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Educação Cristã

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Delvacyr Bastos Costa
Apresenta:
Delvacyr Bastos Costa – delvacyr@ibest.com.br
EDUCAÇÃO CRISTÃ
I – Conceituação
01 - ''Educação Religiosa Cristã é a
transformação e o desenvolvimento da
experiência do aluno de acordo com o
sentimento vivo da realidade de Deus e de sua
relação com Ele''.
02 - ''Educação Religiosa é o processo pelo
qual a experiência, isto é a própria vida da
pessoa, se transforma, desenvolve e aperfeiçoa
mediante sua relação com Deus em Jesus
Cristo''.
03 - ''Educação Religiosa Cristã é uma
reverente busca dos processos divinamente
ordenados pelos quais a pessoa se desenvolve
à semelhança de Cristo e o uso destes
processos''. (Harner)
04 - ''Educação Religiosa Cristã é a
transmissão de vida''.
05 - ''Educação Religiosa Cristã é a
reconstrução da experiência, com uma
consciência crescente dos valores sociais,
morais e espirituais, cuja vivência plena se
verificou na pessoa real e histórica de Jesus
Cristo''.
06 - ''Educação transforma-se em religiosa,
lembra L.A. Weigle, ''quando está consciente da
presença, poder e amor de Deus como,
condição última e motivo supremo da vida
humana''.
07 - ''Educação Religiosa Cristã é a
interpretação e aplicação dos imperativos e
princípios divinos em termos práticos e
aplicáveis à vida cotidiana''.
08. ''Educação não é escolarização. Por
educação entendo eu um processo de
compreensão do mundo, de aquisição de
confiança para explorar seu funcionamento e
mecanismo''. (Peter Buckman).
II - Base Filosófica da Educação Religiosa 
Cristã
A proposta da filosofia de Educação Religiosa é
produto dos seguintes fundamentos bíblicos:
01- Cada pessoa precisa experimentar o novo
nascimento em Cristo, recebendo o perdão de Deus
e tendo fé em Jesus Cristo como seu Salvador,
Senhor e Mestre (I Jo 5.1; II Co 5.17; Ef 2.8; Jo 3.3-
5; Mt 18.3; At 13.19; I Jo 4.14; Cl 4.1; Jo 13.13-14;
Mt 23.10).
02- Cada pessoa precisa entender as funções de
uma igreja nos moldes do Novo Testamento,
tornando-se membro consciente de sua missão, e
atuante; integrando positivamente no corpo de
Cristo (Mt 28.9-20; At 2.1-42; 1 Co 12.12-13).
03- Cada pessoa precisa conhecer, amar e
compreender conscientemente a Bíblia, a Palavra
de Deus, tendo assim base para a formação de
conceitos, convicções, atitudes e condutas de vida
(Jo 16.8-10; Sl 119.11, 30; Jo 5.39; Cl 3.16; 1 Pd
2.2; Sl 1.1-2).
04- Cada pessoa precisa cultuar a Deus como
parte vital e constante de sua experiência cristã (Jo
4.24; Sl 27.4-5; 1 Co 14.15).
05- Cada pessoa precisa descobrir e exercitar seus
talentos, habilidades e dons espirituais recebidos
de Deus no serviço cristão (2 Tm 1.16; Ex 35.30-
36; 36.1; Pv 10.4; Ec 9.10b).
06 - Cada pessoa precisa descobrir à luz do
conhecimento científico e teológico a natureza dos
seus problemas, principalmente buscando a Deus,
na Bíblia e na comunidade cristã conforto, força
para vencê-los e possíveis soluções para os
mesmos, visando um contínuo crescimento cristão
(Fl 3.13-14; Rm 7.7 a 8.1; 2 Co 13.11; 4.6-9; Rm
5.3-5).
OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA
O alvo de toda a aprendizagem autêntica é o
processo na direção da maturidade. (Ef 4:13).
"O objetivo geral do programa de educação
religiosa é levar pessoas a uma consciência do Deus
revelado em Jesus Cristo, a uma relação pessoal com
ele através da fé, à obediência em segui-lo no
discipulado cristão, a uma vida orientada pelo
Espírito Santo e ao desenvolvimento contínuo da
maturidade cristã”.
01- Conversão - Levar cada pessoa a uma
experiência genuína da Graça salvadora de Deus
através de Jesus Cristo.
Em busca da maturidade deve se processar através 
dos seguintes objetivos específicos:
02- Filiação à igreja - Levar cada
pessoa a tornar-se membro
inteligente, ativo e dedicado de
uma igreja neo-testamentária.
03- Adoração - Ajudar
cada pessoa a fazer do
culto uma parte
constante e vital da sua
existência.
04- Educação e Convicções Cristãs - Ajudar cada
pessoa desenvolver conhecimento cristão
amadurecido, bem como compreensão e
convicções cristãs igualmente sazonadas. Isto
significa ajudar cada pessoa a adquirir
conhecimento básicos:
a) Com respeito à Bíblia
b) Com respeito às realidades da fé Cristã
c) Com respeito ao movimento do Cristianismo
d) Com respeito à Denominação.
05- Atitudes e Apreciações Cristãs - Ajudar cada
pessoa a desenvolver tais atitudes e apreciações
cristãs para que toda a sua filosofia de vida também
o seja. Isto significa ajudar a cada um:
a) Conhecer e relacionar-se com Deus.
b) Ter conceitos cristãos com respeito à existência.
c) Ter uma filosofia cristã do próximo e
comportar-se à luz de seu conhecimento.
d) Ter um conceito cristão sobre si mesmo.
e) Ter uma profunda intimidade com a Bíblia e
Instituições Divinas.
f) Ter uma noção correta do mundo presente e de
sua missão dentro dele.
06- Vida Cristã - Levar cada
pessoa a desenvolver hábitos e
habilidades no serviço cristão.
1. O ENSINO NO ANTIGO 
TESTAMENTO
Quando se lê a Bíblia numa
perspectiva pedagógica, percebe-
se que Deus foi o primeiro
professor por excelência,
preocupado com o
desenvolvimento do ser humano
em todas as áreas e sentidos.
