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5ª lição de Educação Cristã IBADEP

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T 
 
123 
 
 
u, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de 
quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem 
tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada 
por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na 
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para 
toda boa obra. 
2 Timóteo 3.14-17 
 
 
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Cristã 
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C 
 
 
 
 
 
 
onstituída tanto para ser 
a comunidade adora- 
dora de Cristo como a 
agência educadora do Reino de 
Deus, a Igreja não pode prescin- 
dir1 da Escola Dominical. Pois a 
base da Grande Comissão, que 
lhe confiou o Senhor Jesus, é 
essencialmente teológica e ma- 
gisterial. Nesse sentido, a Es- 
cola Dominical tanto interpreta 
quanto cumpre, correta e rigo- 
rosamente, os itens do principal 
mandato da Igreja de Cristo. 
O pastor Antonio Gilber- to 
assim a descreve: “A Escola 
Dominical, devidamente fun- 
cionando, é o povo do Senhor, 
no dia do Senhor, estudando a 
Palavra do Senhor, na casa do 
Senhor”. 
O que é a Escola 
Dominical? 
É o departamento mais 
importante da Igreja, porque 
evangeliza enquanto ensina, 
atendendo plenamente as duas 
principais demandas da Grande 
Comissão (Mt 28.19-20). 
É, também, um ministério 
interpessoal, tendo como prio- 
ridade máxima levar o conhe- 
cimento das Sagradas Escrituras 
 
 
1. Prescindir: Separar mentalmente; não 
fazer caso; não levar em conta; abstrair. Pôr de 
lado; renunciar; abrir mão de; dispensar. 
 
Capítu
lo 5 
125 
A Escola Bíblica 
Dominical 
•O que é a Escola 
Dominical? 
•Seus objetivos 
A História da Escola 
Dominical 
•Por um futuro melhor 
•Movimento mundial 
Organização e 
Administração da Escola 
Dominical 
•Organização na Bíblia 
•A Organização geral 
•A Organização material 
•A Organização 
funcional 
•A diretoria 
•Corpo docente e a 
Os ícones 
indicam 
Conceito 
Chave 
Muito 
importante 
Atenção 
e foco 
12
5 
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às crianças, adolescentes, jovens, adultos, famílias, igrejas e a 
toda comunidade. É a agência de educação popular que dispõe 
a Igreja com o objetivo de divulgar, de maneira devocional, sis- 
temática e pedagógica, a Palavra de Deus. 
Seus objetivos 
Quatro são os objetivos da Escola Bíblica Dominical: ganhar 
almas; educar o ser humano na Palavra de Deus; desenvolver o 
caráter cristão; e, treinar futuros obreiros. 
 
1. Ganhar almas 
Significa convencer o pecador através do Evangelho de 
Cristo quanto à premente necessidade de o homem arrepender- 
se de seus pecados, e de aceitar o Filho de Deus como o seu 
Único e Suficiente Salvador. 
Ganhar almas é o principal objetivo da Escola Bíblica 
Dominical; antes de ser a principal agência educadora da Igreja, 
ela é uma agência evangelizadora. 
» Evangelizadora: proclama o Evangelho de Cristo 
enquanto ensina. 
» Evangelística: prepara obreiros para a sublime missão 
de ganhar almas. 
 
Dessa forma a Escola Bíblica Dominical cumpre a principal 
reivindicação da Grande Comissão que nos deixou o Senhor 
Jesus (Mt 28.18-20). A Escola Dominical que não evangeliza 
não é digna de ostentar tão significativo nome. 
 
2. Educar o ser humano na Palavra de Deus 
Educar significa desenvolver a capacidade física, intelectual, 
moral e espiritual do ser humano, tendo em vista o seu pleno 
desenvolvimento. 
No âmbito da Escola Bíblica Dominical, educar implica 
formar o caráter do homem, consoante às demandas da Bíblia 
Sagrada, a fim de que ele (o ser humano) seja um perfeito 
reflexo dos atributos morais e comunicáveis do Criador. 
Escreve o Dr. Clay Risley: “Um jovem educado na Escola 
Dominical raramente é levado às barras dos tribunais”. 
A Bíblia tem como um dos seus sublimados objetivos é 
 
126 
Capítulo 5
 Educação 
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127 
 
justamente a educação do homem. Atentemos a estas palavras 
de Paulo: 
 
“Toda a ESCRITURA é inspirada por DEUS, e proveitosa 
para ensinar, para repreender, para corrigir, para INSTRUIR 
em JUSTiça; para QUE o homem de DEUS SEJA perfeito, e 
perfeitamente preparado para toda boa obra”. 
(2Tm 3.16,17) 
3. Desenvolver o caráter cristão 
É missão da Escola Dominical formar homens, mulheres e 
crianças piedosas. Escrevendo a Timóteo, o apóstolo Paulo é 
irreplicável1: “Exercita-te a ti mesmo na piedade” (1Tm 4.7). 
A piedade não se adquire de forma instantânea; advém- 
nos ela da vida cotidiana e exercício espiritual em obediência 
á Palavra de Deus que nos levam a alcançar a estatura de 
perfeitos varões. 
 
