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educação.indd 123 17/02/2016 15:37:54 T 123 u, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Timóteo 3.14-17 123 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 124 17/02/2016 15:37:54 124 Educação Cristã IBADEP 124 educação.indd 125 17/02/2016 15:37:54 C onstituída tanto para ser a comunidade adora- dora de Cristo como a agência educadora do Reino de Deus, a Igreja não pode prescin- dir1 da Escola Dominical. Pois a base da Grande Comissão, que lhe confiou o Senhor Jesus, é essencialmente teológica e ma- gisterial. Nesse sentido, a Es- cola Dominical tanto interpreta quanto cumpre, correta e rigo- rosamente, os itens do principal mandato da Igreja de Cristo. O pastor Antonio Gilber- to assim a descreve: “A Escola Dominical, devidamente fun- cionando, é o povo do Senhor, no dia do Senhor, estudando a Palavra do Senhor, na casa do Senhor”. O que é a Escola Dominical? É o departamento mais importante da Igreja, porque evangeliza enquanto ensina, atendendo plenamente as duas principais demandas da Grande Comissão (Mt 28.19-20). É, também, um ministério interpessoal, tendo como prio- ridade máxima levar o conhe- cimento das Sagradas Escrituras 1. Prescindir: Separar mentalmente; não fazer caso; não levar em conta; abstrair. Pôr de lado; renunciar; abrir mão de; dispensar. Capítu lo 5 125 A Escola Bíblica Dominical •O que é a Escola Dominical? •Seus objetivos A História da Escola Dominical •Por um futuro melhor •Movimento mundial Organização e Administração da Escola Dominical •Organização na Bíblia •A Organização geral •A Organização material •A Organização funcional •A diretoria •Corpo docente e a Os ícones indicam Conceito Chave Muito importante Atenção e foco 12 5 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 126 17/02/2016 15:37:54 126 às crianças, adolescentes, jovens, adultos, famílias, igrejas e a toda comunidade. É a agência de educação popular que dispõe a Igreja com o objetivo de divulgar, de maneira devocional, sis- temática e pedagógica, a Palavra de Deus. Seus objetivos Quatro são os objetivos da Escola Bíblica Dominical: ganhar almas; educar o ser humano na Palavra de Deus; desenvolver o caráter cristão; e, treinar futuros obreiros. 1. Ganhar almas Significa convencer o pecador através do Evangelho de Cristo quanto à premente necessidade de o homem arrepender- se de seus pecados, e de aceitar o Filho de Deus como o seu Único e Suficiente Salvador. Ganhar almas é o principal objetivo da Escola Bíblica Dominical; antes de ser a principal agência educadora da Igreja, ela é uma agência evangelizadora. » Evangelizadora: proclama o Evangelho de Cristo enquanto ensina. » Evangelística: prepara obreiros para a sublime missão de ganhar almas. Dessa forma a Escola Bíblica Dominical cumpre a principal reivindicação da Grande Comissão que nos deixou o Senhor Jesus (Mt 28.18-20). A Escola Dominical que não evangeliza não é digna de ostentar tão significativo nome. 2. Educar o ser humano na Palavra de Deus Educar significa desenvolver a capacidade física, intelectual, moral e espiritual do ser humano, tendo em vista o seu pleno desenvolvimento. No âmbito da Escola Bíblica Dominical, educar implica formar o caráter do homem, consoante às demandas da Bíblia Sagrada, a fim de que ele (o ser humano) seja um perfeito reflexo dos atributos morais e comunicáveis do Criador. Escreve o Dr. Clay Risley: “Um jovem educado na Escola Dominical raramente é levado às barras dos tribunais”. A Bíblia tem como um dos seus sublimados objetivos é 126 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 127 17/02/2016 15:37:54 127 justamente a educação do homem. Atentemos a estas palavras de Paulo: “Toda a ESCRITURA é inspirada por DEUS, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para INSTRUIR em JUSTiça; para QUE o homem de DEUS SEJA perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”. (2Tm 3.16,17) 3. Desenvolver o caráter cristão É missão da Escola Dominical formar homens, mulheres e crianças piedosas. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo é irreplicável1: “Exercita-te a ti mesmo na piedade” (1Tm 4.7). A piedade não se adquire de forma instantânea; advém- nos ela da vida cotidiana e exercício espiritual em obediência á Palavra de Deus que nos levam a alcançar a estatura de perfeitos varões. 