O PENTATEUCO
Graças ao aspecto repetitivo do seu ensino, a
herança histórica, as orientações éticas e os
ensinamentos que os judeus transmitiam a
seus filhos chegam até nós através do Antigo
Testamento.
Após as emocionantes narrativas do Gênesis e
do Êxodo, repletas de história de amor e intrigas
familiares, onde a mão de Deus sempre se faz
presente e soberana, vêm as instruções e raízes
cúlticas e os fracassos do povo peregrino em
Levítico e Números. Quando se chega ao último
livro do Pentateuco, Deuteronômio, encontra-se
um reflexão teológica sobre as histórias e leis já
conhecidas e um preparação pedagógica para o
futuro na terra prometida. (Dt 26.5-10).
Há, portanto, duas ênfases didáticas no Pentateuco:
- As diretas narrações ocorridas no passado com
significado no presente,
- As instruções.
Nos livros da Lei, portanto, descobrimos a grande
importância das instruções no processo
educacional. No Pentateuco, a história da salvação
é ensinada às crianças no lar. No meio das
histórias e das instruções, há muitas perguntas
feitas pelas crianças aos pais ou pelos discípulos
aos mestres.
Quando vossos filhos... Ex 12.26
Naquele mesmo dia... Ex 13.8
Quando teu filho... Ex 13.14
Quando teu filho... Dt 6.20-21
...para que isso seja por sinal... Js 
4.6
Quando no futuro...Js 4.21
O ponto principal nos seis
textos é: Desde o começo da Bíblia
existe uma preocupação com o
processo educativo. Os educadores são
os pais.
Todos os pais eram professores,
e o lar era o centro da educação
religiosa. Isto se torna claro em
Dt 4.9-10; 6.4-9.
Propósitos da Educação Hebraica
1. Transmitir a herança histórica
2. Instruir na conduta ética
3. Assegurar a presença de Deus e sua adoração
Princípios educacionais no AT:
1. A educação foi um mandamento direto de
Deus.
2. O protótipo de todos os mestres foi o próprio
Deus. Portanto, o ensino tem autoridade e
sanção divinas.
3. A disciplina é um ingrediente necessário.
4. O ofício de ensinar era considerado sagrado,
porque embora Deus ensinasse, inspirava
também o homem a ensinar.
5. A instrução das crianças começava em tenra
idade.
6. O princípio fundamental para o ensino,
especialmente das crianças, era o de ensinar
gradualmente.
Métodos:
1. O uso do ensino oral.
2. O uso de procedimentos normativos
3. O uso de parábolas para a instrução moral.
EDUCAÇÃO NOS PROFETAS
“As escolas de profetas constituem um fenômeno
extraordinário quanto ao ensino, entre os hebreus.
Há referência a essas escolas em narrativas dos
ministérios de Elias, Eliseu e Samuel...”
“Não há dúvida, no entanto, de que os profetas
desempenharam importante papel na educação do
povo. Os profetas, os sacerdotes e os reis exerciam
responsabilidades singulares comofiguras nacionais.
Em relação ao sistema religioso de sacrifícios, os
sacerdotes tinham a mais importante função. Em
relação à organização político-religiosa, a função
mais importante era a do rei.
Mas, na prática diária, o profeta desempenhava
papel educacional mais importante. O profeta
era a figura central na educação nacional, por
causa de suas constantes exortações e
recordações concernentes aos propósito e
vontade de Deus para com a nação israelita e a
necessidade de viver uma vida justa e correta.”
(ARMSTRONG, p. 13)
Esta segunda parte do Antigo Testamento revela
falta da vida de "fé vivenciada". Demonstra
claramente a ausência de perseverança no processo
educacional e no conteúdo programático divinos.
Nos profetas a educação desloca-se do lar e agora é
centrada no trono. Torna-se "palaciana". Os
profetas são os pedagogos da própria nação.
Depois a monarquia é estabelecida. Após quarenta
anos de liderança forte de Davi, Salomão em 962 AC
sobe ao trono e os fundamentos da vida e fé em
Israel passam por uma radical mudança.
Havia crises políticas e espirituais. Israel se divide em
dois reinos, e eventualmente o do norte é destruído
pela Assíria. Depois o templo é destruído e o reino
do sul, Judá é exilado na Babilônia.
Em tempos de crise e incerteza, o profeta anunciava
a mensagem do Senhor. Era um pregador que trazia
a palavra do senhor através de proclamações muitas
vezes dramáticas. O profeta anunciava as boas
novas do Reino de Deus e denunciava as práticas
incoerentes com os valores desse reino.
Há alguma palavra do SENHOR? No episódio
relatado em Jeremias 37.16-21 o profeta se encontra
com o rei num momento de crise pública. O profeta
não aceita o status quo, mas o questiona, critica-o,
transcende-o.
Assim, o sistema educacional divino está
direcionado para o aspecto corretivo. A análise
crítica do profeta não é direcionada ao conteúdo
programático, mas à atitude do aprendiz.
Se a primeira divisão do Cânon do Antigo
Testamento, o Pentateuco, representa a tarefa de
conservação, transmissão e manutenção do legado
e herança do passado, a segunda divisão, os
Profetas, por sua vez, representa outra tarefa
educacional, a de questionar, examinar criticamente,
refletir contextualmente.
O povo de Deus no Antigo Testamento, como
a Igreja hoje, precisa da palavra profética e do
ensino tradicional. Em termos pedagógicos
atuais, precisa-se de educação tradicional, que
envolve narração e memorização, e também da
educação moderna ou progressista, que envolve
uma participação ativa e a imaginação criativa.
Os profetas não apenas pregavam, criticavam as
estruturas, e imaginavam a realidade do Reino,
pois tinham seus discípulos (Is. 8.16).
Outro fato digno de nota é a didática dos profetas.
Eles usavam freqüentemente métodos visuais. Isaías
andou despido e descalço (Is 20), Jeremias
despedaçou o vaso do oleiro (Jr.19) e Ezequiel cercou
uma cidade em miniatura (Ez 4).
