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Migração no Brasil

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FORMAÇÃO 
SOCIAL, 
ECONÔMICA E 
POLÍTICA DO 
BRASIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Identificar os elementos históricos que levaram ao processo migratório 
no Brasil.
 > Analisar a influência da migração na dinâmica econômica e política do Brasil.
 > Reconhecer a importância da migração para a formação social e cultural 
do Brasil.
Introdução
Além de ser um país de imigrantes estrangeiros, o Brasil também é um país de 
relevante migração interna. A partir da segunda metade do século XX, o País 
experimentou grandes fluxos migratórios, que ocorreram sobretudo da região 
Nordeste em direção à Sudeste. Esse movimento de grandes contingentes teve 
as suas origens históricas na pobreza das regiões originárias dos migrantes, que 
funcionou como fator de expulsão destes de suas terras natais. Como fator de 
atração ao Sudeste, houve o grande desenvolvimento econômico pelo qual essa 
região passou, com a industrialização e a construção de rodovias, que facilitaram 
a migração.
O processo 
migratório como 
fator social e 
econômico
Eduardo Pacheco Freitas
Desse modo, o País teve diversas esferas de sua sociedade influenciadas 
pelos movimentos de migração. A política, a cultura e a economia brasileiras têm, 
em suas expressões atuais, a marca do trabalho e da presença dos migrantes. 
Portanto, pode-se afirmar que o Brasil, como o conhecemos, não seria o mesmo 
sem os fluxos migratórios que ocorreram no século passado.
Neste capítulo, você estudará sobre as origens históricas da migração no 
Brasil. Além disso, verá uma análise da migração sob o ponto de vista econômico e 
político. Por fim, você conhecerá o papel relevante dos migrantes para a formação 
sociocultural brasileira.
Origens do processo migratório brasileiro
Nos últimos 60 anos, o Brasil experimentou um grande fluxo migratório interno. 
Os movimentos migratórios estão profundamente conectados ao processo 
de urbanização crescente que o País viveu no período e à redistribuição da 
população brasileira no espaço do território nacional. Embora os fluxos mi-
gratórios ocorram no País desde o século XIX, é a partir da segunda metade 
do século XX que eles irão se intensificar e se tornar um fenômeno bastante 
considerável (BAENINGER, 2012).
A cada ciclo econômico verificado nos últimos dois séculos, houve formas 
migratórias diferentes: ao longo do século XIX, a migração esteve vinculada 
à produção cafeeira; da última década do século XIX até 1930, os migrantes 
buscavam inserção em um novo sistema cafeeiro e na industrialização inci-
piente; entre os anos de 1940 e 1950, houve a integração do mercado interno 
e um maior desenvolvimento regional, sobretudo na região Sudeste, que 
passou a atrair cada vez mais migrantes (BAENINGER, 2012).
De 1950 a 2000, ocorreu a internacionalização da economia brasileira, 
somada a um ritmo de urbanização jamais visto no País, sendo esse fenô-
meno diretamente relacionado aos fluxos migratórios da região Nordeste 
em direção à Sudeste. Na década de 1980, esse fluxo migratório diminuiu 
consideravelmente, ganhando novo fôlego apenas no século XXI. Neste ca-
pítulo, trataremos exclusivamente do período considerado mais relevante e 
com maiores impactos na sociedade brasileira, que corresponde justamente 
à segunda metade do século XX (BAENINGER, 2012).
A partir da década de 1950, a principal causa para a migração interna 
foram os desiquilíbrios na distribuição regional da riqueza. As regiões Norte e 
Nordeste apresentaram, historicamente, uma menor participação na riqueza 
do Brasil, além de serem regiões negligenciadas em amplo aspecto pelo poder 
central que se encontrava no sul do País. Além disso, a necessidade cada vez 
O processo migratório como fator social e econômico2
maior de mão de obra não qualificada para a indústria e para a construção 
civil contribuiu sobremaneira para a atração de migrantes das regiões Norte e, 
principalmente, Nordeste em direção às regiões Sudeste e Sul (SINGER, 1980).
