Buscar

COMPETÊNCIA - TUTELA COLETIVA

Prévia do material em texto

Aula 5
Competência
Competência
Processo Coletivo Especial:
 art. 102, I, a, da CF – ADI e ADC;
§1º - ADPF;
Art. 103, §2º - ADI por Omissão;
 Art. 125, §2º - STF ou TJ.
Competência
Ação Civil Pública e Ação Popular:
 competência do 1ª grau de jurisdição
PET 6910 MC / DF, 2017, STF: Esse regime de direito estrito a que se submete a definição da competência institucional do Supremo Tribunal Federal tem levado esta Corte Suprema, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional – tais como ações populares (RTJ 141/344, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Pet 352/DF, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – Pet 487/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, v.g.), ações civis públicas (RTJ 159/28 , Rel. Min. ILMAR GALVÃO – Pet 240/DF , Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA, v.g.) ou ações cautelares , ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares (RTJ 94/471, Rel. Min. DJACI FALCÃO – Pet 240/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – Pet 1.738-AgR/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). 
Competência
Ação Civil Pública e Ação Popular:
STF: art. 102, I, f e n, da CF.
 STF: Rcl. 2.937/PR – 2011 (MPF x Itaipu Binacional – ACP).
COMPETÊNCIA – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL – ÓRGÃO DA UNIÃO – ITAIPU BINACIONAL – PARAGUAI – INTERESSE. Ante o disposto na alínea “e” do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal, cabe ao Supremo processar e julgar originariamente ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal contra a Itaipu Binacional.
Competência
Ação de Improbidade Administrativa:
Crimes comuns e de responsabilidade – Foro por Prerrogativa de Função
394 da súmula do STF: Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício. (CANCELADA)
Art. 84, CPP - § 1o A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. (INCONSTITUCIONAL ADIN nº 2797)
§ 2o A ação de improbidade, de que trata a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, será proposta perante o tribunal competente para processar e julgar criminalmente o funcionário ou autoridade na hipótese de prerrogativa de foro em razão do exercício de função pública, observado o disposto no § 1o. (INCONSTITUCIONAL ADIN nº 2797)
Competência
Ação de Improbidade Administrativa:
Crimes comuns e de responsabilidade – Foro por Prerrogativa de Função
A ação civil pública por ato de improbidade administrativa que tenha por réu parlamentar deve ser julgada em Primeira Instância. 2. Declaração de inconstitucionalidade do art. 84, §2º, do CPP no julgamento da ADI 2797." (Pet 3067 AgR, Relator Ministro Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgamento em 19.11.2014, DJe de 19.2.2015)
Competência
Ação de Improbidade Administrativa:
Aqueles que não ocupam mais cargo com foro por prerrogativa de função devem ser julgado no 1º grau;
Ação contra Ministro do STF - O Supremo Tribunal Federal admitiu sua competência para julgar ação de improbidade administrativa proposta contra um dos seus membros – Pet 3211 QO/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. P/ acórdão Min. Menezes Direito, Tribunal Pleno, julgado em 13/03/2008, DJe 27/06/2008.
STF - inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade administrativa.” AI 556727 AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, julgado em 20/03/2012, DJe 26/04/2012
Competência
Ação de Improbidade Administrativa:
STJ - há foro por prerrogativa de função nas ações por improbidade administrativa – AgRg no AREsp 184.147/RN, Rel. Min. Humberro Martins, Segunda Turma, julgado em 14/08/2012, DJe 20/08/2012: "Esta Corte Superior admite a possibilidade de ajuizamento de ação de improbidade em face de agentes políticos,em razão da perfeita compatibilidade existente entre o regime especial de responsabilização política e o regime de improbidade administrativa previsto na Lei n. 8.429/92, cabendo, apenas e tão-somente, restrições em relação ao órgão competente para impor as sanções quando houver previsão de foro privilegiado ratione personae naConstituição da República vigente. " (REsp 1282046/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 16/02/2012, DJe 27/02/2012).
STJ, AgRg no Ag 1404254/RJ: “...âmbito do STJ, vem entendendo, de forma pacífica, que o foro privilegiado também deve ser aplicado à ações civis públicas por ato de improbidade administrativa, quando houver a possibilidade de a autoridade investigada perder o cargo ou o mandato”. 