Enquanto o profeta representa uma nova ênfase e
abordagem educacional sociocultural e crítica, a
manutenção dos ensinos tradicionais da Torá
nunca cessou. Para esse fim surgiu uma nova
figura, que serve de transição entre a Segunda e a
terceira divisões do antigo Testamento. Durante e
depois do exílio babilônico, desenvolveu-se o
ensino especializado. A Lei de Moisés foi ensinada
ao povo pelos escribas, que tomaram o lugar dos
profetas. Os escribas eram uma classe de mestres
profissionais da lei, e a estudaram diligentemente.
Eram homens das sagradas letras, que juntaram,
copiaram, preservaram e interpretaram a Lei.
Enquanto o profeta representa uma nova ênfase e
abordagem educacional sociocultural e crítica, a
manutenção dos ensinos tradicionais da Torá
nunca cessou. Para esse fim surgiu uma nova
figura, que serve de transição entre a Segunda e a
terceira divisões do antigo Testamento. Durante e
depois do exílio babilônico, desenvolveu-se o
ensino especializado. A Lei de Moisés foi ensinada
ao povo pelos escribas, que tomaram o lugar dos
profetas. Os escribas eram uma classe de mestres
profissionais da lei, e a estudaram diligentemente.
Eram homens das sagradas letras, que juntaram,
copiaram, preservaram e interpretaram a Lei.
2. O ENSINO NO NOVO TESTAMENTO
Já descobriu-se muito material, e fundamentos
profundamente didáticos, nas três divisões do
Antigo Testamento. Contudo, é no Novo
Testamento que se encontra o Mestre, o professor
dos professores, Jesus. O Novo Testamento
também registra a visão de ensino da Igreja
Primitiva e do apóstolo Paulo.
O ENSINO DE JESUS, O MESTRE, NOS 
EVANGELHOS
Ele era conhecido como Mestre ou Rabi, que quer
dizer, instrutor ou professor. (Jo 3.2, Lc 17.13, Mt
19.16, Mc 5.35, Jo 11.28, 20.16, Jo 13.13, etc.)
Nos Evangelhos, Jesus é chamado mestre nada
menos de quarenta e cinco vezes, e nunca se fala nele
como pregador. Fala-se em Jesus ensinando,
quarenta e cinco vezes; e onze apenas pregando, e,
assim mesmo, pregando e ensinando (15.16). Price
continua, dizendo: "Toda a obra de Jesus estava
envolvida em atmosfera didática.
Qual, porém, foi a marca ou característica
dominante do Mestre? A encarnação da verdade.
Se os nossos professores hoje em dia seguissem o
exemplo de Jesus e vivessem vidas dignas de ser
imitadas, o ensino seria mais eficaz. A educação
secular requer de seus professores apenas
conhecimento e formação técnica adequada ao
ensino que será ministrado, ao passo que a
educação cristã, para atingir seus objetivos,
necessita de professores que tenham uma vida
digna do evangelho que proclamam.
Com ênfase no ministério didático, Mateus 
apresenta cinco discursos de Jesus:
Discurso no Monte (Mt 5-7)
Discurso sobre Missão (Mt10)
Parábolas do Reino (Mt13)
Discurso sobre Disciplina (Mt18)
Discurso sobre o Fim e o Julgamento (MT 23-25)
Marcos destaca a presença dos
discípulos. Logo no primeiro
capítulo, Jesus chama Simão e
André (1.16-20), e a seguir, Levi
(2.13-14), dizendo-lhe: "Segue-
me" No terceiro capítulo,
Marcos já relata a escolha dos
doze (3.13-19). Jesus os chamou,
antes de tudo, "para estarem com
ele" (3.14). O seu método de
formação partia de um
relacionamento pessoal, íntimo e
constante, da convivência diária.
Deste modo, destaca-se a relação
aluno-professor. No ensino
informal há comunicação através
de relacionamento. Jesus os
ensinava, e os discípulos
participavam ativamente no
processo. Neste relacionamento,
os discípulos observavam, ouviam,
perguntavam, respondiam, agiam,
seguiam, imitavam e obedeciam.
Os doze receberam um
treinamento intensivo e extensivo.
Eles foram treinados através da
convivência com Jesus.
Lawrence Richards diz: "Fazer discípulos é um
processo de relacionamento interpessoal, que envolve
professor e aluno em muitas experiências da vida real.
Parece exigir um contexto de vida, um modelo do qual o
discípulo pode aprender, através do relacionamento íntimo"
(Mc 3.14).
Quando o ensino bíblico não visa treinar,
preparar, equipar e enviar, não segue o modelo de
Jesus.
Quando Marcos relata a missão dos doze (6.7-
13), ele diz que voltaram e "lhe relataram tudo
quanto haviam feito e ensinado" (6.30). Os
estágios dos discípulos seguiram o modelo de
todo bom ministério supervisionado, com
relatórios e feedback.
Dos três Evangelhos Sinóticos,
Lucas é o único que se inicia com
uma introdução esclarecendo seus
propósitos e métodos. (Lc 1.1-4; At
1.1,2 ).
A parte do relato sobre o ministério
de Jesus na Galiléia começa em
4.14,15 com um resumo onde a ação
pedagógica está destacada: "E
ensinava nas sinagogas, sendo
glorificado por todos" (Lc 4.18,19).
Além de seu caráter idôneo, o próprio estilo
do ministério de Jesus foi altamente didático.
Como qualquer habilidoso pedagogo, o
Mestre Jesus usava muitos métodos de ensino.
Desde os tempos de Sócrates e Platão, até "a
pedagogia da pergunta" de Paulo Freire, usam-
se perguntas com intenção didática.
Desde os dozeanos no
templo com os mestres
(Lc 2.46), Jesus fazia e
respondia perguntas.
Alguém diz que há 154
perguntas suas registradas
na Bíblia. (Lc 10.25-37),
Ao invés de responder,
Jesus lhe faz duas
perguntas: "Que está
escrito na lei?. Como
interpretas? ".
