Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Luiz Cláudio Cândido ANÁLISE DE FALHAS (Parte II) Prof. Leonardo Barbosa Godefroid candido@em.ufop.br leonardo@demet.em.ufop.br METALURGIA MECÂNICA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Grupo de Estudo Sobre Fratura de Materiais Telefax: 55 - 31 - 3559.1561 – E-mail: demet@em.ufop.br Resistência dos materiais à fratura - Resistência coesiva teórica - População de defeitos nos sólidos - Concentração de tensões devido a uma trinca - O modelo de Griffith - Variáveis externas que afetam a fratura - Tenacidade à fratura Objetivo: Esta parte apresenta uma abordagem macroscópica preliminar sobre a resistência à fratura, visando à caracterização dos materiais para prevenção e/ou análise de falhas. Trata-se dos primeiros modelos que surgiram para o cálculo da tensão requerida para a fratura, com influência de algumas variáveis. O efeito da presença de trincas (descontinuidades (“defeitos”)) é ressaltado. Define-se a tenacidade à fratura, citando-se algumas maneiras simples para sua estimativa. Prepara-se desta forma a apresentação da Mecânica de Fratura, que será vista na Parte III. Resistência dos materiais à fratura Resistência coesiva teórica : Material frágil – modelo de Orowan c o E a Tensão requerida para separar planos atômicos. Inclinação inicial = d/dx = c sen(x/d) c o E a População de “defeitos” em sólidos: Materiais de Engenharia Deformação plástica Presença de descontinuidades A resistência à fratura é bem menor do que a estimativa anterior. Posto isto, torna-se razoável e mesmo conservativo supor que um componente estrutural venha a falhar como conseqüência da concentração de tensões provocada pela presença de um defeito pré-existente. Esta hipótese constitui a base para uma metodologia de projeto para controle de fratura - Mecânica de Fratura. Será feita agora uma tentativa inicial para quantificar esta idéia. CRITÉRIOS DE FRATURA Trabalho de Griffith Trabalho de Inglis Trabalho pioneiro de Leonardo da Vinci Concentração de tensões devido a uma trinca: Trabalho pioneiro de Leonardo da Vinci Esquema de um caderno de notas de Leonardo da Vinci, ilustrando um dispositivo para ensaio de tração em fios de ferro. Concentração de tensões devido a uma trinca: Trabalho de Inglis (1913): a) efeito prejudicial da concentração de tensões. b) fator de concentração de tensões Kt. Um furo elíptico numa placa infinitamente larga produz uma concentração de tensão de 1 + 2a/b. a nom2max Concentração de tensão: Barra com furo circular sob tensão: a tensão máxima ocorre no ponto A. nom tnK max maxtgK Concentração de tensão : Concentrações de tensão a partir de um entalhe e de uma redução de seção em uma barra submetida a flexão; (a) flexão da barra; (b) franjas de fotoelasticidade. Medição Experimental de Tensões/Deformações Técnica da fotoelasticidade Fator de concentração de tensão: Fator de concentração de tensão: Fator de concentração de tensão: Fator de concentração de tensão: Efeito para material completamente linear-elástico Endurecimento pelo entalhe: Material dúctil – deformação plástica à frente do entalhe – encruamento. Tendência para fratura frágil: pela produção de elevadas tensões localizadas; pela introdução de um estado triaxial de tensões de tração; pela produção de um elevado endurecimento localizado por deformação e trincamento; pela produção de uma elevação localizada na taxa de deformação. Trabalho de Griffith (1920) – tenacidade à fratura. Balanço de energia de uma trinca numa placa infinita quando nenhum trabalho é realizado por forças externas. tensão plana deformação plana Energia Energia superficial = 4as Energia total devido à introdução da trinca Decréscimo de energia de deformação elástica = (- 2 a2)/E Instabilidade Tamanho de trinca introduzido, 2a 2 1 2 a E s f 2 1 21 2 a E s f Trabalho de Griffith (1920) – tenacidade à fratura. Resultados das experiências de Griffith para fibras de vidro. Espessura das fibras, polegadas Extrapolado para a resistência aproximada do vidro monolítico, 25 ksi Extrapolado para 1.600 ksi Trabalho de Griffith (1920) – tenacidade à fratura. Modificação do modelo de Griffith para aplicação em metais: correção de Orowan e de Irwin (1948). 2 1 2 a E ps f Variáveis externas que afetam a fratura: Efeito da temperatura, da taxa de deformação e da restrição plástica na curva de escoamento. Severidade do entalhe Tenacidade à fratura: A tenacidade de um material é uma medida da energia que ele absorve antes e durante o processo de fratura. Trata-se de um parâmetro muito importante para a caracterização do material, uma vez que ele diz respeito à resistência à fratura do material. Tenacidade à fratura: A área abaixo da curva tensão x deformação pode ser usada como medida da tenacidade. Se esta energia for alta, o material é considerado tenaz, ou caracterizado por possuir uma elevada tenacidade à fratura. Por outro lado, se a energia for baixa, o material é descrito como frágil. Curvas tensão-deformação para material de elevada resistência mecânica com pouca capacidade para deformação plástica, material com baixa resistência e elevada ductilidade, e material com ótima combinação de resistência e ductilidade. baixa tenacidade (polímeros) Deformação, e Tensão, baixa tenacidade (cerâmicos) grande tenacidade (metais) Estimativa da tenacidade: Corpos de prova entalhados – extensão da zona plástica. Extensão da zona plástica na fratura para material frágil e material tenaz. Frágil Tenaz Estimativas convencionais para a determinação da tenacidade Tração Tração com entalhe Diagrama FAD Explosão Queda de peso Impacto Charpy Energia para fratura: Estimativas para tenacidade - tração UR = módulo de resiliência Energia para fratura: Estimativas para tenacidade - tração Material dúctil: Material frágil: Energia para fratura: Estimativas para tenacidade - tração com entalhe Propriedades de tração com corpo de prova liso e entalhado de aço, em função da temperatura de revenido. uts netNSR ys netNYR Fonte: C.Ruggieri – Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, ABM. Fonte: C.Ruggieri – Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, ABM. Fonte: C.Ruggieri – Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, ABM. Fonte: C.Ruggieri – Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, ABM. Fonte: C.Ruggieri – Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, ABM. Fonte: C.Ruggieri – Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, ABM.
Compartilhar