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ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL (AIJ) Discente: Lucinda Milca de Brito Paulino Docente: Delcilda Eugênia Souza Lopes Disciplina: Pfs Neurológica Infantil II ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL (AIJ) O que acontece às articulações? Sinais Dor Edema Limitação dos movimentos (rigidez matinal) Frequentemente as crianças tentam reduzir a dor mantendo as articulações numa posição semi-dobrada. Esta posição designa-se por "antálgica" para salientar que pretende reduzir a dor. Se esta posição for mantida durante períodos de tempo prolongados (normalmente mais de 1 mês), esta posição anormal leva ao encurtamento (retração) dos músculos e tendões e ao desenvolvimento de deformações em flexão (articulação dobrada) Incidência A incidência da Artrite Idiopática Juvenil é desconhecida em nosso país, mas dados provenientes de países da América do Norte e da Europa indicam que cerca de 0,1 a 1 em cada 1.000 crianças têm essa doença Diagnóstico Presença de artrite em uma ou mais articulações com duração igual ou maior a 6 semanas Dor e da inflamação articular Dificuldade na movimentação ao acordar (rigidez matinal) Febre alta diária (> 39º C) por mais de 2 semanas Exclusão cuidadosa de qualquer outra doença, através da avaliação da história médica, de um exame físico da criança e de testes laboratoriais Quais os tipos mais comuns de Artrite Idiopática Juvenil? Sistémica: Caracteriza-se pela presença de febre, erupção cutânea (manchas na pele) e inflamação intensa de vários órgãos do corpo, a qual pode aparecer antes da artrite ou durante a evolução da artrite. Dores musculares, aumento do fígado, baço ou gânglios linfáticos e inflamação das membranas em redor do coração (pericardite) e dos pulmões (pleurite). Poliarticular: Quando mais de cinco articulações são atingidas de maneira simétrica nos primeiros 6 meses da doença, como pés, tornozelos, joelhos, mãos e pescoço. Oligoarticular: O tipo mais frequente, correspondendo a cerca de metade dos casos de AIJ e caracterizada pela presença de artrite que atinge até 4 articulações, geralmente joelho e/ou tornozelo. Tratamento A fisioterapia esta presente em todas as fases da doença; Deve ser iniciada o mais precocemente possível para prevenir danos e alterações de padrões de movimento; Objetivo: melhorar a dor e o quadro inflamatório, aumentando a força muscular, a flexibilidade, ADM e a capacidade respiratória, possibilitando que a criança execute suas atividades funcionais diárias sem restrições. Anamnese: uma conversa com a criança e com os pais é necessária para colher informações sobre a rotina da família bem como seus incômodos e frustrações; Avaliação física: é necessária para identificar as articulações afetadas pela patologia e o grau de acometimento; Inspeção: observar a presença de edemas, vermelhidões, deformidades e desalinhamentos; Palpação: alterações de temperatura, nódulos reumatoides, rigidez articular e presença de dor a palpação. Goniometria: ADM (influência na rigidez na mobilidade articular); Teste de força muscular: sempre respeitando os limites do paciente e sua dor. Por isso o teste de amplitude de movimento é realizado primeiro e de acordo com o seu resultado se sabe como prosseguir no teste de força muscular; Geral: é necessário verificar o quanto a dor e a limitação de movimento influenciam na marcha, na postura estática e dinâmica, no equilíbrio e na funcionalidade geral da criança. Cinesioterapia Exercícios passivos são indicados para diminuir a dor, ganhar amplitude de movimento, prevenir contraturas musculares, aumentar a flexibilidade muscular e ativar o sistema circulatório. Com o avançar do tratamento, melhora da dor e do quadro clínico pode-se evoluir para exercícios assistidos, ativos-assistidos e então exercícios ativos, sempre respeitado os limites do paciente. Hidroterapia A água aquecida proporciona o relaxamento muscular, o aumento do fluxo sanguíneo e da flexibilidade, o fortalecimento muscular, a reeducação da marcha e a melhora do equilíbrio e da coordenação; Pressão hidrostática: auxilia na resolução do edema, por meio da compressão dos tecidos moles imersos, aumentando o retorno linfático e venoso; Permite atividades lúdicas, de recreação e contato com outros pacientes. Eletroterapia Ultrassom e o laser terapêuticos; O ultrassom é efetivo na diminuição de dores de articulações e tecidos musculares profundos e o laser possui efeitos vasodilatador e anti-inflamatório, o que resulta em seu efeito terapêutico analgésico e anti-inflamatório. Referências COIMBRA, I. B.; PASTOR, E. H.; GREVE, J. M. D.; PUCCINELLI, M. L. C.; FULLER, R.; CAVALCANTI, F. S.; MACIEL, F. M. B.; HONDA, E. Osteoartrite (Artrose): Tratamento. Revista Brasileira Reumatologia, São Paulo, v. 44, n. 6, p. 450-453, 2004. DR. JOÃO HOLLANDA ORTOPEDISTA DO JOELHO. Sinovite no joelho. Disponível em: https://ortopedistadojoelho.com.br/sinovite-no-joelho/. Acesso em: 10 out. 2020. DUARTE, V. S.; SANTOS, M. L.; RODRIGUES, K. A.; RAMIRES, J. B.; ARÊAS, G. P. T.; BORGES, G. F. Exercícios físicos e osteoartrose: uma revisão sistemática. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 26, n. 1, p. 193-202, 2013.