1. CARACTERÍSTICAS DE
JESUS COMO MESTRE
1. Habilidades literárias (Lc 4.16-
20);
2. Familiaridade com as tradições e leis orais de seu
povo (Mt 5.21, 27,31,38, 43);
3. Compreendia profundamente a natureza humana
(Mt 9:4; Jo 1:47; 2:25);
4. Ensinava com autoridade (Mt 7:28,29);
5. Jesus encarnava a verdade em sua própria pessoa
(Jo 14:6).
2. OS ALUNOS DE JESUS
1º Os alunos de Jesus não eram perfeitos;
2º Ensinou principalmente a adultos, embora não
exclusivamente.
3º Tinha um padrão de ensino: Na primeira parte
de seu ministério, ensinava principalmente a
indivíduos, depois ensinou a multidões e, no fim de
seu ministério voltou a trabalhar com pessoas
individualmente.
3. OS OBJETIVOS DO ENSINO DE JESUS
- Converter seus alunos a Deus. Mudança de vida
do indivíduo, e não apenas seu intelecto e emoções.
- Queria que seus alunos adotassem ideais corretos.
(Mt 5.48)
- Propôs harmonia entre as pessoas.(Mt 5:43-48)
- Desejava aprofundar as convicções de seus
alunos. (Jo 21.15,17)
- Treinar seus discípulos para continuar o ensino
depois dele. (Mt 28.19, 20)
4. OS MÉTODOS DE JESUS
Ensinou o desconhecido a partir do conhecido. (Jo 
4:13, 14)
Ensinou conceitos abstratos em termos concretos. 
(Mt 13:45, 46)
Ensinou através de técnicas: 
# Fazer perguntas (Lc 10.25-37);
# Uso de parábolas;
# Discurso ou conferência (Mt 5);
# Atividades (Lc 5:4; 6:1, 10:1-16)
# Uso de recursos visuais (Mt 21:18-22)
# Foi o exemplo de tudo aquilo que ensinou.
O ENSINO NA IGREJA PRIMITIVA
Necessidade da Igreja: fundamentar a
educação, visto que crescia e ganhava mais
gentios do que judeus. Muitas das práticas
educacionais e seus respectivos conteúdos tinham
raízes judaicas, os gentios convertidos não tinham
este conhecimento e à medida que a igreja
penetrava no mundo romano havia a necessidade
de ensinar essas práticas aos pagãos.
Crescimento e edificação: foram fundamentados
e consolidados pelo ensino. A Igreja Primitiva
experimentou crescimento e edificação em todos
os sentidos (2.47; 5.14; 9.31; 12.24; 19.20)
Centralidade do ensino: Os freqüentes resumos
do evangelista revelam a importância da edificação
do Corpo embasados no ensino. (At.5.42).
Espírito Santo: sua ação é constante no livro todo
de Atos. Isto nos faz refletir e invocar sempre a
atuação plena do Espírito ao ensinar para que,
enquanto seus instrumentos, sejamos criativos,
perspicazes e objetivos.
Modelo: em Atos percebe-se o desenvolvimento de
uma instituição modelo, comprometida com a
Palavra e com a sociedade. (At.11:26; 18:11).
Transformação: a Educação Cristã é um processo
demorado e contínuo, pois envolve uma
transformação progressiva de pessoas e de igrejas.
(At.18.24-28).
Funções principais da educação na Igreja 
Primitiva:
1ª Se relacionava com o batismo. Precisava-se de uma
instrução formal, para ajudar o novo crente a entender
o que estava fazendo ao submeter-se ao batismo. Essa
instrução lhe servia durante toda a vida como modelo
para o seu viver cotidiano.
2ª Servir como veículo para comunicar e conservar uma
nova tradição, a tradição cristã. Essa tradição explicava
como Jesus havia cumprido o AT e esboçava a maneira
de viver para alguém que se propusesse a ser fiel
seguidor de Cristo.
O ENSINO PAULINO NAS CARTAS
O ensino foi feito na era apostólica não apenas
pessoalmente, mas também por meio de cartas.
Propósito das Cartas: é distinto o seu papel
ensinador doutrinário, sua preocupação em treinar
e determinar um estilo cristão de conduta.Cada
carta servia para ajudar a conhecer e a entender
alguma verdade.
Romanos: apresentação sistemática das grandes
doutrinas cristãs (caps.1-11), e também da aplicação
destas doutrinas na vida prática (caps.12-16). Desta
carta percebe-se que o ensino neotestamentário é
deliberado, organizado e sistemático.
Coríntios: Paulo escreveu com o propósito de
corrigir suas condições éticas e para lhes ensinar
algumas normas espirituais que lhe servissem de guia
em suas relações sociais.
Gálatas: mostrar que se pode viver de modo justo e
reto pela fé e pelo poder do Espírito Santo.
Efésios: ensinou as características da verdadeira
igreja.
Filipenses: a experiência cristã é uma realidade
interna e não depende de circunstâncias externas.
Colossenses: ensinou a verdadeira natureza de
Jesus, a fim de refutar uma doutrina filosófica.
Tessalonicenses: para corrigir idéias erradas cobre a
segunda vinda de Cristo.
Timóteo e Tito: ensinou que a ordem e a
disciplina devem prevalecer na igreja.
Especialmente a carta a Timóteo que salientam a
importância do ensino para:
- Manejar corretamente a Palavra inspirada (2 Tm
2:14,15; 3:16, 17).
- Necessário para a firmeza na fé (1 Tm 4:6,11, 16;
6:3-5; 2 Tm 4:3).
- Para estabelecimento de lares harmoniosos (1 Tm
6:1,2)
- A capacidade de ensinar é um dos requisitos
para pastores e outros líderes espirituais (1 Tm
3:2; 2 Tm 2:24).
- O ensino é corolário essencial da leitura bíblica,
da exortação e da pregação (1 Tm 4:13; 2 Tm
4:2).
- O ensino é apresentado por Paulo como sendo
indispensável à perpetuação da fé (2 Tm 2:2).
O ensino é um fim em si? Um cuidadoso
estudo das cartas Paulinas escritas aos cristãos
do primeiro século revela que, se o ensino é
um fim em si, perde sua força e vitalidade.
Porém, quando é um processo integral e ativo
no desenvolvimento de ministérios e fé
vivenciada, pela dinâmica do Espírito Santo,
os resultados são vida e crescimento na Igreja.
