PRE RELATORIO 9 - CORROSÃO DO FERRO - BRUNA SALDANHA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
Estudante: Bruna Saldanha Dias Pereira
Matrícula: 20172330026
Pré-Relatório de Química Geral Experimental II
Corrosão do Ferro
Prof. Everton Luiz de Paula
MANTENA, SETEMBRO 2021
RESUMO
O ferro é o metal de transição mais abundante na terra, devido suas características como maleabilidade, ductilidade, ele é o metal mais utilizado industrialmente no mundo. Por se tratar de um metal o ferro está sujeito a corrosão – enferrujamento, por diversos fatores. Esse processo corrosivo pode ocorrer por meio úmido ou seco. O objetivo dessa experimentação é avaliar a corrosão úmida do ferro, através da utilização de pregos em contanto com ar, água, e soluções de HCl, NaOH, NaCl e óleo de cozinha.
1 INTRODUÇÃO
O ferro é um dos metais mais empregados em nossa civilização, para a produção de inúmeros materiais. Esse metal pode ser obtido a partir do minério de hematita (Fe2O3), sendo o quarto mais abundante em massa na crosta terrestre. Do ferro se faz o aço, a liga metálica mais utilizada no planeta. É a principal substância metálica produzida no Brasil, tendo uma participação superior a 70% no valor total de produção de metais.
Novais (S/D) descreve o ferro como um metal maleável, que pode ser facilmente dobrado, laminado, forjado e conformado, e de grande resistência mecânica. É também um material fortemente magnético, e, por conta disso, os materiais com propriedades semelhantes, de formarem ímãs permanentes ou serem atraídos por ímãs, são chamados de ferromagnéticos.
As propriedades desse metal são:
· Número atômico: 26
· Massa molar: 55,85 g/mol
· Isótopos naturais: 56Fe (91,75%), 54Fe (5,85%), 57Fe (2,12%) e 58Fe (0,28%)
· Ponto de fusão: 1535 °C
· Ponto de ebulição: 2862 °C
· Densidade: 7,8 g/mL
· Localização na Tabela Periódica: grupo 8, 4º período
· Distribuição eletrônica: [Ar]4s23d6
“A corrosão pode ocorrer sob duas formas: por meio de ação química ou eletroquímica. No caso da eletroquímica um eletrólito (solução aquosa) está presente e envolve a formação de corrente elétrica” (Paula e Ruela, 2020, pg. 147). 
Segundo Merçon, Guimarães e Mainier (2004) corrosão é um processo resultante da ação do meio sobre um determinado material, causando sua deterioração. A primeira associação que se faz é com a ferrugem, uma camada de cor marrom-avermelhada que se forma em superfícies metálicas.
Nesse processo, os metais sofrem desgastes por causa da ação de agentes naturais, como o gás oxigênio presente no ar. Um exemplo de corrosão que ocorre no dia a dia é o processo de enferrujamento. Para evitar a corrosão dos metais, foram criados métodos de proteção como: pintura, plastificação, galvanização, anodização (DIAS, sd). 
“Os inibidores de corrosão são substâncias inorgânicas ou orgânicas que, adicionadas ao meio corrosivo, objetivam evitar, prevenir ou impedir o desenvolvimento das reações de corrosão, sejam elas na fase gasosa, aquosa ou oleosa” (Merçon, Guimarães e Mainier 2004, p.14).
Essa prática experimental objetiva compreender o processo de corrosão eletroquímica do ferro e a influência de diferentes fatores nesse processo.
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 MATERIAIS E REAGENTES
· 7 pregos de ferro (Dimensões: 4 x 1 cm).
· 7 Tubos de ensaio
· 1 Suporte para tubos de Ensaio 
· Filme PVC 
· Cloreto de sódio. 