4. Treinar obreiros 
Embora não seja um seminário, nem possua uma 
impressionante grade curricular, é a Escola Dominical uma 
eficientíssima oficina de obreiros. 
De suas classes é que saem os diáconos, presbíteros, 
evangelistas, pastores, missionários e os teólogos. 
Uma pesquisa realizada pelo Dr. C. H. Benson é bastante 
reveladora: “Um cálculo muito modesto assinala que 75% dos 
membros de todas as denominações, 85% dos obreiros e 95% 
dos pastores e missionários foram, em algum tempo, alunos da 
Escola Dominical”. 
 
A História da Escola Dominical 
 
Sentado à sua mesa de trabalho num domingo de outubro 
de 1780, o dedicado jornalista Robert Raikes procurava 
concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de 
Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar 
a sua atenção sobre o que estava escrevendo. Os gritos e 
palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo de sua 
1. Irreplicável: A que não se pode replicar; irrespondível. 
 
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janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. 
Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças 
agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar 
contra o comportamento das crianças. Todos se acalmaram por 
poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos. 
Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente enquanto 
escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema 
carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade 
de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, 
cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para 
que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e 
tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. 
Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar 
sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados 
sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente 
daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos 
certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do 
crime. 
A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era 
um pólo industrial com grandes fábricas têxteis. Raikes sabia que 
as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de 
sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam 
no domingo do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam 
abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. 
Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, 
perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. 
Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, 
apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas 
que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres 
ficavam sem estudar; trabalhavam todos os dias nas fábricas, 
menos aos domingos. 
Raikes sentiu-se atribulado de espírito ao ver tantas crianças 
desafortunadas crescendo dessa maneira.Sem dúvida, ao 
atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. 
O que ele poderia fazer? 
Por um futuro melhor 
Sentado à mesa, e meditando sobre esta situação, um plano 
nasceu em sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças 
 
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Capítulo 5
 Educação 
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pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro 
melhor! 
Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele 
começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam 
nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para 
uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais se sentia 
empolgado com seu plano de ajudar as crianças. 
Ele resolveu nesse primeiro editorial somente chamar 
atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo 
ele apresentaria uma solução que estava tomando forma em 
sua mente. 
Quando leram seu editorial alguns sentiram pena das 
crianças, outros acharam que o jornal deveria se preocupar 
com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, 
filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho, 
e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada 
vez mais! 
No próximo editorial, expôs seu plano de começar aulas 
de alfabetização, linguagem, gramática, matemática e religião 
para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um 
apelo através do jornal para mulheres com preparo intelectuais, 
e dispostas ajudar-lhe nesse projeto dando aulas nos seus lares. 
Dias depois, um sacerdote anglicano indicou professoras da 
sua paróquia para o trabalho. O entusiasmo das crianças era 
comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua 
liberdade de domingo por ficar sentadas na sala de aula, mas 
eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer 
as somas de aritmética. 
As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais 
esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, 
as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de 
moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação 
cristã. 
Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não 
somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar 
doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, 
sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para 
preparar-lhes um bom almoço aos domingos. 
Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel 
 
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servo, andando sob a neve com sua lanterna nas noites frias de 
inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para 
levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreria de 
frio se ninguém cuidasse delas. Conduzia-as para sua casa até 
encontrar um lar para elas. 
As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas 
particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às 
professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do 
seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruístas1 
da cidade, que contribuíam para esse nobre esforço. 
Movimento mundial 
No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho 
entre aqueles que ele menos esperava – os líderes das igrejas. 
Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado, e 
profanando as suas igrejas com as crianças ainda não 
comportadas. Havia, nessas alturas, algumas igrejas que 
estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, 
vendo o efeito salutar que tinham sobre as crianças e jovens da 
cidade. 
Grandes homens da Igreja, tais como João Wesley, o 
fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na 
obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes 
para o ensino da Bíblia. 
As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente 
por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. 
Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha 
mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 
1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados. 
A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na 
Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas 
Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. 
Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização 
da Escola Dominical em caráter permanente data de 1782. No 
dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da 
Escola Dominical. 
Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a 
pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta 
1. Altruísta: Que tem amor ao próximo; filantrópico. 
 