4. Treinar obreiros Embora não seja um seminário, nem possua uma impressionante grade curricular, é a Escola Dominical uma eficientíssima oficina de obreiros. De suas classes é que saem os diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores, missionários e os teólogos. Uma pesquisa realizada pelo Dr. C. H. Benson é bastante reveladora: “Um cálculo muito modesto assinala que 75% dos membros de todas as denominações, 85% dos obreiros e 95% dos pastores e missionários foram, em algum tempo, alunos da Escola Dominical”. A História da Escola Dominical Sentado à sua mesa de trabalho num domingo de outubro de 1780, o dedicado jornalista Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo. Os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo de sua 1. Irreplicável: A que não se pode replicar; irrespondível. 127 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 128 17/02/2016 15:37:54 128 janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar contra o comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos. Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime. A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um pólo industrial com grandes fábricas têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficavam sem estudar; trabalhavam todos os dias nas fábricas, menos aos domingos. Raikes sentiu-se atribulado de espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo dessa maneira.Sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer? Por um futuro melhor Sentado à mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu em sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças 128 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 129 17/02/2016 15:37:54 129 pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais se sentia empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu nesse primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma em sua mente. Quando leram seu editorial alguns sentiram pena das crianças, outros acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho, e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No próximo editorial, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo através do jornal para mulheres com preparo intelectuais, e dispostas ajudar-lhe nesse projeto dando aulas nos seus lares. Dias depois, um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho. O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã. Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel 129 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 130 17/02/2016 15:37:55 130 servo, andando sob a neve com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreria de frio se ninguém cuidasse delas. Conduzia-as para sua casa até encontrar um lar para elas. As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruístas1 da cidade, que contribuíam para esse nobre esforço. Movimento mundial No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho entre aqueles que ele menos esperava – os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado, e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia, nessas alturas, algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da Igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia. As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados. A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta 1. Altruísta: Que tem amor ao próximo; filantrópico. 130 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 131 17/02/2016 15:37:55 131 visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança. A EBD surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegaram ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos”, contou a história de Jonas, mais com gestos do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Mas, ela viu muitas crianças pelas ruas, e seu coração almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil. Com o passar do tempo aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalley´s resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. Esse humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil. No