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PlanoDeAula_4 Civil III - Resolvidos

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			 Plano de Aula: 4 - DIREITO CIVIL III – CONTRATOS
			 DIREITO CIVIL III
			
		
		
			Título
			4 - DIREITO CIVIL III – CONTRATOS
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				2
			
			Número de Semana de Aula
			
				4
			
 
 Tema
		 Garantias contratuais legais
		
		 Objetivos
		 
- Compreender a garantia legal contra vícios redibitórios;
- Compreender a garantia legal contra evicção.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
Unidade 2 - A FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS (continuação)
 
2.5 Dos vícios redibitórios
2.6 Da evicção
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
Caso concreto 01
Irineu comprou de Eriberto veículo importado, vindo a perdê-lo posteriormente para Cláudia, que provou em juízo que tal automóvel era seu e que havia sido roubado há dois anos. Na ação proposta por Cláudia, Irineu não denunciou a lide a Eriberto. (Obs: considere que Eriberto adquiriu o veículo de boa-fé, de terceiro).
 
Tomando por base a disciplina das garantias contratuais legais, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Irineu ainda poderá exercer o direito de recobrar o prejuízo pela evicção.
 
Questão objetiva 01
(OAB 2009/3) Assinale a opção correta a respeito dos vícios redibitórios e da evicção:
A) As partes podem inserir no contrato cláusula que exclua a responsabilidade do alienante pela evicção.
B) O adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar o abatimento do preço.
C) Não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido efetivada por meio de hasta pública.
D) Se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório.
 
Questão objetiva 02
(TRF 1ª Região – juiz) Determinado indivíduo comprou um carro e, após dez dias utilizando-o, constatou defeito que diminuiu sensivelmente o valor do veículo. O adquirente desconhecia o defeito no momento da realização do negócio jurídico e, se dele tivesse conhecimento, não o teria celebrado. Em relação à situação hipotética acima, julgue os itens subseqüentes.
I- A hermenêutica contratual moderna impõe o princípio da sociabilidade dos contratos como limitação à liberdade contratual.
II- O adquirente pode redibir o contrato ou reclamar abatimento do preço.
III- O erro como vício de consentimento e o vício redibitório confundem-se porque, em ambos, o negócio jurídico contém defeito que vicia a vontade do adquirente.
IV- O adquirente, se optar pela ação redibitória, deverá observar o prazo prescricional fixado em lei.
 
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
E) II, III e IV.
 
 
 
 Procedimentos de Ensino
	 
2.5. Dos vícios redibitórios
São defeitos ocultos que tornam a coisa imprópria para o uso a que é destinada ou que, se fossem conhecidos, impediriam a realização do contrato.
 
Os vícios redibitórios autorizam o comprador a rejeitar a coisa recebida e redibir o contrato (ação redibitória) ou a pedir o abatimento do preço pago (ação estimatória ou quanti minoris), nos termos do art. 442 do CC/2002. As ações destinadas a combater os vícios redibitórios são também chamadas de ações edilícias (redibitória ou estimatória).
 
Os defeitos aparentes ou de fácil constatação não autorizam o comprador a rejeitar a coisa recebida e redibir o contrato, ou pedir o abatimento do preço pago. Exige-se do comprador a diligência do homem médio, um mínimo de cuidado ao comprar a coisa.
 
A proteção contra os vícios redibitórios aplica-se a todos os contratos comutativos ou onerosos, bem como às doações gravadas com encargos, pois estas se assemelham àqueles (CC, 441).
 
O prazo para a propositura da ação é curto. O adquirente deve propor a ação em trinta dias, em caso de bem móvel, ou em um ano, no caso de imóvel, a contar da data da entrega efetiva (CC, 445). Nos termos do § 1º do referido artigo, quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. Importante esclarecer que o prazo para manejo das ações edilícias é decadencial.
 
A responsabilidade por vícios redibitórios independe de culpa ou má-fé do vendedor, de modo que o desconhecimento de tais vícios não o isenta de responsabilidade. Nesse caso, o alienante deve restituir o preço recebido e as despesas efetuadas pelo comprador na celebração do contrato (CC, 443).
 
Contudo, caso o vendedor conhecesse os defeitos ocultos, a sua responsabilidade aumenta, podendo vir a ser condenado a restituir o preço recebido e a indenizar eventuais perdas e danos experimentados pelo comprador (CC, 443).
 
