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Atividade Semestral 1 – Ensino Médio Integrado Tema: a Urbanização Contemporânea e Suas Consequências Sobre a Vida Social nas Centralidades Urbanas Instruções 1) Deverão ser formados 6 (seis) grupos, ficando cada grupo com um tema específico (vide último tópico dessas instruções). O tema a ser abordado será escolhido por cada grupo segundo seu próprio critério. 2) A abordagem do tema escolhido deve seguir à risca a proposta contida na sua respectiva sinopse (vide último tópico dessas instruções). 3) O grupo inteiro deve participar da apresentação, propondo um diálogo sobre o tema e trazendo para a apresentação aspectos da bibliografia consultada, além de rememorar as discussões feitas em sala. Apresentações "por partes", com cada componente ficando encarregado da "sua parte" e sem ter o conhecimento adequado de TODO o tema, terão rebaixada a nota específica para este critério. 4) As apresentações devem relacionar a bibliografia consultada com exemplos da realidade e discuti- los durante a apresentação, contextualizando-os com a discussão proposta. Tais exemplos deverão ser expostos através de imagens (fotos, gráficos, tabelas e vídeos bem curtos, com, no máximo, 3 minutos) fruto de pesquisa a partir do tema abordado. Além disso, é importante que o/a(s) autor/a(es/as) utilizado(s) seja(m) explicitado(s) durante a apresentação. 5) O professor também poderá intervir no debate, colocando questões relacionadas ao tema para um ou mais componentes de cada um dos grupos. 6) Os detalhes dos critérios de avaliação, disponíveis no AVA, são aqui resumidos: a) capacidade de articulação entre os componentes do grupo (a avaliação se dará pela observação de CADA UM dos componentes e pela observação do grupo inteiro); b) intervenções feitas por componentes dos demais grupos através de perguntas, provocações, afirmações complementares, etc.; c) capacidade de articular o tema escolhido com o exemplo (ou exemplos) trazido pelos componentes do grupo; d) capacidade de articular a bibliografia utilizada com o exemplo escolhido, fazendo um recorte de análise viável de ser executado; e) atenção ao tempo de apresentação (mínimo de 20 e máximo de 25 minutos para cada grupo). 7) Tendo em vista que se trata de uma atividade orientada, cada grupo poderá agendar atendimento prévio com o professor para colher sugestões de leitura e de abordagem, apresentar dúvidas, etc.. 8) Datas de apresentação: - 23 de novembro: grupos 1 e 2. - 30 de novembro: grupos 3 e 4. - 07 de dezembro: grupos 5 e 6. 9) Valor da atividade: 15 pontos, subdivididos em cada um dos critérios apresentados no tópico 6 e detalhados em arquivo específico no AVA. Relação de temas e suas respectivas sinopses 1) Que tipo de vida urbana queremos? Reflexões e propostas a partir do conceito de mobilidade urbana sustentável Pode-se dizer que a indústria automobilística e o automóvel exerceram e ainda exercem um papel decisivo no aprofundamento da urbanização brasileira. Esta indústria, dada a sua enorme cadeia produtiva e por ajudar a circular capitais de grande magnitude, tradicionalmente exerceu e ainda exerce uma enorme influência política no modo como são formuladas e implementadas as políticas de Estado ligadas à urbanização, como no caso daquelas para a mobilidade urbana. Nesse sentido, seria possível pensar – e, sobretudo, implementar – em uma concepção urbanística de cidade e de mobilidade urbana sustentáveis que deixem de atender primordialmente aos interesses e estratégias econômicas da indústra automobilística ou de outros grupos econômicos que atuam no espaço urbano? 2) Vida urbana e o direito humano à segurança alimentar: reflexões e propostas a partir do conceito de agricultura urbana Um dos direitos humanos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) nas últimas décadas foi o da segurança alimentar, isto é, o direito de todo cidadão à alimentação saudável e economicamente acessível. No entanto, as situações de carência nutricional e mesmo de fome ainda são comuns nas centralidades urbanas brasileiras em pleno século XXI. Através de várias iniciativas populares, nos últimos anos, a noção de agricultura urbana vem sendo cada vez mais implementada em diversas áreas periféricas dessas centralidades, em que pesem as várias dificuldades com as quais tais iniciativas têm se defrontado, como o acesso a recursos financeiros e a terrenos. Nesse sentido, e através da inspiração em iniciativas diversas bem e sucedidas Brasil afora – sejam elas independentes ou em parcerias com governos locais –, seria possível contribuírmos para generalizar o acesso à alimentação saudável e à melhoria da vida urbana no Brasil? 