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Peça Trabalhista - Recurso Ordinário - CÓPIA

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Ao Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Alfenas-MG,
Processo nº. 123
	HERA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado, já qualificado, que esta subscreve, conforme (procuração em anexo), na Reclamação Trabalhista movida em face de MONTE OLIMPO TELEMARKETING LTDA, também já qualificado nos autos, inconformado com a respeitável sentença prolatada a (fl...), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fundamento no artigo 895, inciso I, da CLT, pelos fundamentos a seguir expostos.
	O presente recurso se faz tempestivo por sua interposição ocorrer no prazo de 08 (oito) dias, nos termos do artigo 895, inciso I, da CLT. Há representação processual conforme instrumento de procuração em anexo nos termos do artigo 791, § 1º, da CLT. Não há preparo em virtude que foi dispensada, uma vez que o objeto do recurso é a concessão da justiça gratuita, conforme o artigo 790-A, “caput”, da CLT.
	Ante ao exposto requer o recebimento do presente recurso com as razões em anexos, bem como a intimação do recorrido para que apresente suas contrarrazões e, ainda, posterior que seja remetidas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho.
Local e Data.
Advogado
OAB-UF nº.
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
Processo nº. 123
Recorrente: Hera
Recorrido: Monte Olimpo Telemarketing Ltda.
Origem do Processo: 3ª Vara do Trabalho de Alfenas-MG.
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO,
Colenda Turma
Nobres Julgadores
DA JUSTIÇA GRATUITA
	A Recorrente ajuizou ação trabalhista em desfavor do Recorrido, asseverando que fora contratada como passadeira em 20/08/2000, tendo sido despedida sem justa causa em 02/06/2018. Ocorre que a recorrente desenvolvera síndrome de impacto do ombro esquerdo, tendinite do ombro e punho esquerdos e cervicobraquialgia em decorrência do labor submetê-la a esforços repetitivos na atividade constante e ininterrupta de costura e de uso de ferro de passar roupas. A recorrente laborava em sobrejornada e sem os descansos regulamentares. Em razão das doenças, ficou com incapacidade definitiva e total para o trabalho. Requereu, pois, a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais e materiais em virtude da doença ocupacional.
HERA ajuizou ação trabalhista em desfavor de MONTE OLIMPO TELEMARKETING LTDA, aduzindo que fora contratada em 20 de novembro de 2017 para trabalhar como atendente e que, em 4 de agosto de 2020, foi despedida sem justa causa. Descreveu que ao longo do contrato de trabalho, a empresa limitava as idas ao banheiro, já contado o tempo de permanência, a “no máximo, cinco minutos”. O controle, explicou a autora, era feito pelo sistema de informática: para sair do posto de trabalho, os empregados tinham de apertar a tecla “pausa banheiro”. “Então, o sistema enviava uma mensagem para o supervisor, registrando o nome e a contagem do tempo”, afirmou. Ultrapassados os cinco minutos, “aparecia no monitor uma mensagem de alerta com a informação em vermelho ‘pausa estourada’”. Ao cabo da peça vestibular, requereu a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 10.000,00. Declarou que está atualmente empregada como vendedora de uma loja de roupas infantis, cujo salário é de R$ 1.800,00 mensais. Requereu os benefícios da justiça gratuita. A ação foi distribuída ao Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Alfenas, autuada sob o número ATOrd 123. Citada, a ré compareceu à audiência inicial e, não havendo conciliação, apresentou defesa sustentando que não havia nenhum procedimento de fiscalização, controle ou punição de seus funcionários em razão das idas necessárias ao banheiro. Segundo a reclamada, a inserção da pausa no sistema pelo próprio operador visava evitar que novas ligações fossem redirecionadas ao posto de atendimento, “tratando-se apenas de mecanismo para gestão do funcionamento da empresa”. O juízo de primeiro grau rejeitou o pedido de Hera. A avaliação do magistrado foi de que, apesar de não ser necessária a autorização, o conjunto de provas demonstrava a prática de limitar racionalmente a utilização do banheiro. “Não persiste qualquer constrangimento decorrente da situação. Utilizar o sanitário no tempo constatado nos autos, isto é, de cinco minutos, não é abusivo. O empregador pode controlar tais pausas, através de seus supervisores.” Ao final, o magistrado indeferiu a concessão da justiça gratuita, asseverando que a autora está empregada, condenando-a a pagar R$ 200,00 de custas processuais e 15% de honorários advocatícios em favor do procurador da ré. Como advogado da autora, apresente a medida processual cabível, considerando que o prazo de embargos declaratórios já se esvaiu.
	Em defesa, a recorrida negou que a passadeira realizasse atividades repetitivas e disse ter oferecido equipamentos de proteção individual (EPIs). Argumentou ainda que, na época do ajuizamento da ação, a recorrente trabalhava à noite em uma pizzaria anotando pedidos, o que demonstraria que sua enfermidade não era tão grave como afirmava.
	Ao prolatar a sentença, o juízo a quo disse que a doença ocupacional não decorreu de ato culposo da recorrida, mesmo tendo a perícia técnica demonstrado a incapacidade laboral da recorrente e ainda que a dor decorrente da lesão e o sofrimento acarretado pela redução, ainda que temporária, da capacidade de trabalho não justificavam a condenação da recorrida ao pagamento qualquer indenização.
	Ocorre que, nos termos do artigo 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal, é direito do trabalhador perceber seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador, sem que este se isente de pagar eventual indenização à que esteja obrigado, independente de dolo ou culpa e, nos termos do artigo 223-C da CLT, a integridade física é bem juridicamente tutelado e inerente à pessoa física.
	Portanto, nos termos do artigo 927 c/c artigo 186 ambos do Código Civil, aquele que causa dano a outrem, fica obrigado a repará-lo, independente de se tratar de ação ou omissão voluntário, negligência ou imprudência como fica evidenciado que a recorrida não realizou os cuidados com a saúde da recorrente previstos na NR-17.
	Requer o provimento do recurso, no sentido de se condenar a recorrida ao pagamento de indenização por danos morais e materiais.
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
	Requer a condenação da recorrida ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, fixados em 15% do proveito econômico da recorrente, nos termos do artigo 791-A da CLT.
DOS PEDIDOS
	Ante a todo o exposto, requer:
1) O recebimento do presente recurso;
2) O provimento do apelo.
Local, data.
Advogado/OAB
ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR PARA ELABORAR 2º PARTE
2ª parte: razões recursais
Endereçamento ao tribunal
1ª forma: Egrégio Tribunal,
2ª forma: Egrégio Tribunal, 
Colenda Turma,
3ª forma: Egrégio Tribunal, 
Colenda Turma, 
Nobres Julgadores, 
Conspícuo Procurador!!!
 
