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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE PATOS DE MINAS
 Processo nº. XXXXX
MÁRIO, já qualificado nos autos, por seu advogado que esta subscreve, na reclamação trabalhista relativa ao processo em epígrafe, proposta contra POSTO GÁSPETRO LTDA, também nos autos qualificado, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o cabível 
 RECURSO ORDINÁRIO, 
com fundamento no art. 895 da CLT, face à decisão proferida na mencionada reclamatória, o que faz pelos motivos expostos no anexo memorial, em demonstrando, desde logo, o atendimento aos necessários pressupostos de admissibilidade.
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
1) O recorrente está representado pelo advogado signatário, conforme procuração anexa.
2) Custas processuais, no valor de R$ 400,00, devidamente recolhidas – DARF em anexo.
3) Inexiste, in casu, depósito recursal – Súmula 161 do TST.
4) Mostra-se tempestivo o recurso, interposto no octídio legal.
Satisfeitos os devidos pressupostos processuais de admissibilidade recursal. Requer o conhecimento do presente recurso e a intimação do recorrido para apresentar contrarrazões, nos termos do artigo 900 da CLT.
Requer, por fim, a remessa dos autos ao TRT.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Patos de Minas, 11/11/2021
Advogado..., OAB...
RAZÕES DO RECURSO
RECORRENTE: MÁRIO
RECORRIDO: POSTO GÁSPETRO LTDA.
PROCESSO Nº. XXXXXX
ORIGEM: VARA DO TRABALHO DE PATOS DE MINAS
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 13° REGIÃO
EMÉRITOS JULGADORES
A pretensão envolvendo o adicional de periculosidade não poderia ser analisada sem a realização da perícia técnica, na forma do artigo 195, § 2º, da CLT. Com as devidas vênias, errou o juiz ao deixar de determinar a produção de prova pericial.
Ademais, a nulidade também paira sobre o decisum em razão da dispensa da única testemunha ofertada, a qual poderia demonstrar que o recorrente laborava em contato permanente com inflamáveis e explosivos.
Temerária a atitude do juízo a quo, violando os princípios da ampla defesa e do devido processo legal, maculando o ato de total nulidade.
Requer a decretação da nulidade da sentença.
Caso não seja decretada a nulidade da sentença, o que não acredita, vem o recorrente, por cautela, requerer a reforma do julgado, para que os pedidos alcancem procedência.
Frágil se mostra o argumento do juízo a quo, ao rejeitar o pedido de adicional de periculosidade, já que o recorrente sempre laborou em contato com inflamáveis e explosivos, fazendo jus ao respectivo adicional, nos termos do artigo 193 da CLT.
Ora, a jurisprudência consagra o direito ao adicional de periculosidade á operadores de bomba de gasolina, atividade executada pelo recorrente – inteligência das Súmulas 39 do TST e 212 do STF.
Irrelevante, data máxima vênia, o argumento lançado pelo juízo a quo de “contato intermitente”, base do sorumbático julgado, pois, à luz da Súmula 364, I, do TST, “Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco”.
Corrobora o arremate o disposto na Súmula 361 do TST.
O equívoco é latente, indicando que o juízo a quo, data vênia, confundiu intermitência com eventualidade.
Mesmo com o espaço descrito na guerreada sentença, entre um e outro abastecimento, vê se que o contato está longe de se caracterizar como eventual ou fortuito, sendo, insofismavelmente, habitual e permanente. Eis mais um ponto a fragilizar o julgado, à luz da já citada Súmula 364 do TST.
Quanto à diferença do adicional noturno, nada mais absurdo do que alicerçar o indeferimento do pedido no inócuo argumento de “ausência de previsão legal ou consuetudinária”.
Ora, o C. TST, interpretando o artigo 73, § 5º, da CLT, consagrou a “teoria da irradiação do horário noturno sobre o diurno”, buscando compensar situação ainda mais desgastante, qual seja, a continuidade de jornada integral noturna sobre diurna.
O entendimento jurisprudencial se encontra consubstanciado na Súmula 60 do TST, indicando que, uma vez cumprida integralmente a jornada no período noturno e ocorrendo a sua prorrogação, também é devido o adicional noturno sobre as horas prorrogadas.
Pensar o contrário significa conduzir a interpretação em direção ao abismo do absurdo!
A Súmula 60 do TST, portanto, respalda o direito do recorrente, o qual labora das 22h às 8h, percebendo adicional noturno tão-somente sobre a jornada noturna (22h às 5h).
Requer a reforma do julgado, para que o reclamado, ora recorrido, seja condenado nos títulos insculpidos na atrial.
DO PEDIDO RECURSAL
Posto isso, o recorrente roga, de logo, a esta Egrégia Corte, que conheça do presente recurso, dando-lhe provimento e anulando a sentença.
Caso não seja esse o entendimento, requer, por cautela, superada a nulidade do decisum, a reforma da decisão recorrida, para a condenação do recorrido no pagamento de adicional de periculosidade de 30% sobre o salário contratual e diferença do adicional noturno, na forma dos pedidos elencados na petição inicial.
Postula, por fim, o recorrente, a inversão do o ônus da sucumbência, além de honorários advocatícios, na forma do artigo 133 da CF.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Patos de Minas, 11/11/2021
Advogado XXX, OAB XXXX

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