mundo, há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem, sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres, analfabetas da sua cidade, no interior da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a EBD conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo. 131 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 132 17/02/2016 15:37:55 132 Questionário Assinale com “X” as alternativas corretas 1. A Escola Bíblica Dominical possui quatro objetivos princi- pais, portanto, assinale o INCORRETO: a. Ganhar almas b. Treinar futuros obreiros c. Desenvolver o caráter cristão d. Educar o ser humano no conhecimento dos professo- res 2. O fundador da Escola Bíblica Dominical foi: a. Robert Raikes b. João Wesley c. Robert Kalley d. João de Almeida 3. A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ), dando origem à: a. Igreja Evangélica Deus é Amor b. Igreja Evangélica Assembléia de Deus c. Igreja Evangélica Metodista Wesleyana d. Igreja Evangélica Congregacional no Brasil Marque “C” para Certo e “E” para Errado 4. [ ] Educar os alunos é o principal objetivo da Escola Bíbli- ca Dominical 5. [ ] A Escola Dominical é a agência de educação popular que dispõe a Igreja com o objetivo de divulgar, de ma- neira devocional, sistemática e pedagógica, a Palavra de Deus 132 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 133 17/02/2016 15:37:55 133 Anotações: 133 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 134 17/02/2016 15:37:55 134 Organização e Administração da Escola Dominical Organizaçãoé ordem. É método no trabalho, viver, agir e em tudo. Permeia toda a criação de Deus, bem como todas as suas coisas. A desorganização destrói a vida de qualquer pessoa, Igreja ou organização secular. O crescimento sem ordem é aparente e infrutífero. Sim, porque toda energia sem controle é prejudicial e perigosa. Pode haver muito esforço e nenhum crescimento real, porque a desorganização aniquila os resultados positivos surgidos. Uma vez que a ordem permeia o universo de Deus, temos base para crer que o céu é lugar de perfeita ordem. Leis precisas e infalíveis regulam e controlam toda a Natureza, do minúsculo átomo até os maiores corpos celestes. Organização na Bíblia 1. Na Igreja Todos os símbolos da Igreja falam de organização, ordem, método. Ela é comparada a: » Um templo (1Co 3.16; Ef 2.21), ver o templo de Jerusalém; » Um corpo (1Co 12.27); » Uma lavoura (1Co 3.9); » Um edifício (1Tm 3.15; Hb 3.6; 1Pe 2.5); » Um rebanho (Lc 12.32; 1Pe 5.2); » Um jardim (Ct 4.16); » Uma noiva (2Co 11.2; Ap 22.17); » Um castiçal ou candeeiro (Ap 1.20). Tanto estes, como os demais símbolos da Igreja, falam de organização, ordem e método. 2. Em Israel » A ordem das tribos no acampamento (Nm 2); » A demarcação de limites das tribos (Js 14-20); » O serviço sagrado no templo (1Cr 15; 16; 23-27); A ordem não impedia a manifestação da glória divina no 134 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 135 17/02/2016 15:37:55 135 Santo dos Santos; ao contrário, se as prescrições divinas fossem negligenciadas, o castigo era certo (ver Lv 1.6,8,12). 3. Quanto ao Senhor Jesus Cristo (Mc 6) Trata-se do milagre da multiplicação dos pães, quando milhares foram alimentados no deserto. Antes de Jesus realizar o milagre, ordenou aos discípulos que fizessem a multidão sentar em grupos de 100 e 50 pessoas. Quando o povo estava em ordem, Jesus então realizou o milagre, sendo todo o povo alimentado e restando ainda muito alimento. A Organização geral Tem forma tríplice. Ela é pessoal, material e funcional. 1. A organização pessoal » Dirigentes. É a diretoria da Escola; » Professores. É o corpo docente. Têm sobre si a maior responsabilidade, pois lidam diretamente com o aluno e com o ensino. » Alunos. É o corpo discente. É a “matéria prima” da mesma. A Escola existe para atender as necessidades dos alunos. A Organização material » O prédio. A Escola Dominical deve funcionar em insta- lações apropriadas, tendo salas de aula independentes. Uma das leis do crescimento da Escola dominical afirma: “A Escola Dominical crescerá enquanto houver espaço para as classes”. » O mobiliário. Deve ser apropriado aos fins, e, de conformidade com a idade dos alunos. » O material didático. Comumente chamado de literatura. Abrangem as diferentes revistas de aluno e professor, bem como o respectivo material de apoio, obedecendo a um currículo bíblico, de acordo com o agrupamento de idade escolar dos alunos. Todo o material didático deve ser utilizado de acordo com os métodos de ensino compatíveis a cada agrupamento de idade dos alunos. 