Portanto, qualquer abordagem sobre os fenômenos migratórios deve 
ser realizada a partir da perspectiva histórico-estrutural, buscando-se 
compreender os fenômenos e processos que condicionaram as decisões 
dos migrantes de partirem em busca de novas oportunidades. Para melhor 
compreensão, deve-se considerar também a conjuntura internacional, em 
que as massas se deslocam em função do capital. Nesse sentido, Singer 
(1980, p. 80) afirma que:
Como qualquer outro fenômeno social de grande significado na vida das nações, 
as migrações internas são sempre historicamente condicionadas, sendo o resul-
tado de um processo global de mudança, do qual elas não devem ser separadas. 
Encontrar, portanto, os limites da configuração histórica que dão sentido a um 
determinado fluxo migratório é o primeiro passo para o seu estudo.
No caso do Brasil, a origem das migrações está estreitamente relacionada 
com a economia, visto que, enquanto país inserido na periferia do sistema 
capitalista mundial, ele tem suas esferas econômicas, políticas e sociais 
profundamente afetadas pelo contexto internacional. O fenômeno migratório, 
como parte da sociedade, não poderia deixar de ser influenciado também 
pelas movimentações do capital mundial. Quando se inicia um grande fluxo 
de migrantes das regiões mais ao norte do País em direção às regiões ao 
sul, este se dá sobretudo pelas grandes transformações econômicas pelas 
quais o País passava, em um momento em que deixava de ser um país rural 
e passava a ser um país urbano (SINGER, 1980).
Na região Nordeste, a década de 1950 foi marcada por um processo 
constante de crescimento demográfico, que desencadeou graves 
problemas em termos sociais e políticos. Ao mesmo tempo, havia uma espécie 
de insatisfação popular com as condições de vida locais, ao passo que se vis-
lumbrava uma certa opulência (se comparada à vida miserável no Nordeste) 
no Sudeste, região mais desenvolvida do País. Houve tentativas de fixar os 
nordestinos em sua terra, por meio da criação de associações camponesas, 
que lutavam contra os latifúndios e buscavam promover o acesso à terra para 
os pobres. Contudo, a crise não foi solucionada, e políticas que incentivaram 
a migração foram implementadas, contribuindo para os fluxos migratórios em 
direção à região Sudeste e conformando uma situação dual no País, em que o 
campo é atrasado e o espaço urbano é desenvolvido (RUA, 2003).
O processo migratório como fator social e econômico 3
Nesse contexto, o Brasil mudava — embora em dimensão reduzida — a 
sua participação no cenário internacional, tornando-se exportador de pro-
dutos industrializados. Essa nova condição, ligada ao desenvolvimento das 
indústrias, sobretudo no estado de São Paulo, contribuiu de alguma forma 
para as migrações. Entretanto, o grande motor a colocar em marcha os fluxos 
migratórios da região Nordeste, sem sombra de dúvida, foi a criação de um 
mercado interno, no qual surgiram bens de consumo fabricados no próprio 
País, como uma linha variada de eletrodomésticos e, muito importante, um 
parque automobilístico, implantado durante o governo de Juscelino Kubitschek 
(1956–1961). Essa nova matriz industrial instalada no País exigia mão de obra de 
maneira crescente, funcionando como um fator de atração dos migrantes, que, 
em suas regiões de origem, enfrentavam fatores de expulsão (DRAIBE, 1985).
Um dos paradigmas explicativos dos movimentos migratórios é o 
modelo “repulsão/atração”, segundo o qual “no centro dos processos 
migratórios, se encontra a decisão de um agente racional que, na posse de 
informação sobre as características relativas das regiões A e B, e de dados 
contextuais respeitantes à sua situação individual e grupal, decide pela perma-
nência ou pela migração” (PEIXOTO, 2004, p. 5). Em outras palavras, a migração 
só pode ocorrer na convergência de processos complementares: as condições 
adversas na região de origem (dificuldades/repulsão) e o vislumbre de melhores 
condições em outro local (oportunidades/atração).