Competência
Ação de Improbidade Administrativa e Agentes Políticos:
STF, Pet 3.923/SP: Agentes Políticos estão sujeitos a uma “dupla normatividade em matéria de improbidade, com objetivos distintos” (Lei 1.079/50 – Crime de Responsabilidade) e (Lei 8.429/92 – Improbidade Administrativa).
STF, AC 3585 AgR/RS, 2014: Com exceção do Presidente da República, os agentes políticos sujeitam-se TANTO ao regime de responsabilização política (Crime de Responsabilidade – Lei 1.079/50), desde que ainda titular da função política, QUANTO à disciplina normativa da responsabilidade por Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92).
Competência
Mandado de Injunção Coletivo e Mandado de Segurança Coletivo:
STF: art. 102, I, d e q, da CF;
 STJ: art. 105, I, b e h, da CF.
 Justiça do Trabalho
Súmula 736, STF
 Justiça Eleitoral
 art. 105-A, da Lei 9.504/97
Competência
Justiça Federal
 art. 109, da CF – razão da pessoa; razão da matéria.
art. 3º, §1º, I, da Lei 10.259/01: Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas:
I – referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos.
 art. 5ª, caput, da Lei. 4.717/65.
 Súm. 208, STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.
Os Estados e Municípios, quando recebem verbas federais e possuem autonomia para gerenciá-las, mas se tais entes continuam tendo a obrigação de prestar contas ao Tribunal de Contas da União.
 Súm. 209, STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
Competência
Justiça Federal
Súm. 183, do STJ: Compete ao Juiz Estadual, nas Comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal, processar e julgar ação civil pública, ainda que a União figure no processo.
CANCELADA nos Embs. de Decl. no CC 27.676-BA, j. em 08/11/2000, pela 1ª Seção (DJ 24/11/00).
A competência será da Justiça Federal, mesmo que não haja vara da Justiça Federal no Local do dano.
Competência
Local do dano
art. 2º da LACP: ...no foro do local onde ocorrer o dano... (competência territorial-absoluta)
art. 93 do CDC:
No foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
No foro da Capital do Estado ou no Distrito Federal, para os âmbitos de nacional ou regional...
art. 209 do ECA: ...no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão...
art. 80 da Lei 10.741/2003: ...no foro do domicílio do idoso...
Art. 5ª, Lei 4.717/65 (AP): conforme a origem do ato impugnado... causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
Competência
Local do dano: art. 2º, LACP
Extensão do dano: art. 93, II, CDC 
Resp 1101057/MT, 2011: O legislador consumerista, além de definir a extensão do dano como critério determinante do foro competente, nos moldes do previsto no art. 2º da Lei 7.347/85 (LACP), trouxe resposta para as indagações que versavam sobre situações em que o dano é nacional ou regional, para as quais a Lei de Ação Civil Públicanão havia atentado. Dessa forma, estabeleceu o art. 93 do CDC que, para as hipóteses em nas quais as lesões ocorram apenas em âmbito local, será competente o foro do lugar onde se produziu o dano ou se devesse produzir (inciso I), mesmo critério já fixado pelo art. 2º da LACP. Por outro lado, tomando a lesão dimensões geograficamente maiores, produzindo efeitos em âmbito regional ou nacional, serão competentes os foros da capital do Estado ou do Distrito Federal (inciso II)... Nesse contexto, merece consignar-se que, ainda que o mencionado dispositivo de lei esteja localizado no capítulo do CDC referente às ações coletivas para a defesa dos interesses individuais homogêneos, a mais abalizada doutrina vem partilhando do entendimento de que sua aplicação se dá de forma mais ampla, como regra de fixação de competência a todas as ações coletivas para defesas de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos, não somente aos relativos às relações de consumo.
Competência
Local do dano: STJ
Dano de âmbito nacional ou regional será competente o foro da capital dos Estados ou do Distrito Federal, não havendo prevalência de foro. AgRg na MC 13660/PR, 2008: ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA. ART 2º DA LEI 7.347/85. ART. 93 DO CDC. 1. No caso de ação civil pública que envolva dano de âmbito nacional, cabe ao autor optar entre o foro da Capital de um dos Estados ou do Distrito Federal, à conveniência do autor. Inteligência do artigo 2º da Lei 7.347/85 e 93, II, do CDC.