135 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 136 17/02/2016 15:37:55 136 A Organização funcional Trata do funcionamento da Escola Dominical, visando a consecução de seus objetivos, conforme o exposto nesta lição. Grande responsabilidade tem aqui o pastor da Igreja e a diretoria da Escola. A organização funcional cuida da: » Espiritualidade. A vida espiritual compreende o estado da escola quanto à oração, conduta cristã, santificação bíblica, consagração a Deus e predomínio do Espírito Santo. » O Ensino da Palavra. Estudo e ensino da Palavra, livre de extremismo, modernismo, fanatismo, doutrinas falsas, etc. Aqui, segundo a promessa divina em Isaías 55.11, os frutos com toda certeza surgirão. » Eficiência. A Escola cuida em prover abundante ensino através de professores idôneos, espirituais, treinados, cheios do Espírito Santo e zelo pela obra de Deus. A eficiência é vista através do crescimento da Escola Dominical, em todos os sentidos. » Planejamento. De nada adianta muita organização e preparo, sem a operação do Espírito Santo. Dons naturais, personalidade atraente, eloqüência, boa dicção, cultura erudita e outras boas coisas, podem influenciar temporariamente apenas. Tais coisas jamais serão suficientes em si, mas, podem ser vitalizadas e dinamizadas pela ação poderosa do Espírito Santo. É aí que está a diferença. A diretoria Uma Escola Dominical de grande porte, plenamente desenvolvida, deverá ter uma diretoria assim constituída: 1. Superintendente. Nas escolas filiais é chamado dirigente. Na sede, o superintendente, regra geral, é também o diri- gente local. 2. Vice-Superintendente. Nas escolas filiais é chamado vice- dirigente. 3. 1o Secretário. Quando os dois primeiros acima menciona- dos não comparecem, o 1º secretário assume a direção dos trabalhos, conforme as normas locais. 136 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 137 17/02/2016 15:37:56 137 4. 2o Secretário. Os secretários devem ter auxiliares, depen- dendo do tamanho e movimento da escola. 5. Tesoureiro. Deve ser pessoa competente e recomendada por todos para o exercício deste cargo. 6. Bibliotecário. Um bibliotecário competente na sua função é uma bênção para a Escola Dominical. 7. Dirigente Musical. As atividades musicais da escola não são apenas a execução e a regência do canto congrega- cional, conjunto musical, etc. O dirigente musical trabalha também no setor infantil, no ensino do canto, ressaltando a importância do louvor, ensaiando programas musicais, pre- parando números especiais a diferentes vozes, ajudando na parte musical do culto infantil, etc. 8. Porteiros e Introdutores. Podem ser os mesmos que já servem à Igreja. São necessários à Escola Dominical, na orientação geral de alunos e visitantes. Falando de portei- ros e introdutores ou recepcionistas numa Escola Dominical, lembremo-nos que o povo entra onde é convidado, e fica onde é bem tratado. Ninguém é obrigado a ficar num lugar onde não é bem recebido nem bem tratado. Os membros da diretoria são conhecidos como dirigentes da Escola Dominical. Seu número é proporcional de acordo com o tamanho da mesma. Numa escola pequena, um obreiro pode acumular funções. Organização excessiva numa escola pequena é contraproducente1; já passa a ser formalidade. Repetimos: a diretoria tem grande responsabilidade. Diz a Palavra: “Não havendo sábia direção o povo cai” (Pv 11.14; Ec 10.16; Rm 12.8). Portanto, deve reunir-se uma vez por mês para tratar de assuntos gerais do trabalho e observar o estado geral da Escola. Reunião esta que não pode ser casual, nem realizada às pressas. Corpo docente e a reunião semanal dos professores Outros nomes: corpo de professores e equipe de professores. Devem atentar solenemente para Provérbios 9.9; 2Timóteo 2.15; 1Pedro 3.15. 1. Contraproducente: Cujo resultado é contrário ao que se esperava. 