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Exame oftálmico Sequência padronizada: 1) Inspeção Distância • Posição do globo, tamanho e movimento • Teste de visão/neurológico: algodão, obstáculos, reação à ameaça, reflexo pupilar fotomotor Ocular • Secreção, hiperemia conjuntival, opacidade, lesões de córnea, distúrbios ciliares, alteração da coloração da íris • Sinais de dor ocular: - Blefarospasmo - Lacrimejamento - Fotofobia - Protusão da terceira pálpebra 2) Teste da lágrima de Schirmer Valores normais: • Cães 19,8 mm/min ± 5,3 • Gatos 16,9 mm/min ± 5,7 3) Prova da Fluoresceína - Avaliação de lesões na córnea - Avaliação do ducto nasolacrimal – 5 min para o colírio sair pelo nariz ou céu da boca (Teste de Jones) • Tonometria • Biomicroscopia com lâmpada de fenda - Avalia todas as estruturas com aumento até o vítreo • Fundoscopia ou oftalmoscopia - Avaliação da retina - Para a fundoscopia precisa provocar a dilatação da pupila • Ultrassom ocular – não é rotineiro Úlcera de córnea • Quebra na continuidade do epitélio corneano com ou sem perda estromal • Melting: caracterizada pela dissolução do estroma córnea • Descemetocele: úlcera corneana profunda com exposição e possível protusão da membrana de Descemet • Perfuração ocular: quando todas as camadas da córnea são atingidas, resultantes de condições destrutivas, infecciosas ou não. Pode ocorrer ou não extravasamento de humor aquoso ou estafiloma. Classificação - A flurosceína não cora o epitélio e a membrana de Descement Fatores predisponentes: • Afecções dos cílios e pálpebras • CCS • Trauma; corpo estranho • Causas infecciosas (cinomose, herpesvírus felino – causa úlcera dendrítica) • Lagoftalmia - braquicefálicos - Estado em que o paciente não consegue abaixar a pálpebra superior quando tenta cerrar os olhos, indicativo de afecção no nervo facial Diagnóstico • Inspeção • Teste de fluoresceína • Pode ser realizado citologia + cultura e antibiograma • Diagnóstico diferencial: úlcera Indolente - Boxer, gatos com HVF-1 - Erosão corneana superficial e persistente com bordos epiteliais soltos e elevados - sem lesão traumática prévia - Tratamento cirúrgico Tratamento - Dependente da gravidade da lesão (clínico X cirúrgico) - Resolver a causa de base 1) Colírio/pomada antimicrobiana: QID (ou +) / 7 dias • Tobramicina 0,3% (Tobrex®) • Cloranfenicol 0,5% (Regencel®) • Ciprofloxacina 0,3% (Ciloxam®) • Gatifloxacina 2) Colírio anti-inflamatório (AINES): se necessário e com cautela • Diclofenaco de sódio 0,1% (Still®) – BID - Nunca usar corticoide - Sempre fazer uso de colar elisabetano 3) Colírio cicloplégico: SID ou BID, enquanto houver dor (menor tempo possível) • Atropina 1% 4) Colírios lubrificantes 5) Analgésico sistêmico: se necessário 6) Recobrimento cirúrgico • Recobrimento conjuntival • Recobrimento terceira pálpebra Sequestro de córnea - Ceratopatia predominantemente da espécie felina - Evolução crônica associada a fatores que causam lesão à córnea: entrópio, traumas, triquíase, condições neuroparalíticas, CCS, HVF-1 Diagnóstico - Inspeção Tratamento • Ceratectomia lamelar: É a retirada de uma lamela da córnea • Técnicas de suporte e nutrição – Recobrimento com a terceira pálpebra – Lentes de contato terapêuticas – Recobrimento conjuntival Ceratoconjuntivite seca (CCS) • Doença multifatorial do filme lacrimal que cursa com alterações qualitativas e/ou quantitativas, resultando em sinais de desconforto ocular, distúrbios da visão e potencial dano da superfície ocular Etiologia • Congênita • Induzida por fármacos: ex. sulfa • Imunomediada (mais comum) • Prolapso/remoção da glândula da 3ª pálpebra • Infecciosa (Cinomose, Herpesvírus) • Senilidade Sinais clínicos • Desconforto ocular, hiperemia conjuntival, secreção ocular e filamentos de muco, focinho e córnea ressecados, úlcera de córnea, neovascularização da córnea • Infecciosa (Cinomose, Herpesvírus) • Senilidade Diagnóstico • Teste de schirmer • 15 a 25 mm/min = produção normal • 11 a 14 mm/min = subclínica • 6 a 10 mm/min = moderada • 0 a 5 mm/min = grave Tratamento 1) Corrigir a causa primária 2) Repor a lágrima • Substitutos da lágrima (lacrimomiméticos): quantas vezes for necessário • Lacrimoestimulante: SID, BID, ad eternum - Tacrolimus 0,02% a 0,03% - mais comum - Ciclosporina A 0,2% 3) Tratar a úlcera de córnea: colírio antibiótico 4) Mucolítico: Reduz viscosidade do muco • Acetilcisteína colírio a 5% - 1 gota, QID, durante 30 dias 5) Cirúrgico: Transposição do ducto parotídeo Catarata • Grupo de desordens oculares manifestadas por opacidade do cristalino que pode ter várias formas, tamanhos, etiologias e estágios de progressão • Principal causa de cegueira tratável em cães Etiologia • Hereditária: Raças predispostas (Poodle, Schnauzer, Cocker, Golden, Boston Terrier) • Metabólica: Diabetes mellitus, hipocalcemia • Trauma, secundária à uveíte, secundária a glaucoma, toxinas Classificação - Estágio de desenvolvimento - Tempo de evolução - Congênita X Adquirida Diagnóstico • Diferenciar de esclerose nuclear Tratamento: cirúrgico Glaucoma • É o aumento da pressão intra-ocular Etiologia • Congênita • Primária: obstrução da drenagem do humor aquoso pelo ângulo irido-corneal • Secundária: traumas, luxação de cristalino, uveíte, hifema, neoplasias Sinais clínicos • Cegueira aguda, dor ocular, hiperemia conjuntival e episcleral, midríase, edema de córnea, buftalmia (aumento do tamanho do bulbo ocular). Diagnóstico • Inspeção • Tonometria Tratamento • Colírios antiglaucomatosos que podem ser associados mais de um agente (ex.: dorzolamida + timolol) • Analgesia sistêmica • Casos que não respondem ao tratamento é recomendada enucleação