Na sistemática do Código Civil revogado, era permitido ao vendedor incluir uma cláusula excluindo sua responsabilidade por vícios redibitórios (art. 1.101 do CC/1916), o que não foi repetido pelo novo Código. Assim, segundo parte da doutrina, a partir da vigência do Código Civil de 2002 deve ser considerada nula a cláusula que isente a responsabilidade por vício redibitório.
 
Nas relações de consumo, as regras do vício redibitório são distintas. Vide o art. 18 da Lei nº. 8.078/90.
 
2.6. Evicção
A evicção é a perda total ou parcial de um bem em razão de sentença que o atribui a outrem por direito anterior ao contrato. A garantia contra a evicção é obrigação do alienante que deriva automaticamente do contrato. Assim, nos contratos onerosos pelos quais se transfere o domínio, posse ou uso, o alienante deve garantir o adquirente dos riscos da evicção e indenizá-lo na eventualidade de vir a perder o bem por força de sentença que reconheceu direito de outrem. 
 
Na redação do art. 447 do novo Código Civil, menos restritiva do que aquela do Código revogado, pode-se considerar evicção, também, a perda do domínio do bem pelo implemento de condição resolutiva, pela apreensão policial de coisa furtada ou roubada em momento anterior à aquisição ou pela privação da coisa por ato inequívoco de qualquer autoridade. A única excludente prevista pelo CC/2002 para a responsabilidade pela evicção é a ciência por parte do comprador de que a coisa adquirida é alheia ou litigiosa.
 
Requisitos da evicção
a) a onerosidade da aquisição do bem, o que afasta a figura nos contratos gratuitos; 
b) a perda, total ou parcial, da propriedade ou da posse da coisa alienada pelo adquirente; 
c) sentença judicial com trânsito em julgado, reconhecendo a evicção, salvo as exceções mencionadas no parágrafo anterior (p.ex., apreensão policial).
 
Sujeitos
- alienante: sujeito que transfere a coisa;
- evicto ou evencido: adquirente da coisa;
- evictor ou evencente: sujeito que alega direito anterior ao do alienante.
 
Uma vez caracterizada a evicção, o adquirente tem direito de pedir a restituição integral do preço, a indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir, as despesas do contrato e a indenização dos prejuízos que resultem diretamente da evicção (CC, 450), incluindo as custas processuais e os honorários advocatícios.
 
A garantia da evicção pode ser renunciada pelo adquirente. Contudo, a eficácia da cláusula que exclui a evicção varia, conforme o adquirente tenha ou não real conhecimento do risco da evicção (CC, 449). Se o adquirente tinha conhecimento dos riscos da evicção e concordou com a cláusula exonerando a responsabilidade (cláusula de irresponsabilidade pela evicção ou cláusula non praestenda evictione), deve suportar os riscos (CC, 457).
 
A evicção pode ser total ou parcial. Neste último caso,pode o evicto optar entre a extinção do contrato e conseqüente indenização conforme o art. 450, CC, ou a manutenção do pacto com reembolso do que foi perdido ao evictor, mais eventuais perdas e danos. 
 
Obs: dificuldade em precisar o conceito indeterminado ‘evicção parcial considerável’ contido no art. 455, CC.
 
Necessidade de denunciação da lide
O exercício dos direitos assegurados pela garantia contra a evicção depende de prévia comunicação do adquirente (evicto) ao alienante, que deve ser instrumentalizada através da figura da denunciação da lide (CC/2002, 456; CPC, art. 70, I). Nos termos do parágrafo único do art. 456 do CC/2002, não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.
 
Entretanto, a jurisprudência tem suavizado o aparente rigor do art. 456, CC, entendendo que a denunciação da lide não é obrigatória, sendo somente necessária para que a restituição ao evicto pelo alienante seja feita no mesmo processo. Assim, ainda que o evicto não faça a denunciação da lide, ainda poderá ser indenizado através de ação própria. Sobre o tema, o STJ já se posicionou:
 