No entanto, outras transformações dasociedade brasileira serviram 
como atração para os migrantes a partir da década de 1950. Naquele período, 
sobretudo no governo de Juscelino Kubistchek (JK), uma nova doutrina eco-
nômica tomou conta do País: o nacional-desenvolvimentismo. A partir dessa 
doutrina, JK foi eleito, prometendo intervir fortemente na economia, com o 
objetivo de modernizar o País. A sua base foi o conhecido Plano de Metas, 
que propunha soluções para as áreas da indústria, do campo, da energia, da 
educação, entre outras. O slogan de JK foi “50 anos em 5”, afirmando que o 
Brasil experimentaria um avanço rápido como nunca visto em sua história. 
O maior símbolo da administração de JK foi a construção de Brasília, uma 
representação do novo país, industrializado e cosmopolita, que ele pretendia 
inaugurar (BIELSCHOWSKY, 2007).
A construção de Brasília, iniciada em 1956, exerceu uma forte atração 
sobre os migrantes do norte e, principalmente, do Nordeste e do estado de 
Goiás. Os candangos, como ficaram conhecidos os migrantes-operários que 
construíram Brasília, chegaram a somar mais de 60 mil indivíduos no auge das 
O processo migratório como fator social e econômico4
obras. Para acomodar esse enorme contingente de pessoas, as construtoras 
levantaram grandes acampamentos, que, na prática, funcionavam como 
pequenas cidades (REIS JÚNIOR, 2008).
Inicialmente, o maior número de migrantes veio de Goiás, segundo o censo 
realizado em 1957, que apontou como oriundos desse estado 3.152 migrantes. 
Entretanto, a partir de 1958, uma grande seca na região Nordeste promoveu o 
deslocamento de 4 mil flagelados em direção aos canteiros de obras da nova 
capital. Ainda assim, no ano de 1958, os operários goianos compunham 52% 
da população da Cidade Livre (Figura 1), acampamento que reunia a maior 
parte dos candangos. Portanto, tem-se dois fatores principais na formação 
do perfil do migrante que construiu Brasília: a proximidade geográfica (Goiás) 
e as dificuldades econômicos advindas das secas que assolavam a região 
Nordeste (REIS JÚNIOR, 2008).
Figura 1. Cidade Livre (1959), a maior cidade dos candangos, que abrigou dezenas de milhares 
de migrantes-operários durante a construção de Brasília.
Fonte: Núcleo... (2020, documento on-line).
O processo migratório como fator social e econômico 5
Influências da migração sobre a economia e 
a política brasileiras
A partir de 1930, as migrações internas brasileiras passaram a desempenhar um 
papel de destaque na recomposição espacial do Brasil. Como visto, os fluxos 
migratórios tinham relação com as atividades de produção mais expressivas 
de cada época histórica. Nas primeiras décadas do século XX, a atividade 
econômica primária brasileira estava no campo, contudo, ao longo do século, 
houve a transposição do centro da economia, que ficava no campo, para as 
cidades e suas indústrias, comércios e serviços (MATA, 1973).
Portanto, o fenômeno de migração desse período foi caracterizado, muitas 
vezes, como êxodo rural, já que houve um deslocamento massivo de cam-
poneses para as cidades em busca de trabalho e melhores oportunidades. 
Entre 1940 e 1970, por exemplo, enquanto a taxa da população rural crescia a 
1,8%, nas áreas urbanas, o crescimento populacional era de 4,8%. Em suma, 
um dos principais resultados da migração interna brasileira foi o inchaço das 
grandes cidades do País, sobretudo São Paulo e Rio de Janeiro (MATA, 1973).
