Buscar

03 - Materiais Anelásticos - Pasta Zincoenólica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Introdução 
A pasta zinco-enólica possui alguns outros nomes, 
como pasta para impressão e pasta Lysandra, que é o 
laboratório que produz esse material. 
Ela nada mais é do que um material anelástico, à 
base de oxido de zinco e eugenol, que toma presa de forma 
sólida e friável. 
Da mesma forma que a godiva, trata-se de um 
material que, ao tomar presa, fica bem sólido e, se cair, 
pode fraturar. 
Mas é importante ressaltar que a godiva não toma 
presa, pois se trata de um material termoplástico, 
diferentemente da pasta zinco-enólica. 
No caso da pasta zinco-enólica temos uma reação 
de presa química, que se dá a partir da mistura dos dois 
materiais. 
 
Composição Química 
A pasta zinco-enólica é composta por uma pasta 
base e uma pasta catalizadora (ativadora). A pasta base 
contém óxido de zinco, resina hidrogenada, breu, acetato 
de zinco, cloreto de magnésio e óleo mineral. Já a pasta 
catalizadora contém eugenol, resina vegetal, ácido acético 
e óleo de oliva. 
 
Apresentação 
A pasta zinco-enólica se apresenta no mercado 
como dois tubos. Em um tubo temos a basta ativadora e no 
outro temos a pasta base. Mas nem todos os fabricantes 
seguem esse tipo de apresentação do material. 
 
 
 
Normalmente, a abertura da pasta catalizadora 
permite a saída do dobro de material da pasta base. Caso a 
abertura desses dois tubos seja do mesmo tamanho, é 
importante ficar atento à dosagem do material. 
No modelo padrão a pasta base é branca e contém 
o óxido de zinco, enquanto que a pasta catalizadora é rosa 
ou de outra cor e contém o eugenol. 
Existem dois tipos de espessura de pasta 
disponíveis no mercado: a do tipo 1, mais espessa, utilizada 
para fazer a moldagem secundária em que o detalhamento 
desejado não seja muito minucioso. Se o detalhamento da 
moldagem secundária desejado for mais minucioso a 
indicação é a pasta do tipo 2, que é mais fluida, o que 
resulta na obtenção de mais detalhes. 
Não se faz a primeira moldagem com a pasta zinco-
enólica. O que se faz é uma moldagem sobre a feita 
anteriormente, que poderia ser de godiva, por exemplo, 
com o objetivo de proporcionar mais detalhes. 
 
Propriedades 
A proporção de pasta catalizadora para pasta base 
é de 2 para 1. É por conta disso que quando a saída do tubo 
da pasta catalizadora possui o dobro do tamanho da saída 
do tubo da pasta base as proporções de material ficam 
adequadas. 
Se os dois tubos possuírem os mesmos tamanhos 
de saída, é necessário que o tamanho da “fileira” da pasta 
catalizadora seja o dobro do tamanho da “fileira” da pasta 
base. Por exemplo, se a “fileira” de pasta base tiver 3 cm, é 
necessário que a fileira de pasta catalizadora tenha 6 cm. 
Se a dosagem não for bem proporcionada, o tempo 
de presa, a rigidez e demais propriedades do material serão 
alterados. 
Em condições normais, o tempo de presa inicial da 
pasta zinco-enólica é de 3 a 5 minutos, enquanto que o 
tempo para que ocorra a presa final é de cerca de 10 
minutos. 
No entanto, a presa inicial já permite retirar o 
material da boca do paciente, pois já suporta a pressão de 
remoção sem que ocorra fraturas. Passados os 10 minutos 
para a presa total, pode-se também preencher o molde 
com o material de confecção do modelo. 
A resistência e a rigidez desse material à 
compressão é basicamente a mesma do óxido de zinco e 
eugenol do tipo II, que é de 70 Kg/cm². 
Com relação à estabilidade dimensional, que é 
outra propriedade desse material, pode-se considerar 
como sendo boa. Isso quer dizer que o material não irá 
alterar o formato que assumiu demasiadamente após a 
moldagem tomar presa. 
A alteração dimensional desse produto é de 0,1%, 
o que é aceito pela American Dental Association (ADA). 
Essa alteração é aceitável e não implicará em quaisquer 
problemas consideráveis no modelo. Com isso, a pasta 
zinco-enólica é considerada um material com estabilidade 
dimensional adequada. 
Pela sua rigidez, após a presa, a pasta zinco-enólica 
também traz uma reprodução de detalhes muito boa. É 
justamente por ser melhor na reprodução de detalhes do 
que a godiva que ela é usada na moldagem secundária. 
Embora apresente uma boa precisão de 
moldagem, esse não é considerado um material de uso pra 
moldagem. O emprego dele se dá para a obtenção de 
Materiais Anelásticos 
Pasta Zinco-enólica 
] 
detalhamento e segunda moldagem. 
Normalmente se realiza a primeira moldagem com 
a godiva, obtendo o molde que será preenchido com o 
gesso adequado. O gesso então toma presa e obtém-se o 
modelo. 
Com esse modelo de gesso se prepara em uma 
moldeira individual de resina acrílica (trata-se de uma 
moldeira é feita sobre o modelo de gesso). Após a 
confecção dessa moldeira se realiza a aplicação da pasta 
zinco-enólica sobre os pontos que precisam ser melhor 
detalhados e ela é levada novamente para a boca do 
paciente para a obtenção dos detalhes. 
Por conta disso, é muito importante que a pasta 
zinco-enólica tenha uma adesão adequada à moldeira 
individual de resina acrílica ou ao molde preliminar, com 
godiva, pois se ela for levada à boca do paciente e, quando 
retirada, a moldeira de resina acrílica sair e a moldagem 
secundária de pasta zinco-enólica ficar na boca do 
paciente, ela terá se perdido. 
Essa moldagem também pode ser feita no próprio 
molde de godiva. Nesse caso, a obtenção do detalhamento 
pode ser feita pela placa de godiva de espessura mais fina 
ou pela pasta zinco-enólica. 
As cores das pastas base e catalizadora são 
geralmente bem contrastantes – geralmente uma é branca 
e a outra é vermelha –, pois é importante que ocorra uma 
boa homogeneização do material durante a sua 
manipulação. 
 