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Capítulo 5
 Educação 
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visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o 
potencial espiritual da Escola Dominical e logo a incorporou ao 
grande movimento sob sua liderança. 
A EBD surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O 
jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, 
chegaram ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola 
para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. 
A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 
1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com 
“pequenos começos”, contou a história de Jonas, mais com 
gestos do que palavras, porque estava só começando a 
aprender o português. Mas, ela viu muitas crianças pelas ruas, e 
seu coração almejava ganhá-las para Jesus. 
A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil. Com 
o passar do tempo aumentou tanto o número de pessoas 
estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para 
jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalley´s resolveram 
mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade 
melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. 
Esse humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início 
à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil. 
No mundo, há muitas coisas que pessoas sinceras e 
humanitárias fazem, sem pensar ou imaginar a extensão de 
influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert 
Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou 
entre crianças pobres, analfabetas da sua cidade, no interior 
da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento 
mundial. 
Hoje, a EBD conta com mais de 60 milhões de alunos 
matriculados em mais de 500 mil igrejas protestantes no 
mundo. É a minúscula semente regada, que cresceu para ser 
uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo. 
 
 
 
 
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Questionário 
Assinale com “X” as alternativas corretas 
 
1. A Escola Bíblica Dominical possui quatro objetivos princi- 
pais, portanto, assinale o INCORRETO: 
a.  Ganhar almas 
b.  Treinar futuros obreiros 
c.  Desenvolver o caráter cristão 
d.  Educar o ser humano no conhecimento dos professo- 
res 
 
2. O fundador da Escola Bíblica Dominical foi: 
a. Robert Raikes 
b.  João Wesley 
c.  Robert Kalley 
d.  João de Almeida 
 
3. A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em 
Petrópolis (RJ), dando origem à: 
a.  Igreja Evangélica Deus é Amor 
b.  Igreja Evangélica Assembléia de Deus 
c.  Igreja Evangélica Metodista Wesleyana 
d.  Igreja Evangélica Congregacional no Brasil 
Marque “C” para Certo e “E” para Errado 
4. [ ] Educar os alunos é o principal objetivo da Escola Bíbli- 
ca Dominical 
5. [ ] A Escola Dominical é a agência de educação popular 
que dispõe a Igreja com o objetivo de divulgar, de ma- 
neira devocional, sistemática e pedagógica, a Palavra 
de Deus 
 
 
 
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Capítulo 5
 Educação 
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133 
 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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134 
 
Organização e Administração da 
Escola Dominical 
Organizaçãoé ordem. É método no trabalho, viver, agir e 
em tudo. Permeia toda a criação de Deus, bem como todas as 
suas coisas. 
A desorganização destrói a vida de qualquer pessoa, Igreja 
ou organização secular. O crescimento sem ordem é aparente e 
infrutífero. Sim, porque toda energia sem controle é prejudicial 
e perigosa. Pode haver muito esforço e nenhum crescimento 
real, porque a desorganização aniquila os resultados positivos 
surgidos. 
Uma vez que a ordem permeia o universo de Deus, temos 
base para crer que o céu é lugar de perfeita ordem. Leis precisas 
e infalíveis regulam e controlam toda a Natureza, do minúsculo 
átomo até os maiores corpos celestes. 
Organização na Bíblia 
1. Na Igreja 
Todos os símbolos da Igreja falam de organização, ordem, 
método. Ela é comparada a: 
» Um templo (1Co 3.16; Ef 2.21), ver o templo de Jerusalém; 
» Um corpo (1Co 12.27); 
» Uma lavoura (1Co 3.9); 
» Um edifício (1Tm 3.15; Hb 3.6; 1Pe 2.5); 
» Um rebanho (Lc 12.32; 1Pe 5.2); 
» Um jardim (Ct 4.16); 
» Uma noiva (2Co 11.2; Ap 22.17); 
» Um castiçal ou candeeiro (Ap 1.20). 
Tanto estes, como os demais símbolos da Igreja, falam de 
organização, ordem e método. 
 
2. Em Israel 
» A ordem das tribos no acampamento (Nm 2); 
» A demarcação de limites das tribos (Js 14-20); 
» O serviço sagrado no templo (1Cr 15; 16; 23-27); 
A ordem não impedia a manifestação da glória divina no 
 
134 
 
Capítulo 5
 Educação 
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135 
 
Santo dos Santos; ao contrário, se as prescrições divinas fossem 
negligenciadas, o castigo era certo (ver Lv 1.6,8,12). 
 
3. Quanto ao Senhor Jesus Cristo (Mc 6) 
Trata-se do milagre da multiplicação dos pães, quando 
milhares foram alimentados no deserto. Antes de Jesus realizar 
o milagre, ordenou aos discípulos que fizessem a multidão 
sentar em grupos de 100 e 50 pessoas. Quando o povo estava 
em ordem, Jesus então realizou o milagre, sendo todo o povo 
alimentado e restando ainda muito alimento. 
A Organização geral 
Tem forma tríplice. Ela é pessoal, material e funcional. 
 