No século XX, o Brasil modernizou a sua economia e, como não poderia 
deixar de ser, atrelada a essa nova dinâmica, a sociedade e a política se trans-
formaram. Em decorrência da demanda por mão de obra nas indústrias, que 
surgiam em velocidade cada vez mais acelerada, principalmente na década 
de 1950, em função do desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek, houve 
a atração de migrantes da região Nordeste.
Todavia, não foi somente para o trabalho na indústria que essas pessoas se 
deslocaram dentro do Brasil rumo à região Sudeste. À época, o Brasil passou 
a apostar fortemente no modelo de transporte estadunidense, deixando de 
lado as ferrovias e as hidrovias e investindo na construção de milhares de 
quilômetros de estradas, pontes e rodovias por todo o país (FREITAS, 2017). 
Desse modo, dois aspectos que se complementam podem ser destacados: 
primeiro, a transformação econômica nos campos da indústria e dos trans-
portes, que funcionou como elemento de atração para os migrantes; segundo, 
as próprias rodovias e pontes construídas pela mão de obra dos migrantes 
facilitaram ainda mais o deslocamento destes para as regiões Sul e Sudeste. 
Assim, o Brasil se tornava um país em que as distâncias eram diminuídas 
a cada dia, promovendo uma grande transformação social devido à nova 
infraestrutura de transportes (FREITAS, 2017).
Trata-se, pois, de uma relação dialética: à medida que a economia se 
desenvolvia, os migrantes desenvolviam a economia com sua força de tra-
balho. Daí a centralidade dos migrantes da região Nordeste no dinamismo da 
O processo migratório como fator social e econômico6
economia brasileira do século XX. Portanto, não é possível analisar aquele 
período sem que os trabalhadores oriundos de outras regiões do Brasil — e 
suas realizações no Sudeste — sejam levados em consideração.
É evidente que a maior parte dos trabalhadores migrados da região 
Nordeste para a Sudeste encontrou condições de vida tão ou mais 
adversas que aquelas existentes em seus estados de origem. Um importante 
fato econômico envolvendo os migrantes é chamado pela sociologia de cor-
reias transmissoras. Na prática, isso significa que os migrantes fogem de um 
contexto de subemprego/desemprego de suas regiões originárias para, na 
maioria das vezes, encontrar a mesma condição nas metrópoles para as quais 
se transplantaram (FERREIRA, 1986).
O campo político também foi significativamente influenciado pela presença 
dos migrantes. A sobreposição dos ambientes públicos urbanos, onde viviam 
a maior parte dos imigrantes, e o âmbito privado do trabalho forneceram todo 
tipo de combustível para a construção de identidades de classe, consciência 
da condição de migrante, bem como para a formação de movimentos sociais, 
sindicais e políticos característicos da periferia do capitalismo mundial. Aliás, 
os migrantes, como afirma o cientista social Nozaki (2009, p. 305), situam-se 
“nas periferias da periferia do capitalismo”.
No século XX, os migrantes, principalmente os nordestinos, ajudaram a 
criar a classe operária brasileira, que atuou nas indústrias de base, petro-
química, siderúrgica e automobilística. Em virtude de sofrerem com baixas 
remunerações, os trabalhadores se organizaram contra essas condições de 
trabalho, fundando alguns dos maiores sindicatos do País. Essas organizações, 
compostas em maior parte por migrantes ou filhos destes, foram respon-
sáveis por buscar, no campo político, o cumprimento das suas demandas. 
Instrumentos como a greve foram particularmente importantes para que as 
categorias de trabalhadores conseguissem impor a sua vontade e obter mais 
direitos e melhores salários.
O período que vai de 1964 até meados da década de 1980 foi muito compli-
cado para os grupos que exigiam direitos e democracia. No entanto, é nesse 
período que grupos políticos e sindicais despontam no cenário político do 
País, como o Partido dos Trabalhadores (PT), criado em 1982, tendo um dos 
seus maiores expoentes o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, um migrante 
pernambucano que chegou a São Paulo vindo em um caminhão pau-de-arara 
(Figura 2). Lula ainda estaria no centro das atenções ao liderar o grande ciclo 
de greves dos metalúrgicos do ABC paulista, ocorrido entre 1978 e 1980 (Figura 
3), já no ocaso da ditadura civil-militar.