Resp 944464/RJ, 2009: A competência para julgar as ações civis coletivas para o combate de dano de âmbito nacional não é exclusiva do foro do Distrito Federal, podendo a ação ser ajuizada no juízo estadual da Capital OU no juízo do Distrito Federal.
CC 17533/DF, 2000: Interpretando o artigo 93, inciso II, do Código de Defesa do Consumidor, já se manifestou esta Corte no sentido de que não há exclusividade do foro do Distrito Federal para o julgamento de ação civil pública de âmbito nacional. Isto porque o referido artigo ao se referir à Capital do Estado e ao Distrito Federal invoca competências territoriais concorrentes, devendo ser analisada a questão estando a Capital do Estado e o Distrito Federal em planos iguais, sem conotação específica para o Distrito Federal.
Competência
Local do dano: MAZZILI
Atinja TODO o país – vara do Distrito Federal ou Capital de um dos Estados;
Compreenda TODO o Estado, mas não ultrapasse seus limites – vara da Capital do Estado;
Mais de uma comarca do mesmo Estado, sem que atinja todo o território estadual – regra de prevenção entre as comarcas atingidas no Estado;
Mais de um Estado, sem que alcance todo o território nacional – varas das Capitais dos Estados atingidos.
Julga o juiz mais próximo da prova.
Competência – limitação do efeito da sentença
Efeitos da Decisão:
Art. 1 6, Lei Federal nº 7.347/85: A sentença civil fará coisa julgada erga omnes nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por deficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fw1darnento, valendo-se de nova prova.
Art. 2º-A, Lei Federal nº 9.494/97: A sentença civil prolatada em ação de caráter coletivo proposta por entidade associativa, na defesa dos interesses e direitos dos seus associados, abrangerá apenas os substituídos que tenham, nada data da propositura da ação, domicílio no âmbito da competência territorial do órgão prolator.
Competência – limitação do efeito da sentença
Efeitos da Decisão:
a) ocorre prejuízo a economia processual e fomento ao conflito lógico e prático de julgados;
b) representa ofensa aos princípios da igualdade e do acesso à jurisdição, criando diferença no tratamento processual dado aos brasileiros e dificultando a proteção dos direitos coletivos em juízo.
c) existe indivisibilidade ontológica do objeto da tutela jurisdicional coletiva, ou seja, é da natureza dos direitos coletivos lato sensu sua não separatividade no curso da demanda coletiva, sendo legalmente indivisíveis (art. 8 1 , parágrafo único do CDC); 
Competência – limitação do efeito da sentença
Efeitos da Decisão:
d) confundir competência, como critério legislativo para repartição da jurisdição, com a imperatividade decorrente do comando jurisdicional, esta última elemento do conceito de jurisdição que é una em todo o território nacional;
e) ineficácia da própria regra de competência em si, vez que o legislador estabeleceu expressamente no art. 93 do CDC (lembre-se, aplicável a todo o sistema das ações coletivas) que a competência para julgamento de ilícito de âmbito regional ou nacional é do juízo da capital elos Estados ou no Distrito Federal, portanto, nos termos da Lei em comento, ampliou a “jurisdição do órgão prolator".
Competência – limitação do efeito da sentença
Efeitos da Decisão:
Suponha-se que um empregador de âmbito nacional (por exemplo, um Banco com agências por todo o território brasileiro), esteja lesando por um ato toda a sua coletividade de empregados, através, por exemplo, de uma alteração ilícita e geral das condições de trabalho. Para reparar tal lesão, de caráter nacional, ter-se-ia que intentar diversas ações e distribuí-las por tantas Juntas quantas fossem necessárias para abarcar todo o território abrangido pelo dano. Tal pulverização. contrariando a natureza coletiva do bem tutelado, implicaria, certamente, em múltiplos provimentos, com alto risco de decisões conflitantes".
STANDER, Célia; MALTA, Elisa. A cosi a julgada nas ações civis públicas e a lei 9.494197. Revista Ltr, 62/637.

Continue navegando