1. A organização pessoal 
» Dirigentes. É a diretoria da Escola; 
» Professores. É o corpo docente. Têm sobre si a maior 
responsabilidade, pois lidam diretamente com o aluno e 
com o ensino. 
» Alunos. É o corpo discente. É a “matéria prima” da 
mesma. A Escola existe para atender as necessidades dos 
alunos. 
A Organização material 
» O prédio. A Escola Dominical deve funcionar em insta- 
lações apropriadas, tendo salas de aula independentes. 
Uma das leis do crescimento da Escola dominical afirma: 
“A Escola Dominical crescerá enquanto houver espaço 
para as classes”. 
» O mobiliário. Deve ser apropriado aos fins, e, de 
conformidade com a idade dos alunos. 
» O material didático. Comumente chamado de literatura. 
Abrangem as diferentes revistas de aluno e professor, 
bem como o respectivo material de apoio, obedecendo 
a um currículo bíblico, de acordo com o agrupamento 
de idade escolar dos alunos. Todo o material didático 
deve ser utilizado de acordo com os métodos de ensino 
compatíveis a cada agrupamento de idade dos alunos. 
 
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A Organização funcional 
Trata do funcionamento da Escola Dominical, visando a 
consecução de seus objetivos, conforme o exposto nesta 
lição. Grande responsabilidade tem aqui o pastor da Igreja e a 
diretoria da Escola. A organização funcional cuida da: 
» Espiritualidade. A vida espiritual compreende o estado 
da escola quanto à oração, conduta cristã, santificação 
bíblica, consagração a Deus e predomínio do Espírito 
Santo. 
» O Ensino da Palavra. Estudo e ensino da Palavra, livre 
de extremismo, modernismo, fanatismo, doutrinas falsas, 
etc. Aqui, segundo a promessa divina em Isaías 55.11, os 
frutos com toda certeza surgirão. 
» Eficiência. A Escola cuida em prover abundante ensino 
através de professores idôneos, espirituais, treinados, 
cheios do Espírito Santo e zelo pela obra de Deus. A 
eficiência é vista através do crescimento da Escola 
Dominical, em todos os sentidos. 
» Planejamento. De nada adianta muita organização e 
preparo, sem a operação do Espírito Santo. Dons 
naturais, personalidade atraente, eloqüência, boa 
dicção, cultura erudita e outras boas coisas, podem 
influenciar temporariamente apenas. Tais coisas jamais 
serão suficientes em si, mas, podem ser vitalizadas e 
dinamizadas pela ação poderosa do Espírito Santo. É aí 
que está a diferença. 
A diretoria 
Uma Escola Dominical de grande porte, plenamente 
desenvolvida, deverá ter uma diretoria assim constituída: 
1. Superintendente. Nas escolas filiais é chamado dirigente. 
Na sede, o superintendente, regra geral, é também o diri- 
gente local. 
2. Vice-Superintendente. Nas escolas filiais é chamado vice- 
dirigente. 
3. 1o Secretário. Quando os dois primeiros acima menciona- 
dos não comparecem, o 1º secretário assume a direção dos 
trabalhos, conforme as normas locais. 
 
136 
 
Capítulo 5
 Educação 
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137 
 
4. 2o Secretário. Os secretários devem ter auxiliares, depen- 
dendo do tamanho e movimento da escola. 
5. Tesoureiro. Deve ser pessoa competente e recomendada 
por todos para o exercício deste cargo. 
6. Bibliotecário. Um bibliotecário competente na sua função 
é uma bênção para a Escola Dominical. 
7. Dirigente Musical. As atividades musicais da escola não 
são apenas a execução e a regência do canto congrega- 
cional, conjunto musical, etc. O dirigente musical trabalha 
também no setor infantil, no ensino do canto, ressaltando a 
importância do louvor, ensaiando programas musicais, pre- 
parando números especiais a diferentes vozes, ajudando na 
parte musical do culto infantil, etc. 
8. Porteiros e Introdutores. Podem ser os mesmos que já 
servem à Igreja. São necessários à Escola Dominical, na 
orientação geral de alunos e visitantes. Falando de portei- 
ros e introdutores ou recepcionistas numa Escola Dominical, 
lembremo-nos que o povo entra onde é convidado, e fica 
onde é bem tratado. Ninguém é obrigado a ficar num lugar 
onde não é bem recebido nem bem tratado. 
 