137 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 138 17/02/2016 15:37:56 138 1. Requisitos para ingressar no corpo docente: • Ser um crente salvo; • Ser membro da Igreja; • Ter bom testemunho em geral, em toda maneira de viver; tanto diante de Deus, como diante dos homens (At 24.16; 2Co 8.21; 1Pe 1.15); • Querer servir ao Senhor; • Ser aplicado ao estudo da Palavra de Deus, sua história, suas doutrinas e assuntos necessários ao bom desempenho de sua missão de professor da Escola Dominical; • É de toda importância que seja batizado com o Espírito Santo e que cultive a vida de plenitude do Espírito; • Freqüentar as reuniões de estudo para professores; • Fazer curso de preparação de professores. 2. A reunião semanal de professores: • É uma reunião de todos os professores e dirigentes da Escola Dominical, para estudo em conjunto,da lição e coordenação administrativa da escola em geral. Serve também como meio de estreitar a comunhão fraternal. Essa reunião é vital para a uniformidade do ensino doutrinário. • Os melhores dias para a reunião de professores são o sábado à tarde, ou domingo antes da Escola Bíblica Dominical. • Os professores do setor infantil. Devem ter reunião de estudo da lição à parte, já que os métodos de ensino e condução da aula diferem consideravelmente. Os professores de crianças têm maior responsabilidade. Necessitam de melhor preparo! Corpo discente São os alunos da EBD organizada em classes e departamentos conforme suas idades. 1. A importância do aluno. O aluno é o elemento mais im- portante da Escola Dominical. A escola existe por causa do aluno. É a escola que se adapta ao aluno, e não o aluno à 138 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 139 17/02/2016 15:37:56 139 escola, como é tão comum. Dentre os alunos, as crianças são o campo mais fértil, mais promissor e de maior respon- sabilidade. 2. O agrupamento dos alunos por idade. O propósito dis- so é a eficácia do ensino. Numa casa de família, a alimenta- ção varia entre as crianças e os adultos. Na Escola Domini- cal não pode ser diferente! Há 8 agrupamentos ou divisões de idades sugeridos, cujos títulos são: Até 3 anos de idade - Berçário 4 – 5 anos de idade - Jardim de Infância 6 – 8 anos de idade - Primários 9 – 11 anos de idade - Juniores 12 – 14 anos de idade - Intermediários 15 – 17 anos de idade - Secundários 18 – 24 anos de idade - Jovens 25 – 60 anos de idade - Adultos 3. Organização da classe. a. Quanto à direção. • Professor. Nas classes até 12 anos, os melhores profes- sores são geralmente moças e senhoras. A fala, o afeto, a expressão facial, os gestos, a dramatização, influem muito aqui. Nas classes de 12 anos para cima, o ideal é que o professor seja do mesmo sexo que os alunos. Há assuntos específicos que somente assim serão con- venientemente tratados. • Suplentes. São os professores substitutos das classes. • Secretário. Cuida de apontamentos da classe, confor- me os formulários ou impressos adotados pela escola. b. Quanto à matrícula. • Até a classe de Intermediários: 15 alunos matriculados por classe. • Da classe de Secundários em diante: até 30 alunos por 139 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 140 17/02/2016 15:37:56 140 classe. Acima disso deve ser evitado. O ideal é, 25 alu- nos matriculados. Nas escolas seculares há classes gran- des, mas ali se visa mais o intelecto; aqui, o coração. • Para efeito de ensino, a classe quanto menor, melhor. Jesus dirigiu seu maior estudo bíblico para apenas dois alunos (Lc 24.27). • Carência de professores provoca excesso de matricula- dos nas classes. Carência de espaço conduz ao mesmo problema. A Escola deve ter classes para novos conver- tidos, recém-casados, e igualmente para obreiros. Cada classe deve ter sua própria comissão de visita orientada pelo professor, ou seu substituto. 