RECAPITULAÇÃO: 
Educação no At – Transmissão da herança
histórica com seus princípios éticos e atuação de
Deus no meio do povo de Israel.
Educação no NT – Fé vivenciada, formação de
imitadores de Cristo.
Segredo do sucesso do educador cristão –
Vida ter a transparência que seu ensinamento
requer.
MOVIMENTOS E INTITUIÇÕES ANTES 
DA REFORMA
-A separação gradual da igreja com o judaísmo,
criou a necessidade de desenvolver um processo de
ensino.
- Enquanto o Império Romano se enfraquecia
durante os primeiros séculos, a igreja se fortalecia.
Surgiram, portanto, vários métodos educacionais e
instituições que procuraram desenvolver a
educação no meio cristão.
Influências no desenvolvimento da Igreja
Conversão de pessoas muito importantes,
intelectuais de formação greco-romana.
Predominância da filosofia e intelectualismo. A
igreja precisava ensina-las com algo mais mais
sólido.
Intelectualismo: Paidéia grega (contexto
grego da cultura e os ideais para a vida)
Todo o mundo romano havia sido
influenciado pelo helenismo.
Necessidade: A igreja tinha que se
preocupar com a vida intelectual do
tempo, se quisesse alcançar todas as classes
sociais para Cristo.
Resultado: muitos mestres cristãos deste período
(séc. II, III, IV) vieram para a igreja com esta
bagagem cultural e tentaram sintetizar a
doutrina cristã com os ideais filosóficos.
Heresias e divisões: (4 primeiros séculos)
Fator decisivo no desenvolvimento da
educação cristã. Diferenças doutrinárias
entre os líderes, que resultaram em heresias e
divisões precisavam ser combatidas. As
crenças da igreja passaram a ser algo mais
desenvolvido e organizado. Necessidade de
ensinar a fé dentro da igreja e ao mesmo
tempo a de educar de maneira geral a
sociedade, para que não houvesse equívocos
quanto ao significado do cristianismo.
Apologistas: Fenômeno educacional que
surgiu em decorrência das heresias e
acusações da sociedade. Alguns eram
mestres educados na cultura clássica e
reconhecidos como líderes da igreja.
Negaram as acusações feitas aos cristãos e
conservar as doutrinas tradicionais da
igreja neotestamentária.
Desenvolvimento da organização da igreja: 
Tríplice ministério: 1) Função dos apóstolos,profetas e
mestres; 2) os que dirigiam os cultos ou que
prestavam serviços especiais, como presidentes
presbiteriais, diáconos e viúvas; 3) responsáveis pela
disciplina e administração, os chamados presbíteros.
Sucessão apostólica: Tinha o propósito de mostrar aos
hereges e cismáticos que na igreja, o ensino deveria
ser realizado por aqueles que tinham autoridade p/
ensinar como os apóstolos ou pessoas designadas
pelos apóstolos.
2. Instituições Educacionais
a) Escolas de catecúmenos
Problema: Em todo o mundo greco-romano a
educação era pagã, as crianças recebiam instrução
baseada na mitologia grega e romana. Assim, pois, as
crianças cristãs também recebiam esta educação e
corriam o risco de aprender os dois sistemas
educacionais – o cristão e o mitológico.
A única maneira de combater este problema era a
educação doméstica e a instrução eclesiástica.
Diante deste quadro a igreja começou a
desenvolver um sistema educacional, sentindo que
toda a educação deve relacionar-se com os
ensinamentos cristãos.
As escolas de catecúmenos eram classes que
tinham um caráter semiformal na igreja gentia.
“Catecúmeno“ é derivado da palavra grega que
significa instruir, fazer ruído ao ouvido, instrução
rudimentar.
Os alunos eram filhos de crentes, judeus adultos
e gentios convertidos. Os mestres eram os
bispos, diáconos e subdiáconos.
Os níveis nas escolas de catecúmenos:
1º nível – se encontravam os “ouvintes”, alunos
aos quais era permitido assistir Às aulas;
2º nível – os que “dobravam os joelhos”, os que
ficavam para um período de oração depois da
saída dos ouvintes.
3º nível – alunos que permaneciam após um
longo período de provas e começavam a se
preparar para o batismo.
Este sistema alcançou seu ponto alto no
quarto século, mas a partir de 450 começou o
seu declínio.
b) Escolas catequéticas
No contexto do intelectualismo e da organização
da igreja, reconheceu-se a necessidade de se ter
mais do que uma instrução elementar. Surgiram
então as escolas para treinar os cristãos ao mesmo
nível dos seus críticos. Estas escolas vieram a ser
instituições de treinamento para líderes da igreja.
A escola de Alexandria, no norte da África,
fundada por Panteno em 179 foi a 1º e mais
famosa e oferecia uma combinação de
aprendizagem e pensamento filosófico gregos
com as Escrituras.
Estas escolas foram as precursoras das atuais
instituições de educação teológica que
existem p/ preparar o clero. Foi nestas
escolas que a fé e a doutrina se estruturaram
num sistema de pensamento.
c) Escolas catedrais ou episcopais
Com o crescimento da igreja nos centros urbanos e a
divisão do clero nas suas funções ministeriais, algumas
cidades importantes se desenvolviam como sedes ou
residências dos bispos administrativos. Surgiu então os
territórios chamados de bispado que era administrado
por um só bispo, e a igreja nessa cidade era conhecida
como catedral. As paróquias ao redor da cidade se
relacionavam com esta catedral e as igrejas centrais
tinham por obrigação suprir clérigos para estas
paróquias e tais ministros necessitavam de treinamento
para ocupar as funções eclesiásticas. RESULTADO:
Surgiram escolas nas catedrais para treinamento dos
clérigos locais.
Século 4 – alcançaram um bom nível de organização.
As escolas pagãs desapareceram quando a igreja se
uniu ao Estado e as escolas catedrais tornaram-se as
instituições educacionais mais importantes no mundo
ocidental.
Século 6 – estas escolas foram as ‘mães’ das escolas
primárias, que apareceram pela primeira vez naquele
século.