Os membros da diretoria são conhecidos como dirigentes da 
Escola Dominical. Seu número é proporcional de acordo com o 
tamanho da mesma. 
Numa escola pequena, um obreiro pode acumular 
funções. Organização excessiva numa escola pequena é 
contraproducente1; já passa a ser formalidade. Repetimos: a 
diretoria tem grande responsabilidade. Diz a Palavra: “Não 
havendo sábia direção o povo cai” (Pv 11.14; Ec 10.16; Rm 
12.8). 
Portanto, deve reunir-se uma vez por mês para tratar de 
assuntos gerais do trabalho e observar o estado geral da Escola. 
Reunião esta que não pode ser casual, nem realizada às pressas. 
Corpo docente e a reunião semanal dos 
professores 
Outros nomes: corpo de professores e equipe de professores. 
Devem atentar solenemente para Provérbios 9.9; 2Timóteo 
2.15; 1Pedro 3.15. 
1. Contraproducente: Cujo resultado é contrário ao que se esperava. 
 
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1. Requisitos para ingressar no corpo docente: 
• Ser um crente salvo; 
• Ser membro da Igreja; 
• Ter bom testemunho em geral, em toda maneira de viver; 
tanto diante de Deus, como diante dos homens (At 24.16; 
2Co 8.21; 1Pe 1.15); 
• Querer servir ao Senhor; 
• Ser aplicado ao estudo da Palavra de Deus, sua história, 
suas doutrinas e assuntos necessários ao bom desempenho 
de sua missão de professor da Escola Dominical; 
• É de toda importância que seja batizado com o Espírito 
Santo e que cultive a vida de plenitude do Espírito; 
• Freqüentar as reuniões de estudo para professores; 
• Fazer curso de preparação de professores. 
 
2. A reunião semanal de professores: 
• É uma reunião de todos os professores e dirigentes da 
Escola Dominical, para estudo em conjunto,da lição e 
coordenação administrativa da escola em geral. Serve 
também como meio de estreitar a comunhão fraternal. 
Essa reunião é vital para a uniformidade do ensino 
doutrinário. 
• Os melhores dias para a reunião de professores são o 
sábado à tarde, ou domingo antes da Escola Bíblica 
Dominical. 
• Os professores do setor infantil. Devem ter reunião de 
estudo da lição à parte, já que os métodos de ensino e 
condução da aula diferem consideravelmente. Os 
professores de crianças têm maior responsabilidade. 
Necessitam de melhor preparo! 
Corpo discente 
São os alunos da EBD organizada em classes e departamentos 
conforme suas idades. 
 
1. A importância do aluno. O aluno é o elemento mais im- 
portante da Escola Dominical. A escola existe por causa do 
aluno. É a escola que se adapta ao aluno, e não o aluno à 
 
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Capítulo 5
 Educação 
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escola, como é tão comum. Dentre os alunos, as crianças 
são o campo mais fértil, mais promissor e de maior respon- 
sabilidade. 
 
2. O agrupamento dos alunos por idade. O propósito dis- so 
é a eficácia do ensino. Numa casa de família, a alimenta- ção 
varia entre as crianças e os adultos. Na Escola Domini- cal 
não pode ser diferente! Há 8 agrupamentos ou divisões de 
idades sugeridos, cujos títulos são: 
Até 3 anos de idade - Berçário 
4 – 5 anos de idade - Jardim de Infância 
6 – 8 anos de idade - Primários 
9 – 11 anos de idade - Juniores 
12 – 14 anos de idade - Intermediários 
15 – 17 anos de idade - Secundários 
18 – 24 anos de idade - Jovens 
25 – 60 anos de idade - Adultos 
3. Organização da classe. 
 
a. Quanto à direção. 
• Professor. Nas classes até 12 anos, os melhores profes- 
sores são geralmente moças e senhoras. A fala, o afeto, 
a expressão facial, os gestos, a dramatização, influem 
muito aqui. Nas classes de 12 anos para cima, o ideal 
é que o professor seja do mesmo sexo que os alunos. 
Há assuntos específicos que somente assim serão con- 
venientemente tratados. 
• Suplentes. São os professores substitutos das classes. 
• Secretário. Cuida de apontamentos da classe, confor- 
me os formulários ou impressos adotados pela escola. 
 
b. Quanto à matrícula. 
• Até a classe de Intermediários: 15 alunos matriculados 
por classe. 
• Da classe de Secundários em diante: até 30 alunos por 
 
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classe. Acima disso deve ser evitado. O ideal é, 25 alu- 
nos matriculados. Nas escolas seculares há classes gran- 
des, mas ali se visa mais o intelecto; aqui, o coração. 
• Para efeito de ensino, a classe quanto menor, melhor. 
Jesus dirigiu seu maior estudo bíblico para apenas dois 
alunos (Lc 24.27). 
• Carência de professores provoca excesso de matricula- 
dos nas classes. Carência de espaço conduz ao mesmo 
problema. A Escola deve ter classes para novos conver- 
tidos, recém-casados, e igualmente para obreiros. Cada 
classe deve ter sua própria comissão de visita orientada 
pelo professor, ou seu substituto. 
 
