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BIOQUIMICA DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA O sangue pode ser dividido em plasma e células sanguíneas. As células são principalmente glóbulos brancos, vermelhos, plaquetas e outras substancias dissolvidas nele, como proteínas. O plasma é a parte líquida do sangue e ao separar o sangue temos o plasma e a parte sólida (células). No plasma teremos solubilizados os componentes como proteínas, hormônios e sais minerais. O plasma pode ser obtido por centrifugação do sangue. Entretanto vc só possui o plasma se vc colocar anticoagulante no sangue para a centrifugação, caso não use o anticoagulante vc terá soro no lugar do plasma. Quando há formação de coágulo, a parte liquida do sangue passa a ser chamada de soro. O soro é o plasma sem fibrinogênio. O anticoagulante retira cálcio e isso impede a cascata de coagulação sanguínea a qual no final se utilizada uma proteína chamada fibrinogênio que formará a rede de fibrina. Existe uma série de proteínas plasmáticas e essas proteínas podem ser usadas para diagnostico. Existe uma forma de fazer o proteinograma quando usamos o soro ou o plasma em uma fita de acetato de celulose e aplicamos um potencial elétrico, temos a possibilidade de migração dessas proteínas. Ao migrarem, elas se agrupam, fazendo possível sua identificação. Quando há alteração na quantidade de proteína no sangue usamos o proteinograma para diagnostico. Hemostasia é o processo pelo qual previne-se a perda de sangue. Quando ocorre a coagulação sanguínea, isso é um processo de hemostasia. Esse processo fisiológico de hemostasia pode ser dividido em hemostasia primaria e secundaria. Envolve uma série de mecanismos como vasoconstriquição (diminuição do fluxo sanguíneo local), formação do tampão plaquetário (hemostasia primaria) e formação do coagulo (hemostasia secundária). O processo só termina quando ocorre a retirada do coagulo e recuperação do tecido. Hemostasia primaria - está diretamente relacionada a pequenos vasos onde veremos agregação plaquetária pela liberação de fatores de adesão após a lesão endotelial. Essa plaqueta agregada é o tampão plaquetário. Se tudo for resolvido, acaba ali, mas caso ainda vaze sangue, ocorrera a hemostasia secundária com a utilização de fatores de coagulação sanguínea. Quando temos uma lesão endotelial há liberação de matriz extracelular e endotelina seguidos pela vasoconstriquição reflexa para que ocorra a diminuição do fluxo sanguíneo e a agregação plaquetária. Essas plaquetas trocam sua forma à medida que vão se aderindo para melhorar a aderência e liberam tromboxana e adp que fazem com que tenhamos um aumento dessa agregação plaquetária. A hemostasia primaria é eficiente em pequenos vasos como capilares e vênulas. Em grandes vasos apenas o tampão plaquetário não é suficiente para a hemostasia. Se temos uma ineficiência dessa hemostasia primaria em pequenos vasos vemos a formação de petequias (pontos de hemorragia) e equimoses (um pouco maior que petequia) e sangramentos espontâneos. Se continuar sem funcionar a hemostasia primaria a tendência é começar a ter hemorragia, sangramento espontâneo. Trombocitopenia – diminuição de plaquetas. Petequia – Equimoses - Sulfusões – Hematomas Ocorre em vasos maiores Para que ocorra a hemostasia secundaria precisa do tampão plaquetário para estabilizar. Hemostasia secundária – utilização de fatores de coagulação onde teremos uma cascata de coagulação para estabilizar o tampão plaquetário e parar o sangramento. Os fatores de coagulação culminam na formação de uma rede de fibrina que estabiliza o tampão. Existe duas vias: a extrínseca (mais rápida) e intrínseca (mais lenta). A primeira parte das duas vias é completamente distinta e a segunda parte é comum a todas Intrínseca - precisa de quatro fatores para ser ativada. Ela é ativada a