O que de melhor havia nestas escolas contribuiu para
o desenvolvimento das universidades na parte final da
Idade Média.
d) Monasticismo
Com o crescimento da
igreja e seu envolvimento
com o Estado romano, ela
tornou-se cada vez mais
poderosa e política. Houve
muita desilusão com esta
união por parte de pessoas
que acreditavam que estas
duas instituições deveriam
manter-se separadas.
Surgiram dois tipos de escolas monásticas: as
escolas que ensinavam os meninos destinados a
entrar logo na ordem e as outras que aceitavam
qualquer criança que se desejasse que fosse educada
num sistema de disciplina rígido, jejum e oração.
O ensino bíblico não era prioridade nestas escolas.
Nelas era ensinado a leitura às crianças e para ter o
que ler, os noviços copiavam manuscritos da igreja
primitiva e obras da literatura romana antiga. Desse
modo, a literatura bíblica, histórica e secular foi
preservada para a posteridade.
No período de decadência do Império Romano a igreja
permaneceu estável, mas as escolas sofreram muito,
manteve viva a educação, mas não deixou de sofrer
estagnação como o resto do mundo.
Durante a Idade Média havia muitas escolas mantidas
pelas igrejas, mas as massas permaneciam ignorantes e
analfabetas. Havia muita ignorância quanto à Bíblia, e o
próprio clero não sabia bem o que estava fazendo.
Na segunda metade deste período antes da Reforma, a
igreja propagava a educação religiosa, mas não a
educação cristã. Havia bastante da igreja, mas pouco de
Deus.
PESSOAS IMPORTANTES ANTES DA 
REFORMA
Justino Mártir (100-165) – Era
mestre e filósofo grego antes de
converter-se e continuou sua
profissão depois de convertido. Sua
ênfase educacional se prende à
ênfase que deu à natureza filosófica
do cristianismo. Ensinou que o
cristianismo se encontrava latente na
filosofia grega, e que através de
Cristo ele, como filósofo, havia
chegado à filosofia perfeita.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Justin_Martyr.jpg
Clemente de Alexandria (160-
215) – foi sucessor de Panteno na
escola catequética de Alexandria.
Foi influenciado pela filosofia
grega, que considerava “uma boa
preparação para o avanço do
evangelho”. Acreditava que o
cristão devia aproveitar todas as
oportunidades de aprender, seja
qual fosse o ramo do
conhecimento humano.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:ClemensVonAlexandrien.jpg
Tertuliano (160-220) – Se
opunha fortemente ao uso da
filosofia nas discussões teológicas.
Em seus escritos, é muito rígido e
inflexível quanto à boa conduta
moral e sobre algumas práticas
dentro da igreja, tais como a
disciplina, o jejum e o segundo
matrimônio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Tertullian_2.jpg
Orígenes (185-254) – Foi
discípulo de Clemente de
Alexandria e seu sucessor
como diretor da escola daquela
cidade. Com o pai aprendeu a
valorizar a educação grega, e
achava que era compatível com
a doutrina cristã.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Origen.jpg
Jerônimo (345-419) – Participava
freqüentemente de debates nos
quais salientava os objetivos morais
e ascéticos da educação. Essa
ênfase tinha por objetivo refutar a
tendência de mostrar interesse
pelas necessidades humanas. Seus
ensinos exerceram grande
influência nas escolas monásticas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Domenico_Ghirlandaio_-_St_Jerome_in_his_study.jpg
Principais contribuições: a) tradução latina
das Escrituras (Vulgata) e b) sua ênfase
sobre a igualdade do homem perante Deus.
Esta última contribuição preparou o
caminho para a futura adoção do princípio
da educação universal.
Agostinho de Hipona (354-
430) – Escreveu um manual de
instrução para clérigos e leigos
composto de quatro tomos
(Educação Cristã). Os três
primeiros oferecem uma base
filosófica para a interpretação das
Escrituras, e o quarto tomo trata
de técnicas de ensino. O
elemento chave desse tratado é o
ensino de que toda a verdade é a
verdade de Deus. Fora disso não
há verdade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Tiffany_Window_of_St_Augustine_-_Lightner_Museum.jpg
Alcuíno (735-804) Entre o período de
Agostinho e a última parte da Idade Média, a
educação cristã e mesmo a secular sofreram
muito. Neste período de decadência educacional
encontram-se poucas personalidades de destaque
no campo da educação.
O mais importante deste período foi Alcuíno,
responsável pelo treinamento do clero e do
pessoal administrativono reino de Carlos
Magno.
Desenvolveu o ensino derivado das sete artes
liberais da educação romana divididos em trivium
(gramática, retórica, dialética) e quadrivium
(aritmética, geometria, astronomia e
música).Sugeriu também que todas as crianças
deviam aprender a escrever, aritmética, música,
leitura e a gramática latina.
Sua administração e reformas educacionais e
eclesiásticas no reinado de Carlos Magno deram
força à igreja e à cultura para se manterem durante
os anos de trevas que se seguiram.
Tomás de Aquino (1225-1274) –
influenciou muito a educação cristã
na sua época que vivia o
movimento educacional chamado
escolasticismo que tinha como
objetivo demonstrar a um mundo
cheio de dúvidas que não existe
antagonismo entre a fé e a razão.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Saint_Thomas_Aquinas.jpg
O tríplice propósito educacional do
escolasticismo era: 1) desenvolver a habilidade
de organizar as crenças num sistema lógico,
com argumentos defensivos; 2) sistematizar o
conhecimento, e 3) prover um processo de
proposições e silogismos (argumento com 3
proposições: premissa maior, premissa menor e
conclusão) para ajudar o indivíduo a aprender o
conhecimento sistematizado.
Diante da preocupação da igreja com as
contradições entre o dogma eclesiástico e os
resultados do pensamento racional, segundo os
ensinos de Aristóteles, Tomás de Aquino
dedicou-se à tarefa de conciliar o pensamento de
Aristóteles com os ensinamentos da igreja. Para
alcançar seu objetivo, teve que reconciliar a o
dogma da igreja (para ele isto era fé) com os
ensinos de Aristóteles (como representante da
razão). Resultado de seu trabalho foi a Suma
Teológica.