4. A organização de departamentos. 
 
a. Critérios necessários: 
• Muitas classes do mesmo grupo de idade; 
• Instalações apropriadas para todos os departamentos 
que forem organizados; 
• Corpo docente suficiente para as necessidades. 
 
b. Departamentos que uma EBD pode ter: 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Alunos de qualquer idade que querem pertencer à EBD, mas que só podem 
freqüentar suas reuniões irregularmente, ou então nunca podem, por motivos 
imperiosos. 
• No setor de Extensão, o campo é vasto, como: hospitais, 
prisões, reformatórios, internatos, orfanatos, grupos de 
 
Departamento do Berço 03 anos 
Departamento do Jardim de Infância 04-05 anos 
Departamento Primário 06-08 anos 
Departamento de Juniores 09-11 anos 
Departamento Intermediário 12-14 anos 
Departamento Secundário 15-17 anos 
Departamento de Jovens 18-14 anos 
Departamento de Adultos 25 anos acima 
Departamento do Lar e Extensão Qualquer idade1 
 
Capítulo 5
 Educação 
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estrangeiros, militares sob restrição, etc. Tudo isso pode 
ser alcançado por visitas, correio ou telefone. 
• O primeiro departamento a ser organizado deve ser o 
infantil. A direção do departamento: (1) um diretor; (2) 
um secretário; (3) e um ou mais auxiliares. Conforme a 
extensão do departamento. 
O quadro a seguir dá o critério básico para a organização 
da escola em departamentos, havendo condições pessoais e 
materiais. 
Alunos Departamentos Departamentos 
 
Até 25 
Dois 
Até 11 anos 
12 anos para cima 
Dep. Infantil 
Dep. de Jovens e 
adultos 
 
Até 100 
Três 
Até 11 anos 
12 a 14 anos 
15 anos para cima 
Dep. Infantil 
Dep. de Intermediários 
Dep. Jovens e Adultos 
 
 
Até 200 
Quatro 
Até 8 anos 
9 a 14 anos 
15 a 24 anos 
25 anos para cima 
Dep. Infantil 
Dep. de Intermediários 
Dep. de Jovens 
Dep. de Adultos 
Acima de 
200 
Todos os departamentos 
A administração 
1. Pastor da Igreja 
• É o primeiro obreiro da EBD pela natureza do seu cargo. 
É ele o real dirigente da Escola Dominical. 
• É o principal responsável na Escola Dominical mediante 
sua atenção e ação. 
• Sua simples presença na Escola Dominical é um prestígio 
para a mesma. 
• Deve, sempre que puder dirigir o estudo para professores 
 
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da Escola Dominical. 
• Deve, sempre que puder dirigir classes da Escola (não 
uma classe fixa) a fim de ter contato com todos os alunos 
– suas ovelhas. 
 
2. O dirigente 
A. Deveres gerais: 
• Ser um homem que conheça bem a Bíblia; 
• Conhecer bem o trabalho em geral da Escola e todo seu 
esquema de funcionamento; 
• Orientar sempre os secretários e professores em tudo 
que for preciso; 
• Zelar pela boa e sadia doutrina segundo a Palavra de 
Deus; 
• Promover entre os professores a divulgação e leitura de 
obras e referências sobre o trabalho deles; 
• Fazer sempre anúncios e comunicações em benefício da 
Escola; 
• Ter sempre em mente que organização e preparo sem 
a direção e operação do Espírito Santo é fracasso na 
certa; 
• Providenciar o material necessário a professores e alu- 
nos para o funcionamento geral da Escola; 
• Procurar manter completa a direção da Escola, que é 
composta conforme já foi exposto; 
• Procurar manter o quadro completo de professores, ten- 
do cada classe professor, suplente e secretário, e ainda 
bom número de professores de reserva para as emer- 
gências e imprevistos; 
• Antes de indicar um irmão para matrícula no Corpo de 
Professores, verificar primeiro se o mesmo é membro 
da Igreja, se é fiel, dedicado, humilde, obediente, estu- 
dioso da Palavra, desejoso de trabalhar para o Senhor, 
que goste de orar, sem pretensões, disciplinado, ordeiro, 
capaz de trabalhar em grupo, e que se tiver que discor- 
dar saiba fazê-lo dentro da ética, sem ofender e indispor 
seus pares. 
• Dirigir as reuniões de estudo bíblico para professores, 
não significando isso, que tenha que dirigir o próprio 
 