partir da liberação de colágeno (matriz extracelular) que ativa o fator 12 e ele ativa o 11 que ativa o 9 que na presença do fator 8 ativado e de cálcio, ativa 10 (cascata de coagulação). O fator 10 ativado, na presença de cálcio e do fator 5 ativado, ativa o fator 2 que ativa os fatores 13 e 1, transformando fibrinogênio em fibrina. Essa fibrina se posiciona no tampão plaquetário e prende as células. Colágeno é liberado quando há lesão do tecido. O colágeno ativa o factor Hagemann que por sua vez ativa o antecedente tromboplastínico do plasma que irá ativar componente tromboplastínico do plasma (factor Christmas). Esse factor Christmas na presença do factor anti-hemofílico (globulina anti-hemofílica) e Ca (cálcio) ativa o Factor Stuart (factor Stuart- Power). O factor Stuart (factor Stuart-Power) ativado, na presença de cálcio e de Pró-acelerina (factor lábil) ativado, ativa a Protrombina que por sua vez ativa o Factor estabilizante da fibrina e Fibrinogénio. Extrínseca – só precisa de um fator para ser ativada, por isso é mais rápida. Quando há lesão tecidual, há liberação de tromboplastina (matriz extracelular) ou fator tissular q é responsável pela ativação do fator 7. O fator 7 ativado da início a etapa tardia e pode alimentar a via intrínseca e ativar o fator 9 (nesse caso só é preciso o fator 8 para ativar a etapa tardia da intrínseca). O fator 7 na presença de cálcio ativa o fator 10 chegando a etapa tardia. O fator 10 ativado, na presença de cálcio e do fator 5 ativado, ativa o fator 2 que ativa os fatores 13 e 1, transformando fibrinogênio em fibrina. Essa fibrina se posiciona no tampão plaquetário e prende as células. - O anticoagulante sequestra cálcio e impede a cascata de coagulação. Thromboplastin é liberada quando há lesão do tecido. Thromboplastin ativa o Acelerador da conversão da protrombina sérica (factor estável) que na presença de Ca (cálcio), ativa o factor Stuart (factor Stuart-Power). O factor Stuart (factor Stuart-Power) ativado, na presença de cálcio e de Pró-acelerina (factor lábil) ativado, ativa a Protrombina que por sua vez ativa o Factor estabilizante da fibrina e Fibrinogénio. Depois que há cicatrização e formação do tecido, ocorre a fibrinolise (retirada desse tampão). O coagulo não pode ficar solto no sangue se não ocorre trombose, então ele é dissolvido pela fibrinolise. Essa etapa ocorre a partir da ativação da protombina. É preciso o fator 10 ativado, cálcio, fator 9 e vitamina K. Como funciona o veneno – Ele causa hemorragia pq eles sequestram vitamina K e isso causa hemorragia. Isso se resolve com injeção de vitamina K pq ele é necessário para hemostasia secundária. Factores de Coagulação Sanguínea I Fibrinogénio II Protrombina III Tromboplastina (factor tecidular) IV Iões cálcio V Pró-acelerina (factor lábil) VI Sinónimo de Va VII Acelerador da conversão da da protrombina sérica (factor estável) VIII Factor anti-hemofílico (globulina anti- hemofílica) IX Componente tromboplastínico do plasma (factor Christmas) X Factor Stuart (factor Stuart-Power) XI Antecedente tromboplastínico do plasma XII Factor Hagemann XIII Factor estabilizante da fibrina Coagulopatias Hemofilia A - Deficiência do Fator VIII - Cromossomo X Hemofilia B - Deficiência do Fator IX É uma doença crónica e uma deficiência congénita no processo de coagulação do sangue. Pelo fato de se transmitir geneticamente, ligado ao cromossoma X, aparece quase exclusivamente nos indivíduos do sexo masculino. Caracteriza-se pela ausência ou acentuada carência de um dos factores de coagulação (VIII – hemofilia A ou IX – hemofilia B). Deste modo, a coagulação é mais demorada ou inexistente, provocando hemorragias frequentes, especialmente a nível articular e muscular. Alterações adquiridas Deficiência ou falha na síntese Hepatopatias Rodenticidas (inibidores da Vit K) Consumo Inibidores na circulação