MOVIMENTOS E PESSOAS 
IMPORTANTES DURANTE O PERÍODO 
DO RENASCIMENTO E DA REFORMA
1. O Ambiente
Características do Renascimento
Durante os séculos XIV a XVI, a Europa passou
por muitas mudanças revolucionárias.
Econômicas: revolução industrial; Política:
nacionalização de países da Europa; Religiosas:
Reforma e Contra-Reforma e Intelectuais:
Renascimento.
O Renascimento foi o período de
renovação cultural e humanismo
caracterizada por um espírito
predominantemente secular que
representava um esquecimento de Deus
(não necessariamente um ateísmo),
uma mudança de prioridades. A atenção
do homem foi posta mais em si mesmo
e em sua prosperidade do que em Deus.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Da_Vinci_Vitruve_Luc_Viatour.jpg
O Renascimento foi o período de renovação
cultural e humanismo caracterizada por um
espírito predominantemente secular que
representava um esquecimento de Deus (não
necessariamente um ateísmo), uma mudança de
prioridades. A atenção do homem foi posta mais
em si mesmo e em sua prosperidade do que em
Deus.
A resposta da educação cristã
O escolasticismo produziu novos pensamentos
sobre Deus, e até certo ponto, tornou claro que o
propósito do homem era glorificar a Deus.
Os intelectuais do Renascimento encaravam que o
propósito do homem era glorificar a vida humana e
o deleite do homem em seu próprio mundo. As
mudanças ocorridas neste ambiente do
Renascimento (posição da mulher, materialismo,
imprensa, artes, classe média) criaram no homem
um sentimento mais otimista de confiar mais do que
nunca em sua própria capacidade.
Os intelectuais do Renascimento encaravam que
o propósito do homem era glorificar a vida
humana e o deleite do homem em seu próprio
mundo. As mudanças ocorridas neste ambiente
do Renascimento (posição da mulher,
materialismo, imprensa, artes, classe média)
criaram no homem um sentimento mais otimista
de confiar mais do que nunca em sua própria
capacidade.
Reação da educação cristã: Irmãos da Vida
Comum, grupo evangélico e piedoso fundado
por Gerardo Groote (1340-1384), exerceu
influência sobre várias pessoas que atenderam à
sua pregação e se organizaram em
comunidades como forma de refúgio do
mundo, procurando viver uma vida de
santidade.
Contribuições: Corrigiram a Vulgata,
traduziram a Bíblia para o holandês, sua língua
vernácula. Escreveram, traduziram e
espalharam porções da Bíblia, livros didáticos e
literatura religiosa, tornando possível o acesso
das massas à literatura cristã. Groote encorajou
seus seguidores a ensinar as crianças e a partir
de 1450, muitos Irmãos se tornaram
professores das escolas públicas, combinando
suas doutrinas e práticas com a educação
secular.
Pessoas importantes que influenciaram a
educação: João Cele, Thomas à Kempis,
Erasmo que foi um dos mais importantes
humanistas cristão e acreditava que o homem
era bom e portanto, devia desenvolver suas
potencialidades intelectuais.
Precursores da Reforma
Valdenses, da Suíça e da Itália, protestavam
silenciosamente e ensinavam unicamente as
Escrituras através do séculos.
John Wycliffe (1330-1384), da Inglaterra, criticou
muitas práticas da Igreja Católica. Seu grupo
ensinou somente a Bíblia desprezando as
tradições da Igreja e produziram uma nova
literatura que chamaram de “tratados”.
João Hus (1372-1415), da Boêmia, seu grupo
traduziu a Bíblia para o vernáculo e desenvolveu
um sistema de escolas, inclusive uma
universidade, para promover a prática do
cristianismo.
Girolamo Savonarola (1452-1498) pregou um
retorno à vida cristã baseada na Bíblia.
Reforma
Martinho Lutero (1483-1546): Acreditava que a
educação estatal, subordinada à Igreja Católica,
estava corrompendo a juventude com elementos do
escolasticismo.
Ele promovia a educação concentrada no lar, mas
entendia que o lar não dispunha dos meios para
cumprir satisfatoriamente sua missão. O Estado,
portanto, devia assumir a responsabilidade do ensino
das crianças e os pais deviam oferecer um ambiente
doméstico que conduzisse à aprendizagem.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Luther46c.jpg
Cria que a educação devia ser obrigatória para
todos, para que todos pudessem aprender a
Bíblia.
Contribuição: Relevante para ele no processo
ensino-aprendizagem era a disciplina e a
obediência combinadas com amor e
moderação. Pensava assim como reação às
práticas dos mosteiros que usavam disciplina e
castigos drásticos.
Philipp Melanchton (1497-1560) Foi amigo de
Lutero, presidente da Universidade de Wittenberg, e
nessa posição exigiu que os professores ensinassem
de acordo com o credo Apostólico, de Nicéia, de
Atanásio e a Confissão de Augsburgo. A adoção
desses credos deu à educação superior condições de
ensinar a verdade baseada em princípios bíblicos,
sem receio de tendências modernas.
Ulrico Zwínglio (1484-1531) Fundou um instituto
teológico, Prophezei. Neste instituto, mestres e
alunos participavam juntos, como iguais com
respeito mútuo, na busca da verdade.
João Calvino (1509-1564) Contribuições:
a) Convocou a igreja à tarefa de ensinar às crianças;
b) Fundou a Academia de Genebra, que ensinava
crianças e adultos;
c) Expôs uma filosofia que indicava que
conhecimento e aprendizagem não eram para
satisfazer a curiosidade de ninguém, e sim para
poder ensinar a outras pessoas. Todos os seus alunos
na universidade tinham que fazer confissão de fé,
porque Calvino achava não ser conveniente ensinar a
não crentes.
d) Escreveu muitos tratados, catecismos e
comentários.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:John_Calvin.jpg
John Knox (1505-1572)
a) Promoveu a idéia de que os objetivos da
educação são aprender a ler (para que se possa
ler a Bíblia) e treinar a juventude nas virtudes,
preparando-a para ser útil ao mundo e para
glorificar a Cristo;
b) Estabeleceu um sistema nacional de educação
na Escócia, no qual a Bíblia era o tema
principal nos três níveis: primário, secundário
e superior
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:John_Knox.jpg
Inácio de Loyola (1491-1556)
Fundador dos Jesuítas,
acreditava que a Igreja Católica
poderia cumprir melhor sua
tarefa através da educação
teológica. O tema central das
escolas jesuítas até hoje é a
auto-disciplina.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Ignatius_Loyola.jpgInfluência da Reforma sobre a educação
cristã:
- Tradução da Bíblia para idioma vernáculo, com
ampla distribuição.