Direito civil e processual civil. Recurso especial. Compra e venda de imóvel rural. Evicção. Ação de indenização por perdas e danos. Denunciação da lide. Ausência de obrigatoriedade. Natureza da venda. Reexame de fatos e provas. Interpretação de cláusulas contratuais. Embargos de declaração. Ausência de omissão, contradição ou
obscuridade. Juros moratórios. Sucumbência recíproca.
- Para que possa exercitar o direito de ser indenizado, em ação própria, pelos efeitos decorrentes da evicção, não há obrigatoriedade de o evicto promover a denunciação da lide em relação ao antigo alienante do imóvel na ação em que terceiro reivindica a coisa. Precedentes.
- Adentrar na discussão sobre a natureza da venda, demandaria a incursão no campo de fatos e provas apresentados no processo, bem assim, a interpretação de cláusulas contratuais, expedientes vedados pelas Súmulas 5 e 7 do STJ.
- Não se conhece do recurso especial quando o Tribunal de origem decidiu fundamentadamente as questões necessárias ao deslinde da controvérsia, sem omissões, contradições, tampouco obscuridades no julgado, embora em sentido diverso do pretendido pelos recorrentes.
- Os juros moratórios são fixados a partir da citação, no patamar de 0,5% ao mês, até a data de 10/1/2003; a partir de 11/1/2003, o percentual dos juros moratórios incide à razão de 1% ao mês.
- Verificada a sucumbência recíproca, devem ser compensados os honorários advocatícios.
Primeiro recurso especial não conhecido. Segundo recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. Ônus sucumbenciais redistribuídos na lide secundária. 
(REsp 880698 / DF. Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI. TERCEIRA TURMA. DJ 23/04/2007 p. 268)
 
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. VE�CULO IMPORTADO. EVICÇÃO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. AUSÊNCIA DE OBRIGATORIEDADE.
1. Esta Corte tem entendimento assente no sentido de que "direito que o evicto tem de recobrar o preço, que pagou pela coisa evicta, independe, para ser exercitado, de ter ele denunciado a lide ao alienante, na ação em que terceiro reivindicara a coisa" (REsp 255639/SP, Rel. Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, Terceira Turma, DJ de 11/06/2001).
2. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no Ag 917314 / PR. Rel. FERNANDO GONÇALVES. QUARTA TURMA. DJe 22/02/2010)
 
Outra situação interessante da jurisprudência é a admissão da denunciação da lide per saltum, a qualquer alienante da cadeia dominial. Aliás, a denunciação per saltum é também autorizada pelo enunciado 29 da I Jornada de Direito Civil:
 
A interpretação do art. 456 do novo Código Civil permite ao evicto a denunciação da lide de qualquer dos responsáveis pelo vício.
	 Recursos Físicos
	 
Quadro e pincel;
Retroprojetor;
Datashow.
 Avaliação
 
Caso concreto 01
Irineu comprou de Eriberto veículo importado, vindo a perdê-lo posteriormente para Cláudia, que provou em juízo que tal automóvel era seu e que havia sido roubado há dois anos. Na ação proposta por Cláudia, Irineu não denunciou a lide a Eriberto. (Obs: considere que Eriberto adquiriu o veículo de boa-fé, de terceiro).
 
Tomando por base a disciplina das garantias contratuais legais, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Irineu ainda poderá exercer o direito de recobrar o prejuízo pela evicção.
Resposta: Sim. Embora a lei pareça indicar o contrário, é assente na jurisprudência, inclusive com precedentes do STJ, que a denunciação da lide não é obrigatória. No entanto, para recobrar o valor deverá o evicto valer-se de ação própria.
 
Questão objetiva 01
(OAB 2009/3) Assinale a opção correta a respeito dos vícios redibitórios e da evicção:
A) As partes podem inserir no contrato cláusula que exclua a responsabilidade do alienante pela evicção.
B) O adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar o abatimento do preço.
C) Não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido efetivada por meio de hasta pública.
D) Se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório.
 
Resposta: alternativa A.
 
Questão objetiva 02
(TRF 1ª Região – juiz) Determinado indivíduo comprou um carro e, após dez dias utilizando-o, constatou defeito que diminuiu sensivelmente o valor do veículo. O adquirente desconhecia o defeito no momento da realização do negócio jurídico e, se dele tivesse conhecimento, não o teria celebrado. Em relação à situação hipotética acima, julgue os itens subseqüentes.
I- A hermenêutica contratual moderna impõe o princípio da sociabilidade dos contratos como limitação à liberdade contratual.
II- O adquirente pode redibir o contrato ou reclamar abatimento do preço.
III- O erro como vício de consentimento e o vício redibitório confundem-se porque, em ambos, o negócio jurídico contém defeito que vicia a vontade do adquirente.
IV- O adquirente, se optar pela ação redibitória, deverá observar o prazo prescricional fixado em lei.
 
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
E) II, III e IV.
 
Resposta: alternativa A.
 
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