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Vanessa Lorena Estudo dirigido sobre trombose 1- Defina trombose. Trombose é a solidificação do sangue no leito vascular ou no interior das câmaras cardíacas, em um indivíduo vivo. Trombo, que é a massa sólida de sangue que fica presa à superfície onde se originou, pode formar-se em qualquer território do sistema cardiovascular: cavidades cardíacas (na parede do órgão ou nas válvulas), artérias, veias e microcirculação. 2- Descreva a etiopatogênese, tomando-se em consideração a lesão endotelial; alterações do fluxo sanguíneo; e é hipercoagulabilidade. A formação de trombos envolve o processo de coagulação sanguínea e a atividade plaquetária, estando associada a três componentes (clássica tríade de Virchow): (1) lesão endotelial; (2) alteração do fluxo sanguíneo; (3) modificação na coagulabilidade do sangue. Lesão endotelial: Lesão estrutural do endotélio com solução de continuidade ocorre em traumatismos (p. ex., cateterismo), por agressões químicas, em inflamações e em ateromas. Perda de células endoteliais expõe a membrana basal (conjuntivo subendotelial), sobre a qual as plaquetas aderem e são ativadas, iniciando a formação do trombo. Trata-se de processo em tudo semelhante ao que ocorre na formação do tampão plaquetário. Ao mesmo tempo, é ativada a cascata da coagulação sanguínea. Lesão endotelial é também o fator primário de trombose na parede ventricular em infartos subendocárdicos, em áreas de endocardite de qualquer natureza, em arterites, em flebites e na coagulação intravascular disseminada. Alterações do fluxo sanguíneo: Modificações na velocidade do sangue (aumento ou redução) e turbulência no fluxo sanguíneo (formação de redemoinhos ou movimento não linear/laminar) são importantes na gênese de trombos. Retorno venoso diminuído (estase sanguínea) pode dever-se a fatores sistêmicos (insuficiência cardíaca, imobilidade no leito – a contração muscular favorece o retorno venoso) ou locais (compressão de vasos); trombose venosa profunda nos membros inferiores é frequente em pacientes acamados, principalmente após cirurgias. Modificação na coagulabilidade do sangue: Aumento da coagulabilidade sanguínea, por defeitos genéticos ou por condições adquiridas, resulta de: (1) aumento do número de plaquetas; (2) maior disponibilidade de fatores pró- coagulantes; (3) redução de inibidores da coagulação. Aumento do número de plaquetas e da síntese de fatores da coagulação, especialmente fibrinogênio, acompanha inflamações localizadas ou generalizadas (citocinas estimulam o endotélio e o tornam pró-coagulante) e a resposta sistêmica ao parto, como um componente de defesa para facilitar a hemostasia. Aumento da coagulabilidade Vanessa Lorena sanguínea e redução na velocidade circulatória nessas duas situações favorecem a formação de trombos venosos (trombose em pacientes imobilizados no leito e trombose venosa periparto). Após traumatismos, queimaduras, cirurgias extensas e outras agressões teciduais, há liberação de tromboplastina, que ativa a via extrínseca da coagulação. 3- Descreva a evolução e consequências da trombose O crescimento do trombo pode obstruir total ou parcialmente a luz do vaso ou das câmaras cardíacas, com prejuízo no fluxo sanguíneo. O trombo pode crescer e, após tempo variável, sofrer dissolução ou organização. Trombos recentes muitas vezes sofrem dissolução (trombólise) espontânea pelo sistema fibrinolítico. Se não são dissolvidos, os trombos sofrem conjuntivização ou calcificação. A organização faz-se por meio de reação inflamatória em que os fagócitos englobam as células do coágulo e digerem a fibrina, ao mesmo tempo em que liberam fatores de crescimento e quimiocinas que atraem e ativam células que originam o tecido de granulação, que acaba incorporando o trombo à parede dos vasos ou do coração (conjuntivização). Nos trombos oclusivos, pode haver proliferação endotelial que origina canais que permitem o fluxo de sangue através do trombo, restabelecendo parcialmente a circulação (recanalização do trombo). Calcificação distrófica em trombos forma concreções (flebólitos), mais comumente nas veias dos membros inferiores, podendo ser visíveis em radiografia simples. A consequência principal dos trombos é obstrução do vaso no local de sua formação ou a distância, esta quando o trombo se desprende ou se fragmenta e forma êmbolos (ver adiante). Obstrução arterial leva a isquemia (ver adiante); obstrução venosa reduz a drenagem sanguínea, provocando hiperemia passiva (congestão) e edema. Indução de trombose venosa por lesão endotelial vem sendo usada para obliterar veias varicosas para prevenir hemorragias por ruptura delas ou por motivos estéticos.
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