- Avivamento da pregação bíblica e doutrinária.
- Ensino da Bíblia entre as famílias.
- Estabelecimento de escolas cristãs para a
juventude.
- Adoção da idéia de que toda educação é ou deve
ser uma unidade (uma mescla de conteúdo
religioso e humanista).
Educadores do Século XVII
O século seguinte a Reforma Protestante, houve
muitos educadores influentes crentes e não-
crentes. Descartes, Locke e Spinoza são alguns
dos nomes associados à educação desta época.
Mas quem deixou idéias e conceitos que
influíram na educação cristã foi João Comênio
(1592-1670).
Comênio foi chamado de “o primeiro educador
moderno” e de “profeta da educação moderna”.
Proposta: integração na educação, ou seja, o ensino
de todas as matérias como parte da verdade total de
Deus. Em termos filosóficos, era essencialista –
queria ensinar o fundamental, sempre dando ênfase
maior aos ideais e princípios cristãos.
Perspectiva educacional: Pansofismo (pansofia:
ensinar tudo a todos)
Divisão da educação em quatro níveis: “a escola dos
joelhos da mãe”; “a escola vernácula”; “a escola de
latim” (para alunos adiantados); e “escola de
universidade e viagens”.
Portanto, as escolas devem:
- Ser para todos;
- Ensinar tudo que torna uma pessoa sábia,
piedosa e virtuosa;
- Dar uma educação completa ao indivíduo antes
de ele chegar à maturidade;
- Ser um ambiente agradável, sem castigo;
- Proporcionar uma educação completa, sem
superficialidade;
- Ser accessíveis ou fáceis.
Filosofia de educação de Comênio:
- Toda a raça humana deve ser educada;
- Todos devem ser educados em todas as coisas
(harmonia, prudência, provisões p/ o futuro etc)
e
- Todos devem ser educados em todos os aspectos.
Conclusão: Se todos os homens aprendessem todas
as coisas, todos seriam sábios e o mundo se
encheria de ordem, luz e paz.
Pietismo
O pietismo foi um movimento que combinava as
tendências místicas e práticas nas igrejas luteranas e
reformadas. Foi uma reação contra o formalismo e a
doutrina pura enfatizada pela igreja de pensamentos
ortodoxo em favor da observância do espírito do
evangelho e não da letra.
Crença central: retorno à Bíblia. Criam também que
a teologia tem ligação direta com a educação, para
eles o propósito da educação é honrar a Deus.
Quando a Reforma começou a praticar as reações
de Lutero, este movimento já contava com 300
igrejas e 3 mil escolas, com cerca de 100 mil
membros somente na Boêmia.
Philipp Jacob Spener (1635-1705)
Criou grupos de renovação
espiritual que chamava de Collegia
Pietates com o propóstio de
promover companheirismo cristão e
estudos bíblicos.
http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Philipp_Jakob_Spener.jpg
Contribuições para educação:
Defende a necessidade de reforma na Igreja
Luterana, recentemente estabelecida. Em seu
livro Desejos Piedosos solicita:
a) estudos bíblicos mais sérios;
b) participação dos leigos no governo e
administração da igreja;
c) um conhecimento cristão prático e não apenas
doutrinário;
d) simpatia para com os irmãos que caíram em
pecado, em vez de disciplina;
e) organização da educação teológica, e
f) pregação prática em vez de retórica.
Deu ênfase à educação da juventude, reavivando a
instrução catequética.
Criticou a educação secular por lhe falhar o ensino
da fé cristã e da vida piedosa.
Augusto Hermann Francke (1663-1727) Foi o
pietista mais influente do ponto de vista
educacional. Apontava que o problema da
educação é a falta de treinamento cristão tanto no
lar como na escola. Não concordava com os
métodos de ensino de sua época, que consistiam
basicamente em memorização e recitação.
Advogava, pelo contrário, a necessidade de
compreensão inteligente em vez de memorização
e conhecimento prático em lugar de mero
verbalismo.
Contribuição:
- Dizia que suas contribuições educacionais
procediam de Deus e não de pensamentos de
outros homens;
- Advogava que a santidade, e não o
conhecimento, era o objetivo principal da
educação;
- Ensinava que o viver prático cristão tem
prioridade sobre a aprendizagem.
- Dizia que o estudo é necessário, mas a verdade
se descobre através da inspiração;
- Salientava a utilidade e praticabilidade da
educação. Insistia em que tudo que se faz deve
contribuir para a honra de Deus e o bem da
humanidade;
- Acreditava que o individualismo era importante
em educação, quer dizer, o mestre devia conhecer
bem cada aluno como indivíduo e ensina-lo a
pensar por si mesmo.
Nikolaus Ludwig Von Zinzendorf
(1700-1760) Foi um conde evangélico
alemão. Permitiu que grupos
evangélicos insatisfeitos com suas
igrejas vivessem em sua propriedade.
Com essa atitude, Zinzendorf começou
a formar colônias religiosas através da
Europa, onde os grupos residentes
estudavam a Bíblia, oravam e
desfrutavam do companheirismo
cristão. Estas escolas foram as
precursoras da escola dominical.
http://de.wikipedia.org/w/index.php?title=Bild:Von_Zinzendorf.jpg&filetimestamp=20060531152809
As colônias enfatizavam: a necessidade da
obra missionária, criaram estreita relação
entre educação e missões. Foram
responsáveis pelo envio de missionários pela
Europa e às chamadas Índia Ocidentais
(América).
Delvacyr Bastos Costa
Contato: delvacyr@ibest.com.br

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