· Ácido clorídrico (HCl) ou muriático
· Cloreto de sódio (NaCl)
· Hidróxido de sódio (NaOH)
· Óleo de soja
· Esponja de aço para limpeza dos pregos
2.2 PROCEDIMENTOS
Esse experimento deve ser realizado uma semana antes da aula experimental no polo de apoio presencial. Para isso, o procedimento a ser seguido é: 
1 - Inicialmente, pegar 7 pregos (dimensões 4 x 1 cm) de ferro, limpando-os com uma esponja de aço. 
2 - Lavar e secar 7 tubos de ensaio. Numerar os tubos de 1 a 7. 
3 - Adicionar um prego em cada tubo de ensaio conforme mostrado na Figura 1: 
Figura 1 - Aparato experimental para avaliação da corrosão úmida do ferro em diferentes condições 
4 - Cada prego deverá ser submetido às seguintes condições:
· Tubo de Ensaio 1: Prego em contato com o ar sem nenhum reagente; 
· Tubo de Ensaio 2: Prego mergulhado na água de torneira;
· Tubo de Ensaio 3: Prego mergulhado na água de torneira fervida. Neste caso será necessário isolar o recipiente. Utilize para isso um pedaço de filme PVC utilizado para cobrir alimentos.
· Tubo de Ensaio 4: Prego mergulhado em uma solução de sal de cozinha (NaCl). Para preparar essa solução dissolva uma espátula de cloreto de sódio em um volume de água. 
· Tubo de Ensaio 5: Prego mergulhado em uma solução de ácido clorídrico (ou muriático). Para preparar essa solução junte volumes iguais de ácido e água.
· Tubo de Ensaio 6: Prego mergulhado em solução contendo hidróxido de sódio (ou soda cáustica). Para preparar essa solução dissolva um pouco de NaOH em um volume de água.
· Tubo de Ensaio 7: Prego mergulhado em óleo de soja. 
5 - Em todos os tubos certificar-se de utilizar o mesmo volume de solução, bem como de que o prego esteja realmente mergulhado na solução. 
6 - Transcorridos os sete dias, retirar os pregos dos tubos, lave-os e verifique o que ocorreu.
7 - Para cada tubo, descrever o aspecto inicial do prego e da solução. Registar por meio de fotos os momentos inicial e final do experimento. 
3 RESULTADOS ESPERADOS
A corrosão química ocorre em contato do metal com água (corrosão química úmida) ou contato do metal com ar (corrosão química seca). Espera-se que os pregos em contato com oxigênio e água, apresentem sinais de ferrugem. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em inúmeras situações do cotidiano como em grades, eletrodomésticos, monumentos, visualizamos a ferrugem – ação de corrosão do ferro. Práticas experimentais como essa permitem que o aluno compreenda como ocorre esse processo químico, e o que pode ser feito para retardar ou impedir o mesmo.
Desta forma o professora consegue realizar uma conexão da teoria com a prática cotidiano, levando o aluno observar onde tais fenômenos discutidos nas aulas de química ocorrem, promovendo assim a assimilação dos conteúdos ministrados em sala de aula.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, Peter. Físico-Química: Fundamentos, 6 ed. São Paulo: LCT, 2017. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2017.
DIAS, D.L; Corrosão e proteção de metais. Manual da Química. Disponível em: < https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/corrosao-protecao-metais.htm>. Acesso em 18 set 2021. 
FELTRE, Ricardo. Química: Volume 2: Físico-Química. 6 ed. São Paulo: Moderna, 2004.
MERÇON, F; GUIMARÃES, P.I.C., MAINIER, F.B. Corrosão: um exemplo usual de fenômenos químicos. Química nova na escola. N9, mai 2014. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc19/a04.pdf>. Acesso em 19 set 2021. 
NOVAIS, Stéfano Araújo. "Ferro (Fe)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ferro.htm. Acesso em 19 set. 2021.
PAULA, Everton Luiz de; RUELA, Fernando Armani. Química experimental para EAD [recurso eletrônico]. Diamantina. UFVJM, 2021. 204p.