proliferativa
(parênquima da maioria dos tecidos sólidos,
células endoteliais, fibroblastos, células
musculares) - capacidade limitada de
regeneração (exceto fígado: hepatotectomia
parcial → TNF e IL-6)
Tecidos permanentes - são células
terminalmente diferenciadas e não proliferativas
na vida pós-natal (maioria dos neurônios e células
do miocárdio: pouquíssima capacidade
proliferativa - insuficiente para regeneração;
músculo esquelético tem células satélites
regenerativas) → cicatriz
Maioria dos tecidos tem os três tipos celulares
*Células-tronco* têm capacidade de
autorrenovação e replicação assimétrica
Assim, influenciam no reparo: a capacidade
regenerativa das células, o grau de histólise, o
tipo de inflamação (tempo e presença de corpo
estranho/infecção), fatores locais (irrigação,
nutrição, tamanho e localização da lesão,
aposição e imobilização), fatores mecânicos
*Glicocorticoides → anti-inflamatórios:
cicatrização deficiente: inibe secreção de TGF-B
e fibrose
❖ A matriz extracelular (MEC)
- É um complexo de várias proteínas arranjadas
em rede, circundando as células e representando
importante porção de qualquer tecido: constante
remodelamento
- Funções: regula a proliferação, movimentação e
diferenciação das células, fornece adesão e
suporte mecânica, direciona a migração celular e
funciona como arcabouço para renovação
tecidual e delimita os microambientes teciduais
- Matriz intersticial - nos espaços entre as
células do TC, vasculatura e m. liso.
Sintetizada por células mesenquimais
(fibroblastos) → gel amorfo com
colágenos, fibronectina, elastina,
proteoglicanos, hialuronatos
- Membrana basal (MB) - arranjo de
matriz intersticial altamente organizado
em torno das células epiteliais, endoteliais
e musculares lisas → tela de arame
(colágeno IV e laminina)
- Componentes:
°Proteínas fibrosas estruturais: colágeno e
elastina: resistência à tensão/elasticidade
°Géis hidratados: proteoglicanos e hialuronan:
elasticidade e lubrificação
°Glicoproteínas de adesão: integrinas,
fibronectina e laminina: conexão
MEC intacta é fundamental para o reparo em
tecidos lábeis, a extensa regeneração ou
hiperplasia compensatória ocorre somente se a
trama de TC estiver com estrutura intacta, se
não: intensa lesão leva à regeneração
incompleta: cicatrização
❖ Formação da cicatriz
- Etapas
- Lesão → 24h → início do reparo: migração e
proliferação de fibroblastos e células endoteliais e
angiogênese → 3-5 dias → tecido de granulação
→ maturação e reorganização do tecido fibroso
(deposição de colágeno): cicatriz fibrosa estável
*Tecido de granulação: proliferação de
fibroblastos, capilares novos (alta
permeabilidade: edemaciado) em MEC frouxa,
células inflamatórias (macrófagos)
- Angiogênese
°Essencial para a cura na lesão, formação de
circulação colateral em isquemia e, inclusive, de
tumores e sua disseminação (VEGF¹, FGF-2)
°NO: vasodilatação; VEGF: + permeabilidade →
separação dos pericitos → migração e
proliferação¹ de células endoteliais →
remodelação → recrutamento de pericitos e
células musculares lisas para o vaso maduro →
suprime a proliferação/migração + deposição MB
- Deposição de TC - fibrose
- Migração e proliferação de fibroblastos (PDGF,
FGF-2, TGF-B)→ deposição de MEC
- Células inflamatórias (macrófagos) → fatores
- À medida que a cura progride, a proliferação
diminui e os fibroblastos iniciam a síntese e
deposição de MEC
- Tecido de granulação → cicatriz com
fibroblastos fusiformes inativos, colágeno denso,
fragmentos de fibras elásticas e outros da MEC
- O acúmulo final de colágeno depende da maior
deposição e menor degradação
❖ Aberrações do crescimento celular e
produção de MEC
Excesso de colágeno/MEC, diminuição da
degradação e fibroblastos dérmicos muito
proliferativos:
- Queloide: se estende além do limite da
lesão/cicatriz inicial e não regride com o
tempo, tem predisposição hereditária
- Cicatriz hipertrófica: cicatriz
exacerbada, mas que respeita os limites da
lesão, pode regredir com o tempo
Excesso de tecido de granulação, projetando-se
acima do nível de pele e impedindo reepitelização
carne esponjosa: requer excisão cirúrgica
❖ Cura de feridas cutâneas
Regeneração epitelial e formação de cicatriz TC
*Escaras: originadas por compressão dos vasos
em caso de decúbito prolongado, pode evoluir
para isquemia, necrose e ulceração
Cura por primeira intenção
Ex: incisão cirúrgica limpa, não infectada e
aproximada por sutura cirúrgica: ruptura apenas
local da MB e morte de poucas células epiteliais e
do TC → regeneração
Passo a passo:
Incisão → preenchida por coágulo com fibrina →
invasão pelo tecido de granulação (neutrófilos) →
células basais da epiderme da borda: mitoses
Fibras de colágeno nas margens da incisão na
vertical → horizontal → pontes na incisão
Empalidecimento pelo aumento da deposição de
colágeno e há a regressão dos canais vasculares
Cura por segunda intenção
Perda mais extensa de células e tecidos: grandes
feridas, abscessos, ulcerações e no infarto.
Tem reação inflamatória mais intensa, com tecido
de granulação abundante e acúmulo de MEC:
grande cicatriz → contração da ferida
(miofibroblastos)

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