4. A organização de departamentos. a. Critérios necessários: • Muitas classes do mesmo grupo de idade; • Instalações apropriadas para todos os departamentos que forem organizados; • Corpo docente suficiente para as necessidades. b. Departamentos que uma EBD pode ter: 140 1. Alunos de qualquer idade que querem pertencer à EBD, mas que só podem freqüentar suas reuniões irregularmente, ou então nunca podem, por motivos imperiosos. • No setor de Extensão, o campo é vasto, como: hospitais, prisões, reformatórios, internatos, orfanatos, grupos de Departamento do Berço 03 anos Departamento do Jardim de Infância 04-05 anos Departamento Primário 06-08 anos Departamento de Juniores 09-11 anos Departamento Intermediário 12-14 anos Departamento Secundário 15-17 anos Departamento de Jovens 18-14 anos Departamento de Adultos 25 anos acima Departamento do Lar e Extensão Qualquer idade1 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 141 17/02/2016 15:37:56 141 estrangeiros, militares sob restrição, etc. Tudo isso pode ser alcançado por visitas, correio ou telefone. • O primeiro departamento a ser organizado deve ser o infantil. A direção do departamento: (1) um diretor; (2) um secretário; (3) e um ou mais auxiliares. Conforme a extensão do departamento. O quadro a seguir dá o critério básico para a organização da escola em departamentos, havendo condições pessoais e materiais. Alunos Departamentos Departamentos Até 25 Dois Até 11 anos 12 anos para cima Dep. Infantil Dep. de Jovens e adultos Até 100 Três Até 11 anos 12 a 14 anos 15 anos para cima Dep. Infantil Dep. de Intermediários Dep. Jovens e Adultos Até 200 Quatro Até 8 anos 9 a 14 anos 15 a 24 anos 25 anos para cima Dep. Infantil Dep. de Intermediários Dep. de Jovens Dep. de Adultos Acima de 200 Todos os departamentos A administração 1. Pastor da Igreja • É o primeiro obreiro da EBD pela natureza do seu cargo. É ele o real dirigente da Escola Dominical. • É o principal responsável na Escola Dominical mediante sua atenção e ação. • Sua simples presença na Escola Dominical é um prestígio para a mesma. • Deve, sempre que puder dirigir o estudo para professores 141 IBADEP A Escola Bíblica Dominical 5 educação.indd 142 17/02/2016 15:37:56 142 da Escola Dominical. • Deve, sempre que puder dirigir classes da Escola (não uma classe fixa) a fim de ter contato com todos os alunos – suas ovelhas. 2. O dirigente A. Deveres gerais: • Ser um homem que conheça bem a Bíblia; • Conhecer bem o trabalho em geral da Escola e todo seu esquema de funcionamento; • Orientar sempre os secretários e professores em tudo que for preciso; • Zelar pela boa e sadia doutrina segundo a Palavra de Deus; • Promover entre os professores a divulgação e leitura de obras e referências sobre o trabalho deles; • Fazer sempre anúncios e comunicações em benefício da Escola; • Ter sempre em mente que organização e preparo sem a direção e operação do Espírito Santo é fracasso na certa; • Providenciar o material necessário a professores e alu- nos para o funcionamento geral da Escola; • Procurar manter completa a direção da Escola, que é composta conforme já foi exposto; • Procurar manter o quadro completo de professores, ten- do cada classe professor, suplente e secretário, e ainda bom número de professores de reserva para as emer- gências e imprevistos; • Antes de indicar um irmão para matrícula no Corpo de Professores, verificar primeiro se o mesmo é membro da Igreja, se é fiel, dedicado, humilde, obediente, estu- dioso da Palavra, desejoso de trabalhar para o Senhor, que goste de orar, sem pretensões, disciplinado, ordeiro, capaz de trabalhar em grupo, e que se tiver que discor- dar saiba fazê-lo dentro da ética, sem ofender e indispor seus pares. • Dirigir as reuniões de estudo bíblico para professores, não significando isso, que tenha que dirigir o próprio 142 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 143 17/02/2016 15:37:56 143 estudo bíblico. O pastor pode dirigir o estudo, ou outro obreiro da Igreja, conforme for estabelecido. Depende do que for combinado com o pastor. B. O dirigente deverá sempre ver: • Seu rumo: Para onde está indo a escola? • Sua promoção: Que está sendo feito para promover a escola? • Sua avaliação: Estão os professores nas classes certas e funcionando a contento? • Sua motivação: Que está sendo feito para manter o prin- cípio da variedade, evitando a rotina? C. Deveres semanais. • Chegar cedo (aos domingos). Verificar a arrumação da Escola. Nada feito em última hora; • Dirigir a Escola Bíblica Dominical segundo as diretivas traçadas pelo pastor; • Divulgar e promover a distribuição de revistas da EscolaDominical; • Providenciar visitas para professores enfermos, etc. D. Deveres