Processo n. 123
Recorrente: Iracema
Recorrido: Companhia José de Alencar
- Da indenização pelo acidente de trabalho 
- Do acidente de trabalho
- Da indenização por danos morais e materiais
 
“Acidente do trabalho é o evento verificado no exercício do trabalho e que resulte lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte ou a perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”  Sebastião Geraldo de Oliveira. Indenizações por acidente do trabalho ou Doença ocupacional 
 
EVENTO (único ou contínuo) >>> ligado ao trabalho >>> RESULTE lesão corporal, perturbação funcional, doença ou morte >>> e GERE incapacidade para o trabalho (total/parcial e permanente/temporária).
art. 19 c/c 20, II, da Lei n. 8.213/1991 (doença ocupacional = doença profissional ou doença do trabalho)
art. 7º, XXVIII, CRFB: indenização a cargo do empregador, sem prejuízo do benefício previdenciário
Conclusão: que a recorrente sofre acidente de trabalho
DAS INDENIZAÇÕES POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
art. 186, CC
art. 927, “caput”, CC
art. 223-C, CLT
art. 223-G, CLT
Pressupostos da indenização extracontratual
Conduta humana (omissiva ou comissiva) >>> dano>>> nexo causal entre a conduta e o dano >>> culpa no sentido amplo (dolo, imprudência, negligência, imperícia) = indenização por dano moral e material!!!
Elevada a âmbito constitucional, a reparação do dano moral está prevista no inciso X do art. 5º da CF/88, que dispõe: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. O ordenamento jurídico, ao permitir o pleito de indenização por quem sofreu um dano moral ou material, impõe ao demandante o ônus de demonstrar a autoria do fato ilícito, a culpa ou dolo do agente, a relação de causalidade e o dano experimentado pela vítima nos termos do art. 186 e 927, ambos do Código Civil.
DOS HONORÁRIOS
Requer a condenação do recorrido ao pagamento de honorários advocatícios, no importe de 15%, conforme art. 791-A da CLT.
 
DA CONCLUSÃO
Ante o exposto, requer o recebimento deste recurso e, no mérito, seu provimento, a fim de se condenar o recorrido ao pagamento de indenização por danos morais e materiais em virtude do acidente de trabalho sofrido.
Fecho: Local, data, advogado/OAB
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Iracema ajuizou ação trabalhista contra Companhia José de Alencar, asseverando que fora contratada como passadeira em 20 de agosto de 2000, tendo sido despedida sem justa causa em 2 de junho de 2020. Disse na ação trabalhista que desenvolvera síndrome de impacto do ombro esquerdo, tendinite do ombro e punho esquerdos e cervicobraquialgia. Sustentou que era submetida a esforços repetitivos na atividade constante e ininterrupta de costura e de uso de ferro de passar roupas e que trabalhava em sobrejornada e sem os descansos regulamentares. Em razão das doenças, ficou com incapacidade definitiva e total para o trabalho. Requereu, pois, a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais e materiais em virtude da doença ocupacional.
O feito foi distribuído à 3ª Vara do Trabalho de Alfenas em 30 de setembro de 2020 e autuado sob o número ATOrd 123.
Em defesa, a ré negou que a passadeira realizasse atividades repetitivas e disse ter oferecido equipamentos de proteção individual (EPIs). Argumentou que, na época do ajuizamento da ação, ela trabalhava à noite em uma pizzaria anotando pedidos, o que demonstraria que sua enfermidade não era tão grave como afirmava.
Ao prolatar a sentença, o juiz do trabalho disse que a doença ocupacional não decorreu de ato culposo da ré, mesmo tendo a perícia técnica demonstrado a incapacidade laboral da autora. Ainda segundo o magistrado, a dor decorrente da lesão e o sofrimento acarretado pela redução, ainda que temporária, da capacidade de trabalho não justificavam a condenação da empregadora ao pagamento qualquer indenização, mesmo que moral, material ou estética.
Na condição de advogado da autora, apresente a peça prático-processual que melhor atenda os interesses da sua cliente.

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