O processo migratório como fator social e econômico 7
Outra grande liderança política de origem migrante é Luiza Erundina, 
nascida no estado da Paraíba, que viria a se tornar a primeira prefeita de 
São Paulo, a maior cidade da América Latina. Desde a juventude, Erundina 
foi militante política,atuando na defesa da reforma agrária em seu estado 
Figura 2. O caminhão pau-de-arara é um meio de transporte irregular utilizado durante décadas 
no transporte de migrantes saídos da região Nordeste em direção a São Paulo. Como se vê 
na imagem, é um veículo sem qualquer tipo de conforto ou segurança para os passageiros. 
Fonte: Campanato (2006, documento on-line).
Figura 3. O futuro presidente Lula, migrante e então sindicalista, discursa para uma multidão 
de operários grevistas, em 1979.
Fonte: Piccino (1979, documento on-line).
O processo migratório como fator social e econômico8
natal, no interior de movimentos católicos. Formada em Serviço Social pela 
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Erundina também se tornaria uma 
das fundadoras do PT, junto a Lula. O PT, no contexto da redemocratização, 
tornou-se um sinal de esperança para a democracia brasileira, que renascia 
(ERUNDINA; JINKINGS; PERICÁS, 2020).
Como visto, a migração no século XX, sobretudo em sua segunda metade, 
moldou a face do Brasil em diversos aspectos. Além da influência dos mi-
grantes sobre a economia, desenvolvida a partir da sua força de trabalho, 
houve o aparecimento de lideranças políticas importantes e que mudaram 
a história do Brasil nas últimas décadas. Desse modo, pode-se concluir que, 
sem o fenômeno migratório – em particular o nordestino –, o Brasil seria um 
país com uma versão bastante diversa da atual.
Migração e formação sociocultural 
brasileira
O Brasil é um país eminentemente urbano, porém essa nem sempre foi a reali-
dade nacional. Foi somente a partir da década de 1950 que ocorreu uma virada na 
composição da população brasileira no que se refere ao binômio rural/urbano. 
Naquele período, as cidades passaram a exercer uma forte atração sobre os 
migrantes, que incharam o uso do espaço urbano e contribuíram para a criação 
das regiões conturbadas e metropolitanas. Segundo o Censo de 2010, 84,35% 
da população brasileira vivia em cidades, e esse número não para de crescer, 
muitas vezes por conta dos fluxos migratórios, que continuam a enviar pessoas 
das regiões mais pobres do País — frequentemente rurais — para os grandes 
núcleos urbanos (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010).
A migração interna brasileira foi um dos fenômenos mais importantes para 
a transformação do Brasil de um país rural para um país urbano. Portanto, 
esse fato está profundamente conectado à criação não somente de uma 
sociedade urbana, mas também de uma cultura urbana. Conforme Gonçalves 
(2001, p. 174):
De acordo com os censos do IBGE, na década de 1960, 13 milhões de pessoas 
trocaram o campo pela cidade; nos dez anos seguintes, esse número se elevou 
para 15,5 milhões. Tudo indica que desde 1970, quando a população rural passou 
a ser minoritária, até os dias de hoje, mais de 40 milhões de brasileiros migraram 
do campo para a zona urbana. Se levarmos em conta que a região Sudeste con-
centra, sozinha, 72.282.411 habitantes, ou seja, 42,6% da população do país, e tem 
um percentual de urbanização da ordem de 90,52%, fica ainda mais evidente o 
crescimento da cidade em detrimento do campo.