anuais. a. Comemoração de datas festivas. Dependerá de reso- lução e orientação pastoral. Algumas datas festivas: • Dia Nacional da Escola Dominical (3º domingo de setembro); • Dia Mundial da Escola Dominical (1º domingo de novembro); • Dia da Bíblia (2º domingo de dezembro); • Dia de Natal (25 de dezembro); • Dia Nacional de Missões (2º domingo de setembro). Os assuntos apresentados nessas datas deverão ser de acordo com o tema comemorado no dia. b. Visita a cada escola filial, no mínimo uma vez por se- mestre. c. Ao aproximar-se o fim do ano, cuidar junto ao secretá- rio, do preparo dos relatórios e eventos de fim de ano. 3. O secretário A. Deveres gerais. 143 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 144 17/02/2016 15:37:56 144 • Conhecer e saber executar todos os trabalhos pertinen- tes à secretária da Escola Dominical, bem como orientar seus auxiliares no trabalho que tenham a fazer; • Providenciar anúncios a tempo. O dirigente pode esque- cer ou estar muito ocupado; • Providenciar para que haja sempre na secretaria da Es- cola o material necessário ao bom funcionamento da mesma. Inclui: formulários, livros e materiais auxiliares de ensino. B. Auxiliares do secretário. • Nas escolas de maior porte, o secretário deve ter auxi- liares para cuidarem da matrícula, fichário, transferência de classe, arrumação de salas, distribuição de revistas, material a professores, etc. C. Deveres semanais. a. Deveres aos domingos: • Chegar cedo e verificar a arrumação da escola; • Ter prontas para distribuição, as cadernetas de cha- mada ou outro sistema de freqüência adotado; • Preparar o relatório dominical com todo esmero. Em escolas com mais de 15 classes, o secretário preci- sará auxiliares para poder apresentar o relatório na hora precisa, ou preencher o quadro do relatório. b. Deveres no restante da semana: • Manter o fichário atualizado. • Matricular os novos alunos cujos cartões de matrícu- la chegaram à secretaria da Escola no último domin- go. Após a matrícula na caderneta, o cartão vai para a seção ATIVO do fichário. Se o aluno tem menos de 18 anos, lançar no verso do cartão, para anteci- pação, o mês e o ano das futuras transferências de classe, obedecendo aos limites de permanência nas classes, conforme o grupo de idade. D. Deveres trimestrais • Na primeira semana de cada trimestre, preparar o movi- mento do trimestre que findou. E. Deveres anuais. • Preparar relatórios do ano inteiro; • Transferência de alunos. Primeira semana de janeiro. As 144 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 145 17/02/2016 15:37:56 145 idades, para fins de matrícula e limite de permanência na classe, acham-se na primeira parte desta unidade. • Auxiliar na promoção da campanha de leitura anual da Bíblia; • Arquivar o material usado no ano anterior. 4. O professor A. O ingresso do professor no trabalho da EBD. • Para o ingresso no trabalho da Escola Dominical, o professor deve ser acima de tudo, uma pessoa salva de modo completo, membro da Igreja, de vida cristã corre- ta e sã na fé. B. Sua posição espiritual: • É posição de honra (Gl 1.15; 1Tm 1.12); • É posição de responsabilidade (Ez 33.8,9). C. Por que ensinas? • Por amor a Deus; • Por gratidão a Deus; • Porque o Senhor ordenou (Mt 28.19,20). D. Qual é o propósito no ensino? • Ganhar almas para Jesus; • Desenvolver a espiritualidade dos alunos; • Treinar os alunos para o serviço do Mestre. E. O que ensinarás? • A Bíblia (Mt 28.20). F. A quem ensinarás? • Homens, mulheres, crianças (Dt 31.12). G. Como ensinarás? • Conhecendo a Cristo como Salvador e Rei; • Conhecendo a Bíblia (2Tm 2.15). Ainda não vi um obreiro de destaque, projeção, ministério abundante, frutos permanentes, que não fosse um apaixonado e contínuo estudante da Palavra! Este conhecimento da Bíblia terá que ser sistemático e organizado. • Conhecendo matérias auxiliares e afins; • Conhecendo o aluno, isto é, a psicologia de cada grupo de idade; • Conhecendo pedagogia. O alimento em casa difere com a idade; no ensino bíblico também. 