PRE RELATORIO 6 - DESCONTAMINAÇÃO DA ÁGUA POR ELETROFLOCULAÇÃO - BRUNA SALDANHA

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
Estudante: Bruna Saldanha Dias Pereira
Matrícula: 20172330026
Pré-Relatório de Química Geral Experimental II
Descontaminação da água por Elétrofloculação
Prof. Everton Luiz de Paula
MANTENA, SETEMBRO 2021
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Feltre (2017, p.282) “Eletroquímica é o estudo das reações químicas que produzem corrente elétrica ou são produzidas pela corrente elétrica”. Processos eletroquímicos são muito comuns no cotidiano, como ascender uma lâmpada, ligar um eletrodoméstico, por exemplo. Tais situações ocorrem por ação de oxidação – perda de elétrons, redução – ganho de elétrons e oxi-redução – transferência de elétrons.
Quando a reação de oxi-redução é ocasionada pela corrente elétrica ela é denominada eletrólise. Os processos de eletrólise são amplamente utilizados, tanto em laboratórios como nas indústrias químicas. Entre seus usos pode-se destaca-lo como uma alternativa para o tratamento da água, esse processo é chamado de eletrofloculação.
De acordo com Crespilho e Rezende (2004) citado por Neto el (2011) processo da eletrofloculação, também chamado de eletroflotação é essencialmente um processo eletrolítico que envolve a desestabilização de poluentes emulsificados, ou em suspensão, em meio aquoso. Esse processo pode ser descrito em 3 etapas: Na primeira, o coagulante é gerado in situ pela oxidação de um ânodo metálico (M) de sacrifício; assim que os respectivos cátions são gerados na fase anódica, estes reagem com moléculas de água para formação dos respectivos hidróxidos e poli-hidróxidos. Na segunda etapa, os hidróxidos formados adsorvem-se em partículas coloidais originando os flóculos e tem-se o transporte dessas espécies que entram em contato com as impurezas. Na última etapa do processo ocorre a flotação, em decorrência da formação das microbolhas que são geradas da eletrólise da água.
Neto el al (2011) ressalta que “a grande vantagem da utilização dessas metodologias no tratamento de poluentes orgânicos reside no fato de não produzirem subprodutos particulados, que necessitem de uma disposição final especial”. O autor chama atenção para o fato de que no Brasil, tanto no ensino superior como no ensino médio, as possibilidades existentes em termos de tratamento de poluentes orgânicos do meio ambiente praticamente não são discutidas e, tampouco, são propostos experimentos com esse objetivo.
O Objetivo dessa prática experimental é possibilitar a compreensão da descontaminação da água por meio do processo de eletrofloculação. E alertar e despertar os estudantes às questões ambientais, introduzindo uma postura mais crítica quanto ao tema.
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 MATERIAIS E REAGENTES
· 1 Bateria de 9 V
· 2 pregos comuns
· 2 fios de cobre (aproximadamente de 20 cm comprimento) 
· 1 béquer de 50 mL
· Cloreto de sódio (NaCl - sal de cozinha) P.A.
· Corante azul de metileno ou corante alimentício
· Papel filtro ou Filtro de papel de poro fino 
· 1 Funil de vidro ou outro material similar
· 1 Espátula de meta
2.2 PROCEDIMENTOS
1. Em um béquer de 50 mL, adicionar 30 mL de H2O. Na sequência, adicionar cerca de 1000 mg (1 espátula) de sal de cozinha (NaCl) e 100 mg (1 ponta de espátula) do corante. Observar a coloração inicial. 
2. Organizar o sistema como demonstrado na Figura 1. É necessário ter atenção para o fato de que os dois pregos não podem ter contato e que deverão estar completamente imersos na solução.
Figura 1 - Esquema do aparato experimental para eletrofloculação. 
3. Na sequência, conectar os pregos à bateria de 9 V por meio de fios de cobre comuns utilizando garras do tipo “jacaré”. Um prego deve ser conectado ao polo positivo, enquanto que o outro deve ser conectado ao polo negativo. Observar o que está acontecendo em cada eletrodo. 
4. Observar a mudança ocorrida na coloração da solução, bem como o que está acontecendo ao redor do catodo. Além disso, perceber uma espécie de lama (contendo hidróxido de ferro, como descrito acima). Manter o sistema ligado por 5 minutos. 
5. Ao final, agitar bem a célula e seu conteúdo e derramar a solução em um funil contendo papel filtro e colete o filtrado.
6. Comparar a solução inicial, com a solução presente no sistema eletroquímico, bem como a solução filtrada.
3 RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que por meio da corrente elétrica na solução salina de NaCl, com presença de corante ocorra a formação de partículas coloidais, ocasionando a floculação desse corante, sendo possível a separação por filtração e deste modo o possível tratamento dessa água.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Experimentos envolvendo a química ambiental são de extrema importância para os estudantes. Este propôs um aprofundamento sobre alguns conceitos eletroquímicos, aplicados a processos de tratamento de água, a eletrofloculação. Reconhecendo sua aplicabilidade, ou seja, benefícios e limitações.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FELTRE, Ricardo. Química: Volume 2: Físico-Química. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2004.
NETO, S. A.; MAGRI, T.C.; SILVA, G.M.; ANDRADE, A.R. Tratamento de resíduos de corante por eletrofloculação: um experimento para Cursos de graduação em química. Química Nova. 2011. v34(8): 1468-1471.
PAULA, Everton Luiz de; RUELA, Fernando Armani. Química experimental para EAD [recurso eletrônico]. Diamantina. UFVJM, 2021. 204p.