O processo migratório como fator social e econômico 9
Os números mencionados são impressionantes e dão a dimensão do tama-
nho da migração interna que ocorreu no Brasil na segunda metade do século 
XX. Esses movimentos foram tão expressivos, que se tornaram responsáveis 
por modificar amplamente as características socioculturais do País. De uma 
sociedade mais engessada e tradicional, fundada no campo, o Brasil passou 
a ser uma nação mais dinâmica e com acelerado ritmo de transformações 
culturais e sociais, frutos obtidos diretamente da transposição de populações 
inteiras das áreas rurais e do sertão para os perímetros urbanos brasileiros.
O caso do estado de São Paulo é particularmente interessante, pois esse 
estado concentra 1/5 da população brasileira, do qual 1/3 se encontra apenas 
na capital do estado. Ao lado do Rio de Janeiro, São Paulo é a região do País 
que mais recebeu migrantes nas últimas décadas, recebendo, assim, uma 
forte influência das culturas originais dos migrantes. Desde expressões 
linguísticas, passando por pratos típicos que caíram no gosto popular até a 
música, a contribuição dos migrantes se revela significativa, amalgamando 
culturas diferentes, das mais diversas regiões do Brasil (em particular do 
Nordeste), formando um caldeirão cultural na megalópole paulista.
Para abordar corretamente o problema da formação sociocultural 
brasileira a partir das migrações, deve-se pensar sob a perspectiva 
das relações entre território e identidade cultural. Afinal, o território (no qual 
o migrante se estabelece) assume relevância para a formação e a afirmação de 
identidades e pertencimento. Para Jorge (2010, p. 240) a identidade é “resultado 
de um trabalho permanente de renovável construção social e política”, porém 
ela também tem origem “geográfica, que leva em conta a extrema mobilidade 
dos agentes sociais”. Dessa forma, o espaço físico onde o indivíduo vive é o elo 
comum que conduz à identificação dos sujeitos com o ambiente que ocupam. 
Assim, as identidades seriam fixadas no território naquilo que o autor qualifica 
de identidades socioespaciais, isto é, identificações individuais e culturais que 
integram um grupo em um determinado espaço.
Em contrapartida, em vez de influir com a sua própria cultura na nova terra, 
pode ocorrer o processo de desterritorialização do migrante. Esse processo 
pode ser descrito brevemente como uma quebra de vínculos com um território 
originário. Para as classes superiores e abastadas, a desterritorialização não 
costuma ser algo nocivo, tratando-se de uma multiterritorialidade segura 
e opcional. Contudo, para os mais pobres (maior parte dos migrantes), a 
desterritorialização se manifesta frequentemente de maneira coercitiva, 
oriunda de opções exíguas para a sobrevivência individual ou familiar, muito 
comum nos casos dos refugiados. Catástrofes climáticas, guerras, disputas 
O processo migratório como fator social e econômico10
de fronteira e questões étnicas são as causas mais comuns para a produção 
de populações refugiadas, que perdem o vínculo com o território original, 
sendo sempre estrangeiros mesmo onde têm a possibilidade de se assentar 
(HAESBAERT, 1995).
A migração também pode desencadear o processo de desterritorialização 
em dois aspectos principais. Em primeiro lugar, o migrante pode assumir — de 
maneira voluntária, como estratégia de sobrevivência em um novo meio — 
valores e práticas comuns ao novo território que habita. Em segundo lugar, 
a adoção dos novos costumes e o rechaço da sua cultura anterior podem ser 
constituídos por meio de elementos coercitivos, como o constrangimento 
social pela utilização de palavras ou expressões típicas de sua região de 
origem, que soam “exóticas” em sua nova realidade social (HAESBAERT, 1995).