3) A urbanização da sociedade pensada a partir da infância. Há uma necessidade de se analisar as questões que se constituem para a infância a partir do processo de urbanização e metropolização contemporâneos. As transformações sociais e espaciais, bem como suas implicações no uso do tempo, têm recaído sobre a infância de múltiplas maneiras, dentre elas a tensão entre o ato de brincar e a rede de obrigações postas, por exemplo, pela escola e pela “qualificação”; pelo abreviamento da infância em nome da entrada cada vez mais rápida no “mundo adulto”. 4) O lazer e as (im)possibilidades do tempo livre na vida urbana contemporânea. A urbanização da sociedade, entendida aqui como generalização das determinações da modernização para as diferentes dimensões da existência individual e social, pode ser abordada nas transformações que exerce sobre as possibilidades de tempo livre, com este sendo modificado na sua essência. Diante do crescente mal-estar decorrente dessa modificação, o lazer e os circuitos econômicos ligados aos lazeres ganharam cada vez mais presença nas sociedades atuais. Com os lazeres, amplas parcelas do espaço (inclusive aquelas tidas como inóspitas, tais como os desertos e as montanhas) foram incorporadas às estratégias empresariais. Seriam os lazeres a constatação das impossibilidades do tempo livre na nossa sociedade? A ideia de tempo livre deve ser pensada para além dos lazeres? 5) As tensões e contradições na reprodução social contemporânea: a amplificação da repressão estatal nas áreas urbanas periféricas brasileiras. Os processos de urbanização e de metropolização da sociedade brasileira, entre fins do século XIX e o tempo presente, têm sido, guardadas suas circunstâncias específicas, também a compreensão, por parte dos grupos políticos e econômicos que chegam ao poder do Estado, do pobre e da pobreza como “caso de polícia”. Na época histórica mais recente, sobretudo nos últimos 40 anos, o aprofundamento das tensões e contradições sociais não resolvidas pela sociedade brasileira as tornou difíceis de serem ocultadas. E uma das respostas a essa dificuldade foi o igual aprofundamento das formas repressivas de exercício do poder de Estado, levando a que grupos sociais populares habitantes das periferias urbanas, incluindo aqueles que vêm buscando lutar pela efetivação de direitos sociais garantidos pela Constituição de 1988, sejam vistos como “perigosos” e as áreas urbanas onde moram como zonas de necessária intervenção das “forças da lei e da ordem”. 6) A crise da habitação nas centralidades urbanas brasileiras contemporâneas O aprofundamento da urbanização nas grandes cidades brasileiras – e em especial nas suas metrópoles – tem correspondido ao agravamento da crise habitacional. Embora diferentes programas habitacionais tenham sido formulados e implementados nas cinco últimas décadas – em especial o Banco Nacional da Habitação (BNH), o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) (governos Lula e Dilma Rousseff) e Casa Verde-Amarela (governo Jair Bolsonaro), o número de famílias sem acesso à moradia não tem experimentado o decréscimo esperadopor muitos governos. Seria esse um equívoco das gestões desses programas ou parte de contradições maiores, próprias aos sentidos da nossa urbanização? 7) A luta feminista no contexto da urbanização brasileira contemporânea Há diversos feminismos e lutas feministas no Brasil de ontem e de hoje. E ambas as perspectivas passam por um aspecto comum bastante importante: a visibilidade das minorias. Se o século XIX brasileiro viu a luta feminista pautar a educação das mulheres, o direito do voto e a abolição da escravatura, os séculos XX e XXI vê não só a ampliação da luta pelos direitos civis e políticos, mas também outras importantes pautas, bastante contemporâneas: a luta contra a violência doméstica, a equiparação salarial, o direito à construção do próprio relacionamento conjungal, à decisão sobre a própria reprodução, etc. Há também a consideração de que a emancipação feminina deve ser pensada como emancipação humana (pressupondo ambos os sexos), para além do tipo de sociedade em que vivemos. E essas lutas contemporâneas, embora sejam universais e alcancem os diversos espaços e tempos, têm um caráter urbano muito forte.
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