Indicações 
 A pasta zinco-enólica tanto pode ser utilizada na 
moldagem para prótese total quanto na moldagem 
para prótese parcial removível. 
Nesses casos, realiza-se a moldagem preliminar da 
arcada com a godiva e um ou outro dente pode ser isolado 
(para que não se tenha problema com a godiva) e 
preenchido em seguida com uma fina camada de pasta 
zinco-enólica para que se obtenha o detalhamento que 
faltou na godiva. 
Outra opção seria confeccionar a moldeira 
individual de resina acrílica a partir de uma moldagem com 
alginato. A partir disso, pode-se fazer o detalhamento com 
a pasta zinco-enólica na moldeira individual. 
 Utilizado apenas com moldeira individuais de 
resina acrílica ou sobre moldagem anatômica com 
godiva, numa camada fina (moldagem corretiva). 
A pasta zinco-enólica é sempre utilizada no preparo 
da moldagem corretiva, ou seja, na correção de alguma 
parte do molde que não foi completamente detalhado e 
que esse detalhamento precisa ser obtido. 
 
Proporção 
É importante que se tenha comprimentos iguais de 
ambas as pastas, ou seja, na proporção de 2:1 (2 de pasta 
catalizadora para 1 de pasta base), para que a manipulação 
seja feita com a proporção correta. 
Na imagem a seguir observa-se que os tubos de 
pasta zinco-enólica com tamanhos diferentes, o que 
permite que, quando do mesmo tamanho, as proporções 
de base e catalizador estejam adequadas. 
 
 
 
Técnica de Manipulação 
A manipulação da pasta zinco-enólica pode ser 
feita diretamente na placa de vidro ou no bloco de papel 
impermeável. 
Para aplicar a proporção adequada das pastas 
pode-se realizar a compressão simultânea ou não dos dois 
tubos por comprimentos lineares e iguais das duas pastas, 
mantendo a proporção de 2:1. 
Para a manipulação se utiliza a espátula rígida de 
aço inox número 36, que possui uma parte ativa maior. Essa 
parte ativa avantajada da espátula favorece a 
homogeneização mais rápida do material 
 
 
 
A forma de manipulação é muito simples, 
homogeneizando as duas pastas devidamente 
proporcionadas em um papel encerado ou na placa de 
vidro. Ela deve ser feita de forma enérgica e rápida, com a 
espátula paralela à placa (para aproveitar bem a parte ativa 
da espátula), por 1 minuto, até uniformizar a cor. 
 
Moldagem Preliminar vs Moldagem 
Funcional 
A moldagem preliminar ouanatômica seria a 
primeira etapa de uma moldagem que precisa de mais 
detalhamento, como é o caso da moldagem do rebordo 
irregular. Nesse caso se utiliza a moldeira de estoque, onde 
é colocado o material de moldagem selecionado. 
Com isso, reproduz-se o rebordo alveolar/arcada e 
se consegue visualizar os limites anatômicos da 
maxila/mandíbula sem muito detalhamento, por melhor 
que seja o material de moldagem. 
A moldagem funcional seria a segunda etapa da 
moldagem. Nela se busca obter o detalhamento em locais 
em que ficou faltando, geralmente fazendo uso da 
moldeira individual de resina acrílica, obtida através do 
modelo da moldagem preliminar. 
Essa moldagem funcional reproduz com fidelidade 
todos os acidentes anatômicos da área chapeável, 
identificando inserções de freios, mucosa livre etc. 
Trata-se de uma moldagem feita com os músculos 
em função, onde se pede que o paciente realize pequenos 
movimentos de lateralidade para que o modelo reproduza 
a localização de onde estão agindo os músculos d paciente 
para que se possa proporcionar o alívio dessa musculatura 
na confecção da prótese. 
 
Técnica de Moldagem 
Na técnica de 
moldagem a mistura dos 
materiais é espalhada sobre 
a moldeira individual, que é 
levada à boca do paciente 
de forma semelhante à 
moldagem preliminar. 
Após isso, realiza-se 
a compressão da moldeira e 
se orienta o paciente a fazer 
alguns movimentos faciais para copiar os freios, bridas, 
inserções musculares etc. 
Assim como é feito em qualquer tipo de moldagem, 
o molde deve ser mantido na boca sem perturbação, até 
que ocorra a presa, para evitar deformações. 
No caso da pasta zinco-enólica e de alguns outros 
materiais, a saliva pode acelerar a reação de presa, o que 
pode provocar o rápido endurecimento do material nos 
locais com maior quantidade de saliva. 
 
Marcas Comerciais 
 Lysanda (SS. White); 
 Pasta para moldagem Horus (Herpo); 
 Pasta para impressão Cavex (Caulk); 
 Pasta para moldagem (Lee Smith).

Continue navegando