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Capítulo 5
 Educação 
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estudo bíblico. O pastor pode dirigir o estudo, ou outro 
obreiro da Igreja, conforme for estabelecido. Depende 
do que for combinado com o pastor. 
B. O dirigente deverá sempre ver: 
• Seu rumo: Para onde está indo a escola? 
• Sua promoção: Que está sendo feito para promover a 
escola? 
• Sua avaliação: Estão os professores nas classes certas e 
funcionando a contento? 
• Sua motivação: Que está sendo feito para manter o prin- 
cípio da variedade, evitando a rotina? 
C. Deveres semanais. 
• Chegar cedo (aos domingos). Verificar a arrumação da 
Escola. Nada feito em última hora; 
• Dirigir a Escola Bíblica Dominical segundo as diretivas 
traçadas pelo pastor; 
• Divulgar e promover a distribuição de revistas da EscolaDominical; 
• Providenciar visitas para professores enfermos, etc. 
D. Deveres anuais. 
a. Comemoração de datas festivas. Dependerá de reso- 
lução e orientação pastoral. Algumas datas festivas: 
• Dia Nacional da Escola Dominical (3º domingo de 
setembro); 
• Dia Mundial da Escola Dominical (1º domingo de 
novembro); 
• Dia da Bíblia (2º domingo de dezembro); 
• Dia de Natal (25 de dezembro); 
• Dia Nacional de Missões (2º domingo de setembro). 
 
Os assuntos apresentados nessas datas deverão ser de 
acordo com o tema comemorado no dia. 
b. Visita a cada escola filial, no mínimo uma vez por se- 
mestre. 
c. Ao aproximar-se o fim do ano, cuidar junto ao secretá- 
rio, do preparo dos relatórios e eventos de fim de ano. 
 
3. O secretário 
A. Deveres gerais. 
 
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• Conhecer e saber executar todos os trabalhos pertinen- 
tes à secretária da Escola Dominical, bem como orientar 
seus auxiliares no trabalho que tenham a fazer; 
• Providenciar anúncios a tempo. O dirigente pode esque- 
cer ou estar muito ocupado; 
• Providenciar para que haja sempre na secretaria da Es- 
cola o material necessário ao bom funcionamento da 
mesma. Inclui: formulários, livros e materiais auxiliares 
de ensino. 
B. Auxiliares do secretário. 
• Nas escolas de maior porte, o secretário deve ter auxi- 
liares para cuidarem da matrícula, fichário, transferência 
de classe, arrumação de salas, distribuição de revistas, 
material a professores, etc. 
C. Deveres semanais. 
a. Deveres aos domingos: 
• Chegar cedo e verificar a arrumação da escola; 
• Ter prontas para distribuição, as cadernetas de cha- 
mada ou outro sistema de freqüência adotado; 
• Preparar o relatório dominical com todo esmero. Em 
escolas com mais de 15 classes, o secretário preci- 
sará auxiliares para poder apresentar o relatório na 
hora precisa, ou preencher o quadro do relatório. 
b. Deveres no restante da semana: 
• Manter o fichário atualizado. 
• Matricular os novos alunos cujos cartões de matrícu- 
la chegaram à secretaria da Escola no último domin- 
go. Após a matrícula na caderneta, o cartão vai para 
a seção ATIVO do fichário. Se o aluno tem menos 
de 18 anos, lançar no verso do cartão, para anteci- 
pação, o mês e o ano das futuras transferências de 
classe, obedecendo aos limites de permanência nas 
classes, conforme o grupo de idade. 
D. Deveres trimestrais 
• Na primeira semana de cada trimestre, preparar o movi- 
mento do trimestre que findou. 
E. Deveres anuais. 
• Preparar relatórios do ano inteiro; 
• Transferência de alunos. Primeira semana de janeiro. As 
 
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Capítulo 5
 Educação 
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idades, para fins de matrícula e limite de permanência 
na classe, acham-se na primeira parte desta unidade. 
• Auxiliar na promoção da campanha de leitura anual da 
Bíblia; 
• Arquivar o material usado no ano anterior. 
 
4. O professor 
A. O ingresso do professor no trabalho da EBD. 
• Para o ingresso no trabalho da Escola Dominical, o 
professor deve ser acima de tudo, uma pessoa salva de 
modo completo, membro da Igreja, de vida cristã corre- 
ta e sã na fé. 
B. Sua posição espiritual: 
• É posição de honra (Gl 1.15; 1Tm 1.12); 
• É posição de responsabilidade (Ez 33.8,9). 
C. Por que ensinas? 
• Por amor a Deus; 
• Por gratidão a Deus; 
• Porque o Senhor ordenou (Mt 28.19,20). 
D. Qual é o propósito no ensino? 
• Ganhar almas para Jesus; 
• Desenvolver a espiritualidade dos alunos; 
• Treinar os alunos para o serviço do Mestre. 
E. O que ensinarás? 
• A Bíblia (Mt 28.20). 
F. A quem ensinarás? 
• Homens, mulheres, crianças (Dt 31.12). 
G. Como ensinarás? 
• Conhecendo a Cristo como Salvador e Rei; 
• Conhecendo a Bíblia (2Tm 2.15). Ainda não vi um 
obreiro de destaque, projeção, ministério abundante, 
frutos permanentes, que não fosse um apaixonado e 
contínuo estudante da Palavra! Este conhecimento da 
Bíblia terá que ser sistemático e organizado. 
• Conhecendo matérias auxiliares e afins; 
• Conhecendo o aluno, isto é, a psicologia de cada grupo 
de idade; 
• Conhecendo pedagogia. O alimento em casa difere com 
a idade; no ensino bíblico também. 
 