145 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 146 17/02/2016 15:37:56 146 H. Os requisitos do professor. a. Preparo. O professor deve ter preparo: • Espiritual (Ed 7.10; 1Pe 3.15). É ser cheio, controla- do e movido pelo Espírito Santo (1Co 2.15; Gl 6.1). Não é ter fogo de labareda, mas do tipo brasa. • Intelectual (cultura geral); • Social (apresentação pessoal); b. Físico (estado saudável). c. Fidelidade no dever. Ser disciplinado. • Isto é, cumprimento de seus deveres como professor (Sl 101.6; 1Co 4.2). Não é somente ser fiel, mas disciplinado. d. Paciência. • É o mesmo que longanimidade. É o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22, 1Ts 5.14). • Deus é o “Deus de paciência” (Rm 3.25). • É preciso muita paciência, especialmente nas classes infantis e de adolescentes. e. Amor e dedicação. • É o serviço da melhor maneira (Ec 9.10); • É o zelo no trabalho; zelo com entendimento (Rm 10.2); • Há uma maldição no sentido da falta de zelo (Jr 48.10 – ARA); f. Pontualidade. • É chegar na hora, começar na hora e terminar na 146 Homens a quem Deus tem usado passaram todos por uma fase de preparo. Exemplos: • Moisés preparou-se 40 anos. • Paulo esteve 3 anos na Arábia. • Daniel e seus companheiros, mesmo para servirem numa corte secular, tiveram seu preparo. O professor precisa saber o que vai fazer. Jesus sabia “o que ia fazer” (Jo 6.6). Um aluno que quer de fato aprender, não terá desejo de voltar a uma classe para ouvir um professor dizer aquilo que ele já sabe, ou que pode aprender sozinho. Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 147 17/02/2016 15:37:57 147 hora; • Jesus andava sempre na hora (Jo 2.4). Quem não pode ser fiel nesta parte é melhor dar o lugar para outro que possa ser. O professor que chega sempre atrasado à Escola Dominical perde a paz, perde o controle, e perde a autoridade; • Quanto ao terminar na hora, há irmãos que não li- gam para isso e ainda acham que todo mundo está gostando quando passam da hora. I. As responsabilidades do professor: • Para com Deus. Deus o pôs no seu trabalho! (Lc 19.13,15; 1Tm 1.12); • Com a Igreja. Orientar cada aluno a ser um abnegado colaborador da Igreja, em tudo: tempo, talentos, finan- ças (Ef 4.12); • Com a EBD. Conhecer a organização e funcionamen- to da sua escola. Trabalhar em harmonia e cooperação com os demais obreiros (Rm 12.10; Fp 2.3,25); • Com a classe. Promover a edificação e crescimen- to da classe. Há por aí professor “matador de classe”. Visitar os alunos. Cada classe deve ter sua própria co- missão de visitas. Orar pelos alunos individualmente. Buscar diante de Deus a conversão e edificação espiri- tual de cada aluno. Conclusões ao professor O professor para obter êxito e manter-se eficiente precisa: • Ser espiritual, isto é, ser cheio do Espírito; • Ter preparo. Preparo para ensinar; • Estar equipado com literatura apropriada; • Dispor de ambiente físico apropriado à condução das aulas. 147 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 148 17/02/2016 15:37:57 148 Questionário Assinale com “X” as alternativas corretas 6. A organização geral da EBD tem forma tríplice. Ela é a. Pessoal, espiritual e acionista b. Impessoal, material e ativista c. Pessoal, material e funcional d. Impessoal, espiritual e operacional 7. Os que formam o corpo discente da EBD são: a. Os alunos b. Os dirigentes c. Os secretários d. Os professores 8. Dia Nacional da Escola Dominical a. 2º domingo de agosto b. 3º domingo de setembro c. 2º domingo de dezembro d. 1º domingo de novembro Marque “C” para Certo e “E” para Errado 9. [] O tesoureiro cuida de apontamentos da classe, confor- me os formulários ou impressos adotados pela escola 10.[ ] A Escola Dominical deve funcionar em instalações apropriadas, tendo salas de aula independentes 148 Capítulo 5 Educação IBADEP educação.indd 149 17/02/2016 15:37:57 149 Anotações: 149 IBADEP A Escola Bíblica Dominical educação.indd 150 17/02/2016 15:37:57 Referências Bibliográficas STAMPS, Donald C.; Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro – RJ: CPAD, 1995. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI. 3a edição. Rio de Janeiro – RJ: Editora Nova Fronteira, 1999. BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. Pindamonhangaba – SP: IBAD. DOUGLAS, J. D.; O Novo Dicionário da Bíblia. 2ª edição. São Paulo – SP: Edi- ções Vida Nova, 2001. ANDRADE, Claudionor Corrêa de. 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