Das produções culturais humanas, o cinema é uma das mais rele-
vantes para a compreensão da vida em sociedade e dos dilemas e 
sonhos dos seres humanos. Diversos filmes brasileiros já trataram da questão 
dos migrantes, mostrando as suas lutas e dificuldades na nova vida longe da 
sua terra natal. O filme O homem que virou suco, de 1981, roteirizado e dirigido 
por João Batista de Andrade, retrata a vida de Deraldo (interpretado por José 
Dumont), um poeta popular e migrante recém-chegado a São Paulo, onde tenta 
se adaptar a uma realidade muito diferente da que estava habituado e, ao 
mesmo tempo, tenta sobreviver da venda de folhetos com suas poesias. Em 
2015, o filme entrou para a lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos 
os tempos (DIB, 2015).
Outro impacto dos migrantes na sociedade, sobretudo nas grandes cidades 
brasileiras, foi o da “favelização”. As periferias das cidades se tornaram o des-
tino de grande parte dos migrantes, em sua grande maioria direcionados para 
trabalhos que exigem pouca escolaridade. Em geral, as mulheres ocuparam 
os empregos domésticos,como faxineiras, diaristas ou babás. Já os homens, 
em sua maioria, foram para a construção civil e para os serviços braçais. 
Portanto, o sonho do migrante de encontrar condições de vida melhores 
nas cidades da região Sudeste, na maioria dos casos, não se concretizou. O 
trabalho se mostrou árduo e mal remunerado, e a habitação se manifestou 
longe das áreas mais nobres das cidades e com falta de saneamento básico 
(GALHARDO, 2007).
Não é à toa que grande parte da cultura desenvolvida pelos migrantes a 
partir dessa realidade — principalmente no cancioneiro popular — manifeste 
a saudade e a intenção de retorno à terra de origem, como pode ser obser-
O processo migratório como fator social e econômico 11
vado na obra do conhecido cantor e compositor Luiz Gonzaga. Conforme o 
pesquisador José Cunha Lima:
Ao analisar a musicografia produzida por Luiz Gonzaga, logo observo que a saudade 
é um tema renitente e presente na vida do migrante e do sertanejo que fica espe-
rando a notícia do parente que se foi em busca de melhores condições de vida, ou 
esperando pelo retorno, mas até o regresso é obra da saudade (LIMA, 2011, p. 47).
Neste capítulo, você viu como o Brasil se formou econômica, política e 
culturalmente a partir da segunda metade do século XX com a presença e o 
trabalho dos migrantes. Os fluxos migratórios, originados principalmente na 
região Nordeste, tendo como destino o Sudeste brasileiro, estão relacionados 
à grande desigualdade entre as regiões. Enquanto o Nordeste, pobre, serviu 
como fator de expulsão de muitos de seus habitantes, o Sudeste, econo-
micamente mais desenvolvido, atraiu levas e levas de migrantes ao longo 
das décadas. Desse modo, diversos aspectos da sociedade brasileira foram 
moldados a partir desse processo migratório, tanto nas regiões de origem 
quanto nas regiões de chegada.
Referências
BAENINGER, R. Rotatividade migratória: um novo olhar para as migrações internas 
no Brasil. REMHU: Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, Brasília, v. 20, n. 39, 
p. 77–100, jul./dez. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
abstract&pid=S1980-85852012000200005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 
22 nov. 2020.
BIELSCHOWSKY, R. Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvol-
vimento. 4. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2007. 480 p.
CAMPANATO, V. Pau de arara usado no transporte ilegal de trabalhadores. Wikipedia, 
San Francisco, 9 dez. 2006. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pau_de_arara_
(transporte)#/media/Ficheiro:Caraubasdopiaui10122006-2.jpg. Acesso em: 22 nov. 2020.
DIB, A. Abraccine organiza ranking dos 100 melhores filmes brasileiros. Associação 
Brasileira de Críticos de Cinema, [S. l.], 27 nov. 2015. Disponível em: https://abraccine.
org/2015/11/27/abraccine-organiza-ranking-dos-100-melhores-filmes-brasileiros/. 
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Leitura recomendada
BRUMES, K. R.; SILVA, M. A migração sob diversos contextos. Boletim de Geografia, 
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