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H. Os requisitos do professor. 
a. Preparo. O professor deve ter preparo: 
• Espiritual (Ed 7.10; 1Pe 3.15). É ser cheio, controla- 
do e movido pelo Espírito Santo (1Co 2.15; Gl 6.1). 
Não é ter fogo de labareda, mas do tipo brasa. 
• Intelectual (cultura geral); 
• Social (apresentação pessoal); 
 
b. Físico (estado saudável). 
c. Fidelidade no dever. Ser disciplinado. 
• Isto é, cumprimento de seus deveres como professor 
(Sl 101.6; 1Co 4.2). Não é somente ser fiel, mas 
disciplinado. 
d. Paciência. 
• É o mesmo que longanimidade. É o fruto do Espírito 
Santo (Gl 5.22, 1Ts 5.14). 
• Deus é o “Deus de paciência” (Rm 3.25). 
• É preciso muita paciência, especialmente nas classes 
infantis e de adolescentes. 
e. Amor e dedicação. 
• É o serviço da melhor maneira (Ec 9.10); 
• É o zelo no trabalho; zelo com entendimento (Rm 
10.2); 
• Há uma maldição no sentido da falta de zelo (Jr 
48.10 – ARA); 
f. Pontualidade. 
• É chegar na hora, começar na hora e terminar na 
 
146 
Homens a quem Deus tem usado passaram todos por 
uma fase de preparo. Exemplos: 
• Moisés preparou-se 40 anos. 
• Paulo esteve 3 anos na Arábia. 
• Daniel e seus companheiros, mesmo para servirem 
numa corte secular, tiveram seu preparo. 
O professor precisa saber o que vai fazer. Jesus sabia 
“o que ia fazer” (Jo 6.6). Um aluno que quer de fato 
aprender, não terá desejo de voltar a uma classe para 
ouvir um professor dizer aquilo que ele já sabe, ou que 
pode aprender sozinho. 
 
Capítulo 5
 Educação 
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hora; 
• Jesus andava sempre na hora (Jo 2.4). Quem não 
pode ser fiel nesta parte é melhor dar o lugar para 
outro que possa ser. O professor que chega sempre 
atrasado à Escola Dominical perde a paz, perde o 
controle, e perde a autoridade; 
• Quanto ao terminar na hora, há irmãos que não li- 
gam para isso e ainda acham que todo mundo está 
gostando quando passam da hora. 
I. As responsabilidades do professor: 
• Para com Deus. Deus o pôs no seu trabalho! (Lc 
19.13,15; 1Tm 1.12); 
• Com a Igreja. Orientar cada aluno a ser um abnegado 
colaborador da Igreja, em tudo: tempo, talentos, finan- 
ças (Ef 4.12); 
• Com a EBD. Conhecer a organização e funcionamen- 
to da sua escola. Trabalhar em harmonia e cooperação 
com os demais obreiros (Rm 12.10; Fp 2.3,25); 
• Com a classe. Promover a edificação e crescimen- to 
da classe. Há por aí professor “matador de classe”. 
Visitar os alunos. Cada classe deve ter sua própria co- 
missão de visitas. Orar pelos alunos individualmente. 
Buscar diante de Deus a conversão e edificação espiri- 
tual de cada aluno. 
Conclusões ao professor 
O professor para obter êxito e manter-se eficiente precisa: 
• Ser espiritual, isto é, ser cheio do Espírito; 
• Ter preparo. Preparo para ensinar; 
• Estar equipado com literatura apropriada; 
• Dispor de ambiente físico apropriado à condução das 
aulas. 
 
 
 
 
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Questionário 
Assinale com “X” as alternativas corretas 
 
6. A organização geral da EBD tem forma tríplice. Ela é 
a. Pessoal, espiritual e acionista 
b.  Impessoal, material e ativista 
c.  Pessoal, material e funcional 
d.  Impessoal, espiritual e operacional 
 
7. Os que formam o corpo discente da EBD são: 
a. Os alunos 
b.  Os dirigentes 
c.  Os secretários 
d.  Os professores 
 
8. Dia Nacional da Escola Dominical 
a. 2º domingo de agosto 
b.  3º domingo de setembro 
c.  2º domingo de dezembro 
d.  1º domingo de novembro 
 
Marque “C” para Certo e “E” para Errado 
 
9. [] O tesoureiro cuida de apontamentos da classe, confor- 
me os formulários ou impressos adotados pela escola 
10.[ ] A Escola Dominical deve funcionar em instalações 
apropriadas, tendo salas de aula independentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Capítulo 5
 Educação 
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Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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